Paulo Roberto de Almeida
Sobre Celso Furtado
Ivan Lima
Libertatum, 23/07/2015
Um dos
intelectuais esquerdistas depoentes sobre o economista Celso Furtado, no vídeo
que recentemente publiquei em Libertatum, fala em encantamento - que segundo
ele, o acompanhou por toda a vida - ao assistir uma palestra de seu ídolo
marxista nacional.
Essa
pequena nota é para dizer o quanto eu próprio testemunhei esse encantamento por
Celso Furtado em algumas pessoas com as quais me
relacionei profissionalmente. Algumas delas era gente culta, com
formação superior e empresários. Gente da melhor qualidade moral, e
elegantes no trato. Algumas já morreram. Outras não sei se ainda vivem. Mas
todas certamente chegaram ou estão chegando ao fim da jornada já
há décadas intelectualmente mortos com o tal encantamento a Celso
Furtado e sua teoria de transformação do mundo via marxismo.
E
chegaram a essa condição antes mesmo da morte física,
simplesmente porque o marxismo é contraditório, destrutivo, e autofágico.
Conflituoso, desagregador, com suas falácias sobre as já refutadas teoria da
exploração e luta de classe. E seu espírito precisa permanentemente de
propaganda para manter-se em evidência pois sua teoria é vazia, inócua,
embora seus meios iníquos, impiedosos, quando totalitariamente no
poder. Igual a aquelas pessoas que conheci encantadas pelas
"ideias" de Celso Furtado, gerações de brasileiros que efetivamente
tiveram excelentes oportunidades de através do seu talento intelectual e
profissional contribuir para a mudança de mentalidade dessa sociedade
estatista, ajudaram a enterra-la mais fundo no buraco socialista em que ela
hoje se encontra.
Em
alguma parte da aludida matéria o autor fala como chega a ser ridícula a
fala teórica de Celso Furtado no vídeo. Digna de piedade. Destaco o trecho em
que Celso Furtado fala sobre a condição de miserabilidade do povo, que
"será", segundo ele dizia, eterna, nunca mudará sob o capitalismo.
Mudou e muda, - embora penosamente devido ao governo - porque a ação humana é
como água, penetra em qualquer fresta e se espraia por toda a parte com sua
pujança, ainda que regulada. Isso ocorre da iniciativa do vendedor de bom bom
da esquina ao mega empreendedor. A situação de uma sociedade pobre não muda
devido as políticas assistencialistas de cunho socialista tipo Bolsa Família e
outros mas graças ao mercado, ao capitalismo. E não muda mais rapidamente devido
ao intervencionismo do governo na economia e também exatamente devido ás
políticas públicas defendidas por tolos como Celso Furtado e seguidores. Devido
as medidas "protetivas ao trabalhador" como a CLT que restringindo e
proibindo o trabalho joga milhões de brasileiros na desesperança, baixo estima,
degradação e estimula criminalidade em muitos deles, ao exigir obrigatoriedade
de salário mínimo, carteira assinada, pagamento de decimo terceiro salário, - o
ano só tem doze meses - ferias remuneradas pagas por terceiros, pagamento de
encargos e tributos para o governo, "direitos", "direitos",
"direitos"... Capital gravado, regulado, restringido, desemprego
crônico, sociedade pobre.
O
marxismo é a mais contraditória de todas as teorias, produtivamente a
mais estéril exatamente porque é contra a produção humana e a liberdade de
empreender através dos meios privados de produção. Ou seja, é contra a ação
humana. O socialismo é impraticável, nunca deu certo e nunca dará, pois é
destituído de precificação como agente que informa durante o processo de
mercado, sobre produção e escolha dos consumidores, todos nós. Ludwig von
Mises, ainda em 1922, provou a impraticabilidade do socialismo ao mundo
em sua irrefutável obra, "O Cálculo Econômico Sob o Socialismo".
É preciso
lutar para se alcançar a mudança de mentalidade na sociedade. Mas isso só será
possível quando as ideias de encantamento com o socialismo defendido por gente
como Celso Furtado parecer ás pessoas inteligentes o que efetivamente é: veneno
da mais elevada toxidade pronto para infectar e destruir uma sociedade.
Um comentário:
Achei a crítica bastante feroz contra o Furtado... Acredito que o autor poderia se afastar um pouco da 'critica pela critica', e substituir parte do texto por um maior e breve (se isso for possível) aprofundamento da critica a Furtado, como por exemplo, quando ataca medidas assistencialistas e imediatamente propõe o capitalismo com solução, fingindo que essa seria a formula mágica para o pleno desenvolvimento. Talvez o autor tenha simplificado demais e perdido a chance de se aprofundar nas criticas.
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