The World according to Trump (se algo faz sentido)
Paulo Roberto de AlmeidaTentando entender coisas aparentemente contraditórias.
Então é verdade que a potência ainda hegemônica está impondo tarifas extorsivas (o próprio Trump disse o "dinheiro vai pingar") contra seus antigos aliados, hoje tratados como inimigos: México, Canadá, União Europeia ("ela foi criada para nos ferrar", disse ele), e um "inimigo" que ele gostaria de tratar como um amigo, a China (ainda "comunista", segundo Trump)?
O único país e líder autocrático (como ele) dos quais ele se considera realmente um amigo verdadeiro são a Rússia e o próprio Putin, que ele trata com todas as delicadezas permitidas a um clarividente estadista.
Não sei exatamente o que vai resultar de toda essa confusão criada por Trump, mas a sua "Art of the Deal" me parece bem mais uma grande perturbação mental do que uma estratégia política e geopolítica claramente definida.
Os grandes ganhadores dos distúbrios trumpianos (por enquanto) são: Netanyahu (Israel), Putin (Rússia), Xi Jinping (China) e o próprio Irã (que está quieto, no momento, tentando passar despercebido). Até o baixinho da Coreia do Norte aceitaria um novo encontro com seu amigo-inimigo.
Nenhum analista experiente das relações internacionais, jornalista veterano, político de longo percurso tem a capacidade de entender e de explicar Trump, para ele mesmo e para o mundo. Trump excede a capacidade analítica de qualquer observador da cena internacional e americana. Um ponto fora da curva, como se diz. Não sou eu que vou tentar.
Provavelmente, nem o próprio Trump sabe bem o que quer.
Um personagem psicótico, com certeza, requerendo exame psiquiátrico.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 2/03/2025
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