O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 7 de maio de 2019

Livros adquiridos online ou em sebos eletrônicos, 2016-19 - Paulo Roberto de Almeida

O que seria de nós, de mim, sem os livros?
Pergunta difícil de responder. No que me concerne, eu vivo com livros, pelos livros, para o livros e soterrado por livros, esperando que uma boa fada, algum dia, resolva esse problema (acho que nenhuma se apresentará...).
O bom das compras online é que elas deixam registro dessas aquisições, permitindo que a gente se lembre de livros por acaso esquecidos nas catacumbas do Kindle, ou em estantes de difícil acesso.


Acabo de adquirir este livro em livraria, e aposto como ele vai desaparecer em mais algumas semanas, soterrado por outros, deixado no escritório ou depositado na mesa de dormir, esperando uma noite com luz...
Ele começa, obviamente, pela criminosa queima de livros realizada pelos nazistas, em 1933, e se prolonga em todos os roubos, saques, pilhagens e destruições que esses bárbaros provocaram nesses preciosos objetos de conhecimento.
Mas ele não figura nas listas abaixo, como qualquer outro dos livros adquiridos em livraria.
Nelas figuram apenas três tipos de aquisições: as feitas na Amazon.com, na Amazon.com.br e na Estante Virtual.
Mas existem muitos outros manipulados ao longo desses três anos de levantamento; aqueles retirados de bibliotecas, por exemplo (a do Itamaraty ou do Instituto Rio Branco), ou emprestado por amigos, ou adquiridos por Carmen Lícia Palazzo, que lê muito mais do que eu...

As aquisições mais recentes são relacionadas abaixo:

Livros adquiridos online e via sebos, 2016-2019
Paulo Roberto de Almeida

Paulo Roberto de Almeida
Listagem efetuada em 7/05/2019

Amazon.com – Kindle:

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

James Burnham
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Masha Gessen
Kindle Edition
Sold by: Penguin Publishing

Mancur Olson
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Bethanne Patrick
Kindle Edition
Sold by: Simon & Schuster Digital Sales Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Henry Kissinger
Kindle Edition
Sold by: Penguin Publishing

Paul Johnson
Kindle Edition
Sold by: Penguin Publishing

Deirdre N. McCloskey, Óscar Figueroa Castro
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Deirdre N. McCloskey
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Deirdre N. McCloskey
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Deirdre McCloskey
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Sebastian Edwards
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Thomas Traumann
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Hourly History
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

John Brockman
Kindle Edition
Sold by: HarperCollins

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

H.E. Jacob
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles L. Mee Jr.
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Richard Pipes
Kindle Edition
Sold by: Random House Digital, Inc.

Hourly History
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Tony Judt
Kindle Edition
Sold by: Penguin Publishing

Theodore Dalrymple
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Hourly History
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Margaret MacMillan
Kindle Edition
Sold by: Random House Digital, Inc.

Ayn Rand
Kindle Edition
Sold by: Penguin Publishing

Kurt Vonnegut
Kindle Edition
Sold by: Random House Digital, Inc.

Archie Brown
Kindle Edition
Sold by: HarperCollins

Larry P. Arnn
Kindle Edition
Sold by: Zondervan

John Buchan
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Rupert Colley
Kindle Edition
Sold by: HarperCollins

Eric Foner
Kindle Edition
Sold by: HarperCollins

Jennifer Hecht
Kindle Edition
Sold by: HarperCollins

Anthony Everitt
Kindle Edition
Sold by: Random House Digital, Inc.

Umberto Eco
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Edward Gibbon, Hans-Friedrich Mueller, Gian Battista Piranesi, Daniel J. Boorstin
Kindle Edition
Sold by: Random House Digital, Inc.

Jeffrey E. Garten
Kindle Edition
Sold by: HarperCollins

PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

John Harte
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Anne Applebaum
Kindle Edition
Sold by: Random House Digital, Inc.

James L. Stokesbury
Kindle Edition
Sold by: HarperCollins

Arthur Herman
Kindle Edition
Sold by: Random House Digital, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Howard Fast
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors, Gilberto Peña
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Charles River Editors
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

Thomas Fleming
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

George C. Herring
Kindle Edition
Sold by: Amazon Digital Services, Inc.

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Amazon.com.br

Entregue 3 de jan de 2019
Garschagen, Bruno
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 36,40

Entregue 3 de jan de 2019
Ludwig von Mises
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 399,90

PEDIDO REALIZADO
20 de julho de 2018
Marcel van Hattem
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 45,07

PEDIDO REALIZADO
17 de julho de 2018
TOTAL: R$ 777,00
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 79,00

Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 599,00

Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 99,00

PEDIDO REALIZADO
5 de maio de 2018
TOTAL: R$ 41,00
Jamil Chade
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 33,10

PEDIDO REALIZADO
1 de maio de 2018
TOTAL: R$ 30,12
Mark Lilla
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 22,22

PEDIDO REALIZADO
5 de abril de 2018
TOTAL: R$ 25,10
Timothy Snyder
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 17,20

PEDIDO REALIZADO
4 de abril de 2018
TOTAL: R$ 45,80
Antonio Paim
Vendido por: Amazon Serviços de Varejo do Brasil, Ltda.
R$ 47,90

PEDIDO REALIZADO
30 de janeiro de 2018
TOTAL: R$ 13,65
Antonio Paim
R$ 8,00

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Estante Virtual:

Data
Pedido
Valor
15/04/2019
31363135
Obras Completas- Fernão Magalhães - Stefan Zweig

R$ 20,43
14/04/2019
31362964
Fernão de Magalhães e os Caminhos da Verdade - Stefan Zweig

R$ 30,63
20/01/2018
26584234
Idéias e Consequências - Bolívar Lamounier e Outros

R$ 17,21
17/09/2017
25499021
Relações Internacionais - Delgado de Carvalho

R$ 12,74
19/04/2017
24174531
Some Inferences Concerning the International Aspects of Economic Fluct - Roberto de Oliveira Campos

R$ 18,79
17/02/2017
23525809
Erasmo de Rotterdam - Stefan Zweig

R$ 19,18
03/05/2016
20854817
Princípios de (uma) Ciência Nova - Giambattista Vico

R$ 20,12


Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 7 de maio de 2019 

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Os anos "9", momentos sempre decisivos na China - The Economist

1919 foi importante, não apenas na China, mas no mundo, quando as potências vencedoras trataram de "compor" uma nova "ordem mundial" que de fato se revelou insuficiente para acomodar os interesses não só diversificados, mas também contraditórios dos países que emergiam do primeiro grande conflito global do século XX. Depois veio 1949, a vitória do comunismo, e 1989, o primeiro desafio ao comunismo em uma China emergente...
Paulo Almeida

The Communist Party grapples with a momentous anniversary

Student protests a century ago led to the party’s birth. They also inspired subsequent generations of dissidents

A SHORT WALK from Tiananmen Square, young carworkers wearing company tracksuits stand with their fists in the air. They are renewing their vows to the Communist Youth League by chanting promises to “resolutely support” the Communist Party and “strictly follow” the league’s regulations. When they step aside for a group photo, 40 students from a technical college take their place to make their own pledges of loyalty. A growing queue of youngsters waits nearby to do the same.
The oath-swearing spot is in the courtyard of an imposing edifice of russet brick, known as the Red Building. A century ago it belonged to Peking University, one of China’s most prestigious seats of learning (now in a north-western suburb). There is a striking contrast between these professions of faith in a dictatorial party and an exhibition the same young people are taken to see inside the building. It is about the students who, 100 years ago on May 4th, set off from the Red Building and other sites around the city to join a protest at Tiananmen provoked by the shabby treatment of China by its allies after the first world war. The Treaty of Versailles had awarded a former German colony in China to Japan.

Today May 4th is officially celebrated as Youth Day. Its significance is strongly contested. The party recalls the May 4th Movement, which refers to the protest in Tiananmen as well as similar ones elsewhere in China and intellectual soul-searching around that time, as the backdrop to the party’s birth two years later. Liberals remember the movement as a cry for democracy by patriots who believed that China had no hope of standing tall without adopting Western learning, including in politics. In a year packed with sensitive anniversaries—including the 30th on June 4th of the army’s crushing of student protests in the same square in 1989 (an event barely known to many young people in China, owing to the assiduous efforts of censors)—the party is bent on ensuring that its version of history is the only one heard.
Both the party and dissidents agree that in 1919 the country was at its nadir. The last imperial dynasty, the Qing, weakened by decades of internal strife and foreign encroachment on Chinese territory, had collapsed in 1911. A military strongman, Yuan Shikai, had tried to reinstate the monarchy with himself as the new emperor. His death in 1916 had unleashed struggles between rival warlords. The young protesters had hoped that China’s support for the allies against Germany—it had sent about 140,000 men to work as labourers on the front in Europe—would result in the return to China of colonised territory. Not only had their hopes been dashed, but, as they saw it, China’s own government had been complicit in the betrayal.
But the party prefers not to delve deeply into the political aspirations of the May 4th Movement, including the view of many participants that China’s weakness was in part the result of flaws in its traditional culture. China’s current leader, Xi Jinping, is trying to recast the party as a champion of ancient Chinese values. The reformers of 1919 would be horrified.
There is only one aspect of the movement that officials want to dwell on, namely its links with the party’s founding, says Rana Mitter of Oxford University. But public discussion even of the party’s early ideals is curtailed. The party does not want to be reminded that its supporters were once attracted by its promise of liberation from autocracy, not by the dictatorship it came to represent. In recent decades the party has downplayed the iconoclasm of the May 4th Movement, preferring to portray it as something far blander. A student leader tells one of the groups outside the Red Building that “the spirit of May 4th” is today found in young doctors who battle epidemics and young soldiers who rescue citizens from natural disasters.
If there is something galling about a government that brooks no dissent making heroes of long-dead protesters, no one at the Red Building is willing to admit it. China today is far more tightly controlled than it was during the early months of 1989 when the party was almost brought down by students who claimed that they, not China’s geriatric leaders, were the true heirs of 1919. Those protests were fanned by excitement about the 70th anniversary of the May 4th Movement (hundreds of thousands took to the streets on that day 30 years ago—a high point of the unrest). The party frets that the proximity this year of two big anniversaries—of the demonstrations in 1919 as well as in 1989—will encourage dissidents to air their grievances.
Given the intensity of security in the capital, this is highly unlikely to happen on the streets. But the party’s anxiety has some basis. Campus activism has been bubbling up in the form of #MeToo campaigning against sexual harassment and an attempt by self-described Marxists to help factory workers in southern China establish a free trade union. Police have arrested dozens of these labour activists. (Six students connected with the cause are reported to have been taken into custody on April 28th, presumably for fear that they might speak out during the centenary.) Academics are cowed, but not crushed. Lately the bravest have been speaking up for Xu Zhangrun, an academic in Beijing who was suspended earlier this year for attacking Mr Xi’s authoritarianism.
The party can at least claim to have fulfilled one dream of the protesters of 1919: China is now a global power (Mr Xi will be careful to ensure that his trade agreement with America’s president, Donald Trump, expected soon, does not look like surrender). But on April 30th, at a commemoration of the centenary in the Great Hall of the People next to Tiananmen, Mr Xi gave a veiled warning to dissidents. He described being unpatriotic as “disgraceful” and said that loving the country was closely entwined with loving the party and socialism. The traditional May Day public holiday was recently extended from three days to four. The party may hope to nudge Beijingers to enjoy a break outside the city and leave its history behind. The “spirit” of the centenary looks a lot like mistrust and fear.

This article appeared in the China section of the print edition under the headline"Tiananmen 1919"

Olavo de Carvalho, o “Trotski de direita” - General Villas Boas

Uma declaração que deveria servir para encerrar o “debate” destrambelhado provocado pelo Rasputin de subúrbio, que ainda possui seguidores desmiolados dentro e fora do governo, ademais de uma horda de fanáticos ululantes — como soe acontecer com esse tipo de milenarista salvacionista — cujos integrantes mais militantemente devotados ficam perturbando o ambiente de definição de políticas públicas com suas cruzadas surrealistas contra aqueles que eles consideram “heréticos” (como este mesmo que aqui escreve).


Supõe-se que, a partir de agora, com a manifestação do General Villas Boas, os olavistas e olavetes dentro e fora do governo colocarão as barbas de molho, sobretudo aqueles que as têm. Escreveu o Gal. VB:

Mais uma vez o Sr. Olavo de Carvalho a partir de seu vazio existencial derrama seus ataques aos militares e as FAA demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia. Verdadeiro trotski de direita, não compreende que substituindo uma ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de pensamento que promova soluções concretas para os problemas Brasileiros. Por outro lado, age no sentido de acentuar as divergências nacionais no momento em que a sociedade Brasileira necessita recuperar a coesão e estruturar um projeto para o país. A escolha dos militares como alvo é compreensível por sua impotência diante da solidez dessas instituições e a incapacidade de compreender os valores e os princípios que as sustentam.

Não sei bem o que o Gal. VB quis dizer com “Trotski de direita”, ao referir-se ao Olavo de Carvalho, mas considero a designação um excelente acréscimo a meus já conhecidos dois epítetos dirigidos ao mesmo personagem: sofista da Virgínia e Rasputin de subúrbio.
Talvez seja pelo fato que Trotski foi o primeiro grande dissidente da revolução bolchevique, depois da emergência do segundo ditador, depois de Lênin, ao comando da URSS, Stalin, além de Trotski ter dividido o movimento comunista mundial, ao criar, ao lado da, e em concorrência à III, o Komintern, uma IV Internacional, a Troskista, que não sei se ainda subsiste, pois trotskistas são persistentes. A III Internacional foi declarada extinta por Stalin em 1943, no contexto da sua aliança de ocasião com as duas grandes democracias ocidentais, Estados Unidos e Grã-Bretanha, para poder enfrentar a máquina de guerra nazista. Depois da guerra, Stalin criou o Cominform, o Escritório de Informação Comunista, para combater dissidentes do movimento comunista internacional, como Tito, da Iugoslávia. Uma sobrevivência atual dessas excrescências comunistas é o Foro de São Paulo, sabujamente criado pelo PT em 1990, para seguir as ordens dos comunistas cubanos, a tirania dos Castro.
Os trotskistas atrapalharam bastante o monolitismo stalinista, dai a decisão de Stalin, depois de primeiro exilar o concorrente em Alma Ata, depois expulsá-lo da União Soviética, para finalmente ter decidido eliminá-lo fisicamente, o que foi feito a golpes de picareta, no México, em 1940.
Não sei se este será o destino do guru bolsonarista, pois acredito que ele se extinguirá por sua própria irrelevância teórica e total alucinação prática no terreno da política brasileira.


Em matéria de política externa ele já provocou um desastre considerável com sua estúpida oposição a um monstro metafísico alimentado por ele mesmo, o tal de antiglobalismo, endossado beatamente, da forma mais sabuja possível, por esse patético chanceler que obedece ainda a dois outros olavistas fundamentalistas, que já provocaram, conjuntamente, enormes distorções na diplomacia brasileira (entre elas uma adesão servil, indigna e ignóbil, não aos Estados Unidos, mas a esse histriônico personagem que ocupa a presidência). 
O Brasil vem sendo exposto ao ridículo universal, com esses três mosqueteiros do surrealismo diplomático, o nominal em terceiro escalão, como sempre foi.

A manifestação acima do Gal. Villas Boas deveria encerrar um “debate” que na verdade nunca existiu, pois a única fonte de excitação irracional nas hostes olavistas — inclusive deputados da base do governo e pelo menos um membro da família bolsonarista —foram impropérios grosseiros contra os militares no governo, geralmente considerados como um dos únicos blocos de racionalidade em face do caos mental que subsiste em outras esferas, inclusive, infelizmente, na diplomacia.

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 6 de maio de 2019