Ser professor
No Itamaraty, colegas vivem me chamando de professor.
Esse modesto apelativo me dá mais orgulho e satisfação do que o aparentemente pomposo de embaixador.
Ser embaixador é apenas um título, para mim anódino, que qualquer amigo do rei, ou do presidente, pode ostentar, com base em conexões e apoios, e até sendo filho de quem decide.
Ser reconhecido basicamente, essencialmente, como professor é uma condição que poucos podem exibir, a não ser que encarnem efetivamente esse gênero de atividade.
Feliz dia dos professores — a despeito de nossos tempos sombrios, quando temos um cidadão ignorante como ministro da área — a todos os que podem ser legitimamente reconhecidos nessa nobre atividade.
Ser embaixador passa.
Ser professor permanece!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 15/10/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário