Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Taxa de juros: alta, baixa, no patamar correto? - Russell Lamberti (Mises)
Corrijo-me. Sempre achei não. Antigamente eu era um ignorante econômico, mas depois, olhos abertos. leituras adequadas, fui melhorando.
Os juros e o câmbio estão sempre melhor quando determinados pelos mercados, não por manipulações dos governos.
Este artigo explica por que e como.
Paulo Roberto de Almeida
Getting Interest Rates Right (Is a Job For Markets)
Russell Lamberti
Mises Daily, December 4, 2014
When the central bank meets to decide on the level of interest rates, most people care about only one thing: are my home loan, car, and credit card repayments going up, down, or staying the same? Although this is no trivial concern given the importance of managing a household budget, such a limited view does scant justice to the broad, critical, and complex role interest rates play in an economy.
What Soda Prices Tell Us About Interest Rates
The usual narrative is that low rates are good and high rates are bad. But the real problem is not “high” interest rates, but wrong interest rates. You see, interest rates are like prices. Like the price of a soda drink is agreed between seller and buyer, so interest rates are the price of loans agreed between lender and borrower.
Suppose the government forced the price of sodas to half their market level, jailing anyone caught selling them at any price above this new level. What happens? Soda lovers flock to the stores to buy soda. Soda makers, by contrast, take heavy losses and either close down or find some way to make cheap and less tasty soda for half the original cost. The supply of soda plummets, while the quality of good soda free falls.
Paradoxically, setting a price artificially low makes a product easy to buy for a while, but eventually leads to shortages. Interest rates in most modern economies work in a similar way. The central bank forces this price (the interest rate) to a desired level through extensive regulatory control over the banking system, relying on the fact that the money it creates is the only legally permissible money used in trade. When the central bank forces interest rates too low, borrowers think life is great. Houses, cars, and furniture seem cheap and starting a business with a loan is easy. Except that discerning lenders don’t see much point in lending anymore, because they are no longer adequately compensated for their costs and risk. Not only do loans from these lenders dry up, but the quality of remaining loans falls.
Make Lots of Cheap, Low-Quality Loans
How does the quality of loans fall? Just like the soda makers who sourced cheap and less tasty products, so credit providers (banks) move away from sourcing funds from discerning investors who would charge more, and rely instead on getting cheap money directly from the central bank, which prints it out of thin air and lends it to the bank at the cheap rate.
With this cheap funding, and with the ability to resell the loans to governmental and quasi-governmental organizations like Fannie Mae, the banks don’t have to be nearly as careful who they lend to and can happily accept lower interest repayments from borrowers. And, if things go wrong, the banking system can also appeal to the Fed and the US treasury for bailouts.
Risky borrowers who were unable to pay the rate of interest discerning lenders demanded can now access cheap loans. Simultaneously, even prime borrowers are misled by the reduced interest rate into projects that turn out to be malinvestments.
Furthermore, because the loans created out of thin air look exactly like the money in the hands of discerning lenders, this poor quality is veiled and people are fooled into thinking that discerning lenders are supplying loans, when in fact they’re running for the hills. (But even the discerning lenders are fooled in the initial phases of the boom as the new money makes borrowers look more stable and profitable than they really are.)
Consuming More Than We Produce
This ends in disaster. Borrowers get into too much debt and the money loaned out of thin air floods into the economy. New money in people’s hands causes the economy to consume more than it produces and the result is a gaping and unsustainable trade deficit. The new flood of money pushes prices up and causes the currency to weaken.
After initially feeling flush, people realize they are not as well off as they thought as price increases eat into their real living standards. Forced to rein in inflation before it destroys everyone’s living standards, the central bank hikes interest rates to entice the discerning lenders to do more lending. Businesses addicted to cheap loans find their input and funding costs rising unexpectedly, damaging profitability.
The return of discerning funding is critical for sustainable economic growth, because it funds productive capital investments that yield the highest return, creating jobs and quality, affordable products. Meanwhile, higher interest rates punish those who gorged on artificially cheap credit, restoring the economy to healthy reality and balance.
The next time the central bank meets to decide on the level of interest rates, don’t just ask how much your home loan payments are going to cost next month. Also ask: are interest rates at the right level to foster sustainable economic progress, and might I be living an illusion?
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Um debate sobre o papel do cambio nos problemas brasileiros - Antonio Carlos Teixeira Alvares (e PRA)
Plano Real, 20 anos: seria o câmbio o principal problema do Brasil?
o seguinte comentário de um dos autores do artigo ali transcrito:
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Plano Real, 20 anos: seria o cambio o principal problema do Brasil? - Antonio Carlos Teixeira Álvares e Guilherme Renato Caldo Moreira
Não acredito: não com esse custo Brasil, com a atributação onerosa e irracional, com essa infraestrutura deplorável, com esse governo protecionista, com todas essas maldades que ele pratica sob a forma de distorções econômicas.
O Brasil vai mal, e não existem só duas causas para isso. Existem muitas...
Paulo Roberto de Almeida
O câmbio após vinte anos de Plano Real
Antonio Carlos Teixeira Álvares e Guilherme Renato Caldo Moreira
Brasil Econômico, 13/08/2014
Antonio Carlos Teixeira Álvares e Guilherme Renato Caldo Moreira são, respectivamente, professor da FGV/EAESP e gerente do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas da Fiesp e do Ciesp
A sobrevalorização do real é um fato concreto que está sacrificando barbaramente a indústria de transformação brasileira. De 2011 a 2014, o PIB total crescerá 7,4%, enquanto o PIB da indústria de transformação cairá 1%nesse período. E o mais grave é que muitos renomados economistas acreditam que a sobrevalorização do real seja proposital, pela disposição do governo federal em segurar os índices inflacionários. Proposital ou não, ao menos em um aspecto a maioria concorda: o câmbio está totalmente fora de lugar. A análise que aqui apresentamos demonstra que essa distorção está na raiz da crise, não somente da indústria de transformação, mas de toda a economia brasileira. Senão, vejamos: vinte anos atrás, em 1º de julho de 1994, foi instituído o Real, como moeda oficial do Brasil.
Entretanto, o Plano Real começou um pouco antes, em 1º de março de 1994, com a Unidade Real de Valor (URV). A moeda, na ocasião, era o Cruzeiro Real, sujeito à forte inflação. Registros da época mencionam que a URV teria sido inspirada no artigo escrito pelos economistas André Lara Resende e Pérsio Arida, intitulado Inertial Inflation and Monetary Reform, e apresentado em um seminário nos Estados Unidos, em 1984. O artigo, apelidado de proposta Larida, previa a implantação da reforma monetária pela indexação total da economia. Fundamentada nessa ideia foi concebida, dez anos depois, a URV, um indexador diário diretamente vinculado à taxa de câmbio. Em 1º de março de 1994, foi criada a Unidade Real de Valor, valendo 647,50 cruzeiros reais (CR$). Esse valor era correspondente à cotação do dólar americano em 1º de abril de 1994, e o valor da URV evoluiu diariamente, espelhando o câmbio.
Em 1º de abril de 1994, a URV valia CR$ 931,05; em 2 de maio, CR$1.323,92; em 1º de junho, CR$ 1908,08; e, finalmente, no histórico 1º de julho de 1994, foi posta em circulação a moeda real, convertendo cada cruzeiro real por 2.750,00, que seria o valor da URV na época e, consequentemente, como esse valor era baseado na cotação do dólar, quando nessa data o câmbio indicava: R$ 1,00 = US$ 1,00.O real foi consequência da indexação diária à cotação do dólar. A genialidade por trás da criação da URV foi ter implantado uma condição de dolarização praticamente total de preços na economia, sem uma verdadeira dolarização, com substituição da moeda, como aconteceu, por exemplo, no Equador. Isso posto, é razoável admitir que a cotação R$ 1,00 = US$ 1,00, em 1º de julho de 1994, espelhava a realidade econômica, pois fora conseguida pela indexação do câmbio diário durante quatro meses.A inflação acumulada em vinte anos,desde a criação do real, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, atingiu 361,72%.
Em última análise, isso significa que R$ 1,00, em 1º de julho de 1994, equivaleria a aproximadamente R$ 4,62 em 1º de julho de 2014. No mesmo período, a inflação americana foi de aproximadamente 61%. Isso significaria que US$ 1,00 em 1º de julho de 1994 equivaleria a US$ 1,61 em moeda de 1º de julho de 2014. Com base nesses dados, e por meio do cálculo matemático, chegamos à cotação cambial do dólar em 1º de julho de 2014, equivalente à da criação do real em 1º de julho de 1994: R$ 4,62 ÷ US$1,61= R$ 2,87. Ou seja, para ser equivalente ao câmbio paritário na data da criação do real, a taxa de câmbio hoje teria que ser muito superior ao patamar atual. Para vários especialistas, deveria ser da ordem de R$ 3,00. A história da criação do real parece lhes dar razão.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Industria e politicas industriais: algum cuidado especial? - SamuelPessoa (FSP)
Indústria e câmbio, a missão
Samuel Pessôa
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Argentina e seu manual de deseconomia cambial: penuria de dolares
Venezuela e seu manual de antieconomia: loucuras cambiais
Venezuela divisas
El boom del turismo cambiario en Venezuela
Caracas, 25 de septiembre de 2013
- Los venezolanos que viajan a Lima encuentran ofertas hasta por Internet. Sitios de venta o remate de artículos ahora ofrecen a los caribeños la posibilidad de hacer también compras ficticias para recibir dinero.
La posibilidad de comprar dólares baratos para viajar al extranjero disparó la demanda de pasajes a destinos como Perú, Ecuador y Cuba, a medida que los venezolanos aprovechan el “turismo cambiario” para burlar una década de controles de divisas en la nación petrolera.
En el primer semestre del año aterrizaron en Perú más del doble de venezolanos que en el mismo período del 2012.
“La diferencia abismal entre el dólar oficial y el (del mercado) negro ha hecho que viajar sea un negocio”, dijo Humberto Figuera, presidente de la Asociación de Líneas Aéreas de Venezuela.
El Gobierno socialista de Venezuela limita desde hace una década la compra de dólares para evitar la fuga de divisas. Pero en un país que importa la mayoría de los bienes que consume, los controles de cambio generaron escasez de carne, pollo, harina y hasta papel higiénico.
El mecanismo ideado por el fallecido presidente Hugo Chávez y mantenido por su sucesor Nicolás Maduro permite, sin embargo, que los venezolanos que viajan al extranjero compren hasta 3.000 de dólares anuales a la tasa oficial de 6,3 bolívares, siete veces más barato que en el mercado negro.
En el 2012 las autoridades vendieron un récord de unos 3.000 millones de dólares baratos para viajes al extranjero.
La jugada se hizo tan popular, que conseguir un pasaje a Quito o Lima se volvió literalmente una hazaña. Muchos viajeros están reservando boletos para la Semana Santa del 2014.
“RASPAR” LA TARJETA
Los venezolanos que viajan a Perú, Ecuador e incluso Cuba tienen derecho a cambiar hasta 2.500 dólares a la tasa oficial.
Y en algunos de esos países el mercado se adaptó rápidamente a la demanda, con tiendas donde los venezolanos pueden realizar compras ficticias y recibir el efectivo a cambio de una comisión de hasta un 20 por ciento. El mecanismo tiene hasta un nombre: “raspar la tarjeta”.
“En Quito puedes preguntar en el mismo hotel donde te hospedas. Ellos te llevan a un sitio donde puedes raspar la tarjeta por una comisión de entre 10 y 15 por ciento”, contó un hombre que acaba de regresar de “raspar” su tarjeta en Ecuador y prefirió no ser identificado por temor a sanciones legales.
De vuelta en casa, los venezolanos venden los dólares en el mercado negro.
“Se gana bastante plata”, explica el turista. “Compras al dólar oficial en 6,3 bolívares y lo vendes en el mercado negro en 45 bolívares”.
Los venezolanos que viajan a Lima encuentran ofertas hasta por Internet. Sitios de venta o remate de artículos ahora ofrecen a los caribeños la posibilidad de hacer también compras ficticias para recibir dinero.
“Te ayudamos a raspar tus cupos viajeros con total seguridad y transparencia”, dice un aviso online de una agencia de viajes en la capital peruana.
Hay venezolanos que “compran el cupo” de otros compatriotas y viajan con varias tarjetas de crédito en el bolsillo realizando operaciones que pueden involucrar cientos de miles de bolívares.
“Sé que es un negocio al margen de la ley, pero no me queda otra”, dijo un venezolano que viaja varias veces al año al extranjero con diferentes tarjetas de crédito, la mayoría a nombre de otros. “Aquí un profesional gana una miseria y el sueldo mínimo apenas alcanza”.
“NO SHOW”
A principios del año, un boleto aéreo a Perú costaba el equivalente a 476 dólares. Hoy ronda los 3.810 dólares como consecuencia de la excesiva demanda.
Eso generó un problema mayúsculo para las aerolíneas, cuyos aviones despegan con más de un 30 por ciento de sus asientos vacíos pues muchos pasajeros no se presentan y piden luego el reintegro de su dinero.
Hasta ahora el Gobierno no controla si la persona que obtuvo dólares efectivamente viajó o no.
Pero en un intento por combatir el esquema, la Asociación de Líneas Aéreas de Venezuela envía la lista de “no shows” a las autoridades para que verifiquen si los pasajeros que no se presentaron en la puerta de embarque compraron divisas al precio preferencial para viajeros.
“Estamos frente a una mafia que se mueve a medida que se toman acciones”, dijo Figuera a Reuters. “Ya notificamos a los cuerpos de seguridad de la última modalidad. Nos informaron que ya se actúa para detener a las personas que cometen ese tipo de fraudes”.
En el pasado, las autoridades redujeron de 3.000 a unos 1.300 dólares la cantidad de divisas vendidas para viajes a Colombia e islas del Caribe como Curazao y Aruba, donde los venezolanos había comenzado a “raspar” sus tarjetas de crédito.
Pero las dimensiones del negocio son ahora mucho mayores y los venezolanos creen que las autoridades reducirán también el cupo de divisas para viajar a Ecuador o Perú.
Además, la ventana de oportunidad podría cerrarse en cualquier momento, si -como esperan muchos venezolanos- el Gobierno introduce un nuevo mecanismo de entrega de divisas para combatir el alza de la cotización en el mercado negro.
Mientras pueden, los venezolanos siguen viajando y “raspando” sus tarjetas como nunca antes.
“Puedes poner todos los controles que quieras, pero es complicado y no va a servir de nada si no atacan el problema de fondo: reducir o al menos hacer manejable la brecha entre el (dólar) oficial y el paralelo”, dijo el economista Asdrúbal Oliveros, de la firma local Econoanalítica.
(Reporte adicional de Girish Gupta y Eyanir Chinea en Caracas y Marco Aquino en Lima; Escrito por Diego Oré; Editado por Esteban Israel y Juana Inés Casas)
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Argentina: quando um governo persegue cambistas, a crise esta' proxima
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Brasil: o problema do cambio nao e' o cambio - Celso Ming
Maravilhas do cambio depreciado: neofitos e ingenuos sempre esquecem o outro lado...
Pois bem, se fôssemos nos guiar pelas receitas desses gênios econômicos, a situação das empresas, já por si difícil em vista do "custo Brasil" e um inferno regulatório constante, ficaria ainda mais difícil, como se pode constatar pela matéria e pelo editorial abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Dólar caro pode corroer 44% do lucro de empresas
Cálculo da consultoria Economática foi feito com base no resultado de 104 empresas com ações negociadas em Bolsa no segundo trimestre de 2013
Endividamento de Estados e municípios já é de R$ 8,7 bilhões
Aposta de investidor se inverteu em 3 meses
Dólar alto deve chegar ao custo de produção em três meses
O dólar e a desconfiança
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Onde estao os que propunham desvalorizacao cambial? Sumiram? - Celso Ming
Pois é, os luminares da economia competitiva -- sejam eles os da FIESP, o Bresser Pereira, os economistas keynesianos de botequim -- tanto pediram desvalorização do câmbio que ela veio, sem avisar, assim meio sorrateira, mas decisiva, o que já empurrou o real lá para baixo, e o dólar lá para cima.
Acharam que seria bom para todos: para os exportadores, para os industriais, para os consumidores (ao premiar a produção nacional e, portanto, o emprego) e sobretudo esses economistas que sempre prevêem catástrofes quando o real está muito valorizado.
Eles gostam de povo pobre, e de economia desvalorizada.
Enfim, quase não pensaram na inflação.
Agora aí está o governo, que antes reclamava da guerra cambial, e do tsunami monetário, que valorizava a nossa moeda, que passou a reclamar da valorização "excessiva" do dólar.
O castigo vem a cavalo, se dizia antigamente. Agora acho que vem nas telas dos computadores, e nas bancas de feiras, por mais humildes que sejam...
Paulo Roberto de Almeida
O fator câmbio
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Venezuela: politica cambial cambiante... (inevitavel)
Alguem confia nos bancos venezuelanos para neles deixar os seus dólares? A Argentina, por sua vez, é um dos paises menos bancarizados da América Latina: alguma razão deve haver...
Paulo Roberto de Almeida
Venezuela desvaloriza bolívar em 46,5% em relação ao dólar
Por Suzi Katzumata | Valor, com agências internacionais, 8/02/2013
O ministro de Planejamento e Finanças da Venezuela, Jorge Giordani, anunciou, nesta sexta-feira, 8, que a taxa cambial do bolívar passará de 4,30 por dólar a 6,30 por dólar — uma desvalorização de 46,5% —, segundo informou a agência nacional de notícias do país AVN. Ao mesmo tempo, Giordani anunciou a criação do Órgão Superior para a Otimização do Sistema Cambial, mas sem detalhar como será o funcionamento desse novo organismo.
A desvalorização do bolívar era amplamente esperada pelos analistas, pois a medida permitirá uma melhora nas contas do governo, que em 2012 registrou um déficit fiscal de 16% do Produto Interno Bruto (PIB). A elevação do dólar permitirá, ainda, aumentar o caixa da estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA), que receberá mais bolívares por cada dólar obtido com a exportação da commodity.
De acordo com o jornal venzuelano El Universal, o presidente do banco central do país, Nelson Merentes, anunciou ainda o fim do Sitme (Sistema de Transações com Títulos em Moeda Estrangeira), após dois anos de funcionamento.
“O sistema não estava cumprindo os objetivos em alguns aspectos. Era imperfeito”, disse o presidente do BC do país, em entrevista coletiva.
Porém, Merentes destacou que o governo irá estimular a abertura de contas em dólar em território nacional.
Contas em dólares
“Desde junho de 2012 está autorizada a abertura de contas em moeda estrangeira e vamos criar mecanismos que facilitem esse fluxo de divisas”, afirmou Merentes.
Segundo o presidente do BC da Venezuela, serão aceitos depósitos em bolívares de até US$ 2 mil por mês para fins previstos pela lei, como remessas para familiares no exterior, recebimento de aposentadorias pagas por outro países e recebimentos de trabalhos prestados.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
"Sorry, brasileiros: essa conversa de cambio nao pega..." (China, ...)
China rechaza propuesta de Brasil sobre desequilibrios bancarios en la OMC
Ginebra, 26 de noviembre de 2012
- "Brasil no es la única víctima de la volatilidad de las monedas", sentenció China en su intervención, admitiendo el problema, pero rechazando de plano que éste deba resolverse en el marco de la OMC.
En la reunión de este lunes del Grupo de Trabajo sobre Comercio, Deuda y Finanzas de la OMC se discutió el documento “Desalineamientos cambiarios y remedios comerciales: una nota conceptual de Brasil”, en el que se denuncia que la devaluación artificial de divisas como el dólar, el euro o el yuan provocan la valorización de la moneda brasileña, el real, y por tanto perjudican sus exportaciones.
“Brasil no es la única víctima de la volatilidad de las monedas”, sentenció China en su intervención, admitiendo el problema, pero rechazando de plano que éste deba resolverse en el marco de la OMC.
Agregó que, “además, sería aún más erróneo intentar arreglarlo aplicando medidas comerciales. Aplicar medias comerciales, entiéndase un aumento de los aranceles o la imposición de medidas de compensación, no tendría ningún efecto positivo y sería un problema para varias normas básicas de la OMC”.
Brasil había aclarado previamente que no estaba proponiendo ninguna receta para crear el mecanismo que permita establecer cuándo un país podría adoptar medidas arancelarias a causa del impacto de los desequilibrios cambiarios, sino que sólo pretendía incluir la discusión en la agenda del organismo que rige el comercio mundial.
No obstante, como con anterioridad Brasilia sí que había planteado la posibilidad de aplicar medidas compensatorias, varios de los participantes fueron claros y categóricos.
“Suiza considera que las restricciones al comercio y las medidas compensatorias no son la respuesta adecuada a los problemas ligados a la volatilidad de los tipos de cambio”, afirmó la Confederación Helvética.
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