quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Vamos resumir a história —Paulo Roberto de Almeida

Vamos resumir a história:

Donald já tinha estado na URSS em 1987, com sua primeira mulher (descontando todas as outras, até garotas), e parece que gostou das oportunidades imobiliárias. Voltou em 2013, e foi aí que um ex-oficial do KGB, convertido em patrão do FSB, transformou-o não só em um ativo fácil de manipular — e não só pelo dinheiro, mas jamais por ideologia —, mas igualmente em um aspirante controlado e direcionado à disputa à Casa Branca em 2016.

Foi o mais fantástico e barato dos investimentos feitos em assets russos em toda a história das relações bilaterais: algumas poucas dezenas de milhões de dólares, repassados por meio de bilionários cleptocratas circulando em volta do cleptocrata maior do Kremlin.

O investimento pagou, justamente logo após a invasão e anexação ilegais da península ucraniana da Crimeia, um aperitivo para a operação militar especial em 2022, mesmo tendo o incômodo de ter perdido por algum tempo o controle da Casa Branca, a despeito da tentativa desesperada de mantê-la, mesmo ao custo de uma insurreição teleguiada em 2021.

Finalmente, o investimento se mostrou ainda mais rentável com o retorno do querido amigo, em 2025, ao centro decisório do império em declinio. 

Tudo parece rodar na mais perfeita paz (ops), na mais cruel das guerras desde 1945, só faltando mesmo aquele maldito Prêmio Nobel que não parece dar as caras. Não tem importância: os próximos negócios na Rússia e em Gaza devem trazer grandes compensações financeiras, maiores, em todo caso do que qualquer premiozinho norueguês.

Pelo resumo da história:

Paulo Roberto de Almeida

(Um inventor de histórias)

Brasília, 10/09/2025


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