Eles não se dão conta de que eu fui para o NAE-PR (a convite do ministro Gushiken) "apenas" porque o Itamaraty – leia-se SG Samuel Pinheiro Guimarães, e ME Celso Amorim – vetaram o convite feito pelo Diretor do Instituto Rio Branco para dirigir o mestrado em diplomacia daquela instituição de ensino.
Quanto à designação de "embaixador" – à qual não dou a mínima importância –, isso é prática corrente no Itamaraty, que eu também julgo indevida, de chamar assim todo o diplomata de carreira promovido ao último escalão, quando o título deveria ser apenas daqueles que exerceram efetiva chefia de posto, diplomatas ou não.
No que me concerne, prefiro ser chamado de professor, que é o que sou. Diplomata, em qualquer nível da carreira, é o que estou, ou o que exerço como profissão, mas não creio que tenha sido a mais importante em minha trajetória profissional.
Acredito ser mais conhecido como autor de livros e artigos sobre temas diversos.
Convido o jornalista a conhecer alguns em meu site: pralmeida.org.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 10 de março de 2019
O que une o chanceler e Paulo Roberto de Almeida
Ernesto Araújo e Paulo Roberto de Almeida estão em lados opostos hoje no Itamaraty, mas há algo que os une na visão de um grupo de embaixadores.
Para esses, só pode ostentar de fato de "embaixador" quem chefiou algum dia uma embaixada. Senão, "é um ministro de primeira classe", como explica um veterano diplomata.
A propósito, Almeida disse nos últimos dias que, por ser crítico à política externa do PT, ficou "durante o período do lulopetismo, trabalhando na biblioteca" do Itamaraty.
Não é, contudo, bem assim. Ao menos entre outubro de 2003 e junho de 2007, Almeida trabalhou na Presidência da República.
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