Desde
2003 a diplomacia brasileira, antes conhecida pela sua postura sóbria e
atuação silenciosa, passou a figurar no noticiário e a ser pauta de
conversas, mas não pelo lado positivo, mas pelo estardalhaço que passou a
provocar. O governo do PT passou usar a política externa do país como
instrumento de atuação ideológica do partido, principalmente na América
Latina, sob orientação do então assessor especial para assuntos
internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Sob a presidência Dilma, em julho, o Itamaraty
divulgou nota em que condenava o uso desproporcional da força pelo
governo Israel contra os terroristas do Hamas e recebeu de volta uma
simpática declaração do porta-voz da chancelaria isralense, Yigal
Palmor, de que o comportamento do governo brasileiro mostrava “a razão
por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente
irrelevante”.
O
que aconteceu no âmbito da política externa brasileira? O Itamaraty
mudou? Estas e outras questões são abordadas no ótimo livro Nunca Antes na Diplomacia - A Política Externa Brasileira em Tempos Não Convencionais,
do diplomata Paulo Roberto de Almeida. Em entrevista ao Podcast do IMB,
Paulo falou sobre os temas principais do seu livro e se em algum
momento histórico a diplomacia brasileira agiu num sentido mais liberal.
O
diplomata também contou como deixou de ser marxista, que se exilou
durante a ditadura, para se tornar um liberal e explicou como as ideias
liberais poderiam ajudar a diplomacia brasileira. Paulo também analisou a
influência negativa do lulo-petismo nas relações internacionais do
Brasil e de que forma essa orientação política poderá modificar a forma
de agir e de pensar da diplomacia brasileira.
***
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Eu preparei um texto antecipando essa entrevista, mas que é, obviamente, diferente do que foi falado.
Neste registro:
Texto dividido em seis partes para divulgação no blog Diplomatizzando, em 23/08/2014, segundo o esquema a seguir: 1) Diplomacia e política externa: quão diferentes? (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista.html); 2) Nunca Antes na Diplomacia: ideias boas e menos boas (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_23.html); 3) A diplomacia profissional e a engajada (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_93.html); 4) Existiria uma diplomacia liberal e outra menos liberal? (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_5.html; 5) Os estragos da diplomacia amadora sobre a política externa (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_95.html); 6) Ruptura de padrões e deterioração institucional na era do Nunca Antes (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_97.html). Consolidado em postagem sintética (23/08/2014: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-alguns.html).
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