O "samba do crioulo doido" do Ministério da Defesa
Paulo Roberto de Almeida
Confesso que desisti de analisar o documento do MD, "Cenários de Defesa 2040". Levar a sério aquela assemblagem de loucuras subjetivas, de 500 participantes "ouvidos", seria uma enorme perda de tempo para quem, como eu, tem coisas mais importantes para fazer.
A impressão que se tem é que os "sábios" do MD recolheram os cenários mais improváveis, meio fruto da paranoia e meio da livre imaginação dos colaboradores, jogaram tudo em quatro liquidificadores, e dali extraíram quatro sucos descoloridos, sem qualquer gosto e sem qualquer serventia.
Os quatro "sucos", todos altamente improváveis em sua feição individual, são:
(1) Alinhamento com os EUA com recursos orçamentários;
(2) Alinhamento com os EUA com restrição orçamentária;
(3) Relacionamento global com recursos orçamentários;
(4) Relacionamento global com restrição orçamentária.
Não sei porque os militares precisam agitar tantos perigos à frente do Brasil, só para encaixar tudo, forçosamente, num dos quatro cenários arbitrários, implausíveis e IMPOSSÍVEIS.
Deve ser brincadeira, mas a palavra chave, em cada um deles é a mesma: ORÇAMENTO.
Ou seja, os militares querem ter orçamento, do contrário a pátria estará em perigo, e um deles é o velho fantasma da internacionalização da Amazônia.
Perder o meu tempo com essa brincadeira paranoica para apenas conseguir maiores nacos dos recursos nacionais me parece algo indevido, do ponto de vista do meu precioso tempo.
Não darei a ninguém o gostinho de comentar, positivamente ou negativamente. Apenas direi o seguinte: esse documento, que deve ter levado meses e meses, e custado alguns percentuais do orçamento do MD, é RIGOROSAMENTE INÚTIL.
Bye, bye...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9 de fevereiro de 2020
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