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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 4 de junho de 2013

O Brasil dos companheiros: o balanco que eles nao gostariam de ver...

Os companheiros comemoraram, recentemente, seus primeiros dez anos de poder, que eles chamam de modelo pós-neoliberal (seja lá o que isso queira dizer).
Parece que antes deles, vivíamos num inferno neoliberal. Você sabia disso leitor?
Pois bem, eles tiveram dez anos para consertar as coisas, e esperam ter mais dez para tentar melhorar o que não conseguiram fazer até agora.
O que eles conseguiram fazer, todos sabemos.
Enfiaram 45 milhões de pessoas (e continuam buscando mais) na dependência do Estado, tornando-os viciados em assistência pública e cobradores ativos de mais favores estatais (que nós, classe média, e os empresários, pagamos).
O que eles não conseguiram fazer, e em certos casos até retrocederam nos indicadores, nós também sabemos, e está registrado em todos os rankings de comparações internacionais sérios.
Retiro do post anterior apenas algumas das vergonhas brasileiras que os companheiros não conseguem resolver:

Doing Business, do Banco Mundial: Brasil está em 130. na lista, atrás de Bangladesh e da Etiópia; no respeito aos contratos está em 116, também se arrasta no lugar 121 para começar um novo negócio (abrir empresas), e ISSO NÃO É NENHUMA SURPRESA, na classificação de n. 156 para PAGAR IMPOSTOS.

Já o relatório sobre competitividade mundial do World Economic Forum coloca o Brasil no lugar 107 para infraestrutura, caindo para o 123 para estradas e no 135 para os portos. 
Na legislação setorial, o panorama continua a ser sombrio: o Brasil fica com o lugar  118 para flexibilidade salarial, no 123 para tarifas aduaneiras, no 129 para corrupção no comércio exterior, e, ISSO TAMPOUCO CONSTITUI SUPRESA, no lugar 132 para matemáticas e ciências, no campo da educação.

Este é o Brasil dos companheiros.
Eles tem algo a dizer sobre isto tudo?
Paulo Roberto de Almeida 

3 comentários:

Anônimo disse...

...como eles nos veem...

http://www.economist.com/blogs/johnson/2013/05/brazilians?spc=scode&spv=xm&ah=9d7f7ab945510a56fa6d37c30b6f1709

Vale!

Maria do Espírito Santo disse...

Esta aqui eu ri de chorar, Anônimo:

What Brazilians say: I'm going to tell you something/ Let me tell you something/ It's the following/ Just look and you'll see (Vou te falar uma coisa/ Deixa te falar uma coisa/ É o seguinte/ Olha só pra você ver)
What foreigners hear (especially after many repetitions): He thinks I'm totally inattentive or perhaps mentally deficient
What Brazilians mean: Ahem (it's just a verbal throat-clear)

Anônimo disse...

...trata-se apenas do velho "English humor"...Mary of The Holy Ghost!

Vale!