domingo, 7 de fevereiro de 2010

1313) Pequena reflexao sobre o poder

(Suprema ironia que este post se inscreva na série sob o número 1313; juro que foi pelo mais puro acaso...)

Pequena reflexão sobre o poder
(à maneira de um hai-kai)

Certo, certo, tem aquela coisa do Lord Acton:
"O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente"

Isso é conhecido, é velho como a Babilônia (Estado, quero dizer).
Mas tem também um fator presente em todas as situações:
O poder inebria, ensandece e dissolve o raciocínio correto.

Pessoas que passam a dispor de poder, de qualquer poder, mesmo o mais ridículo
(que é sempre o poder de mandar em outras pessoas)
se embriagam (súbita ou gradualmente, não importa) com essa nova capacidade.

Elas passam a achar que dispõem realmente de poder.
Outras pessoas passam a abrir portas na frente delas.
Outras carregam as malas, e trazem os papéis. Que satisfação!

Elas até acreditam, que dominando assim a vida de outras pessoas,
passam a dominar inclusive as mentes dessas pessoas, fazendo-as pensar como elas.
Acredito que seja ilusão, embora alguns se submetam voluntariamente a isso.

Na verdade, muitos, ou maioria se submete a isso, pois aqueles que detem momentaneamente o poder
Podem transformar suas vidas, para o bem e para o mal.
Apenas os rebeldes naturais ou independentes de espírito escapam a essa fatalidade.
Ao seu risco e perigo, como diriam alguns...

Paulo Roberto de Almeida (7.02.2010)

2 comentários:

  1. Daniel Gomes Moscoso08/02/2010, 01:52

    Ilmº Dr. Paulo Roberto de Almeida,
    O poder, talvez, não seja algo ruim ou que sempre possa corromper. Um bisturí nas mãos de um cirurgião salva vidas, mas em mãos erradas pode matar.
    O que observamos na História, é que aqueles que obtiveram o poder, mas eram regidos por bom caráter e um ideal de fazer um mundo ou o seu estado melhor, foram grandes líderes.
    No entanto, nos dias correntes, mais notoriamente em países de um certo continente que tem atração pelo atraso, nota-se que o poder é um instrumento ou uma espécie de garantia para aqueles que não têm a palavra idoneidade nos seus dicionários.
    É como o dito popular:
    "Urso que nunca comeu mel, quando come se lambuza"!!!

    Boa Semana a Todos,
    Daniel Gomes Moscoso.

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  2. De fato, Daniel, o poder de curar, de aliviar a dor, de libertar de uma situacao opressiva, inclusive de liberar mentalmente certos ingenuos ou desavisados, apenas pelo poder do convencimento racional, sao armas poderosas para quem sabe usa-las correntamente.
    As ideias sao provavelmente mais fortes do que a força bruta, embora nem sempre vençam todos os embates.
    Em última instância, elas triunfarão.
    Paulo Roberto de Almeida

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