sábado, 7 de junho de 2014

Tordesilhas: a primeira divisao do mundo, entre portugueses e espanhois

NESTA DATA

É assinado o Tratado de Tordesilhas

O acordo dividia entre Portugal e Espanha as terras descobertas nas Américas


O Tratado de Tordesilhas criou uma linha imaginária como referência para a divisão das terras sul-americanas (Reprodução/Internet)
No dia 7 de junho de 1494, Portugal e Espanha assinaram na cidade de Tordesilhas, na Espanha, o tratado que dividia as terras do chamado “novo mundo”. Esse documento, batizado de Tratado de Tordesilhas, foi criado um ano e meio após a chegada de Cristóvão Colombo à América.
A Espanha se preocupava em proteger o que acabara de descobrir e pediu ao papa Alexandre VI que concedesse a posse de todas as terras descobertas a 100 léguas a oeste da ilha de Santo Antão, no arquipélago de Cabo Verde.
A autorização concedida pelo papa impedia que Portugal tivesse a posse de territórios recém-descobertos no continente americano. Além disso, o limite de 100 léguas dificultava a navegação portuguesa no oceano Atlântico.
Assim como a Espanha, os portugueses eram uma potência militar e econômica na época e, para evitar conflitos, foi estabelecido um novo acordo. No Tratado de Tordesilhas, espanhóis e portugueses aumentaram o limite, que passou de 100 para 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão.
Essa linha imaginária era referência para os dois países na divisão das terras. O território ao oeste pertenceria à Espanha e ao leste, a Portugal. Com o passar do tempo, os portugueses começaram a invadir o território espanhol, fazendo com que o território brasileiro ganhasse o contorno atual. Mesmo com o desrespeito português ao tratado, os espanhóis não se defenderam, pois estavam ocupados com o restante do continente americano, ao norte, ao oeste e ao sul do Brasil.
O Tratado de Tordesilhas deixou de vigorar em 1750, com a assinatura do Tratado de Madrid, no qual as coroas portuguesa e espanhola estabeleceram novos limites de divisão territorial para as colônias na América do Sul.

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