Em um ano do governo atual gerou um deficit fiscal primário real em relação ao PIB de 4,38% maior do que o último ano do governo Dilma e a estupidez coletiva brasileira repete como “papagaio de pirata” ser o atual governo da salvação nacional.
No acumulado em doze meses até junho de 2016, registrou-se deficit primário de R$ 151,2 bilhões (2,51% do PIB). No acumulado em doze meses até junho de 2017, registrou-se deficit primário de R$ 167,2 bilhões (2,62% do PIB). Aumento de déficit primário de 4,38% em relação ao PIB.
Em doze meses até junho de 2016, os juros nominais totalizaram R$ 449,2 bilhões (7,45% do PIB). Em doze meses até junho 2017, os juros nominais alcançaram R$ 440,3 bilhões (6,89% do PIB). Redução dos gastos com juros de 7,52% em relação ao PIB.
Em doze meses até junho de 2016, o deficit nominal alcançou R$ 600,4 bilhões (9,96% do PIB). Em doze meses até junho de 2017, o déficit nominal alcançou R$ 607,5 bilhões (9,50% do PIB). Redução de 4,62% em relação ao PIB. Nesse ritmo esse governo precisaria de 21,64 anos para controlar o déficit atual. Aguardem.
Política Fiscal – Fonte BCB
Base: Junho de 2017
I - Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou deficit primário de R$ 19,6 bilhões em junho. O resultado primário do Governo Central foi deficitário em R$ 19,9 bilhões, e o dos governos regionais e das empresas estatais, superavitário em R$ 240,0 milhões e R$ 145,0 milhões, respectivamente.
No ano, o setor público consolidado registrou deficit primário de R$ 35,2 bilhões, ante deficit de R$ 23,8 bilhões no mesmo período de 2016. No acumulado em doze meses até junho, registrou-se deficit primário de R$ 167,2 bilhões (2,62% do PIB), 0,15 p.p. do PIB superior ao deficit registrado em maio.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$ 31,5 bilhões em junho, comparativamente a R$ 36,3 bilhões em maio. Contribuíram para essa redução o menor número de dias úteis no mês e o efeito da redução da taxa Selic. No acumulado no ano, os juros nominais somaram R$ 206,6 bilhões, comparativamente a R$ 173,3 bilhões no primeiro semestre do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 440,3 bilhões (6,89% do PIB), elevando-se 0,14 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em maio.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 51,1 bilhões em junho. No ano, o deficit nominal totalizou R$ 241,8 bilhões, comparativamente ao deficit de R$ 197,1 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 607,5 bilhões (9,50% do PIB), aumentando 0,29 p.p. do PIB em relação ao resultado deficitário registrado no mês anterior.
O deficit nominal de junho foi financiado mediante expansões de R$ 28,3 bilhões na dívida mobiliária, R$ 22,5 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e R$ 4,0 bilhões na dívida bancária líquida, contrabalançadas, parcialmente, pela redução de R$ 3,8 bilhões no financiamento externo líquido.
II - Dívida mobiliária federal
A dívida mobiliária federal interna fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 3.233,7 bilhões (50,6% do PIB) em junho, registrando acréscimo de R$ 103,5 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu emissões líquidas de R$72,2 bilhões, acréscimo de R$ 0,3 bilhão em razão da depreciação cambial, incorporação de juros de R$ 22,8 bilhões e ajuste patrimonial de R$ 8,2 bilhões.
Destacaram-se as emissões líquidas de R$37 bilhões em LFT; de R$ 25,1 bilhões em LTN; de R$ 5,7 bilhões em NTN-B e de R$ 4,5 bilhões em NTN-F.
A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação ao mês de maio: a porcentagem dos títulos indexados ao câmbio permaneceu em 0,3%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 22,9% para 23,8%, pelas emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados evoluiu de 26,4% para 27,1%, pelas emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços passou de 23,3% para 23,5%, pelas emissões líquidas de NTN-B. A participação das operações compromissadas reduziu-se de 26,8% para 25%, apresentando compras líquidas de R$76 bilhões.
Em junho, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado foi a seguinte: R$ 190,4 bilhões, 5,9% do total, com vencimento em 2017; R$ 465,4 bilhões, 14,4% do total, com vencimento em 2018; e R$ 2.577,8 bilhões, 79,7% do total, vencendo a partir de janeiro de 2019.
No final de junho, a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 91,7 bilhões. O resultado, no regime caixa, dessas operações no mês (posição passiva em taxa Selic e posição ativa em taxa de câmbio mais cupom cambial), foi desfavorável ao Banco Central em R$ 0,5 bilhão.
III - Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP alcançou R$ 3.112,9 bilhões (48,7% do PIB) em junho, aumentando 0,6 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. No ano, a elevação de 2,5 p.p. na relação DLSP/PIB decorreu da incorporação de juros nominais (aumento de 3,2 p.p.), do deficit primário (aumento de 0,6 p.p.), do reconhecimento de dívidas (aumento de 0,1%), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.), da desvalorização cambial acumulada de 1,5% (redução de 0,2 p.p.) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.).
A DBGG (Governo Federal, INSS, governos estaduais e municipais) alcançou R$ 4.674,6 bilhões em junho (73,1% do PIB), elevando-se 0,6 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
O estoque dívida líquida da União (interna mais líquida externa) em junho de 2017 era de R$ 4.959,3 bilhões (78,21% do PIB).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
www.ricardobergamini.com.br
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