sábado, 9 de maio de 2020

Os cinco dogmas da não-política externa atual e da sua antidiplomacia - Paulo Roberto de Almeida

Vale resumir novamente minha postagem de 27/04 sobre os CINCO DOGMAS principais da atual NÃO política externa e da ANTIDIPLOMACIA dos aloprados donos do poder.
Eles já reduziram a pó a credibilidade externa dessa diplomacia e a imagem internacional do Brasil, jogando o país na vala rasteira dos países sem qualquer importância nos diálogos sérios no plano multilateral ou até bilateral.

1) recusa do multilateralismo e adesão irracional ao antiglobalismo (o que é insano para os diplomatas profissionais);

2) abandono da formulação autônoma da política externa brasileira e sua submissão indecente às diretivas de Trump (o que é inaceitável para qualquer patriota);

3) desprezo pela noção de interesse nacional, em nome de uma suposta luta contra o marxismo cultural e o comunismo internacional ( o que, além de escandaloso, é algo fantasmagórico);

4) substituição da diplomacia profissional, atuando em bases técnicas, pelos preconceitos de amadores ignorantes (foi o que chamei de “destruição da inteligência no Itamaraty”, subtítulo de um dos meus livros, disponível livremente no Diplomatizzando);

5) “achatamento” completo da diplomacia profissional e submissão total aos aloprados e ignorantes do pequeno grupo do poder (o que significa que política externa e diplomacia perderam qualquer critério racional em seu processo decisório).

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9/05/2020

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