Há muito tempo que a diplomacia olavo-bolsonarista vem causando constrangimentos ao Brasil, não apenas à sua imagem lá fora, que já está terrivelmente diminuída – como poderiam atestar TODOS os diplomatas em postos no exterior, se pudessem falar livremente –, mas também aos interesses concretos de setores econômicos DENTRO do país.
Parece que o comitê de tutela militar sobre o Itamaraty, e sobre o próprio presidente, que andava um pouco desativado nos últimos meses, vai ter de voltar ao trabalho, para evitar desgastes ainda maiores, não só à nossa imagem, mas sobretudo aos interesses de exportadores e empresários em geral. Parece que o ministro da Economia já andou reclamando da área ambiental; deveria se preocupar com a área diplomática também.
Apenas um reparo a esse Editorial do Globo, "Guinada do Itamaraty põe em risco os interesses do país": quando se fala de Itamaraty, o coletivo está ERRADO. Não se trata do Itamaraty, e sim do chanceler acidental, em sua fidelidade sabuja a um dirigente totalmente incompetente em matéria de política internacional, de relações exteriores e de diplomacia.
Reproduzo aqui textualmente o último parágrafo, cujo argumento está reproduzido no lead:
"As atuais posições político-religiosas na política externa refletem os ideais totalitários de uma ala que, ocasionalmente, ocupa áreas-chave no governo. O problema é que tais imposições começam a redundar na multiplicação de riscos aos interesses nacionais."
Paulo Roberto de Almeida.

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