Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Pobreza: subsidios do governo nao a eliminam, apenas a prolongam, no Brasil ou na Venezuela
Eleicoes 2014: o curral eleitoral do Bolsa Familia funcionou, e como... - Reinaldo Azevedo
Dilma, a Priscila do Deserto Moral
Reinaldo Azevedo
É preciso ser desonesto para não constatar a óbvia relação entre Bolsa Família e fidelidade ao petismo
Em Kakânia, o país imaginário de Musil em "O Homem Sem Qualidades", podia-se, às vezes, tomar um "gênio por um patife", mas "nunca se tomava um patife por um gênio". Dia desses, um dublê de colunista político e cortesão resolveu me ironizar porque afirmei que o país sai das urnas "dividido, rachado ao meio". As esquerdas, que produziram vasta literatura sobre a indústria eleitoreira da miséria, agora pretendem negar as suas próprias constatações. O Nordeste servia como emblema dessa relação quando o quase extinto PFL dava as cartas na região. Hoje, apontar o óbvio seria sinal de preconceito e demofobia. Em Banânia, não apenas se tomam gênios como patifes, mas também patifes como gênios.
Vejam os 15 Estados em que Dilma venceu no segundo turno, o seu percentual de votos (primeiro número) e o percentual de famílias atendidas pelo Bolsa Família (segundo número). Os dados são do TSE (desprezei os algarismos depois da vírgula) e do Ministério do Desenvolvimento Social (setembro de 2014). Maranhão (78-58), Piauí (78-54), Ceará (76-47), Bahia (70-47), Pernambuco (70-47), Rio Grande do Norte (69-40), Sergipe (67-49), Paraíba (64-50), Amazonas (64-43), Alagoas (63-53), Amapá (61-33), Tocantins (59-38), Pará (57-46), Rio de Janeiro (54-17) e Minas (52-21).
Agora seguem os Estados em que Dilma perdeu, com os mesmos dados: Santa Catarina (35-07), São Paulo (35-11), Acre (36-42), Distrito Federal (38-12), Paraná (39-13), Goiás (42-19), Mato Grosso do Sul (43-21), Rondônia (45-26), Mato Grosso (45-22), Rio Grande do Sul (46-13), Espírito Santo (46-19) e Roraima (42-47).
É preciso ser intelectualmente desonesto para não constatar que existe uma óbvia relação entre o benefício e a fidelidade ao petismo, que é o coronelismo da hora. A petista venceu o tucano por menos de 3,5 milhões de votos. Só no Nordeste, a sua vantagem foi de mais de 12,2 milhões. O percentual de famílias atingidas pelo programa, na região, varia de 40% (RN) a 58% (MA). O Acre e Roraima, de um lado, e Minas e Rio, de outro, parecem negar a evidência. Vistas as particularidades, não tenho espaço, apenas confirmam.
A média de votos de Dilma nos mil municípios com mais beneficiários do Bolsa Família foi de 73,1%; nos mil com menos, de apenas 28,2%. Nas mil cidades que concentram maior número de famílias com renda per capita igual ou inferior a R$ 70, a petista obteve 74,3% dos votos, nas mil com menos, só 28%.
É claro que não é o Nordeste o culpado. É a pobreza! Mas aí o esquerdista cascudo se regozija porque, afinal, a "represidenta" é a Priscila do Deserto Moral do Bolsa Família --que tem de ser mantido, sim, e de se transformar em política de Estado, imune ao proselitismo. Um governo que não se ocupasse de minorar a miséria seria indecoroso, além de cruel. Um governo que se orgulha de manter 50 milhões de pessoas atreladas ao programa é cruel, além de indecoroso.
Tanto pior quando a máquina oficial é mobilizada para fazer terrorismo eleitoral e ameaçar com o fim do benefício quem depende, para viver, de uma pensão que vai de R$ 32 a R$ 140. Eu não gostaria de estar na pele moral dessa gente.
Os imbecis falam em separatismo. Os decentes têm de pensar em como libertar os pobres da chantagem e da vigarice.
Midia: os orwellianos tupiniquins querem controlar a imprensa rapidamente...
Eles não desistem que querer implantar um mundo orwelliano.
Não devemos desistir de impedi-los de perpetrar seus sinistros desígnios.
Paulo Roberto de Almeida
Câmara realiza Fórum de Comunicação: Momento exige debate sobre regulação do setor
Liderança do PT na Câmara, 31/10/2014
A Câmara dos Deputados realiza nos dias 13 e 14 de novembro o Fórum Brasil de Comunicação Pública com o objetivo articular as emissoras públicas de rádio e TV e capacitar as organizações para atuar na regulação do setor e na formulação de políticas públicas. Para o deputado e jornalista Paulo Pimenta (PT-RS), autor da PEC 386/09, que restabelece a exigência do diploma para jornalista, o período pós-eleição exige aprofundamento do debate sobre essa temática.
“Mais do que nunca, após a eleição, fica claro que a mídia precisa de uma regulação democrática e transparente. O monopólio sem controle perpetuado ao longo de décadas foi perverso. Essa iniciativa da Câmara é urgente e esse tema deve ser prioritário para o País”, observou Paulo Pimenta.
Celso Schroder, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), uma das entidades participantes do Fórum, compartilha a mesma opinião. “Terminada a eleição, fica claro uma crise de identidade que as empresas comerciais sofrem no País. Elas assumiram postura partidária, com prática de crime eleitoral”, alertou.
Para Schroder, a mídia brasileira adota “no dia a dia, o comportamento partidário, inclusive após o período eleitoral, o que pode levar o Brasil a um ambiente político de instabilidade, promovendo a cisão no País, o que compromete a democracia brasileira”.
O presidente da Fenaj disse ainda que a crise da imprensa privada revela a necessidade de um marco regulatório para o setor. Ele lembrou que na disputa presidencial, principalmente no segundo turno, “muitos veículos de comunicação – entre eles os principais jornais e revistas de circulação nacional e os principais grupos de rádio e TV – abdicaram do jornalismo como atividade de produção e veiculação de informação isenta, plural e ética”.
Para contrapor a essa prática recorrente do jornalismo brasileiro, Celso Schroder disse que a aposta é “na produção de conteúdo plural, diverso, no acolhimento ao contraditório. É apostar num jornalismo investigativo, com objetividade e neutralidade”. Ele frisou que uma das ferramentas importantes de contraponto “é incrementar e fortalecer a comunicação pública do Brasil”.
Fórum – O evento, organizado pela Secretaria de Comunicação da Câmara dos Deputados e pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FrenteCom), acontece no auditório Nereu Ramos. O Fórum conta com a parceira de entidades como a Fenaj, FNDC, Fitert, Renajoc, Intervozes, Barão de Itararé, Astral, Frenavatec, Arpub, Amarc, Abccom, ABTU, Abraço, MNRC, Sinttel-DF, Fenaj, Sindicato dos Jornalistas do DF e Conselho Curador da EBC.
Temas – Entre os assuntos a serem debatidos encontram-se: Regulação do Campo Público; Tecnologia e Infraestrutura do Sistema Público e Convergências de Linguagens e Conteúdo. No dia 14 de novembro, os organizadores pretendem entregar a plataforma dos movimentos à Presidenta da República.
Politica Externa e Diplomacia da era lulo-petista: uma entrevista - Paulo Roberto de Almeida (revist InterAcao)
Academia.edu: https://www.academia.edu/9037570/2683_Pol%C3%ADtica_Externa_e_Diplomacia_Partid%C3%A1ria_no_Brasil_Atual_2014_
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Espionagem sovietica: muito mais ampla do que jamais voce poderia sonhar - BBC russian service
Também tem a informação de que cubanos e soviéticos penetraram os códigos confidenciais brasileiros, e leram tudo o transitava em nosso telex, depois mensagens eletrônicas. É a vida...
Enfim, ainda falta muito espião para descobrir, no nosso caso agentes cubanos que ainda estão por aí, pulando alegremente, de um lugar para outro, ganhando dinheiro e continuando a fazer trabalho sujo, como vocês devem saber...
Aqui uma outra história que traduzi pelo Google Translator do russo, espero que seja compreensível.
Paulo Roberto de Almeida
What was the name of Abel's actually 157 folders MI5
- October 30, 2014
- kommentarii
In total, the British MI5 counterintelligence declassified 157 folders with documents, most of which are documents from the personal files of people who were in sight of the British counterintelligence.
Declassified information relates to the period between World War I and the time of confrontation between the USSR and the West after the Second World War. The documents are divided into several categories: German intelligence agents and suspected of links with it during the Second World War; people for which audited; Soviet spies and people suspected of spying for the Soviet Union; communists and alleged communists, including citizens of the Soviet Union and those who approve of communist views.
Obviously, the materials of the dossier Abel must study together with the files of his personal file in the KGB, who kidnapped and brought back to Britain a former employee of the Archives Department of the First Chief Directorate of the KGB Vasili Mitrokhin.
Almost all the documents stolen from the Mitrokhin archive KGB, with July 2014 have become available to historians. For example, it was reported that Abel in 1947 led a large spy network in the US. In 1949, for the excellent work the leadership of the USSR awarded him the Order of the Red Banner.
In documents MI5 describes his arrest in the US in 1956. In the "Mitrokhin Archive" reported that during the arrest, he is named after his friend Rudolf Abel, who by that time was already dead. Fisher knew that the news of the arrest of "Abel" will signal to the KGB about what actually happened.
As is known, Abel subsequently exchanged in Berlin on pilot spy plane U-2 was shot down over the Soviet Union, Gary Powers.
Money laundering of the USSR in the US
There among the documents dossier colorful American businessmen Julius Hammer and his son Armand. Of these, it becomes clear how the Soviet Union in 1920 launched its intelligence activities in the United States.Family Hammer played a role in laundering money coming from the Soviet Union to finance the American Communist movement.
From the archives of the KGB became known in 1921, Vladimir Lenin considered the report of the Hummers so important that he sent a copy of Stalin stamped "Top Secret".
In the declassified document says that after America entered World War II, Julius Hammer could not move there. So he decided to go the other way, that is earning a lot of money that would have gone to the needs of the communist movement. In this he succeeded.
Among other alleged agents of the USSR include Indian diplomat and nationalist Arata Kandet Narayan Nambiar. In 1924 he went as a journalist in Berlin, where he collaborated with the communist cell consisting of Indians. In 1929, at the invitation of the Soviet Union, he came to Moscow.
Before the start of the Second World War, he was deported from Germany, but soon he was allowed to return as a representative nationalist Subhas Chandra Bose in Berlin. Then he led the European cell "Free India", which was funded by the Nazis.
He was arrested in Austria in 1945 and received a prison sentence for aiding the Nazis. Conviction has not prevented him Ambassador of India to work in Germany.
In 1959, Soviet defector told intelligence services of Britain that Nambiar was recruited by the GRU in the 1920s. In the "Mitrokhin Archive" no information about it, perhaps because it documents the GRU were not included.
British Marxist historians
It is assumed that most interest to researchers are the files associated with the British Marxist historians Eric Hobsbawm and Christopher Hill.In the case of Hill turns out that the intelligence agencies became interested in him after his long journey to Russia in 1935, when he was a student at Oxford University. In 1936 he returned to Britain and joined the Communist Party. After the Second World War, MI5 believed Hill's one of the main Communist at Oxford University.
In 1951, counterintelligence received permission from the Ministry of Interior to the audition of his telephone conversations and reading his correspondence. In MI5 believed that thus will be able to get more information about the scientist as well as on the activities of the Communists in the University of Oxford.
Thanks intercepted letter becomes clear infighting Hill and his decision to quit the Communist Party in 1957. Thus he protested the invasion of the Soviet Union in Hungary in 1956. In his address to the party leadership, he wrote: "For too long we have lived in a world of illusions. It was a cozy little world ..."
Unlike Hill Eric Hobsbawm has not left the ranks of the Communist Party after the Soviet invasion of Hungary, but his relationship with some of the British Communists soured. One of the supporters of "hard" line Dee Ann Pritt once said in a private conversation that he was dissatisfied with "this heinous Eric Hobsbawm."
Many Communists unpleasantly surprised to learn that the historian, wrote an article for the Daily Mail and the other is not too sympathetic to the Communists publications under the pseudonym Francis Newton. However, he continued to encourage people, especially young people, to join the Communist Party.
In one of the declassified files specifically states that in 1963 he congratulated the Young Communist League of West Middlesex with "encouraging results" to attract new members. The documents contained his membership card belonging to the beginning of the 1960s, as well as intercepted letters and transcripts of telephone conversations.
Secret agent of the Gestapo
The current package of documents disclosed reveals the secret MI5 agent "Jack King" of which the general public has learned of previously declassified documents. This officer counterintelligence, whose real name is - Eric Roberts, during the Second World War in Britain seemed a secret agent of the German Gestapo, making counterintelligence revealed Britons sympathetic to the Nazis. This operation is called "The Case of the fifth column."Some British, believing that they are dealing with a German spy, he even passed classified information, including the development of the engine for supersonic aircraft.
Thanks released documents became known name of the agent, as well as recordings of his conversations with supporters of the Nazis, who wanted to uncover all sorts of military secrets and thereby harm the military might of Britain.
Supporters Hitler proposes to continue the bombing of British cities to further undermine the morale of the society, and the German troops entered the territory of Britain. In the period from 1942 to 1945, Roberts was able to identify dozens or even hundreds of people who supported the Nazis.
In declassified documents counterintelligence have information about the American physicist Robert Oppenheimer, who helped create the Atomic bomby.Ego suspects in connection with the Soviet Union because of sympathy for the ideas of Marxism and the communist movement. From his dossier can be understood that the American and British intelligence are very worried that Oppenheimer decides to escape to the Soviet Union.
MI5 declassified dossier on the member of the CPSU, comrade Joseph Stalin Georgy Malenkov. In 1956 Malenkov headed the delegation of the Soviet Union, to visit the UK. The visit was widely covered in the British press.
Reforming the World Monetary System: book review of Carol M. Connell - Paulo Roberto de Almeida
Relacoes Brasil-EUA: alguma chance de melhorar? Hummm -- Andres Oppenheimer (MH)
Andres Oppenheimer
Miami Herald, October 30, 2014
The big question among Brazil watchers in this capital is whether newly re-elected President Dilma Rousseff will improve her government's ailing ties with the United States during her second term. Most are skeptical that she will.
Despite Rousseff’s statement after a telephone conversation with President Barack Obama on Tuesday that both leaders will take “all possible measures” to revamp bilateral ties, and that their foreign ministries will start talks to reschedule a previously canceled Rousseff visit to Washington, few diplomats or foreign-policy experts believe there will be a significant improvement in Brazil-U.S. ties during Rouseff’s second term.
The reason is that Rousseff’s foreign policy is run by her left-of-center Workers Party’s leftist wing, which prioritizes Brazil’s ideological alliances with Venezuela, Argentina, and other leftist-ruled neighboring countries over improving relations with Washington. And that’s not likely to change anytime soon.
Rousseff, who won Sunday's elections in Latin America's biggest country with a meager 51.6 percent of the vote, has focused her foreign policy on strengthening South America’s economic and political blocs, including the MERCOSUR trade bloc led by Brazil, Argentina, and Venezuela.
Under MERCOSUR’s rules, which were strongly criticized during the campaign by opposition leader Aecio Neves, no member country can unilaterally negotiate a free-trade deal with non-member countries, such as the United States. Rousseff’s critics argue that, to revamp Brazil’s stagnant economy, the South American country badly needs more trade and investment with the United States and Europe.
Ties between Brazil and Washington hit a low last year, after Rousseff suspended a hard-negotiated trip to Washington following disclosures that the U.S. National Security Agency had spied on her.
“We don't think there will be a huge shift in Rousseff’s second term, neither in economic nor in foreign policy,” says Joao Augusto de Castro Neves, a Brazil analyst with the Eurasia Group political-analysis firm. “Given the economic challenges that she is facing, she may be pressed to make some changes to take distance from her so-called Bolivarian nationalist interventionist policies, but they will be very slow and gradual changes.”
Thiago Aragao, of Brazil’s Arko Advice political-consulting firm, says that Brazil’s foreign policy is unlikely to change “because Dilma (Rousseff) will be even more dependent on the Workers Party than before.” He added, “She will have to govern with a more divided congress, and turning her back to the Workers Party would amount to political suicide.”
The only thing that might change in Brazil’s foreign policy might be a trend to make fewer subsidized loans from its BNDES national development bank to Venezuela, Cuba, and other government allies, Aragao said. “We may see a small decrease in the amounts of these loans, but no change in the general foreign-policy mindset.”
Peter Hakim, a leading Brazil analyst with the Inter-American Dialogue think tank, is more optimistic. Rousseff is expected to reshuffle her economic and foreign-policy teams during her second term, which will give both sides an opportunity to revamp their ties, he said.
Other Brazil watchers note that Marco Aurelio Garcia, Rousseff’s powerful point man for relations with Venezuela, Cuba, and other leftist governments, might soon retire.
U.S. officials are known to be skeptical about Rousseff’s political will — or political capacity — to dramatically improve ties with Washington, citing among other examples the fact that Brazil has not replaced its ambassador to the Washington, D.C.-based Organization of American States in several years. Many U.S. officials take that as a sign that Brazil wants to weaken the OAS in order to strengthen UNASUR, CELAC, and other diplomatic groups that exclude the United States.
My opinion: Both Brazil and the United States are to blame for their tense bilateral ties, which are hurting both countries.
Brazil is hurting itself by essentially giving away its foreign policy to the extreme left of the Workers Party. It has resulted in Brazil’s near automatic support for dictatorships around the world, from Cuba to the Middle East, and damaged Brazil’s economy by isolating it from the world’s biggest markets.
And the United States, in addition to the NSA spying fiasco, has not helped mend fences by, among other things, refusing to support Brazil's bid for a United Nations Security Council seat, while at the same time supporting India's bid.
I hope I'm wrong about this, but despite both Brazil and U.S. statements after Rousseff’s re-election signaling a mutual desire to press the re-set button, it’s not likely to happen anytime soon.
A China seria um Estado autocratico?: canadenses de Toronto dizem que sim...
Toronto School District Cancels Plans for Confucius Institute
By AUSTIN RAMZY
Canada’s largest school district moved to terminate its agreement with the institute, which would have offered after-school Chinese language and culture classes, over concerns about China’s human rights record and restrictions on academic freedom.
Parece que tem gente que não concorda em manter relações as usual...
Paulo Roberto de Almeida
Toronto School District Cancels Plans for Confucius Institute
Brasil: o estatismo ganhou - Mary Anastasia O'Grady (Instituto Mises)
Assim como nos EUA, o Brasil também possui uma classe alta formada por eleitores urbanos de esquerda, que se sentem virtuosos em defender a intervenção estatal na vida de outras pessoas e em ajudar a ditadura cubana. Porém, existe também um Brasil mais ambicioso, o qual é formado por empreendedores que se arriscam, por agropecuaristas competitivos globalmente e por uma ascendente classe média que anseia enormemente por uma maior integração com o resto do mundo. Esses brasileiros queriam desesperadamente uma mudança para mais mercado e mais capitalismo, e viram no candidato Aécio Neves um representante mais próximo dessa mudança. Foram esses brasileiros que fizeram com que as eleições presidenciais do último domingo fossem a mais apertada da história do Brasil.
Com esse resultado apertado, Dilma tem agora de descobrir o que fará com seus próximos quatro anos. De um lado, ela pode imaginar ser possível consolidar o poder do PT — seu objetivo supremo — dando continuidade às políticas que utilizou até agora, não importa os custos para a economia. Alternativamente, ela pode optar por fazer ajustes econômicos pragmáticos com o objetivo de restaurar a confiança e o crescimento.
Essa última opção é até possível, mas é bem improvável, pois os militantes do seu partido, que ganharam poderes e engordaram suas contas bancárias durante os governos do PT, querem ainda mais poder, e não menos. Dilma pode até fazer algumas declarações aparentemente conciliatórias e, no curto prazo, implantar algumas medidas em prol de um pouco mais de liberdade econômica, como fez seu mentor Lula nos primeiros anos de seu governo, quando ele tinha o objetivo de acalmar os mercados que estavam em queda por temor de seu novo governo. Uma vez alcançado esse objetivo, no entanto, Lula voltou para a esquerda.
As chances são de que Dilma fará o mesmo, assegurando por mais quatro anos a já tradicional reputação do Brasil para a mediocridade. Somente se uma investigação criminal comprovar que Dilma e Lula sabiam sobre o esquema de corrupção na Petrobras é que as coisas podem se alterar substantivamente.
A grande ironia da campanha eleitoral é que, enquanto Dilma e Lula reivindicavam todo o crédito pelo crescimento econômico que o Brasil vivenciou na década de 2000, ambos se opuseram às reformas estruturais ocorridas na década de 1990. A privatização de empresas estatais, a abertura (ainda que limitada) da economia brasileira à concorrência estrangeira, e a reforma monetária de 1994, que criou o real e acabou com a hiperinflação — todas essas medidas estimularam o desenvolvimento e, devido a essa geração de riqueza, possibilitaram a criação de programas assistencialistas mais generosos, os quais são a marca registrada do PT.
Não fossem essas reformas da década de 1990 — às quais o PT se opôs —, não haveria chances de sucesso para os subsequentes governos do PT na década de 2000.
O problema é que o PT não quis aprofundar essas reformas, e a consequência é que o "milagre brasileiro" morreu no berço. Na mais generosa das avaliações, o país é visto hoje como apenas mais um entre vários países em desenvolvimento; já na maioria das vezes, ele é visto lá no fim da fila.
Nem Lula e nem Dilma parecem se preocupar com desenvolvimento econômico. De acordo com um relatório do Goldman Sachs, de 2004 a 2013, os gastos do governo cresceram a um ritmo de 8% ao ano, em termos reais, o que representou um crescimento mais de duas vezes maior do que o crescimento do PIB. A inflação de preços está hoje em quase 7% ao ano para aqueles bens e serviços cujos preços não são controlados pelo governo. E quando se considera apenas o setor de serviços, a inflação de preços está em 8,6% ao ano. Para piorar, as expectativas quanto à inflação futura estão se deteriorando.
Dilma imaginou que poderia conter a carestia congelando o preço da gasolina, a qual é ofertada pela Petrobras, e o preço do etanol, o qual é ofertado por usineiros locais e utilizado por carros flexíveis em combustível. No entanto, dado que os custos de produção continuaram aumentando (por causa da inflação crescente), a Petrobras e o setor sucroalcooleiro estão incorrendo em severos prejuízos. Várias usinas de álcool já faliram e várias outras estão por falir. Elas não sobreviverão caso essa política de congelamento de preços continue.
O PT se gaba de ajudar os pobres com políticas assistencialistas, mas a mesma mão que dá é aquela que tira — e a mão que tira é a mais pesada. O aumento do protecionismo, os pesados encargos sociais e trabalhistas que oneram a folha de pagamento das empresas, os altos impostos sobre o consumo, uma infraestrutura em frangalhos, e as inflexíveis leis trabalhistas geram custos que impedem o aumento dos salários e que fazem com que o padrão de vida dos brasileiros esteja muito aquém do seu potencial.
Ainda mais preocupante é o estrago que o PT pode fazer com as instituições e com o estado de direito ao longo dos próximos 48 meses. A sociedade civil brasileira é uma forte defensora das liberdades civis e do pluralismo. No entanto, como um sagaz empresário me confidenciou, "Estamos vivenciando, passo a passo, uma tendência rumo à Argentina, à Bolívia e ao Equador". Um exemplo é o decreto de maio, assinado por Dilma, que cria os "conselhos populares", os quais criariam um modelo semelhante ao que já existe na Venezuela. Até o momento, o Congresso vem oferecendo resistência. Porém, se o tradicional esquema de compra de votos ocorrer, ele pode capitular.
Trata-se de uma perspectiva pavorosa para qualquer pessoa que conheça um pouco de história. Como já havia observado no século XVIII o filósofo David Hume: "A liberdade não é abolida de uma só vez; o processo ocorre em etapas."
Hoje, Dilma é apenas uma política que ganhou uma eleição. No futuro, os brasileiros podem aprender que o governo de um partido só e regras indefinidas são os verdadeiros projetos de longo prazo do PT.
Separatismo: contra os idiotas da secessao regional - Reinaldo Azevedo
Essa conversa sobre separatismo no Brasil é asquerosa, é revoltante. Foi inventada por Lula, e, claro!, os porta-vozes do PT na imprensa logo aderiram à tese, atribuindo a adversários do PT o rancor separatista.
Ainda voltarei ao assunto, sim. Não! Não foram Norte e Nordeste que deram a vitória a Dilma porque há lá, se me desculpam a tautologia, muitos nortistas e nordestinos. A questão é de outra natureza: está relacionada à pobreza, que se concentra, como se sabe, no Norte e Nordeste do país — onde, de fato, está o maior número de pessoas atendidas pelo Bolsa Família. A questão é bem mais séria. Um programa social, que tem apenas o condão de tirar as pessoas da miséria e da indigência social e econômica, transformou-se numa máquina de produzir votos — e isso, sim, é imoral.
A população pobre, além de vítima das circunstâncias, não pode agora ser responsabilizada por um resultado eleitoral que eu também acho ruim para o Brasil. Vou escrever sobre tudo isso com mais vagar. De imediato, acho que é hora de a gente rechaçar essas teses de Nordeste contra Sudeste, não importa quem a advogue, sejam os petistas, obedecendo à orientação de Lula, sejam os seus adversários.
Aliás, Lula, ele mesmo, deveria ter vergonha de investir nessa história: afinal, é um nordestino que se tornou a maior liderança nacional no Sudeste. Durante um bom tempo, diga-se, ele despertava temores extremos justamente na população do… Nordeste!
Rebatam essa besteira. Esse negócio de falar em separatismo é um atentado à inteligência, ao bom senso e até à decência. Voltarei a esse assunto neste blog e falarei a respeito na minha coluna de amanhã, na Folha.
Quem fala em separar o Sudeste e o Sul do resto do Brasil, lamento!, não entendeu nada. Ao contrário: precisamos é somar esforços com os pobres do Brasil, do Nordeste ou não, para que eles se libertem da caridade que hoje os escraviza e os torna alvos fáceis do terrorismo de um partido político.
Mensalao: jornal do Stalin Sem Gulag insiste em chamar o processo de farsa
O jornal já começa mentindo desde a primeira linha...
O jornal poderia perguntar a ele por que é (ou de quem) que ele tinha medo de morrer...
Seria do ministro Joaquim Barbosa?
Só pode ser...
Paulo Roberto de Almeida
Farsa do ‘mensalão’ cai por terra após libertação de Pizzolato
A farsa montada no maior julgamento de exceção já visto no país, desde o enforcamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ainda no Brasil Colônia, caiu por terra na Itália, nesta quarta-feira, após a libertação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. A Ação Penal (AP) 470, batizada de ‘mensalão’ pela mídia conservadora, não serviu ao seu objetivo primário, de promover o impedimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que governou por dois mandatos, nem atrapalhar a eleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2010. Agora em 2014, reconduzida a atual mandatária a um segundo período no Palácio do Planalto, a peça jurídica fundada em um amontoado de mentiras é desmontada e deixa exposta a sua origem golpista. Um novo capítulo começa a ser escrito na Justiça brasileira.
Pizzolato, a exemplo dos demais réus no processo do ‘mensalão’, teve seu nome arrastado na lama. Ao contrário dos demais, que cumprem penas em diferenciados regimes, no país, ele preferiu apelar à Justiça da Itália, seu segundo país natal, onde o processo foi reexaminado à luz do direito, e não da política de extrema direita, com base nos autos produzidos nas dependências do Judiciário brasileiro e no relatório que usou em sua defesa.
– Eu não fugi, eu salvei minha vida. Você não acha que salvar a vida não vale a pena? – disse ao deixar a prisão, nesta manhã.
Petista histórico, Pizzolato reafirmou sua inocência:
– Tenho a consciência tranquila. Nunca perdi uma noite de sono. Fiz meu trabalho no banco, o banco não encontrou nenhum erro no meu trabalho. O banco sempre disse que não sumiu um centavo. Não é um banco pequeno, é o maior banco da América Latina, é um banco que tem um enorme sistema de controle – afirmou.
Condenado no Brasil a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato chegou à Itália em setembro do ano passado e foi preso em Maranello em fevereiro deste ano. A Corte de Apelação de Bolonha negou o pedido de extradição do governo brasileiro e ele foi libertado. Segundo Alessandro Sivelli, advogado do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, a “situação das cadeias brasileiras” foi decisiva para que a justiça italiana negasse a extradição.
Tribunal de exceção
Segundo o relatório que Pizzolato apresentou, em sua defesa, na corte italiana, um tribunal de exceção foi montado no Brasil com o único objetivo de desmoralizar o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma clara tentativa de apeá-lo do poder antes do tempo. Embora o estratagema tenha funcionado ao contrário, com mais um mandato popular surgido das urnas ao líder petista, que em seguida elegeu a sucessora, Dilma Rousseff, o STF seguiu adiante e conseguiu que o ex-ministro José Dirceu e o deputado José Genoino (PT-SP) fossem conduzidos à prisão.
Pizzolato relata, em detalhes, as operações realizadas na campanha política de 2002 e suas ações na diretoria de Marketing do Banco do Brasil. No dossiê, ele contesta os documentos acatados como verdadeiros na AP 470.
“Observem bem a data em que foi escrita a carta mentirosa do “tucano” (Antonio Luiz Rios, ex-presidente da Visanet que hoje trabalha como consultor para a Rede Globo de Televisão) e dirigida aos peritos da PF, foi em 02 de fevereiro de 2006, período em que os advogados não tinham acesso a nenhum documento. E esta carta mentirosa do “tucano” ditou, influenciou e/ou moldou todos os pareceres, perícias e fundamentalmente a própria “denúncia” da Procuradoria Geral da República e do Ministério Público Federal (PGR/MPF), bem como a argumentação do relator Joaquim Barbosa que por sua vez “convenceu” o plenário do STF. Ninguém, repito, absolutamente ninguém, nem o PGR/MPF e nem o relator, deram-se ao trabalho de observar a regra básica de uma relação de mercado, o respeito ao contrato. Pois existia um contrato que normatizava a relação da Visanet com seus sócios, os diversos bancos, sendo o maior acionista da VISANET, o Bradesco”.
Em nove capítulos, Pizzolato também revela que, em março de 2006, quando ainda presidia o STF o ministro Nelson Jobim, a CPMI dos Correios divulgou um relatório preliminar pedindo o indiciamento de 126 pessoas. Dez dias depois, em 30 de março de 2006, o procurador-geral da República já estava convencido da culpa de 40 deles. A base das duas acusações era desvio de dinheiro público (que era da bandeira Visa Internacional, mas foi considerado público, por uma licença jurídica não muito clara) do Fundo de Incentivo Visanet para o Partido dos Trabalhadores, que teria corrompido a sua base aliada com esse dinheiro. Era vital para essa tese, que transformava o dinheiro da Visa Internacional, aplicado em publicidade do BB e de mais 24 bancos entre 2001 e 2005, em dinheiro público, ter um petista no meio. Pizzolato era do PT e foi diretor de Marketing de 2003 a 2005.
Barbosa decretou segredo de Justiça para o processo da primeira instância, que ficou lá, desconhecido de todos, até 31 de outubro do ano passado. Faltavam poucos dias para a definição da pena dos condenados, entre eles Pizzolato, e seu advogado dependia de Barbosa para que o juiz da 12ª Vara desse acesso aos autos do processo, já que foi o ministro do STF que decretou o sigilo.
O relator da AP 470 interrompera o julgamento para ir à Alemanha, para tratamento de saúde. Na sua ausência, o requerimento do advogado teria que ser analisado pelo revisor da ação, Ricardo Lewandowski. Barbosa não deixou. Por telefone, deu ordens à sua assessoria que analisaria o pedido quando voltasse. Quando voltou, Barbosa não respondeu ao pedido. Continuou o julgamento. No dia 21 de novembro, Pizzolato recebeu a pena, sem que seu advogado conseguisse ter acesso ao processo que, pelo simples fato de existir, provava que o ex-diretor do BB não tomou decisões sozinho – e essa, afinal, foi a base da argumentação de todo o processo de mensalão (um petista dentro de um banco público desvia dinheiro para suprir um esquema de compra de votos no Congresso feito pelo seu partido).
No dia 17 de dezembro, quando o STF fazia as últimas reuniões do julgamento para decidir a pena dos condenados, Barbosa foi obrigado a dar ciência ao plenário de um agravo regimental do advogado de Pizzolato. No meio da sessão, anunciou “pequenos problemas a resolver” e mencionou um “agravo regimental do réu Henrique Pizzolato que já resolvemos”. No final da sessão, voltou ao assunto, informando que decidira sozinho indeferir o pedido, já que “ele (Pizzolato) pediu vistas a um processo que não tramita no Supremo”.
“Pois é”
O único ministro que questionou o assunto, por não acreditar ser o assunto tão banal quanto falava Barbosa, foi Marco Aurélio Mello.
Mello: “O incidente (que motivou o agravo) diz respeito a que processo? Ao revelador da Ação Penal nº 470?”
Barbosa: “Não”.
Mello: “É um processo que ainda está em curso, é isso?”
Barbosa: “São desdobramentos desta Ação Penal. Há inúmeros procedimentos em curso.”
Mello: “Pois é, mas teríamos que apregoar esse outro processo que ainda está em curso, porque o julgamento da Ação Penal nº 470 está praticamente encerrado, não é?”
Barbosa: “É, eu acredito que isso deve ser tido como motivação…”
Mello: “Receio que a inserção dessa decisão no julgamento da Ação Penal nº 470 acabe motivando a interposição de embargos declaratórios.”
Barbosa: “Pois é. Mas enfim, eu estou indeferindo.”
Segue-se uma tentativa de Marco Aurélio de obter mais informações sobre o processo, e de prevenir o ministro Barbosa que ele abria brechas para embargos futuros, se o tema fosse relacionado. Barbosa reitera sempre com um “indeferi”, “neguei”. O agravo foi negado monocraticamente por Barbosa, sob o argumento de que quem deveria abrir o sigilo de justiça era o juiz da 12ª Vara. O advogado apenas consegui vistas ao processo no DF no dia 29 de abril, quando já não havia mais prazo recursório.