quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O Barao, em homenagem do Exercito brasileiro




Centenário de falecimento do Barão do Rio Branco
Brasília – José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, foi um dos maiores estadistas e diplomatas da história brasileira. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 20 de abril de 1845, e filho do Visconde do Rio Branco, também personagem ímpar da diplomacia brasileira, responsável por elevar a representação oficial do Brasil nos Estados Unidos da América ao patamar de embaixada. De berço, o futuro Barão herdaria a bagagem pessoal que o conduziria ao brilhante futuro.
O jovem José Maria estudou no Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, e, posteriormente, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Seus estudos foram concluídos na Faculdade de Recife, em 1866. Retornou ao Imperial Colégio Dom Pedro II, dessa vez como professor da cadeira de Corografia e História do Brasil.
Ocupou o cargo de promotor público em Nova Friburgo (RJ), foi deputado pela Província de Mato Grosso (1869) e, ao lado de seu pai, representou o País em missão especial no Paraguai. Nos anos de 1870 e 1871, em nova missão especial – ao lado das Forças Armadas, que há algum tempo vinham defendendo as fronteiras do Brasil – participou das negociações de paz entre os aliados e o Paraguai, que encerrou o Conflito da Tríplice Aliança.
Algum tempo após seu regresso ao Rio de Janeiro, onde se dedicou ao jornalismo, foi designado Cônsul-Geral do Brasil em Liverpool (Inglaterra) em 1876. Dentre as atividades exercidas, participou como delegado da Exposição Internacional de São Petersburgo. Fruto dos inestimáveis serviços prestados ao Império, recebeu o título de Barão do Rio Branco no ano de 1888.
Após a Proclamação da República, foi nomeado Superintendente-Geral na Europa da Emigração para o Brasil, em substituição a Antônio Prado. Em 1893, depois de uma profícua estada na Europa, retornou ao Brasil, onde foi nomeado chefe da missão encarregada de defender os direitos do País na questão envolvendo o território das Missões. O parecer emitido pelo Barão do Rio Branco levou o presidente dos Estados Unidos da América – árbitro encarregado – a decidir a questão favoravelmente às pretensões brasileiras em 1895.
Em 1898, o Barão do Rio Branco engajou-se em nova questão diplomática: a Questão do Amapá com a França. Dessa vez, a arbitragem coube à Confederação Suíça. A argumentação de nosso ilustre representante – constituída de sete volumes – levou o árbitro, Presidente Walter Hauser, a decidir a questão em favor do Brasil, o que elevou o nome do Diplomata José Maria da Silva Paranhos Júnior.
Concluída a Questão, ele foi nomeado Ministro Plenipotenciário em Berlim (Alemanha), de onde saiu em 1902 para assumir, a convite do Presidente da República, a Pasta de Relações Exteriores. O Barão do Rio Branco deixou a pasta em 1912, por motivo de falecimento, em 10 de fevereiro.
Muitas foram suas ações na área de Diplomacia e de Política e tais ações o tornaram um personagem ímpar na História do Brasil. Foi chanceler, embaixador, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, Membro da Academia Brasileira de Letras, Ministro de Estado, autor de uma obra sobre a História Militar do Brasil e um dos principais responsáveis pela definição pacífica do atual contorno geográfico do País.
Tamanha foi a comoção nacional causada por seu falecimento que, há 100 anos, a Nação adiou, para o mês de abril, um de seus maiores eventos, o Carnaval.
Trecho publicado na Gazeta de Notícias, de 11 de fevereiro de 1912.
"Morreu ontem o Barão do Rio Branco. Há dias a sua vida era a agonia prolongada pelos recursos da ciência. A cidade, os estados, o país inteiro, as nações vizinhas, a América, o mundo indagavam ansiosa da saúde do grande homem. E o grande homem caíra para não se levantar. Fora com um imenso soble, que resistindo anos e anos ao vendaval e a interpérie, dominando a vida, de repente estala e cai. Dizer do Barão do Rio Branco uma rápida impressão de dor, de luto, de lágrimas, quando o país inteiro soluça é bem difícil. E sua obra foi enorme e grandiosa. Ele teve duas vidas: a do jornalista de talento que se fez cônsul e a do cônsul que se transformou no maior dos brasileiros pelo seu desinteressado amor à Pátria, e no maior dos diplomatas contemporâneos pelo seu alto espírito, pela alta compreensão da função que exercia. Ele foi o dilatador do Brasil, alargando-o e aumentando-o em terras, graças ao seu engenho, sem um leve ataque à justiça e ao seu direito."
Em respeito a este vulto sem par, o Exército Brasileiro se alia à Casa de Rio Branco, ao Ministério das Relações Exteriores e ao País com esta singela homenagem! 

Um comentário:

  1. Leandro Pereira16/02/2012, 12:01

    Brasileiros que morram de frio!

    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1227

    Temeroso.

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