Uma postura inaceitável a todos os títulos
Paulo Roberto de Almeida
Como diplomata, conhecedor, portanto, dos princípios básicos do Direito Internacional, assim como esse contrato humanitário e pacificador que é a Carta da ONU, eu fico me perguntando, todas as manhãs, como é possível a um chefe de Estado e chefe da diplomacia brasileira, ou de qualquer outra diplomacia de um país normalmente aderente ao eixo central do multilateralismo contemporâneo, baseado em regras claras contra toda guerra de agressão ou de conquista unilateral, como é possível a qualquer pessoa conhecendo o mínimo do Direito Humanitário, e até as leis da guerra, já codificadas em convenções aceitas universalmente, como é possível a um chefe de Estado e da diplomacia manter relações de amizade, e até de apoio, a um criminoso de guerra já condenado pelo TPI, inclusive sendo responsável por crimes contra a humanidade, sob a forma de sequestro de dezenas de milhares de crianças forçosamente entregues a famílias estrangeira?
Como foi possível chegarmos a esse nivel de indignidade moral, a essa vergonha diplomática?
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27/05/2025
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