sexta-feira, 24 de junho de 2016

Comemorando o trabalho nr. 3.000 (yes, three thousand works) - Paulo Roberto de Almeida

Esta noite de quinta para sexta, já sonolento, escrevi o que considero o meu trabalho número 3.000, o que de certa forma exige comemoração (vou ver se tem champagne na geladeira, para abrir com Carmen Lícia esta noite de sexta para sábado).
Eis aqui a ficha do dito cujo:

3000. “Relações Institucionais Internacionais”, Brasília, 23 junho 2016, 3 p. Ementa de curso de curta duração, a ser dado no quadro do programa de MBA de Relações Institucionais do Ibmec Business School, nos dias 25/06/, 9/07 e 6/08, a ser desenvolvido com base no trabalho 585 (Estrutura institucional das relações econômicas internacionais do Brasil: acordos e organizações multilaterais de 1815 a 1997), atualizado no livro Relações Internacionais e Política Externa do Brasil (2012).

Não é um trabalho completo, como vocês podem verificar abaixo, apenas o esquema do curso que vou dar durante três sábados seguidos, a começar amanhã. Mas o trabalho já está praticamente feito, com base no que já escrevi no passado (indicado na bibliografia ao final do programa), e também no que fui atualizando em três livros didáticos, e que vou agora transpor para apresentação em slides, para discutir pausadamente com os alunos, e depois repassar uma versão atualizada desse meu trabalho sobre a construção do multilateralismo contemporâneo.
Mas, não pensem que eu fiquei parado no trabalho 3000, pois já fui logo passando adiante. Esta manhã, antes de partir para o Uniceub, onde dei a última aula de Economia Política do semestre, para meus alunos de mestrado e doutorado, ainda escrevi uma pequena nota sobre o Brexit inglês, que vou transcrever em outra postagem. Esta a ficha do novo trabalho:


3001. “A Grã-Bretanha e a integração europeia depois do Brexit: de volta a 1971, a 1967 ou a 1959?”, Brasília, 24 junho 2016, 2 p. Nota sobre o contexto histórico dos processos negociados da GB em esquemas de integração europeus, notadamente o MCE-CEE e Efta (1960), e o retrocesso atual, a ser complementado por nova nota sobre o estado atual de indecisão entre Londres e Bruxelas.

Transcrevo o meu trabalho 3000, apenas para conhecimento.
Paulo Roberto de Almeida


Ibmec Business School

MBA de Relações Institucionais


Relações Institucionais Internacionais

Prof. PAULO ROBERTO DE ALMEIDA


Qualificação do professor:
Paulo Roberto de Almeida (São Paulo, 1949) é Doutor em Ciências Sociais (Universidade de Bruxelas, 1984), Mestre em Planejamento Econômico (Universidade de Antuérpia, 1977), e diplomata de carreira desde 1977. Foi professor no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília, diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) e, desde 2004, é professor de Economia Política no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Como diplomata, serviu em diversos postos no exterior e na Secretaria de Estado. De janeiro de 2013 até outubro de 2015 foi Cônsul-Geral Adjunto do Brasil em Hartford, Connecticut. De volta à Secretaria de Estado das Relações Exteriores foi designado Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, que se encontra integrado à Fundação Alexandre de Gusmão, constituindo um centro de eventos culturais e acadêmicos.

Descrição e Objetivos da Disciplina:
O curso tem como objetivo expor a lenta construção do multilateralismo contemporâneo, desde o século XIX (pós-Congresso de Viena), representando por entidades multilaterais, de caráter intergovernamental, ou de interesse da comunidade de negócios, desde aproximadamente o início da segunda metade do século XIX. Ao mesmo tempo em que vai identificar cada uma das entidades do multilateralismo contemporâneo, o curso vai examinar como funcionam essas organizações (algumas universais, outras regionais, ou setoriais), bem como a participação do Brasil em cada uma delas.

Ementa do Curso:
O curso se situa no próprio âmago do multilateralismo contemporâneo, ou seja, da construção das principais instituições do direito internacional, atualmente simbolizada sobretudo pela ONU e suas agências especializadas, que ocupam lugar de destaque nas relações internacionais, em contraposição às práticas diplomáticas tradicionais, baseadas sobretudo nas relações bilaterais de cunho político, e na preeminência das grandes potências sobre a política e a economia mundial. A diversificação da comunidade internacional aumentou a complexidade do sistema, e a multiplicação de entidades e acordos de escopo universal se torna menos impositiva e mais negociadora, o que, ao mesmo tempo, redunda na diminuição da soberania absoluta dos Estados sobre aspectos por vezes cruciais de suas atividades (como a economia e os intercâmbios), e no âmbito dos espaços comuns.

Critérios de Avaliação:
O grau final do aluno neste curso consistirá na soma dos graus obtidos em uma avaliação individual e sem consulta, sob a forma de prova escrita, a ser realizada após o término da disciplina (70%) e em trabalhos individuais ou em grupo realizados em sala ou em casa (30%).


Carga Horária Total:
24 horas/aula distribuídas em 3 encontros: 25/06; 9/07 e 6/08/2016.

Metodologia:
A metodologia de ensino consistirá de aulas expositivas e participativas, utilizando recursos audiovisuais e recurso à bibliografia especializada, estudos de casos e discussão sobre o papel das entidades do multilateralismo contemporâneo, com foco na participação do Brasil nesses foros e organizações que constituem uma parte substantiva de sua diplomacia.

Plano de Aula:
Sessão
Temas
Casos
Leituras Recomendadas
1.      
Introdução à construção do multilateralismo contemporâneo, em perspectiva histórica, desde meados do século XIX até a atualidade.
A diplomacia dos Estados modernos, do bilateralismo ao multilateralismo, e o impacto dessa evolução sobre as relações internacionais, em termos econômicos e políticos.
BARNETT, Michael; FINNEMORE, Martha. Rules for the World: International Organizations in Global Politics. Ithaca: Cornell University Press, 2004.
2.      
As entidades multilaterais, desde as primeiras “uniões” de interesse econômico até a ONU e suas agências especializadas; os organismos econômicos de Bretton Woods
Relação cronológica de todas as entidades multilaterais, universais e regionais, criadas desde o século XIX, com destaque para as econômicas, que definem as regras no mundo da produção e comércio internacional.
MURPHY, Craig N. International Organization and Industrial Change: global governance since 1850. New York: Oxford University Press, 1994.
3.      
A participação do Brasil no multilateralismo contemporâneo, entidades regionais e foros de interesse setorial ou especializado.
Como o Brasil se inseriu na política e na economia contemporânea, saindo da esfera bilateral do século XIX, para o plano multilateral do século XX.
ALMEIDA, Paulo Roberto de: Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização. Rio de Janeiro: GEN, 2012.
4.      
PROVA
Questões colocadas aos alunos



Bibliografia Recomendada:

Básica:
ALMEIDA, Paulo Roberto de: Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização. Rio de Janeiro: GEN, 2012.
_______ : Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
BARNETT, Michael; FINNEMORE, Martha. Rules for the World: International Organizations in Global Politics. Ithaca: Cornell University Press, 2004.
BAYNE, Nicholas; WOOLCOCK, Stephen (eds.). The New Economic Diplomacy: Decision-Making and Negotiation in International Economic Relations. Farnham: Ashgate, 2010.
COLLIARD, Claude-Albert. Institutions des relations internationales, 6ª ed., Paris: Dalloz, 1974.
COLLAS, Bernard, et alii. Accords Économiques Internationaux. Paris: Documentation Française, 1990.
GARCIA, Eugênio Vargas. Cronologia das relações internacionais do Brasil. São Paulo: Alfa-Omega; Brasília: Funag, 2000.
JACKSON, John H. The World Trading System. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1997.
MURPHY, Craig N. International Organization and Industrial Change: global governance since 1850. New York: Oxford University Press, 1994.
NICHOLSON, Michael. International relations: a concise introduction. New York: New York University Press, 1998.
SABORIN, Louis. Organismes Économiques Internationaux. Paris: Documentation Française, 1994.

Complementar:
ALMEIDA, Paulo Roberto de: O Brasil e o multilateralismo econômico. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 1999.
_______ : “A ordem política e econômica mundial no início do século XXI: Questões da agenda internacional e suas implicações para o Brasil”. In: BRANT, Leonardo Nemer Caldeira (org.), III Anuário Brasileiro de Direito Internacional. Belo Horizonte: CEDIN, v. 3, n. 2, 2008, pp. 151-189.
_______ : “Brasil: cronologia sumária do multilateralismo econômico, 1856-2006”. In: SEITENFUS, Ricardo; VENTURA, Deisy. Direito Internacional Público. 4a ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
_______ : “OCDE, UNCTAD e OMC: uma perspectiva comparada sobre a macroestrutura política das relações econômicas internacionais”. In: CASELLA, Paulo Borba; MERCADANTE, Araminta de Azevedo (orgs.). Guerra comercial ou integração mundial pelo comércio?: A OMC e o Brasil. São Paulo: LTr, 1998, pp. 149-198.
_______ : “O Brasil e o sistema de Bretton Woods: instituições e políticas em perspectiva histórica, 1944-2002”.  In: MAZZUOLI, Valério de Oliveira; SILVA, Roberto Luiz (orgs.). O Brasil e os acordos econômicos internacionais: perspectivas jurídicas e econômicas à luz dos acordos com o FMI. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, pp. 30-64.
JAMES, Harold. International Monetary Cooperation since Bretton Woods. Washington: International Monetary Fund-New York: Oxford University Press, 1996.
KEYLOR, William R. The Twentieth-Century World: An International History. Oxford: Oxford University Press, 1996.
KRIEGER, Joel (ed.). The Oxford Companion to the Politics of the World. New York: Oxford University Press, 1993.


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