Meu Reino por uma Máquina de Escrever antiga (não elétrica)
Acreditem os mais jovens: eu já escrevi metade de minha produção em máquinas de escrever manuais; já minha tese de doutoramento foi escrita numa IBM elétrica, aquelas de bolinha; comprá-la, no meu primeiro posto na Suíça, me custou o preço de um Fusca usado no Brasil.Bem, mas não é por isto que escrevo aqui. Quero pedir, solicitar, suplicar que alguma alma caridosa desta capital federal no cerrado central que possua uma máquina de escrever e que queira ceder para uma boa causa – o Museu das Antiguidades (ops, Memorial das Comunicações) do MRE – que está organizando as ferramentas vetustas que usávamos no Itamaraty nos tempos de Matusalém. Eu nunca trabalhei em criptografia, mas já decifrei telegramas confidenciais naquelas velhas fitas perfuradas que depois transitavam pelo telex (tem gente que nunca viu um).
Que puder ceder aqui em Brasília, me contate que eu busco em qualquer lugar acessível a carro ou burro...
Abaixo a comunicação suplicante:
"Caros colegas,
A Coordenação-Geral de Patrimônio Histórico (CGPH) está reorganizando partes do Memorial das Comunicações do Itamaraty (https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/palacio-itamaraty/patrimonio-historico/memorial-das-comunicacoes), localizado no térreo do anexo I. Planejamos incluir, em breve, algumas atividades interativas, como jogos de cifração e decifração de mensagens e conteúdo audiovisual a ser acessado em um antigo computador.
Gostaríamos, se possível, de também oferecer aos nossos visitantes acesso a uma máquina de escrever, já que os visitantes mais jovens nunca tiveram a oportunidade de utilizar o equipamento. As que temos em exibição não estão em condições de uso para esse fim. Já vasculhamos o Ministério e não achamos nenhuma extra - devem ter sido descartadas há tempos. Apelo, assim, para este nosso grupo.
Caso algum de vocês tenha uma máquina em estado razoável que desejasse ceder ao Memorial, peço a gentileza de me contatar, por este email ou em elisa.breternitz@itamaraty.gov.br ou patrimoniohistorico@itamaraty.gov.br. O ideal seria que a máquina estivesse em Brasília e fosse mecânica, não elétrica (o espaço disponível está longe de uma tomada).
Aproveito para reiterar que a CGPH está à disposição de todos os colegas que queiram compartilhar conosco histórias, documentos, fotografias ou objetos que envolvam algum aspecto relativo ao setor de comunicações no MRE. Aos que ainda não tiveram a oportunidade de visitar a mostra, reforço o convite e informo que, em julho, o Memorial deverá ser aberto ao público externo, com visitas mediadas gratuitas e programação especial para o público infanto-juvenil durante as férias.
Desde já, muito obrigada."
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