quinta-feira, 17 de julho de 2025

Está na hora de o Brasil sair do BRICS?; Is it time for Brazil to leave the BRICS? - Frlipe Krause

Is it time for Brazil to leave the BRICS?

Felipe Krause (Oxford University)

https://lnkd.in/enrBjK8G

That’s the question I explore in my op-ed published today in O Globo. While my answer is essentially yes — the costs of remaining in the bloc increasingly outweigh the benefits — I believe this is a debate worth having, and one that goes to the heart of Brazil’s foreign policy priorities today.

BRICS was once a symbol of a new multipolar world, but it has become an incoherent and increasingly dysfunctional group, dominated by China’s geopolitical agenda and exploited by Russia to project its narrative on Ukraine and escape isolation. Brazil, in turn, has little to show for its continued participation, other than diplomatic friction with key Western partners.

This is not about ideology, but about pragmatism. Brazil can sustain strong economic ties with China and constructive relations with the Global South without being tethered to a bloc that has lost strategic coherence and meaning.

I would be very interested to hear different perspectives on this topic. The article (in Portuguese) is available here:

https://lnkd.in/enrBjK8

Está na hora de o Brasil sair do BRICS?

Frlipe Krause, Oxford University

Essa é a pergunta que exploro em artigo publicado hoje n’O Globo. Embora minha resposta seja, em essência, afirmativa — os custos de permanecer no bloco passaram a superar os benefícios — acredito que esse é um debate necessário e que toca no centro das prioridades da política externa brasileira hoje.

O BRICS foi, no início, um símbolo de um mundo multipolar emergente, mas se tornou um grupo incoerente e cada vez mais disfuncional, dominado pela agenda geopolítica da China e instrumentalizado pela Rússia para projetar sua narrativa sobre a guerra na Ucrânia e escapar do isolamento. O Brasil, por sua vez, pouco tem a ganhar com essa participação, além de gerar atrito diplomático com parceiros ocidentais centrais.

Não se trata de ideologia, mas de pragmatismo. O Brasil pode manter laços econômicos sólidos com a China e um diálogo produtivo com o Sul Global sem estar vinculado a um bloco que perdeu coerência e sentido estratégico.

Gostaria muito de ouvir diferentes pontos de vista sobre esse tema. O artigo está disponível aqui:

https://lnkd.in/enrBjK8G  

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Comments:

This discussion is not only timely, but necessary. Brazilian society is, perhaps belatedly, being directly confronted with the costs of a choice - whether unfairly, or not. And regardless of how we evaluate the results of those decisions, it is crucial to discuss if the method in this decision-making is still adequate, having passed a quarter of this century. We do need this academic engagement for an increasingly more evidence-based agenda.

Congrats for the article!

Essa discussão não é só oportuna, como necessária. A sociedade brasileira está, talvez com certo atraso, sendo diretamente confrontada com os custos (injustos ou não) de uma escolha. E independente de nossas avaliações sobre os resultados dessas decisões, é crucial discutirmos se o método que utilizamos para tomar essas decisões ainda é adequado, já passado 1/4 desse século. Precisamos desse engajamento acadêmico para uma agenda cada vez mais baseada em evidências.

Parabéns pelo artigo! (Rafa Paulino)

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Ulf Thoene:

Many thanks for sharing, Felipe. Now, with a bit of distance from the Rio summit, a clearer picture is starting to emerge of where individual BRICS member states stand. The Brazilian perspective is relevant and insightful for other states in Latin America as well. I did a quick write-up on the most recent BRICS Summit in Rio for The Conversation en español, published on July 7th. 

https://theconversation.com/cumbre-2025-los-brics-abrazan-el-multilateralismo-y-piden-reformas-en-las-organizaciones-globales-260573

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Sergio Silva:

"Gostemos ou não, a diferença do Brasil para todos os demais países do Brics é que somos a única nação Brics sob a área de influência geopolítica direta dos Estados Unidos. No mesmo continente....

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/opiniao/os-eua-sempre-se-meteram-no-brasil-e-o-crucial-nunca-foi-a-soberania/)

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Paulo R Almeida:

 O atual assessor internacional da PR, quando chanceler, nunca perdoou-me por ter colocado em dúvida a criação do então BRIC tão cedo quanto 2006, e sabotou consistentemente minha carreira diplomática durante todo o reinado lulopetista: não tive nenhum cargo na Secretaria de Estado entre 2003 e 2016, permanecendo a maior parte do tempo na Biblioteca do Itamaraty. Nunca me dobrei à fantasia do Bric-Brics, agora Brcs+, como provam meus artigos reunidos no livro “A Grande Ilusão do Brics e o Universo Paralelo da Diplomacia Brasileira” (2022). Paulo Roberto de Almeida, diplomata aposentado.

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