sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Revista Será? - Artigo de PRA sobre a política externa e a diplomacia do Brasil

Revista Será?
Desde 2012 acompanhando o fluxo da história.
ANO XIV Nº685

Recife, 28 de novembro de 2025.

Caro leitor,

Há semanas em que a história parece respirar ofegante; noutras, ela sussurra verdades que teimam em ser ignoradas. A edição desta semana da Revista Será? pertence à primeira categoria: um conjunto de textos que desafiam certezas, iluminam contradições e provocam inquietações necessárias. Ao folhear estes artigos, o leitor encontra um país que oscila entre o esgotamento das velhas polarizações, a redefinição das relações entre civis e militares, a reconfiguração do mapa político, o avanço do crime organizado como força econômica, a perplexidade diante do colapso ambiental, e a persistente busca por sentido — seja na vida que se prolonga ou na dor que a interrompe.

No editorial “Anticlímax e despolarização”, somos convocados a refletir sobre o esvaziamento emocional da política brasileira e seus riscos para a democracia. Em seguida, Tibério Canuto, em “A farda submetida ao Poder Civil”, registra um momento histórico: o Estado Democrático, enfim, dobrando a espinha militar que durante 135 anos interferiu no poder civil. Já Rui Martins, em “Jair já foi ou já era”, observa o lento colapso de uma figura que, de mito, tornou-se ruína simbólica.

Se a política se mostra instável, a violência urbana revela-se estrutural: em “Violência e crime organizado: uma análise econômica”Jorge Jatobá expõe a espiral criminosa que corrosivamente se infiltra na economia formal. E, no campo ambiental, Elimar Pinheiro do Nascimento, em “A COP 30 findou? Últimas impressões”, denuncia o abismo entre a retórica dos líderes e a emergência climática que não admite adiamentos.

Na arena diplomática, Paulo Roberto de Almeida, com “Política externa e diplomacia do Brasil: como são, como podem ser, 2”, redesenha um Itamaraty que precisa escolher entre nostalgia ideológica e inserção estratégica no século XXI. Em registro mais íntimo, Paulo Gustavo, no ensaio “A Brevidade da Vida”, questiona o que fazemos com os anos extras que conquistamos. E José Paulo Cavalcanti Filho, em “A Dor do Suicídio (Final)”, confronta o limite da existência com elegância literária e uma honestidade devastadora.

Fechando a edição, Elson devolve ao leitor, em sua charge, o golpe certeiro do humor crítico — esse instante em que o riso nos revela verdades que preferíamos não encarar.

Esta edição não oferece descanso. Ela oferece perguntas. E, talvez, seja exatamente disso que o Brasil mais precisa: não de certezas confortáveis, mas de pensamento vivo.

Boa leitura.
Os Editores

Índice

  1. Anticlímax e despolarização – Editorial
  2. A farda submetida ao Poder Civil – Tibério Canuto
  3. Jair já foi ou já era – Rui Martins
  4. Violência e crime organizado: uma análise econômica – Jorge Jatobá
  5. A COP 30 findou? Últimas impressões – Elimar Pinheiro do Nascimento
  6. Política externa e diplomacia do Brasil: como são, como podem ser, 2 – Paulo Roberto de Almeida
  7. A Brevidade da Vida – Paulo Gustavo
  8. A Dor do Suicídio (Final) – José Paulo Cavalcanti Filho
  9. Última Página, a charge de Elson

 

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