Uma pesquisa feita no contexto da manifestação de Bolsonaro no Rio de Janeiro (Copacabana) que reuniu um público bemmais limitado de pessoas do que comícios anteriores do agora réu da Justiça. PRA
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
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domingo, 30 de março de 2025
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Oferecemos aos entrevistados uma longa lista de "inimigos" (usamos essa linguagem pesada, de propósito) do campo conservador que incluía a esquerda, o presidente Lula e a agenda "woke" e pedimos para escolherem apenas um deles. 59% escolheram o STF. Se entendermos que, no ambiente polarizado, as identidades se dão por antagonismo, isso significa que os conservadores se definem mais por oposição à Justiça do que por oposição à esquerda, seus líderes ou sua pauta. Isso não é pouco.
Os motivos para o ódio ao Supremo são esclarecidos nas outras questões. 96% dos manifestantes acreditam que os excessos da Justiça fazem do Brasil uma ditadura. 92% acreditam que o decreto de Estado de sítio que Bolsonaro cogitou assinar em 2022 não configuram um golpe de Estado. 95% consideram que o julgamento de Bolsonaro no STF não seria "nada justo".
Isso tudo talvez não fosse muito grave se o fenômeno se restringisse aos ativistas que estão mobilizados em manifestações como a que estudamos. Porém, pesquisas nacionais de opinião têm mostrado que a grande maioria dos apoiadores de Bolsonaro consideram o trabalho do STF ruim ou péssimo (59% dos simpatizantes do PL consideram trabalho do STF ruim ou péssimo, segundo Datafolha de março do ano passado, enquanto 49% dos simpatizantes do PT consideram ótimo ou bom).
Tenho defendido em minhas colunas no Globo que a situação na qual o país se encontra exige da Justiça uma combinação de rigor com sobriedade. Por um lado, precisamos punir com rigor quem atentou contra a democracia, do contrário o regime democrático não sobrevive. Por outro lado, não podemos fazer isso de maneira que pareça que a Justiça tem lado e está perseguindo os conservadores. Na minha opinião, a Justiça não tem encontrado esse equilíbrio e os números da pesquisa atestam isso. Nenhuma democracia fica de pé quando metade da cidadania desconfia da Justiça.
Entrevistamos 495 manifestantes e nossa margem de erro, em um intervalo de confiança de 95%, é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi uma parceria entre a More in Common e o Monitor do Debate Político do Cebrap e contou ainda com o apoio do professor José Szwako e de uma excelente equipe de estudantes da UERJ.