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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 11 de abril de 2016

O Antagonista divulgou a carta de "posse" de Michel Temer (ele vai ter de rever agora...)

Pescado no Antagonista:

http://www.oantagonista.com/posts/a-integra-da-fala-de-michel-temer

A íntegra da fala de Michel Temer


"Quero neste momento me dirigir ao povo brasileiro para dizer algumas das matérias que penso que devam ser por mim agora enfrentadas. Faço naturalmente com muita cautela porque, na verdade, sabem todos, há mais de um mês eu me recolhi precisamente para não aparentar que eu estaria cometendo algum ato, praticando algum gesto com vistas a ocupar o lugar da senhora presidente da República.
Recolhi-me o quanto pude. Mas, evidentemente, neste período fui procurado por muitos aflitos com a situação do nosso País. Agora, quando a Câmara dos deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a senhora presidente, muitos me procuraram para que eu desse ao menos uma palavra preliminar à nação brasileira, o que faço com muita modéstia, com muita cautela, com muita moderação, mas também em face da minha condição de vice-presidente e, naturalmente, substituto constitucional da senhora presidente da República.
Desde logo, quero afirmar que temos um longo processo pela frente, passando pelo Senado Federal. Todas as minhas palavras levarão em conta apenas a decisão da Câmara dos Deputados. Portanto, também minhas palavras são provisórias, já que temos que aguardar e respeitar a decisão soberana que o Senado Federal proferirá a respeito deste tema. Seja quando à admissibilidade da autorização, seja quanto, ao final, o julgamento propriamente dito. Portanto, quero, neste momento, prestar uma homenagem ao Poder Legislativo, tanto à Câmara dos Deputados, que já debateu amplamente este assunto, quanto ao Senado Federal, que irá debater. E, desde logo, quero comunicar aos amigos e colegas, homens públicos, senadores da melhor cepa, sabedoria, que aguardarei respeitosamente a decisão do Senado Federal. Não quero avançar o sinal. Até imaginaria que eu poderia falar depois da decisão do Senado, mas sabem todos os que me ouvem que, quando houver a decisão definitiva, a decisão do Senado, preciso estar preparado para enfrentar os graves problemas que hoje afligem o nosso País.
Desde logo quero dizer aos que me ouvem, repetir, na verdade, o que tenho pregado ao longo do tempo. Os senhores sabem, os brasileiros sabem que, há mais de oito, dez meses, tenho feito pronunciamentos referentes à pacificação do País, à unificação do País porque é chocante, para não dizer tristíssimo, verificar os brasileiros controvertendo-se entre si, disputando ideias e espaços, até aí tudo bem. Mas, quando parte para uma coisa quase física, isso não pode acontecer no nosso País.
A grande missão, a partir deste momento, é a da pacificação do País, da reunificação do País. Estou repetindo o que venho dizendo há muito tempo como responsável por uma parcela da vida pública nacional. Devo dizer também, isto fica para aconteça o que acontecer no futuro, que é preciso um governo de salvação nacional e, portanto, de União nacional. É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o País da crise. Sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o País da crise em que nos encontramos. Para tanto, é preciso diálogo. O fundamental agora é diálogo. Em segundo lugar, a compreensão. Em terceiro lugar, para não enganar ninguém, a ideia de que vamos ter muitos sacrifícios pela frente. Sem sacrifícios não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso País nos últimos tempos antes desta última gestão.
É preciso retomar o crescimento e eu não quero que isto fique em palavras vazias. Tenho muita convicção, como muitos me dizem que a mudança pode gerar esperança e que, gerando esperança, isso pode gerar investimentos não só investimentos nacionais, mas investimentos estrangeiros. Precisamos restabelecer a crença no Estado brasileiro, nas potencialidades do Estado brasileiro. Devo dizer aos que me ouvem que fiz muitas viagens internacionais no primeiro mandato e verifiquei o quanto os outros países que têm muito dinheiro em suas mãos querem fazer aplicando no Brasil. Querem acreditar no Brasil.
O que aconteceu nos últimos tempos foi um descrédito no nosso País e o descrédito é o que leva à ausência do crescimento, à ausência do desenvolvimento, que faz retomar a inflação. De um lado, portanto, temos absoluta convicção de que é preciso prestigiar a iniciativa privada, é preciso que os empresários do setor industrial, do setor de serviços, do setor agrícola, do setor do agronegócio, dos vários setores da nacionalidade se entusiasmem novamente com estes investimentos.
Ao dizer isso, estou pensando apenas naqueles que possam investir? Não. Diferentemente, estou pensando em manter as conquistas sociais dos últimos tempos. Por exemplo, o emprego é uma coisa fundamental para todos os brasileiros. Para que haja emprego, é preciso que haja uma conjugação dos empregadores com os trabalhadores. Você só tem emprego se a indústria, o comércio, as atividades de serviço todas estiverem caminhando bem. A partir daí que você tem emprego e pode retomar o emprego.
De outro lado, devo dizer também que, de fora parte um projeto pela empregabilidade plena, é preciso manter certas matérias sociais porque nós todos sabemos que o Brasil ainda é um País pobre. Portanto, e eu sei que dizem de vez em quando que, se outrem assumir, vamos acabar com Bolsa Família, vamos acabar com Pronatec, vamos acabar com Fies. Isso é falso. É mentiroso e fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do País. Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes programas e até, se possível, revaloriza-los e ampliá-los até que, isto eu quero deixar claro, o Bolsa Família, por exemplo, há de ser um estágio do Estado brasileiro. Daqui a alguns anos, a empregabilidade tenha atingido um tal nível que não haja necessidade de Bolsa Família. Mas, enquanto persistir a necessidade, manteremos.
Lanço uma mensagem àqueles que têm o capital e àqueles que querem uma mensagem do trabalho e lanço uma mensagem para aqueles que sequer trabalho ainda conseguiram. Claro que vamos incentivar enormemente as parcerias público-privadas à medida que isso pode trazer emprego ao País. Temos absoluta convicção de que hoje, mais do que nunca, o Estado não pode tudo fazer. O Estado depende da atuação dos setores produtivos do País. Empregadores de um lado, trabalhadores de outro lado. Estes setores produtivos é que, aliançados, vão fazer a prosperidade do Estado brasileiro. Estado brasileiro tem que cuidar de segurança, saúde, educação, enfim, de alguns temas fundamentais que não podem sair da órbita pública. Mas, no mais, tem que ser entregue à iniciativa privada. Iniciativa privada no sentido da conjugação da ação entre empregadores e trabalhadores. Neste particular, pretendemos fazer várias reformas que incentivem a harmonia entre esses dois setores da produção brasileira.
Tudo isso que estou a dizer significará, devo registrar, sacrifícios iniciais para o povo brasileiro, em primeiro lugar. Em segundo lugar, não quero gerar nenhuma expectativa falsa. Não pensemos que, se houver uma mudança no governo, em três, quatro meses estará tudo resolvido. Em três, quatro meses, poderá começar a ser encaminhado para resolvermos a matéria ao longo do tempo. Se houver este governo de transição, ou, se não houver, fica essa sugestão que estou fazendo para o governo que vier a manter-se, ficam essas sugestões que, reitero, não são sugestões por mim formuladas ou formatadas neste momento, mas que foram feitas ao longo do tempo.
Há reformas que são fundamentais para o País. Nós todos sabemos. Agora, toda e qualquer reforma não alterará os direitos já formatados, já adquiridos pelos cidadãos. Mas temos que preparar o País do futuro. Muitas matérias até estão em tramitação no Congresso Nacional e nós queremos ter uma base parlamentar muito sólida que nos permita conversar com a classe política, mas conversar também com a sociedade. Os senhores sabem, os que assistiram às minhas palestras nos últimos tempos, que eu faço uma distinção e uma conjugação de governo, governança e governabilidade para dizer que o governo são os órgãos constituídos, não tem a menor dúvida, Executivo, Legislativo, Judiciário. A governança vem pelo apoio político que o governo consegue dos partidos políticos e do Congresso Nacional. Mas é preciso mais do que isso. É preciso a governabilidade. A governabilidade exige que haja uma aprovação popular do próprio governo. Portanto, a classe política unida com o povo levará ao crescimento do País e, portanto, ao apoio ao governo. É com esses três fatores que vamos lidar.
É claro que não vou falar aqui sobre reformas que são fundamentais porque isso será fruto de um desdobramento ao longo do tempo. Como não pensar numa reforma política? Como não pensar numa reforma tributária? E, evidentemente, a reforma tributária envolve um outro tema, que é a revisão do pacto federativo. Toda vez que você pensa numa reforma tributária, você está pensando na distribuição de competências e de recursos para as entidades federativas.
É preciso, mais do que nunca, que as entidades federativas tenham uma autonomia verdadeira. Ou seja, que nós tenhamos uma Federação real e não uma Federação artificial com o tem acontecido nos últimos tempos. Sei, por exemplo, no tópico da Federação, da grande dificuldade dos Estados e municípios nos dias atuais. Há estudos referentes à eventual anistia ou perdão de uma parte das dívidas e até da revisão dos juros que são pagos pelas unidades federadas. Vamos levar isso adiante. Vamos estudar isso com muita detença e vamos levar isso adiante porque a força da União deriva também da força dos Estados e da força dos municípios. A força dessas entidades federativas depende da boa vontade e do apoio da classe política e do povo brasileiro.
Há matérias controvertidas como aquela referente à legislação trabalhista e à legislação previdenciária que nós vamos fazer com um grande diálogo nacional onde nenhum setor será esquecido, nem dos trabalhadores, nem dos empresários, nem do povo brasileiro. Toda e qualquer modificação que vier a ser feita será para garantir o futuro mesmo daqueles que já recebem salário, que recebem aposentadoria. É neste termo que nós vamos trabalhar.
Ou seja, o diálogo de um lado e a conjugação de esforços do outro lado serão os alicerces, digamos assim, do nosso trabalho. É esta a manifestação que eu queria deixar ao povo brasileiro."

sábado, 9 de abril de 2016

Companheiros $$$$: 700 milhoes pra ca, 100 milhoes pra la, 20 milhoes pro TSE...

Eu tinha essa curiosidade: saber como os companheiros conseguem pagar bancas de 25 ou 30 adevogados dos mais caros, comprar deputados e senadores do atacado e no varejo, subornar juizes e mequetrefes (ou vice-versa, ou os dois juntos), enfim, como é que eles conseguem se manter sem trabalhar, viajando de jatinho o tempo todo.
Bem, está explicado por estas três postagens do Antagonista...
Paulo Roberto de Almeida

700 MILHÕES DE REAIS

700 milhões de reais.
O Jornal Nacional disse que Edinho Silva pediu às empreiteiras 700 milhões de reais em propinas para a campanha de Dilma Rousseff.
O número tem de ser estampado na primeira página de todos os jornais. Tem de ser entalhado na porta do STF e do TSE. Tem de ser pichado nos muros do Congresso Nacional...
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100 milhões de reais

O Jornal Nacional e a Época confirmaram o que O Antagonista publicou em 27 de dezembro do ano passado: a Andrade Gutierrez deu 100 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff...
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Por fora

A Andrade Gutierrez deu 100 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff.
Mas só 20 milhões de reais foram declarados ao TSE...

segunda-feira, 14 de março de 2016

Brasil politica, corrupcao: pesquisa do Instituto Parana - O Antagonista

Coletei, no blog O Antagonista as postagens sucessivas feitas a propósito do impeachment, da corrupção e de outros aspectos do regime moribundo do lulopetismo em pesquisa imediata feita pelo Instituto Paraná com os manifestantes da Avenida Paulista:


Pesquisa do Instituto Paraná reproduzida em postagens de O Antagonista em 13-14/03/2016

1) Pesquisa na Paulista 1: como DilmaRousseff será ejetada

Brasil 13.03.16 20:36
O Instituto Paraná fez uma pesquisa hoje, na Avenida Paulista, entre 12h30 e 18h, com 1.200 eleitores.
Mostraremos alguns resultados neste e nos próximos posts.
De acordo com a pesquisa, a maioria acha que Dilma Rousseff sofrerá impeachment.
Vejam os resultados:

2)  Pesquisa na Paulista 2: os arrependidos

De acordo com o Instituto Paraná, boa parte dos manifestantes de hoje na Paulista já havia votado no PT.
Vejam os resultados...

3) Pesquisa na Paulista 3: a renúncia

O Instituto Paraná quis saber também, hoje na Paulista, se Dilma Rousseff deveria renunciar.
O número é acachapante...

4) Pesquisa na Paulista 4: sem ilusões

O Instituto Paraná verificou que a maioria dos manifestantes na Paulista sabe que o caminho a percorrer pelo Brasil será árduo, mesmo com a queda de Dilma Rousseff.
Vejam os resultados...

5) Pesquisa na Paulista 5: exército de desempregados

A pesquisa do Instituto Paraná na Paulista mostra que mais da metade dos manifestantes perdeu o emprego ou tem alguém na família que ficou desempregado nos últimos seis meses.
Vejam os resultados...

6) Pesquisa na Paulista 6: tudo está pior

Na Avenida Paulista, segundo o Instituto Paraná, mais de 7 em cada 10 pioraram de vida nos últimos seis meses.
Vejam os resultados...

7) Pesquisa na Paulista 7: a coerência de Sergio Moro

O Instituto Paraná perguntou sobre a coerência de Sergio Moro na condução da Lava Jato.
Vejam o que os manifestantes na Paulista responderam...

8) Pesquisa na Paulista 8: descontentes com a oposição

O Instituto Paraná constatou que os manifestantes na Paulista não estão nada contentes com o papel que a oposição vem desempenhando em relação às denúncias contra o governo.
Vejam os resultados...

9) Pesquisa na Paulista 9: a prisão de Lula

A pesquisa do Instituto Paraná na Paulista mostra que mais da metade dos manifestantes acredita que Lula será preso.
Vejam os resultados...

10) Pesquisa na Paulista 10: os estreantes

O Instituto Paraná descobriu que quase 4 em cada 10 pessoas que foram à Paulista hoje estreavam numa manifestação política.
Um ótimo sinal.
Vejam os resultados...

11) Pesquisa na Paulista 11: corrupção e impeachment

O Instituto Paraná também perguntou aos manifestantes qual era o motivo principal que os fez sair de casa.
Vejam os resultados...

12) Pesquisa na Paulista 12: golpista é a vovozinha

Não à volta dos milicos: a maioria esmagadora dos manifestantes na Paulista quer a saída de Dilma Rousseff dentro do que prevê a Constituição.
Vejam os resultados...

13) Pesquisa na Paulista 13: milicos nunca mais

E se fosse apenas uma "intervenção militar provisória?", quis saber o Instituto Paraná.
Não, não e não.
Vejam os resultados...

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O Stalin Sem Gulag, em biografia nao autorizada - Agamenon Mendes Pedreira

Desde 2003, conhecedor de alguns meandros dessa turma que eu sempre chamei de "guerrilheiros reciclados", eu o designava, assim por instinto (no más que isto, pois nunca cruzei com o personagem) de Stalin Sem Gulag (ainda bem, do contrário eu não mais estaria aqui, escrevendo para todos vocês), e assim ficou, sendo que o nome era usado por mim de vez em quando, sempre discretamente (vai que cai uma laranja em cima deste modesto escrevinhador). Mas eu não conhecia ainda, e me passou despercebida em 2005, esta biografia não autorizada do personagem, feita por nosso mais desbocado humorista, Agamenon Mendes Pedreira, exclusivo do Globo, um jornal que eu raramente leio, a não ser por acado.
Pois confesso que eu não sabia desse nome, que agora vou também adotar: Josef Vassarianovitch Djugashvili Dirceu.
Acho que combina. O resto está ai, tirado do site O Antagonista.
Paulo Roberto de Almeida

Agamenon: Quem é Josef Dirceu?

 O Antagonista, 6/08/2015

*Atenção, meus 17 seguidores e meio (não esqueçam do anão): hoje resolvi postar um artigo publicado no Globo em 2005 pra vocês terem ideia de como o Brasil mudou. Mudou de mal a pior! Mas, pelo menos, a Operação Lava Rato prendeu o Zé Dirceu de novo... Como diz o ditado: “O bom filho da puta a casa torna”. Além do mensalão e do petrolão, Zé Perdeu também está sendo acusado de enriquecimento ilícito. Segundo a Polícia Foderal, José Marília de Dirceu está botando dinheiro pelo ladrão. E o ladrão, no caso, é ele.
 
(O Globo – 04/12/2005)
QUEM É JOSEF DIRCEU? 

Ao contrário do meu bilau e da taxa de juros, que nunca caem, Josef Dirceu caiu! O ex-todo-foderoso homem de Lula agora amarga um doloroso ostracismo político. Mas a pergunta que não quer calar é: quem é Josef Dirceu, o homem, o líder, o minto?
Josef Vassarianovitch Djugashvili Dirceu nasceu em Passa-de-Quatro, cidade típica mineira, onde já era conhecido como Menino Maluquinho. Politizado desde a mais tenra infância, ainda criança já se indignava com a desigualdade social na escola: enquanto os meninos ricos levavam pão de queijo para a merenda, o pequeno Dirceuzinho tinha apenas uma mísera paçoca para comer no recreio. E a mesma paçoca tinha que durar o ano inteiro. Nas peladas de rua, só jogava na ponta esquerda.
Indignado com os zeros que carregava no boletim, criou o seu primeiro grupo esquerdista, a VPR, Vanguarda Pré-Primária Revolucionária, que sequestrou a professora e expropriou os doces da cantina da escola. Zé Dirceu acabou expulso da cidade por conta das suas travessuras e do seu sotaque carregado.
Em São Paulo, Dirceu resolveu estudar Direito, que logo trocou pelo Esquerdo. Para não ter que estudar, virou líder estudantil e, com seus discursos inflamados e coquetéis Molotov, incendiava as massas. Com o enrijecimento da ditadura, Dirceu teve que entrar na clandestinidade. Entrou na Clandestinidade e em várias outras companheiras de militância, inclusive, acreditem, na ministra Dilma Roskoff, que naquela época ainda gostava de poder.
Dirceu também organizou o Congresso secretíssimo da UNE em Ibiúna, no sítio do Fernando Henrique Cardoso, o que é considerado a primeira invasão do MST da História. O Congresso só não deu certo porque, no primeiro dia, Zé foi na padaria comprar 3.000 sanduíches de mortadela, o que despertou o apetite e a curiosidade das gulosas forças da repressão. Anos mais tarde, essa piada foi roubada pelo humorista imperialista norte-americano Woody Allen, que a colocou, na mão grande, no seu filme Bananas.
Preso pela ditadura, José Perdeu acabou sendo trocado pelo embaixador americano Ronald Macdonald e um boneco Mug que pertencia ao Chico Buraque de Hollanda. Foi o deputado Fumando Gabeira quem resgatou Zé Dirceu das garras dos militares. Juntos, os dois fugiram para a Jamaica, onde deram início à reforma agrária na terra de Bob Marley fumando milhares de hectares de maconha. Um dia, Zé Dirceu resolveu ir pra Cuba comprar seda para apertar um baseado e nunca mais voltou.
Em Cuba, Zé conheceu o seu ídolo máximo: Fidel Mastro. Rapidamente ficaram amigos inseparáveis: Fidel era o cumandante e Dirceu era o pau-mandado. Formado em guerrilha na Universidade de Havana, Dirceu criou um novo grupo revolucionário, o Buena Bosta Social Club. Em seguida, para voltar ao Brasil clandestino, fez uma operação plástica e uma lipoaspiração. A lipo ele só fez porque estava se achando muito gordo. Com a sua nova identidade de Sylmara, Dirceu se escondeu numa pequena cidade do interior do Paraná. Para não despertar suspeitas naquela pequena e conservadora comunidade interiorana, assumiu um relacionamento lésbico e gravou um disco como cantora eclética de MPB.
Com o final da ditadura, Sylmara, quer dizer, Zé Dirceu, exausto de fazer sexo sem usar o seu bilau, revelou para a patroa sua identidade secreta e voltou para a política, onde arrumou um emprego de presidente do PT. Foi aí que o Zé Dirceu cometeu o seu maior erro político: pagou com um cheque sem fundos do Delúbio Soares a renovação da assinatura de VEJA. A partir daí, a revista semanal passou a persegui-lo implacavelmente, levando o Zé Dirceu à cassação pelo SPC e pelo SERASA.

E ainda dizem que não tem justiça no Brasil! Pelo menos agora, Zé Dirceu, o Chico Bento do PT, vai ver o PSOL nascer quadrado
Agamenon Mendes Pedreira é autobiógrafo não autorizado de Josef Dirceu

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Brasil: corrupcao e desorganizacao, bem maiores do que o imaginado - Diogo Mainardi (O Antagonista)

Apenas transcrevendo, não sem um enorme sentimento de desconforto com a degradação moral em que parece ter entrado nosso país, pelas instituições que justamente defenderiam defender a legalidade e a justiça.
Paulo Roberto de Almeida

A guerra suja da PF (1)
Diogo Mainardi / site O Antagonista
Brasil 21.04.15

A disputa entre a Procuradoria-Geral da República e os delegados da Polícia Federal, que resultou na suspensão temporária dos depoimentos dos políticos envolvidos na Operação Lava Jato, não é uma "guerra de vaidades", como escreveram jornalistas desinformados.
Assim como tantos outros neste país infeliz, é um embate entre o certo e o errado; entre o honesto e o desonesto; entre o Bem e o Mal, se quisermos ser épicos.
Quem primeiro soou o alerta foi o jornalista Claudio Tognolli, no seu blog. O Antagonista, que sempre esteve ao lado dos procuradores, leu com estupor o que Claudio Tognolli apurou e publicou. Fomos, então, ouvir nossas próprias fontes, não por desconfiança do jornalista -- um excelente repórter investigativo --, mas porque queríamos tentar ir um pouco além na verdade horripilante.
Antes de mais nada, elas confirmaram o que Claudio Tognolli publicou:
a) Os delegados federais da Lava Jato estão empenhados, muito além do que seria razoável, na aprovação de um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que dá autonomia funcional, administrativa e financeira à PF. Uma vez aprovada a PEC, os delegados seriam os máximos dirigentes de um "Quarto Poder" na República, completamente independente da Justiça.
b) Para a aprovação dessa PEC, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Federal, Marcos Leôncio estava no gabinete do senador petista Humberto Costa, investigado pela Lava Jato, quando o ministro Teori Zavascki atendeu o pedido de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, para que os depoimentos dos políticos fossem suspensos.
c) Marcos Leôncio também fez lobby com dois investigados pela Lava Jato: os deputados Eduardo Cunha, do PMDB, presidente da Câmara, e Arthur Lira, do PP, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, encarregada de levar adiante ou não a PEC que interessa aos delegados da PF. Cunha e Lira também são investigados pela Lava Jato.
O que foi prometido a esses políticos? Mais no próximo post.

A guerra suja da PF (2)
Brasil 21.04.15
O jornalista Claudio Tognolli publicou que os delegados federais da Lava Jato ofereceram ao senador petista Humberto Costa ouvi-lo sem a presença de procuradores e com perguntas entregues antecipadamente.
Pois bem, O Antagonista apurou que a mesma maracutaia foi oferecida aos deputados Eduardo Cunha, do PMDB, e Arthur Lira, do PP.
Diante dessas informações, Rodrigo Janot, acertadamente, pediu a suspensão temporária dos depoimentos.

A guerra suja da PF (3)
Brasil 21.04.15 17:17
O jornalista Claudio Tognolli publicou que os delegados da Lava Jato seguraram as informações sobre o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, durante a campanha eleitoral. Em troca do silêncio, arrancaram de Dilma Rousseff a assinatura da medida provisória que lhes garante privilégios nas promoções de carreira, em detrimento dos agentes e peritos da própria corporação.
Dilma Rousseff vendeu a ideia de que, assim, o seu governo fortalecia a PF, mas na verdade ela foi chantageada.
O Antagonista apurou que Dilma Rousseff não foi a primeira ocupante do Palácio do Planalto a sofrer achaque.
Ao balcanizar a PF desde o escândalo do mensalão, o PT criou um monstro. E esse monstro perdeu o freio. De acordo com um dos relatos ouvidos pelo Antagonista, delegados federais têm em seu poder diálogos de Lula, obtidos por meio de escutas telefônicas, que mostram sem nenhuma sombra de dúvida o papel do ex-presidente no esquema do mensalão.

A guerra suja da PF (4)
Brasil 21.04.15 18:16
Delegados da PF e representantes da associação que defende os interesses desse pessoal aproveitam-se da má fama de Rodrigo Janot, criada por jornalistas, para dizer que a interrupção dos depoimentos dos políticos da Lava Jato foi uma manobra do procurador-geral da República para atrapalhar as investigações. Que os delegados da Lava Jato que tentaram ouvir os políticos envolvidos, sem o conhecimento dos procuradores, queriam apenas acelerar o processo.
Balela.
O que Rodrigo Janot impediu foi que se replicasse na Lava Jato um modelo adotado sob o desgoverno do PT: o achaque sistemático de políticos, não importa o partido. O modelo pode ser resumido da seguinte forma, segundo as fontes do Antagonista: a prova aparece, negocia-se com o interessado, extrai-se a prova do inquérito, a prova é destruída.
"A coisa atingiu tal ponto ao longo dos últimos anos, que foi criada na PF um Departamento de Inquéritos Especiais, ao qual só alguns poucos têm acesso. Ali são guardados os inquéritos usados para achaque. O Departamento de Inquéritos Especiais é uma central do achaque", disse uma respeitada autoridade ao Antagonista.

A guerra suja da PF (5)
Brasil 21.04.15 18:53
No final da década passada, a Polícia Federal adquiriu maletas que, se localizadas próximas do alvo a ser investigado, podem realizar interceptações telefônicas. Isso elimina a necessidade de fazer escutas ambientais ou solicitar a operadoras que grampeiem telefones.
Agentes da PF relatam que, oficialmente, cinco maletas foram importadas. No entanto, vieram mais duas "de brinde" -- que nunca foram tombadas. Por quê?

A Polícia Federal do Brasil conta com uma maioria de profissionais abnegados e honestos, entre os quais os agentes que atuam na Operação Lava Jato, fazendo o trabalho de campo. A série que termina aqui não tem como objetivo miná-la. Pelo contrário, deveria servir para fortalecê-la. Mas, como voltamos a ouvir algumas histórias já descritas por Romeu Tuma Jr., no seu "Assassinato de Reputações", a situação está longe de melhorar desde a publicação do livro, em 2013.
Que a PF extirpe dos seus quadros quem mancha a sua reputação, tirando vantagem do conturbado quadro político-institucional vivido pelo país.

sábado, 21 de março de 2015

Petrolao: o verdadeiro tesoureiro dos petralhas (nao o oficial) e porque andou solto por ai e fica em silencio

Transcrevendo, para registro da história, uma estória a todos os títiulos deplorável, e não por causa dos dois personagens que ousam desmentir os dois jornalistas, e que até agora se recusam a dar entrevista sobre o caso, mas por um terceiro personagem que, como evidenciado na matéria, não merece a roupa que veste, roupa essa que lhe foi servida para fazer isso mesmo que faz...
Paulo Roberto de Almeida

Primeiro a notícia original de O Antagonista (falta verificar a data, que tenho nomeu computador)

 Matando a cobra e mostrando o pau
O Antagonista

No contexto da Operação Lava Jato, uma das perguntas que permaneciam sem resposta era por que Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, foi solto por ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal – e, depois, teve novo pedido de prisão preventiva negado por obra do mesmo Teori, que convenceu Gilmar Mendes e Carmen Lúcia a segui-lo na decisão.

Afinal de contas, está mais do que provado que Renato Duque, homem de José Dirceu e do PT, era um dos principais engenheiros do propinoduto que sangrou a estatal.

O Antagonista apurou com três fontes de alto escalão, para chegar à resposta. Renato Duque não está livre por falha de argumentação do juiz Sergio Moro e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como pensam alguns. Esse foi apenas o pretexto. Renato Duque está livre por causa de Lula.

A prisão de Renato Duque, em novembro do ano passado, fez com que a sua mulher entrasse em desespero. Sem poder contar com José Dirceu, pato manco depois do mensalão, ela recorreu a Paulo Okamotto, o faz-tudo de Lula. Para acalmá-la, Okamotto afirmou que a situação se arrumaria num curto espaço de tempo, mas ela lhe disse que não cairia nessa conversa. Que, se fosse necessário, teria como reunir provas suficientes para provar que Lula sabia e participara do esquema do petrolão.

Diante da ameaça, Okamotto disse a Lula que ele deveria encarregar-se da questão pessoalmente. Lula encontrou-se com a mulher de Renato Duque e tentou persuadi-la de que o seu marido ficaria na prisão menos do que se imaginava. Em vão. Ela voltou a afirmar que implicaria o ex-presidente no escândalo, se Renato Duque não fosse libertado rapidamente.

Acuado, Lula pediu ajuda a um ex-ministro do STF de quem é muito amigo. Ele se prontificou a socorrer o petista. O melhor caminho, disse o ex-ministro do STF a Lula, era procurar Teori Zavascki.

Foi o que o amigo de Lula fez: marcou um encontro com Teori Zavascki, para lhe explicar como era urgente que Renato Duque fosse solto, porque, caso contrário, Lula seria envolvido “injustamente” num escândalo de proporções imprevisíveis para a estabilidade institucional. Teori Zavascki aquiesceu. Avisado pelo amigo ex-ministro do STF, Lula comunicou à mulher de Renato Duque que tudo estava resolvido

Foi assim que Renato Duque, passados pouco mais de quinze dias após a sua prisão, viu-se do lado de fora da carceragem da Polícia Federal em Curitiba

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Carta Aberta de Paulo Okamotto em resposta ao blog O Antagonista

Senhores Diogo Mainardi e Mario Sabino,

Vivemos em um país democrático e, nele, as pessoas podem falar o que quiserem e até ganhar dinheiro com isso. É condenável, porém, que publiquem notícias falsas e deliberadamente caluniosas, como os senhores fizeram no blog O Antagonista em matéria intitulada “Renato Duque está solto a pedido de Lula”.

As informações contidas na matéria são completamente inverídicas, tanto no que me diz respeito quanto ao ex-presidente Lula. O que, aliás, os senhores comprovariam se tivessem tido a dignidade de me perguntarem antes, frente a frente, diretamente, o que queriam saber.

Mas não o fizeram, preferindo publicar injúrias não só contra nós, mas também contra o Supremo Tribunal Federal.

Paulo Okamotto – Presidente do Instituto Lula

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Resposta do blog O Antagonista

Senhor Paulo Okamotto,

Vivemos em um país democrático, apesar das tentativas autoritárias dos governos do PT de cercear a liberdade de opinião e expressão, e, nele, certas pessoas podem falar o que quiserem contra a imprensa independente e até ganhar dinheiro público com isso, proveniente de estatais administradas pelo Partido dos Trabalhadores.

É condenável, porém, que essas pessoas publiquem notícias falsas e deliberadamente caluniosas, como ocorre nos blogs sujos patrocinados tanto pela administração Lula como pela administração Dilma.

As informações contidas na matéria “Renato Duque está solto a pedido de Lula” são completamente verídicas, confirmadas por fontes insuspeitas de quaisquer crimes.

No entanto, propomos ao senhor e ao ex-presidente Lula que tenham a dignidade de nos conceder uma entrevista, frente a frente, olho no olho, para que, além de darem a sua versão sobre o fato reportado por nós, esclareçam nossas poucas dúvidas a respeito dos seguintes assuntos: mensalão, a acusação de que o senhor ameaçou Marcos Valério de morte, petrolão, uso abusivo de cartões corporativos da Presidência da República, atuação de Rosemary Noronha como lobista, sucesso empresarial de Lulinha, financiamentos do BNDES a empreiteiras com contratos em países africanos, as ligações com o grupo JBS/Friboi e a ameaça de usar a turma do Stedile para promover um banho de sangue no país.

Agradecemos antecipadamente a atenção,

Diogo Mainardi e Mario Sabino
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Agora a notinha suplementar:

Bomba-relógio prestes a explodir

O Antagonista, 21/03/2015

Renato Duque só rompeu o mutismo na CPI da Petrobras para negar um episódio relatado, duas semanas atrás, em O Antagonista: o de que sua mulher procurou Lula e Paulo Okamotto para exigir a soltura do marido.
Lauro Jardim, na Veja desta semana, publica a seguite nota:
“A mulher de Renato Duque, Maria Auxiliadora, é uma bomba-relógio prestes a explodir, na avaliação de quem conhece o casal”.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Brasil: O Antagonista analisa o discurso da presidente

Teria muito mais cousas a dizer, mas creio que o essencial está aí.
Ah, sim: eu recomendaria aos aspones da PR estudar mais um pouco de história.
Em 1929 não houve Grande Depressão, como afirmado no discurso.
Houve apenas uma quebra da Bolsa de NY, ponto.
Em fevereiro de 1930, a Economist já falava em recuperação.
Só com as quebras de bancos em 1931 e a sucessão de medidas tresloucadas dos governos (sempre eles) é que se instalou a depressão.
Paulo Roberto de Almeida

As mentiras e tapeações do discurso de Dilma

O Antagonista, 8/03/2015

Agora, passados o panelaço e buzinaço, vamos nos dar ao trabalho de analisar os principais trechos do discurso de Dilma Rousseff em cadeia nacional.
Dilma: "Os noticiários são úteis, mas nem sempre são suficientes. Muitas vezes até nos confundem mais do que nos esclarecem. As conversas em casa, e no trabalho, também precisam ser completadas por dados que nem sempre estão ao alcance de todas e de todos."
O Antagonista: Ou seja, a imprensa é capciosa e você, a sua família, os seus amigos e colegas de trabalho não têm capacidade de entender a realidade da inflação, do desgoverno e da corrupção...
Dilma: "O Brasil passa por um momento diferente do que vivemos nos últimos anos. Mas nem de longe está vivendo uma crise nas dimensões que dizem alguns. Passamos por problemas conjunturais, mas nossos fundamentos continuam sólidos. Muito diferente daquelas crises do passado que quebravam e paralisavam o país."
O Antagonista: O marqueteiro João Santana trocou "momento difícil" por "momento diferente". O Brasil vive, sim, uma crise monumental: inflação em alta, credibilidade internacional zero, empresas endividadas em dólares com a corda no pescoço, nível de investimento negativo. Os fundamentos estão derretendo, como atestam as agências de risco internacionais.
Dilma: "Nosso povo está protegido naquilo que é mais importante: sua capacidade de produzir, ganhar sua renda e de proteger sua família."
O Antagonista: Mentira. As empresas cortam vagas de trabalho, a inflação corrói os salários e começa a corroer a poupança. As famílias estão endividadas acima do seu limite, iludidas que foram pelo crédito barato dos anos Lula e do primeiro mandato de Dilma.
Dilma: "Estamos na segunda etapa do combate à mais grave crise internacional desde a grande depressão de 1929."
O Antagonista: Mentira, nunca houve primeira etapa. Lula, em 2008, disse que a crise internacional havia chegado ao Brasil como uma "marolinha", e continuou com a sua política econômica inconsequente, baseada unicamente na expansão do crédito, sem investimentos em setores estruturais da economia. A falta de investimentos limita o combate à inflação, reduzindo o arsenal para combatê-la ao aumento da taxa básica de juros -- que agrava a recessão e só faz a alegria da banca. Você leu certo: estamos em recessão.
Dilma: "As circunstâncias mudaram porque além de certos problemas terem se agravado - no Brasil e em grande parte do mundo -, há ainda a coincidência de estarmos enfrentando a maior seca da nossa história, no Sudeste e no Nordeste. Entre muitos efeitos graves, esta seca tem trazido aumentos temporários no custo da energia e de alguns alimentos."
O Antagonista: As carências do país apenas foram evidenciadas pela seca. Faltam planejamento no setor de abastecimento hídrico e investimentos no setor elétrico -- a menos que se tome como investimento o superfaturamento na construção de usinas hidrelétricas que estão com as obras atrasadas.
Dilma: "Você tem todo direito de se irritar e de se preocupar."
O Antagonista: Sim, e de exigir o impeachment do governo mais incompetente e corrupto da história do país.
Dilma: "A crise afetou severamente grandes economias, como os Estados Unidos, a União Européia e o Japão. Até mesmo a China, a economia mais dinâmica do planeta, reduziu seu crescimento à metade de suas médias históricas recentes. Alguns países estão conseguindo se recuperar mais cedo. O Brasil, que foi um dos países que melhor reagiu (sic) em um primeiro momento, está agora implantando as bases para enfrentar a crise e dar um novo salto no seu desenvolvimento. Nos seis primeiros anos da crise, crescemos 19,9%, enquanto a economia dos países da zona do Euro caiu 1,7%."
O Antagonista: O Brasil não reagiu num primeiro momento. Como já foi dito e redito, o governo baseou o crescimento da economia no crédito barato, endividando as famílias. Não investiu na indústria, que hoje se encontra sucateada, e apenas adiou a tempestade, apostando que a China continuaria a importar as nossas commodities nas mesmas quantidades do início dos anos 2000, embora todas as sinalizações apontassem o contrário. A comparação com a União Europeia é marota. Crescemos menos do que a China e a Índia, os outros grandes integrantes do Brics, no mesmo período. Amesquinhamo-nos em parcerias comerciais com países africanos e sul-americanos, em detrimento do estreitamento de laços comercias com os Estados Unidos, não só por ideologia esquerdista, mas porque o governo foi incapaz de enxergar que os americanos sairiam do buraco que criaram mais cedo do que se imaginava, porque são, de longe, a economia mais forte do mundo.
Dilma: "Realizamos elevadas reduções de impostos para estimular a economia e garantir empregos."
O Antagonista: Mentira. As reduções foram pontuais. De maneira geral, a carga de impostos aumentou.
Dilma: "Ampliamos os investimentos públicos para dinamizar setores econômicos estratégicos."
O Antagonista: Mentira. Quais setores? Dilma deve estar falando dos empréstimos secretos do BNDES a empresas ligadas ao petismo, como a JBS/Friboi.
Dilma: "Começamos cortando os gastos do governo, sem afetar fortemente os investimentos prioritários e os programas sociais. Revisamos certas distorções em alguns benefícios, preservando os direitos sagrados dos trabalhadores. E estamos implantando medidas que reduzem, parcialmente, os subsídios no crédito e também as desonerações nos impostos, dentro de limites suportáveis pelo setor produtivo."
O Antagonista: É mentira que o governo esteja cortando gastos. A máquina estatal, já inchada, continua engordando. Basta dizer que Dilma se recusa a cortar um ministério que seja dos 39 que carregamos nas costas. Quanto aos "direitos sagrados" dos trabalhadores, Dilma está fazendo o exato contrário do que prometeu na sua campanha. A redução na desoneração da folha de pagamentos das empresas já está causando demissões.
Dilma: "O Brasil tem hoje mais qualificação profissional, mais infraestrutura, mais oportunidades de estudar e mais empreendedores. Somos a 7ª economia do mundo. Temos US$ 371 bilhões de reservas internacionais. 36 milhões de pessoas saíram da miséria e 44 milhões foram para a classe media. Quase 10 milhões de brasileiras e brasileiros são hoje micro e pequenos empreendedores. E continuamos com os melhores níveis de emprego e salário da nossa história."
O Antagonista: Mentira. A produtividade do trabalhador brasileiro é uma das menores entre os países em desenvolvimento. Ser a sétima economia do mundo não significa muita coisa, visto que a renda per capita é relativamente baixa e não aumentará nos próximos anos, como previu o ex-ministro da Fazenda Armínio Fraga aqui no Antagonista. Essas reservas internacionais são apenas ilusão contábil. Com o aumento do dólar, aumentaram a dívida externa pública e privada. A dívida interna pública é maior do que a divulgada, dizem os economistas sérios. Para o governo, uma família de classe média, com quatro pessoas, é aquela que ganha entre 1 500 e 2 000 reais por mês, ou menos de 700 dólares -- abaixo da linha da pobreza em qualquer nação civilizada. A qualidade dos empregos é vergonhosamente baixa. Temos mais braços do que cérebros. Dilma inclui entre os micro e pequenos empreendedores a massa de assalariados e freelancers obrigada a trabalhar como pessoa jurídica, sem nenhuma garantia trabalhista.
Dilma: "Nossas rodovias e ferrovias, nossos portos e aeroportos continuarão sendo melhorados e ampliados."
O Antagonista: Faz tempo que Dilma não viaja como cidadã comum. E qualquer produtor sabe o quanto representa o custo do transporte no Brasil, por causa da inexistência ou má qualidade das rodovias, ferrovias e portos.
Dilma: "Este esforço tem que ser visto como mais um tijolo, no grande processo de construção do novo Brasil. Esta construção não é só física, mas também espiritual. De fortalecimento moral e ético."
O Antagonista: Essa foi uma tijolada no nosso estômago.
Dilma: "Com coragem e até sofrimento, o Brasil tem aprendido a praticar a justiça social em favor dos mais pobres, como também aplicar duramente a mão da justiça contra os corruptos. É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras."
O Antagonista: A mão da Justiça ainda tem de colher Dilma, Lula e os seus cúmplices. E a mão da Justiça está funcionando, APESAR de Dilma, Lula e os seus cúmplices, como José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, e Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, que fazem advocacia administrativa para a companheirada corrupta e as empreiteiras do petrolão.

quinta-feira, 5 de março de 2015

CPI da Petralhabras: o roteiro de perguntas de O Antagonista

Êta site intrometido. Mas de uma coisa tenho certeza: os bandidos vão ficar calados, querem apostar?
Paulo Roberto de Almeida

Para agilizar o trabalho da CPI

A CPI da Petrobras aprovou a convocação de Graça Foster, Nestor Cerveró, José Sergio Gabrielli, Renato Duque, Pedro Barusco e Alberto Youssef. Para agilizar o trabalho dos parlamentares, sugerimos que:
a) Pergunte-se a Graça Foster sobre as circunstâncias da sua saída da Petrobras, tendo como base a reportagem da Bloomberg que conta como Dilma Rousseff mandou desobedecer a lei e esconder as perdas da Petrobras; como a então presidente da empresa não conseguiu demitir o subordinado Sergio Machado, homem de Renan Calheiros, da presidência da Transpetro; e como Dilma Rousseff ficou contrariada quando ela, Graça Foster, quis colocar as empreiteiras do petrolão na geladeira
b) Indague-se Nestor Cerveró sobre se o Conselho de Administração da Petrobras, na ocasião presidido por Dilma Rousseff, realmente não tinha dados suficientes para brecar a compra da refinaria de Pasadena, um dos piores negócios da história do capitalismo mundial
c) Repita-se, no caso de José Sergio Gabrielli, o mesmo questionamento feito a Nestor Cerveró e se pergunte ao antecessor de Graça Foster sobre as empresas de fachada usadas para construir boa parte do gasoduto Gasene
d) Inquira-se Renato Duque sobre cada uma das propinas por ele recebidas, de acordo com os depoimentos da delação premiada de Pedro Barusco, seu ex-subordinado na Petrobras, e como ele repassava parte delas a petistas graúdos, incluindo José Dirceu. Duque poderá dar ainda informações preciosas sobre João Vaccari Neto, o Moch, tesoureiro do PT
e) Solicite-se a Pedro Barusco que faça um resumo da sua delação premiada, com a contabilidade das propinas que recebeu para ele próprio, Renato Duque e demais corruptos
f) Peça-se a Alberto Youssef que, além de enumerar o quanto pagou a cada político, nomeando-os, conte a negociata entre o banqueiro André Esteves e a BR Distribuidora. Além disso, que ele pormenorize o que disse na sua delação premiada sobre Lula e Dilma saberem do esquema de corrupção na Petrobras

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Flashes do banditismo explicito e da resistencia 'a bandidagem: impeachment - O Antagonista

Sem me pronunciar a respeito (e precisa?), reproduzo apenas alguns flashes que estão no site do Antagonista deste sábado 21 de fevereiro de 2015, um triste retrato de um país assaltado por uma gang de... gangsteres?
Parece...
Paulo Roberto de Almeida

Viva a resistência à Mela Jato. Viva também a nossa explicação

Começou a resistência civil, jurídica e política, antecipada aqui, contra os acordos de leniência marotos que o governo quer assinar com as empreiteiras do Petrolão, via Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU), para melar as delações premiadas da Lava Jato e salvar as empreiteiras da falência e Lula e Dilma do aterro sanitário da História. Vamos explicar o essencial dessa batalha...
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A boa estratégia de Sergio Moro e o erro dos procuradores

Se tudo der certo, Ricardo Pessoa, dono da UTC, preso desde o início da deflagração da Operação Lava Jato, poderá abrir a boca -- furando os acordos de leniência marotos que Lula, Dilma e José Eduardo Cardozo se empenham em costurar com a empreita bandida, via CGU e TCU.
De acordo com a Veja, Ricardo Pessoa está no seu limite físico e psicológico. "Posso pegar de 90 a 180 anos de prisão", tem dito ele...
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Um milhão de pessoas pelo impeachment?

O movimento pelo impeachment pode reunir um milhão de pessoas. É o que diz Felipe Patury, na Época: "A consultoria Bites encontrou no Facebook 37 manifestações pela interrupção do mandato de Dilma, todas marcadas para o fatídico 15 de março. Mais de 1 milhão de pessoas confirmaram presença. A Bites checou seus perfis para evitar dupla contagem". O Antagonista apoia o movimento e tentará contribuir para seu sucesso.

Um milhão - toc, toc, toc - de pessoas
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Gerson Camarotti Mercadante enfrenta uma situação de grande desconforto dentro do governo. Colegas de ministério já admitem que ele está isolado.
Cristovam Buarque Argumentos não têm mais papel pedagógico; só catástrofes convencem. Pouco provável que as próximas eleições mostrem que o povo aprendeu.

Impeachment? É pouco

O impeachment de Dilma Rousseff. Na campanha de 2014, a UTC deu mais de 30 milhões de reais ao PT. O partido alega que esse dinheiro entrou legalmente em seu caixa, mas Ricardo Pessoa pode demonstrar que ele saiu ilegalmente da Petrobras, através de contratos superfaturados. Mais do que isso: ele pode testemunhar que o partido conhecia a origem do dinheiro.

Dilma inaugura P-59: R$ 7 milhões foram para o PT
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Ricardo Noblat Como é possível que Dilma cometa o descaramento de tentar repartir a culpa do PT com FHC? Isso só tem um nome: desonestidade intelectual.
Felipe Moura Brasil PT está há 4.430 dias no poder. Se você acredita que FHC é culpado pela roubalheira, você merece Lula, Dilma e PT.

O esquema de Lula, Delúbio, Dirceu, Wagner e Gabrielli

O que Ricardo Pessoa, de acordo com a Veja, pode denunciar à Lava Jato? Primeiro: o esquema de propinas da Petrobras foi montado em 2003, assim que Lula - amigo do empreiteiro - tomou posse. Segundo: seu operador era Delúbio Soares.

Lula (e Gabrielli) inauguram Cenpes: o PT embolsou R$ 1,7 milhões da UTC

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Beto Albuquerque Quando começa rolar lista de "intelectuais" e Artistas a favor de alguém é porque a coisa tá feia.
Romeu Tuma Jr. O próximo culpado por Dilma, será Getulio Vargas por ter criado a Petrobrás em 1953.

O PT implode

Ricardo Pessoa, dono da UTC, estava prestes a denunciar Lula, Dilma Rousseff e José Dirceu. Exasperado, José Eduardo Cardozo procurou os advogados do empreiteiro e o acordo que ele negociava com os procuradores da Lava Jato foi suspenso.

Lula inaugura Replan: aqui o PT embolsou R$ 2 milhões da UTC
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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Marcha do Impeachment: seis crimes e contando...; precisa mais? - O Antagonista

Sempre achei que O Antagonista deveria se chamar O Contrarianista, mas acho que o nome que escolheram parece bem e fico com ele.
Eles resolveram realmente antagonizar a soberana, que por enquanto só cometeu seis crimes passíveis de impeachment.
Pode ser que já esteja de bom tamanho, mas acho que cavocando, sempre se vai achar mais.
Ou vocês acham que eles só roubaram 1 TRILHÃO?
Eu acho que foi muito mais...
Comparo o governo ao Titanic, não por ser grande e bonito, luxuoso e muito eficiente. Pelo contrário: pelo fato de que ele também vai a pique, direto ao fundo, e vai arrastar muita gente consigo e deixar muitos outros boiando sem salva-vidas (salvo os espertos de sempre, como certo apedêuta, que tem não só uma lancha salva-vidas, mas um iate inteiro, com uisque, companhia, essas coisas de ricaço).
E o iceberg, vocês podem perguntar?
Bem, o iceberg só pode ser a corrupção.
Não porque seja gelada, e vai bater no Titanic.
Ele já bateu. Mas é porque, como os icebergs, só uma pequeníssima parte está emersa. A maior parte, e talvez seja até mais do que 9/10, está submersa, e vamos ter de mergulhar para medir o tamanho.
Brrrr, só de pensar me dá arrepio...
Paulo Roberto de Almeida

3 minutos e 42 segundos de desastres

"O Brasil está realmente na pior".

É o título de um novo vídeo do Financial Times, que resume em três minutos e quarenta e dois segundos todos os desastres econômicos associados a Dilma Rousseff: incompetência, corrupção, estagflação, queda das vendas no varejo, risco de rebaixamento por parte das agências de rating e a ameaça de impeachment por causa do escândalo na Petrobras.
A propósito da Petrobras, o Financial Times cita aquilo que John Kenneth Galbraith chamou de "Bezzle" - a quantidade desconhecida de fraudes dentro das empresas. Não está na hora de investir no Brasil. O que está ruim pode piorar.

Caiu até aqui, mas deve cair ainda mais