Altos e baixos na trajetória de pessoas, países e de alguns impérios
Paulo Roberto de Almeida
O itinerário de cada indivíduo, assim como o de cada nação, é determinado pela qualidade de quem governa suas ações, nos planos pessoal, nacional ou imperial.
Personalidades exitosas, grandes impérios no passado, nações poderosas tiveram seus percursos pessoais ou trajetórias nacionais conduzidas por líderes inteligentes, capazes, resolutos. Numa palavra: melhoraram suas vidas e as de muitos outros, com maior ou menor sucesso.
Mas também houve imperadores insanos, dirigentes incapazes, líderes simplesmente idiotas que levaram os respectivos itinerários a impasses, à estagnação ou ao declinio, temporário ou definitivo.
Contemplando o mundo atual, e o próprio Brasil, constato a existência de lideres preparados, mas maléficos, para o seu próprio povo ou para outras nações, assim como lideres idiotas, arrogantes e despreparados para simplesmente conduzir o barco sem adernar: são os responsáveis pelo próprio declínio nacional, por seu recuo relativo.
Existem também aqueles teoricamente bem intencionados, mas intelectualmente incapacitados para melhorar substancialmente a vida da nação e a dos seus cidadãos; por despreparo, e também por arrogância e megalomania, acabam produzindo apenas estagnação e impasses.
Não preciso identificar cada um dos três casos visados acima, pois eles são tão evidentes, em suas características básicas, que dispensam indicação nominal.
O mundo, certos paises, ou impérios, atravessam atualmente uma fase dificil, perigosa, talvez catastrófica, pela mediocridade de vários, pela ambição de alguns outros, ou pela idiotice de terceiros.
Já atravessamos periodos assim conturbados, menos de cem anos atrás; depois, por um conjunto de felizes circunstâncias, o mundo, ou pelo menos muitas nações, puderam prosperar num ambiente ordeiro e aberto às competências individuais ou nacionais. O estoque de capacidades propensas ao progresso parece ter se esgotado nos últimos tempos, e ficamos novamente entregues aos medíocres, mal intencionados ou simplesmente incapazes de apreender as novas circunstâncias, compreender a natureza dos desafios e de atuar no melhor sentido adequado ou necessário.
Quando a racionalidade decai ou se retrai ficamos entregues à força bruta daqueles que pretendem impor uma solução exclusiva para si, para o seu país, para o império a que pertencem.
Aparentemente recuamos cem anos no caminho da mútua compreensão, da tolerância, do diálogo, como aliás pretendia o papa recém falecido, mas talvez pouco preparado no plano intelectual para imprimir diretrizes econômicas orientadas aos melhores caminhos fora da miséria e da pobreza com plena preservação das liberdades fundamentais no âmbito individual ou nacional.
Se observarmos os casos de menor sucesso ou de franco fracasso, eles provêm de líderes autoritários, intervencionistas, concentradores de poder e controladores de todos os outros. Se acham muito capazes, quando são apenas patéticos, em alguns casos até maléficos, para si próprios, para seus povos e para o mundo. Infelizmente, temos uma alta concentração dessas personalidades doentias nos lugares errados, no momento presente. Espero que não precipitem um desastre.
Sorry pelo ceticismo bem informado.
Paulo Roberto Almeida
Brasília, 29/04/2025
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