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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

A elite branca apela para ofensas? Algo de podre no reino dos companheiros - Milton Simon Pires

Parece que o Brasil não é mais o que era, embora os estádios sempre foram hors-concours em matéria de xingamentos...
Paulo Roberto de Almeida

ESPÍRITOS DA ESCURIDÃO

Milton Pires

Quando assumiu a Presidência da República em 2003, o Partido dos Trabalhadores (PT) deu início a uma revolução no país. Não interessa aqui detalhar, minuciosamente, quais os aspectos desse processo. Interessa apontar qual sua “causa motora”..qual o seu “anima”..seu “princípio vital” ou se quiserem – seu espírito. Afirmo, pois, que aquilo que movia o PT em 2003 em nada difere dos princípios da esquerda do século XX e aponto em primeiro lugar a ideia de “começar do zero”..de “passar o país a limpo” que fez com que o PT considerasse velho, corrupto e ultrapassado tudo aquilo que o antecedeu na história política da nação. Tomado o poder, tudo precisava ser derrubado e reconstruído...tudo havia que ser pensando novamente ou simplesmente inventado para um novo Brasil..para um “novo mundo sem medo de ser feliz”..O resultado disso, todos sabemos: não sobrou “pedra sobre pedra” (a não ser de crack) da cultura e do pensamento brasileiros. Nossa razão adoeceu, nosso capacidade crítica sumiu e iniciou-se uma verdadeira época da escuridão..um período de mau gosto estético e de relativismo moral que permitiram ao Partido-Religião acabar para sempre com a ideia de oposição. O PT nunca teve ou terá oposição; tem inimigos – o conceito é completamente diferente.
Ainda que dentro da sociedade brasileira nunca tenha desaparecido por completo a percepção daquilo que o PT fez com a política, o mesmo não se pode afirmar com tanta segurança a respeito daquilo que ele fez com a cultura..daquilo que ele fez com a moral e com os mais simples conceitos de disciplina, hierarquia e decoro.
O dia 12 de junho de 2014, data da abertura da Copa do Mundo no Brasil, viverá – como diria Roosevelt – na história da infâmia, segundo os petistas. “Nunca antes na história desse país” 63.000 pessoas, ao vivo e numa transmissão para o mundo inteiro, disseram a um presidente da república aquilo que Dilma Rousseff teve que ouvir no Estádio do Itaquerão em São Paulo. Antes daquilo que ela escutou, ir ao estádio era “coisa do povo”..era uma alegria de brasileiro pobre que, tomando sua cervejinha de domingo, poderia ir ao Maracanã na realização do sonho socialista. Depois do que aconteceu, Lula vem a público dizer que no Itaquerão só havia “burgueses” e que foi da diferença de classes e do preconceito que partiram as ofensas à presidente !
Por uma questão de respeito ao leitor, não vou descrever o que o público disse à Dilma naquela tarde. Não me interessa saber a que classe pertenciam as pessoas que estavam no Estádio nem se havia ou não pobres entre elas. Interessa afirmar que a primeira mandatária do país e representante de uma organização criminosa que tentou comprar todo Congresso Nacional, que destruiu toda universidade brasileira, que recebe traficantes com honras de chefes de estados, que matou prefeitos e ameaçou juízes...que bateu em professores e importou médicos cubanos..merecia e continua merecendo escutar aquilo que escutou..
O dia 12 de junho, presidente Dilma-Lula, há de entrar para História do Brasil e deixa aos senhores a duríssima lição..a inquestionável prova de que os senhores podem nos obrigar a votar, os senhores podem ter o dinheiro dos nossos impostos, podem nos processar e até mesmo nos prender tirando a nossa liberdade, mas vocês, jamais vão ter nosso respeito! Não podem ter do povo brasileiro aquilo que vocês mesmo tiraram dele: a capacidade de respeitar qualquer coisa..a simples noção de mérito e o princípio básico de respeito a cargos e instituições. Calem-se pois e não venham à imprensa com declarações que recordam as falsas virgens e que remetem aos pudores desconhecidos por aqueles que arrancam crucifixos das paredes e se masturbam em público com a estátua de Nossa Senhora.
Mantenham-se, ordeno eu, todos os petistas..todos aqueles que aparelharam, roubaram, fraudaram e corromperam a sociedade brasileira..todos aqueles que atentaram contra a inocência da infância, que abusaram dos ideais da juventude e que exploraram a doença da velhice no seu mais absoluto silêncio..Calem-se todos os que diziam antes que “a voz do povo é a voz de Deus” e que agora o peito inflam para falar em decoro, respeito ao cargo e educação perante à televisão..Voltem todos vocês, seus malditos, ao lugar onde habitam os espíritos inferiores..os Espíritos da Escuridão..


Porto Alegre, 14 de junho de 2014.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O Apartheid ditatorial da Republica dos Companheiros: o Big Brother decide quem pode mais...

Depois de criar um Apartheid racialista no Brasil, com suas cotas racistas, dividindo os brasileiros em afrodescendentes, privilegiados, e todo o resto (que parece que virou minoria branca oprimida, pois todo mundo se quer acreditar afrodescendente, até uns loiros de olhos azuis), os companheiros totalitários pretendem oficializar o seu sistema nazista de exclusão instituindo por decreto um “Sistema Nacional de Participação Social”, que é como eles chamam suas organizações amestradas, a soldo e a mando do partido totalitário.
Se a sociedade permitir, e os dois outros poderes não se mobilizarem, os companheiros pretendem criar a "republiqueta do grande irmão", que é essa grande coalizão de movimentos orquestrados, comandados, dirigidos por eles, e financiados por todos nós, que se destina a colocar toda a sociedade sob o tacão dos novos totalitários.
Num país sério, o signatário de um decreto desse tipo seria processado por crime de responsabilidade, e provavelmente destituído do cargo. Numa republiqueta como a nossa, não vai acontecer nada, e é até possível que, nesse clima de Copa do Mundo e de campanha eleitoral, nada se faça e que a coisa celerada passe na indiferença geral.
Em todo caso, é mais uma demonstração do espirito totalitário dessa gente...
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 29/05/2014

Atenção, leitores!
Seus direitos, neste exato momento, estão sendo roubados, solapados, diminuídos. A menos que você seja um membro do MTST, do MST, de uma dessas siglas que optaram pela truculência como forma de expressão política.
De mansinho, o PT e a presidente Dilma Rousseff resolveram instalar no país a ditadura petista por decreto. Leiam o conteúdo do decreto 8.243, de 23 de maio deste ano, que cria uma tal “Política Nacional de Participação Social” e um certo “Sistema Nacional de Participação Social”. O Estadão escreve nesta quinta um excelente editorial a respeito. Trata-se de um texto escandalosamente inconstitucional, que afronta o fundamento da igualdade perante a lei, que fere o princípio da representação democrática e cria uma categoria de aristocratas com poderes acima dos outros cidadãos: a dos membros de “movimentos sociais”.
O que faz o decreto da digníssima presidente? Em primeiro lugar, define o que é “sociedade civil” em vários incisos do Artigo 2º. Logo o inciso I é uma graça, a saber: “I – sociedade civil – o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”.
Pronto! Cabe qualquer coisa aí. Afinal, convenham: tudo aquilo que não é institucional é, por natureza, não institucional. Em seguida, o texto da Soberana estabelece que “todos os órgãos da administração pública direta ou indireta” contarão, em seus conselhos, com representantes dessa tal sociedade civil — que, como já vimos, será tudo aquilo que o governo de turno decidir que é… sociedade civil
Todos os órgãos da gestão pública, incluindo agências reguladoras, por exemplo, estariam submetidos aos tais movimentos sociais — que, de resto, sabemos, são controlados pelo PT. Ao estabelecer em lei a sua participação na administração pública, os petistas querem se eternizar no poder, ganhem ou percam as eleições.
Isso que a presidente está chamando de “sistema de participação” é, na verdade, um sistema de tutela. Parte do princípio antidemocrático de que aqueles que participam dos ditos movimentos sociais são mais cidadãos do que os que não participam. Criam-se, com esse texto, duas categorias de brasileiros: os que têm direito de participar da vida púbica e os que não têm. Alguém dirá: “Ora, basta integrar um movimento social”. Mas isso implicará, necessariamente, ter de se vincular a um partido político.
A Constituição brasileira assegura o direito à livre manifestação e consagra a forma da democracia representativa: por meio de eleições livres, que escolhem o Parlamento. O que Dilma está fazendo, por decreto, é criar uma outra categoria de representação, que não passa pelo processo eletivo. Trata-se de uma iniciativa que busca corroer por dentro o regime democrático.
O PT está tentando consolidar um comissariado à moda soviética. Trata-se de um golpe institucional. Será um escândalo se a Ordem dos Advogados do Brasil não recorrer ao Supremo contra essa excrescência. Com esse decreto, os petistas querem, finalmente, tornar obsoletas as eleições. O texto segue o melhor padrão da ditadura venezuelana e das protoditaduras de Bolívia, Equador e Nicarágua. Afinal, na América Latina, hoje em dia, os golpes são dados pelas esquerdas, pela via aparentemente legal.

Inconformado com a democracia, o PT quer agora extingui-la por decreto.

domingo, 25 de maio de 2014

O Brasil dos companheiros virou um pais sem lei, sem ordem, sem respeito aos direitos dos cidadaos pagadores de impostos, virou um circo de vagabundos alimentados com dinheiro publico (ou seja, nosso)

Copa de sangue

25 de maio de 2014 | 2h 05
Editorial O Estado de S.Paulo
A manifestação promovida quinta-feira na capital paulista pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST)ilustra bem a situação vivida hoje pelas grandes cidades brasileiras, a começar pelas duas mais importantes, São Paulo e Rio de Janeiro - total desrespeito pela população, que tem seus deslocamentos prejudicados pela ocupação de vias importantes, justamente em horários críticos; ameaça pelos manifestantes de recurso também à violência física, se contrariados; desafio aberto às autoridades que, amedrontadas, preferem proteger os que assim infringem a lei, em vez de colocá-los em seu devido lugar e cumprir o dever elementar de manter a ordem pública.
Foram 15 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar (PM), mas poderiam ser apenas mil, ou mesmo quinhentos, porque hoje qualquer meia dúzia de gatos-pingados afoitos e autointitulados integrantes de movimentos sociais conseguem com a maior facilidade, à hora que bem entendem, interromper a circulação em ruas e avenidas escolhidas a dedo para perturbar a vida da maior cidade do País. Eles começaram seu protesto no Largo da Batata, em Pinheiros, às 18 horas, passaram pelas Avenidas Faria Lima e Cidade Jardim, pegaram a Marginal do Pinheiros, bloqueando todas as suas pistas no sentido zona sul, e encerraram a manifestação na Ponte Estaiada.
Não sem antes realizar ali uma assembleia a céu aberto, indiferentes à confusão provocada no trânsito. É fácil de imaginar os transtornos causados pelo "protesto" do MTST, nesse horário de pico, naquelas vias importantes. "Protesto" que incluiu os mais diversos ingredientes - crítica à realização da Copa do Mundo e reivindicações referentes à moradia, à educação, ao transporte e à saúde. Como quem quer tudo na verdade não quer nada, essa estranha salada só pode ter sido feita como pretexto para agitar.
A irresponsabilidade dos líderes do MTST não parece ter limites. Uma das provas disso foi a arregimentação até de crianças e idosos para participar da manifestação. Como há sempre a possibilidade de atos desse tipo, com 15 mil pessoas, fugirem ao controle - mesmo com a atitude benevolente da PM, que se limitou a proteger os manifestantes que pisoteavam o direito de ir e vir dos paulistanos -, o risco foi grande de alguém se ferir. E disso sabiam seus organizadores, que usaram covardemente aquelas pessoas como escudo.
Igualmente grave - e demonstração de profunda indiferença às agruras dos paulistanos - foi promover o tal "protesto" logo em seguida aos dois dias em que a cidade sofreu com a greve selvagem de motoristas e cobradores.
E tem mais. O líder do MTST, Guilherme Boulos, a nova vedete dos movimentos ditos sociais - nos quais nunca se sabe onde começa a baderna e onde termina o social -, fez uma clara ameaça, a propósito da ocupação de uma grande área na zona leste, perto do Estádio Itaquerão, onde se realizará o jogo de abertura da Copa: "Se eles (policiais com ordem judicial para reintegração de posse) quiserem desocupar sem negociar, sem dar garantias reais àquelas famílias, vai haver resistência. Se eles insistirem, vai ter uma Copa de sangue".Tendo em vista a desenvoltura com que ele e seus companheiros vêm agindo impunemente, é melhor não duvidar de sua palavra e se preparar para o pior.
Se chegamos a essa situação, é porque assistimos há já algum tempo a uma confusão deliberada entre o direito inquestionável da população de se manifestar, criticar e apresentar pacificamente reivindicações e a baderna pura e simples, promovida por aqueles que, por razões políticas e ideológicas, quando não por impulsos criminosos, estão interessados apenas na agitação. Por isso, promovem seus "protestos" atropelando todas as regras que, nos regimes democráticos, regulam essa matéria, a começar pela obrigação de avisar com antecedência sua realização e pedir autorização para tal.
Igual responsabilidade têm os governantes que, para não serem acusados de "repressores", não permitem que a polícia preserve a ordem pública e proteja os direitos da maioria. Poderão pagar caro por isso, acusados pela população de conivência com a bagunça.

Sistema proporcional de corrupcao eleitoral: partidos e parlamentaresna folha de pagamentos de um doleiro (inclusive um ex-presidente)

Fraudes e falcatruas se sucedem e não se substituem: elas se acumulam, como o lixo dos lixões...
Paulo Roberto de Almeida 

Congresso

Operação Lava-Jato: os nobres clientes do doleiro

Documentos apreendidos pela Polícia Federal e imagens captadas por câmeras de segurança mostram quem são os parlamentares que mantinham relações diretas com Alberto Youssef

Rodrigo Rangel - Veja.com, 23/05/2014
Collor: a PF encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef, em São Paulo, comprovantes de depósitos bancários feitos na conta do senador
Collor: a PF encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef, em São Paulo, comprovantes de depósitos bancários feitos na conta do senador (Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
Preso há dois meses, o doleiro Alberto Youssef ainda não pronunciou uma única palavra sobre seus negócios escusos, muito menos sobre os parceiros influentes que o ajudaram a montar o império que movimentou bilhões de dólares no Brasil e no exterior. Na hora em que ele resolver falar — se é que isso um dia vai acontecer —, um pedaço do Congresso Nacional certamente vai ruir. No mensalão, o esquema de corrupção montado pelo governo petista para comprar apoio político, parlamentares e assessores formavam fila no caixa de uma discreta agência do Banco Rural situada em um shopping de Brasília. O suborno era pago ali, sem muita cerimônia. Os políticos ou seus assessores chegavam, identificavam-se, recebiam o dinheiro e saíam tranquilamente. Foram descobertos porque deixaram suas assinaturas em recibos e pelos registros do sistema de segurança do prédio. O escândalo, como se sabe, levou os principais personagens à prisão — mas a experiência não impediu mais uma surpreendente parceria, inclusive financeira, entre um criminoso conhecido e respeitáveis congressistas.     
O escritório de Alberto Youssef, que funcionava numa área nobre na Zona Oeste de São Paulo, era, digamos assim, uma espécie de versão recente da então discreta agência brasiliense do Banco Rural. A base de operação do doleiro era também ponto de peregrinação de políticos de partidos sabidamente envolvidos em tramoias financeiras. As investigações já revelaram que empresas-fantasma controladas por Youssef recebiam em suas contas inexplicáveis depósitos milionários de algumas das mais importantes empreiteiras do país. O dinheiro que entrava de um lado, por meio de contratos simulados de consultoria, saía por outro na forma de repasses a políticos e partidos. Os mesmos políticos e partidos que indicavam os apadrinhados que contratavam as empreiteiras pagadoras. É desse triângulo equilátero da corrupção que emergem os clientes mais vistosos do doleiro. VEJA obteve os registros do prédio que durante anos abrigou o escritório de Youssef. A lista tem mensaleiro preso, assessor de ministro e deputados — vários deputados.
Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet, no iPhone ou nas bancas.
Outros destaques de VEJA desta semana

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Brasil virou um pais sem lei, desde que os companheiros estao no poder... - Reinaldo Azevedo

Desde o primeiro dia que os companheiros totalitários ocuparam o poder, eles decidiram que iriam minar por dentro a "lei burguesa", a "sociedade capitalista", o "Estado opressor", as "zelites", como já se apropriadamente imitou o estilo de quem faz desse tipo de empreendimento em favor do caos o nec plus ultra das mudanças em curso.
O resultado é isso aí leitor, que você contempla há quase doze anos. O caos transformado em modo de vida, ou melhor, em vida impossível.
Sempre tem um idiota que resolve protestar e transforma a vida de todos os demais em um inferno.
Espero que o Brasil volte a ter lei.
Para isso é preciso colocar para fora os companheiros, e todos os seus asseclas e mercenários (que, aliás, vivem do nosso dinheiro).
Paulo Roberto de Almeida

Movimentos sociais e sindicatos decidiram que são, definitivamente, o nosso infernoReinaldo Azevedo, 20/05/2014

Já não são seis terminais fechados de ônibus em São Paulo, mas 15. A cidade está um caos. Duzentos e setenta quilômetros de congestionamento, creio que o recorde do ano.
O filósofo francês Jean-Paul Sartre é autor de frase famosa: “O inferno são os outros”. Ele não pensava em questões sociais, econômicas ou políticas quando fez essa afirmação. Referia-se apenas a questões existenciais. Afinal, sabemos que os outros constituem o principal limite ao exercício da nossa vontade.
No Brasil, os chamados movimentos sociais e sindicais decidiram que vão ser o inferno da mulher e do homem comuns, daqueles que trabalham, que estudam, que trabalham e estudam.
A cidade é um sistema; é um organismo vivo. Se um órgão deixa de funcionar, ela toda entra em colapso. Já enfrentei o diabo no metrô na tarde desta terça. Além da greve de motoristas, professores da rede municipal de ensino se concentraram na Paulista e decidiram seguir até a Prefeitura, paralisando artérias da cidade.
Num outro canto, o buliçoso MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, invadiu a sede da construtora Viver, dona do terreno em que se instalou a invasão “Copa do Povo”.
Cada movimento, cada grupo social, cada facção, cada seita — e todos eles reunidos — têm a ambição de impor aos outros a sua vontade, tornando o coletivo refém de suas demandas particulares.
É claro que existe o direito à reivindicação; é claro que existe o direito à livre manifestação, mas eles não são superiores ao direito de ir e vir.
A culpa é dos Poderes Constituídos, sim. Culpado é o Congresso que, até agora, não regulamentou o direito de greve de servidores públicos e de trabalhadores de concessionárias, como os motoristas. Há dois projetos no Senado: um bom, do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP); outro péssimo, do senador Paulo Paim (PT-RS). Escrevi a respeito nesta manhã.
A culpa e do Executivo federal, que flerta com todos os movimentos sociais e se ajoelha diante de suas demandas. E também tem culpa a Justiça, que tende a não punir quem, escancaradamente, viola a lei sob o pretexto de reivindicar. Quem paga o pato? Você! Você que trabalha. Você que estuda. Você que trabalha e estuda e se torna refém de violadores contumazes da lei.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 13 de maio de 2014

Petrobras: problemas de gestao, perdas bilionarias? Nao! Excelentes negocios...

Todo negócio tem pelo menos dois lados: o de quem vende e o de quem compra. Talvez até três: o de quem lucra na sombra, sem ter um papel explícito no intercâmbio, mas com objetivos muito precisos.
Até agora só tenho ouvido comentários, de jornalistas, de políticos, de economistas, sobre os "maus negócios" da Petrobras. Tem até uma ou duas CPIs que vão examinar esses "negócios" para determinar as razões de certos "problemas de gestão".
Acho esse pessoal ingênuo, ou então quer enganar a si próprio.
Os negócios foram excelentes, acima de quaisquer expectativas.
Os companheiros conseguiram assegurar o que um distraído chamou de "independência financeira".
Além e acima de qualquer continha ordinária de prefeitura de interior, dessas de ficar roubando nos transportes, no recolhimento de lixo, na merenda das crianças.
É preciso pensar grande minha gente: o partido agora está em outro patamar...
Quem é que não consegue ver isso?
Paulo Roberto de Almeida 
Editorial do jornal O Globo, 13/04/2014

A Petrobras se converte em copioso manancial de exemplos escabrosos de como não se pode administrar uma empresa pública. Ou qualquer outra, por suposto. A escandalosa aquisição da refinaria de Pasadena, Texas, a um grupo belga, por um preço final estratosférico (US$ 1,2 bilhão), já teve importante função pedagógica por alertar sobre o que pode acontecer quando cargos-chave em uma empresa da importância da Petrobras fazem parte do jogo fisiológico do aparelhamento, por motivos político-ideológicos, pessoais ou ambos.

E não foi apenas Pasadena o único mau negócio fechado pela estatal no longo período em que a empresa esteve sob controle de uma falange sindical do lulopetismo. Também é considerada estranha a compra de uma refinaria no Japão (Nansei, em Okinawa), além dos superfaturamentos visíveis, detectados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em pelo menos dois canteiros de obras — da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e da Comperj, novo polo petroquímico do Rio de Janeiro.

Na edição de domingo, O GLOBO trouxe mais uma história nada edificante, a do projeto da Refinaria Premium I, prevista para Bacabeira, próximo a São Luís, Maranhão. A pedra fundamental da refinaria foi lançada em 2010, com grande alarido, na presença do então presidente Lula, sua candidata à sucessão Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e ilustres representantes do clã Sarney: o próprio senador José Sarney (PMDB-AP), a filha e governadora Roseana e o discípulo Edison Lobão, ministro das Minas e Energia.

Anos depois, não há uma estaca fincada no local, “apenas” uma despesa de R$ 1 bilhão (!) jogada no caixa da estatal, a título de projetos, transporte, estudos ambientais, terraplenagem e treinamentos. Mais este escândalo tem, também, seu lado pedagógico: alertar sobre o risco de se subordinar investimentos públicos a objetivos políticos. Cabe lembrar a lapidar entrevista que o ainda presidente Lula concedeu ao jornal “Valor Econômico”, em 2009, em que se vangloriou de ter forçado a Petrobras a incluir nos planos a refinaria maranhense e mais outra, a Premium II, no Ceará.

Foram parte do projeto político-eleitoral do lulopetismo, para consolidar a longa e estreita aliança com os Sarney e manter na zona de influência do PT os Gomes (o governador Cid e o ex-ministro Ciro). Na hora de ajustar as contas, a Petrobras jogou para um futuro impreciso as refinarias, numa decisão correta. Mas ficou com pelo menos a conta de R$ 1 bilhão da Premium I.

Lula também tentou empurrar para a Vale siderúrgicas no Norte. Não conseguiu, pois, mesmo com toda a influência do Estado na empresa, ela tem controle privado. A saga desses projetos, contabilizada em bilhões de reais de perdas, serve como indiscutível prova da sobrecarga que representa para o contribuinte quando governos agem de forma voluntariosa, sem maiores cuidados técnicos. A atual crise no setor elétrico é outro exemplo.

sábado, 26 de abril de 2014

Economia e Politica em Tempos Nao Convencionais - YouTube com palestra de Paulo Roberto de Almeida


Paulo Roberto de Almeida
Palestra na UnB: 24/04/2014, 19hs

Publicado em 26/04/2014
Encontro do Grupo de Estudos Liberais Lobos da Capital - 24/04/2014
Filmado e inserido no YouTube

GRUPO DE ESTUDOS LIBERAIS LOBOS DA CAPITAL convida a todos para a palestra "Tempos não convencionais: a economia e a política do Brasil como nunca antes vistas" com o diplomata Dr. Paulo Roberto de Almeida. O objetivo do evento foi discutir o estado da (des)"união" brasileira, depois dos 12 anos de governo do atual partido que está no poder e da deterioração das instituições e da academia no País nesse período.

O diplomata Paulo Roberto de Almeida é Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas e Mestre em Planejamento Econômico pelo Colégio dos Países em Desenvolvimento da Universidade de Estado de Antuérpia. Ele também escreve no seu bastante acessado blog pessoal "Diplomatizzando"(http://diplomatizzando.blogspot.com.br/) cuja leitura frequente sempre é recomendada.

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Link para o texto base:


A economia e a politica do Brasil em tempos nao convencionais: palestra na UnB - Paulo Roberto de Almeida

Como anunciado anteriormente neste mesmo espaço, local e foro de informações e debates, fui convidado a efetuar uma palestra para alunos inteligentes da UnB (não que outros não possam ser, mas estes, ademais de todas as obrigações acadêmicas, se preocupam em estudar, aprender, ler, ouvir, coisas novas e interessantes, e não só ficar fazendo bailinhos animados a certas coisas, e com certas músicas, apenas como entretenimento).

Foi um convite sério, para falar de coisas sérias, nada menos do que o estado do Brasil atual, ou seja, o Brasil dos companheiros. Escolhi fazer um largo "recorrido" pela história econômica e política do Brasil, com ênfase nas intervenções militares, no período do regime militar (1964-1985), iniciado meio século atrás, e o que veio com ele e depois, sendo que muitos dos personagens que se opuseram ao regime militar (eu mesmo) ainda estão por aí, alguns até em posições de mando, e fazendo o que vocês estão vendo por aí.
Se você acha o Brasil a maior maravilha, não precisa ler esta palestra, pois vai se decepcionar.
Se você tem dúvidas sobre o que aconteceu no Brasil nos últimos 100 anos, e especialmente nos últimos cinquenta anos, e sobre o que está acontecendo agora, e o que pode acontecer futuramente, talvez tenha interesse em ler.
Sempre se pode aprender alguma coisa com quem viveu mais, teve mais experiência (no mínimo eu conheci todos os socialismos, os reais, os surreais, e os esquizofrênicos, e também vários tipos de capitalismos, dos ideais, tipo helvético, até os periféricos e desorganizados, como o nosso), com quem leu mais, e talvez tenha algo de interessante a contar.
Se você viu a minha palestra, tem aqui o texto base, que aliás já foi postado nas oito postagens anteiores (para não ficar muito pesado).
O que transcrevo abaixo é apenas o esquema da palestra e o link do arquivo em pdf de onde ela pode ser downloadada (ugh!; já foi dicionarizado esse verbo?), para maior facilidade de leitura.
Escrevi em viagem, no avião, de improviso e ao sabor da ideias, no meu Moleskine médio (tenho outros menores), o que me tomou exatamente 32 páginas do atual; depois transcrevi tal qual ao computador, justo a tempo de poder ler (o que não fiz, obviamente).
Enfim, divirtam-se, se puderem...
Mais adiante vamos ter o vídeo da palestra, com a parte de perguntas e respostas também...
Paulo Roberto de Almeida

(nunca antes mesmo...)

Esquema da palestra e linkagem ao texto unificado:
https://www.academia.edu/attachments/33662703/download_file

Paulo Roberto de Almeida
Palestra na UnB: 24/04/2014, 19hs
Em voo, de Bradley a Atlanta, e a Brasília, 17-18/04/2014

Esquema da palestra:
1. Na economia, a herança bendita da agricultura
2. Na política, a mentalidade sempre atrasada das elites
3. A história virtual das tentativas comunistas e do autoritarismo brasileiro
4. Do golpe à ditadura: acidentes de percurso
5. Nossas elites continuaram seu percurso de atraso mental
6. E as novas elites: quem são elas, o que fazem elas?
7. Nova classe, novo pensamento, nova língua, como nunca antes...
8. Existe saída do fascismo corporativo já instalado entre nós?

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Textos que guardam relação com o diagnóstico feito acima:

2035. “De la Démocratie au Brésil: Tocqueville de novo em missão”, Brasília, 10 agosto 2009, 10 p. Resumo de relatório da missão ao Brasil empreendida por Alexis de Tocqueville, a pedido do Banco Mundial, para determinar a situação do Brasil em termos de democracia e de economia de mercado. Antecipa relatório detalhado, que poderá ser preparado na categoria dos clássicos revisitados. Publicado na Espaço Acadêmico (ano 9, n. 103, dezembro 2009, p. 130-138; ISSN: 1519-6186; http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/8822/4947). Revista Espaço da Sophia (ano 3, n. 33, dezembro 2009).  Postado no blog Diplomatizzando (12/07/2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/07/tocqueville-de-novo-em-missao-o-brasil.html). Relação de Publicados n. 939.

2116. “O Direito, a Política e a Economia das Relações Internacionais do Brasil: Uma abordagem não-convencional”, Brasília, 19 fevereiro 2010, 8 p.; revisto 20.03.2-10. Texto suporte para palestra-debate na abertura dos cursos de Direito, Ciência Política, Economia e Relações Internacionais da UnB, no dia 22.03.2010. Revisto em 25/03/2010 em Lisboa, para publicação, sob o título de “A coruja de Tocqueville: fatos e opiniões sobre o desmantelamento institucional do Brasil contemporâneo”, em Espaço Acadêmico (ano 9, n. 107, abril 2010, p. 143-148; ISSN: 1519-6186; link: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/9800/5484). Relação de Publicados n. 958.