Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 16 de junho de 2009
1161) O custo da democracia brasileira (melhor, o alto custo dos parlamentares brasileiros)
Para achar o Brasil, os interessados terão de abrir o link abaixo e ir muito longe, mas muito longe mesmo na escala comparativa de governança e custo dos congressistas. A nossa situação é tão ruim que ela se situa literalmente fora do mapa.
Ainda vou escrever algo sobre isso. (PRA)
Custo-benefício ruim
Eduardo Graeff, 15/06/09
Este gráfico compara o salário básico de um deputado e a qualidade do governo em vários países (clique a figura para abrir a página).
Quanto mais longe do centro do gráfico, maior o salário do deputado em relação ao PIB per capita do país.
Quanto mais longe da linha de base no sentido anti-horário, pior o governo. A avaliação dos governos leva em conta três índices: o Índice de Democracia da The Economist, o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU e o Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional.
É ruim de achar o Brasil no gráfico. Estamos lá longe do centro na direção das 10:30 horas.
Um deputado brasileiro custa 22 vezes o PIB per capita. Um deputado europeu, menos de 4 vezes. Isso significa que o esforço do cidadão brasileiro para manter um deputado é cinco vezes maior do que o esforço de um cidadão europeu.
Em troca desse esforço, o cidadão brasileiro recebe um governo bem pior que os da Europa, Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, um pouco pior que o do México, um pouco melhor que os da Argentina, Botswana, África do Sul, Turquia e Tailândia.
Nosso governo não chega a ser um desastre comparado com o de outros países da América Latina, África e Ásia.
Mas a relação custo-benefício, digamos, tem muito que melhorar
<http://www.eagora.org.br/arquivo/custo-beneficio-ruim/>
3 comentários:
Paulo, qual a sua opinião sobre a localização da nossa capital?
Sendo mais objetivo: você acha que poderíamos ter melhores políticos (ou pelo menos mais bem vigiados e controlados) e uma influencia maior sobre o destino de nossa nação se a capital fosse localizada em algum estado da região sudeste?
Acredito que poderíamos exercer pressão muito maior sobre o governo caso tivéssemos acesso fisico mais fácil aos governantes. Aumentos de salário constantes, desvios de verba, compra de votos e outras notícias já corriqueiras não seriam tão facilmente toleradas (ou pelo menos assim gosto de imaginar), ainda que a nossa população não seja das mais adeptas a manifestações.
Lógico que não estou levando em consideração outras consequencias dessa mudança geográfica, como por exemplo o que seria feito de Brasilia caso retirassem a capital de lá...
Caro Prof. Paulo,
Se não fosse a sua dica da coordenada do ponto onde esta o Brasil, eu não teria localizado.
Há tempos a figura do representante dos anseios da sociedade está em decadência e cada vez mais a figura do político como profissão emerge no atual cenário político brasileiro.
E não é por menos, rendimentos e valorização muito superior as demais carreiras sem ter nem 1/10 do estudo necessário.
Por essas e outras, quando tiver um filho e ver ele se interessar por um livro, tirá-lo-ei desse caminho e darei uma bola de futebol ou explicarei o processo legislativo... não deixarei trilhar os mesmos árduos caminhos do pai.
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