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Abreu, Marcelo de Paiva (org.):
A Ordem do Progresso:
dois séculos de política econômica no Brasil
2.
ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014, ISBN 978-85-352-7859-0
íntegra da resenha
inserida em Academia.edu: https://www.academia.edu/34149727/A_Ordem_do_Progresso_Marcelo_P._Abreu_-_resenha_Gladson_Miranda
(...) CAPÍTULO 8 - DEMOCRACIA COM DESENVOLVIMENTO, 1956-1961
Luiz
Orenstein e Antonio Claudio Sochaczewski
Introdução
No período em que Kubitschek governou, o
setor público teve bastante apoio com políticas evidentes de desenvolvimento.
As vantagens foram alcançadas tanto para o setor privado quando para o público.
“A economia cresceu a taxas aceleradas, com razoável estabilidade de preços e
em um ambiente político aberto e democrático”. (pg.157)
1. A política cambial
A política cambial foi praticamente a
única política econômica que o setor público tinha a época. A economia do país
evoluiu de forma significativa na década de 1950 e 1960, em razão das estratégias
operacionais adotadas pelos gestores econômicos. (pg.157)
A movimentação dos capitais autônomos
teve alta a partir do ano de 1955, logo após ter passado por uma crise e
atingido seu mínimo no ano anterior. A reforma que estava sendo aplicada fez
com que reduzisse as categorias de tarifas apenas para a Especial e a Geral.
(pg.159)
No ano de 1957 houve outra reforma, esta,
por sua vez, aprofundou a modificação do processo de importação, pois a
indústria estava alcançando cada vez mais etapas avançadas. (pg.160)
2. As políticas de desenvolvimento
As políticas cambiais talvez possam ser
entendidas como as mais importantes para o setor público naquele momento, e as
demais políticas são vistas como políticas de desenvolvimento. Entretanto, as
políticas não estavam sendo direcionadas por um planejamento específico, mas
todas tinham como objetivo o desenvolvimento. (pg.161)
No final do ano de 1956 foi instituído o
Plano de Metas, este tinha metas para cinco anos e seus objetivos priorizavam
as seguintes áreas: alimentação, indústria de base, energia, educação e
transporte. Além de construir uma nova capital para o país. (pg.162)
Os planos contínuos com tentativa de
estabilizar serviram apenas como maneiras de diminuir a inflação para níveis
aceitáveis de forma a não abandonar a evolução até se estabilizar. (pg.166)
3. O papel do setor público
Os planos que foram implementados estavam
passando a responsabilidade de coordenar as obras de infraestrutura para o
setor público de forma a anular os impedimentos aos processos de
industrialização. (pg.166)
Os maiores investimentos do período foram
na indústria, principalmente na produção mineral e química, no qual estavam
inclusas a “produção e refino de petróleo e a extração de minério de ferro”.
(pg.168)
4. As políticas fiscal e monetária
A importância das políticas fiscais e
monetárias foram relativizadas em razão da maior ênfase no plano de
desenvolvimento. “A política econômica, em especial a de moeda e crédito, era
gerenciada pela SUMOC, pelo Banco do Brasil e pelo Tesouro”. (pg.170)
O Banco do Brasil vinha se expandindo,
tanto com relação a moeda escritural quanto com o papel-moeda. “Na verdade, as
três atribuições do Banco do Brasil combinavam-se funcionalmente e implicavam a
crescente operação daquele estabelecimento”. (pg.170)
As contribuições com as empresas de
transporte da União correspondiam a parcela mais importante de despesa do
Tesouro, apesar de o governo ser reservado com relação a liberação de tarifas
para este fim, em razão de estar preocupado com o peso que isso traria para a
inflação e o custo de vida. (pg.172)
No ano de 1958 houve uma movimentação
política a fim de que fosse aprovado o Programa de Estabilização Monetária
(PEM), o qual deveria se aprimorar em duas fases. (pg.174)
“Na primeira, fase de transição e
reajustamento, que se estenderia até fins de 1959, procurar-se-ia reduzir
drasticamente o ritmo da elevação dos preços através de duas metas: uma,
econômica, que se traduziria na correção das distorções criadas pela inflação,
na distribuição da renda, na orientação dos investimentos e nos preços do setor
externo da economia; outra, social, de se proteger o salário real ao invés dos
reajustes constantes dos salários nominais. Na segunda etapa, fase de
estabilização, procurar-se-ia, a partir de 1960, limitar a expansão de meios de
pagamentos no necessário para o ritmo de crescimento do produto real, com vista
a assegurar um grau razoável de estabilidade nos preços internos e reequilíbrio
no balanço de pagamentos (PEM, 1958, p. 11-12)”. (pg.174)
No final das contas, Kubitschek entendeu
por continuar seu governo de forma a procurar o desenvolvimento sem desprezar
as políticas de controle monetário. Seu governo foi marcado por características
contensivas e nos últimos anos passou a ser bastante instável, o que provocou
repercussões na política econômica brasileira. (pg.177)
(continua...)
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