Seria bom que eles já tomassem conhecimento que eles, os cidadãos de seus novos estados, e os próprios, já nascem com dívidas e com déficits, e que todos vão pagar caro pela manutenção de seus estados.
O que não quer dizer que já não paguem pelos velhos estados e pelas estruturas atuais. Isso é certo.
Mas, conhecendo o Brasil e seus políticos, é de se esperar que os cálculos do Ipea sejam modestos, e que meçam apenas os gastos obrigatórios, dos poderes constituídos.
Quem vai impedir as novas saúvas públicas de criarem novos, milhares, cargos em comissão, TV estadual, radio estadual, creches estaduais (estou sendo otimista, claro)?
Por isso eu digo: a situação fiscal no Brasil caminha para um abismo de impostos e dívidas...
Paulo Roberto de Almeida
Custo de novos estados no Brasil (Boueri)
Custos de funcionamento das unidades federativas brasileiras e suas implicações sobre a criação de novos estados por Rogério Boueri, publicado pelo IPEA. "Este trabalho procurou estimar os custos em termos de gastos públicos estaduais da formação de novos estados na federação brasileira. As estimativas apontam para um valor de R$832 milhões anuais, associados apenas ao custo fixo de manutenção de um estado no Brasil. Foi também estimado que cada habitante acresce R$564,69 ao gasto público estadual..." http://bit.ly/l22dSe
Divirtam-se, ou melhor, angustiem-se, desesperem, chorem...
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Dividindo o Brasil, e mandando a conta para nos pagarmos...
É caro, mas a gente paga
Carlos Brickmann, 21.05.2010
A divisão do Pará em três Estados continua sendo articulada, apesar dos custos (mais Assembleias, mais tribunais, mais funcionalismo), apesar da falta de perspectivas, já que o Pará responde por 1,8% da produção nacional. Os Estados viverão de verbas federais, tiradas dos seus, dos meus, dos nossos impostos.
===================
E não esqueçamos que ainda tem todo o Amazonas, que poderia dar facilmente três ou quatro estados novíssimos em folha (com perdão pela redundância botânica), e talvez até um dos Mato Grossos (você escolhe), sem mencionar o Piorão, ou mais exatamente, o Maranhão, que pode ter um lado ruim e outro pior ainda (você escolhe), graças à dinastia dos Ribamar...
O Brasil, como diria Pero Vaz, é um país que em se plantando, tudo dá, sobretudo palácios governamentais, sedes luxuosas para os legislativos, luxuosíssimas para os judiciários, milhares de cabides de emprego (literalmente) e muitas outras coisas mais...
Se antes só existiam pouco mais da metade dos 5.500 municípios que viviam de transferências federais, agora vamos ter muito mais estados (talvez um terço do total) que só podem sobreviver com transferências federais.
Dito assim, parece que o dinheiro vem do céu, de Brasília, quando ele sai do seu bolso, dos trabalhadores e empresários dos estados que são contribuintes líquidos para a União, e que recebem menos do que pagam em termos de serviços.
Viva o Brasil (dos espertos e dos ignorantes...).
Paulo Roberto de Almeida
Carlos Brickmann, 21.05.2010
A divisão do Pará em três Estados continua sendo articulada, apesar dos custos (mais Assembleias, mais tribunais, mais funcionalismo), apesar da falta de perspectivas, já que o Pará responde por 1,8% da produção nacional. Os Estados viverão de verbas federais, tiradas dos seus, dos meus, dos nossos impostos.
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E não esqueçamos que ainda tem todo o Amazonas, que poderia dar facilmente três ou quatro estados novíssimos em folha (com perdão pela redundância botânica), e talvez até um dos Mato Grossos (você escolhe), sem mencionar o Piorão, ou mais exatamente, o Maranhão, que pode ter um lado ruim e outro pior ainda (você escolhe), graças à dinastia dos Ribamar...
O Brasil, como diria Pero Vaz, é um país que em se plantando, tudo dá, sobretudo palácios governamentais, sedes luxuosas para os legislativos, luxuosíssimas para os judiciários, milhares de cabides de emprego (literalmente) e muitas outras coisas mais...
Se antes só existiam pouco mais da metade dos 5.500 municípios que viviam de transferências federais, agora vamos ter muito mais estados (talvez um terço do total) que só podem sobreviver com transferências federais.
Dito assim, parece que o dinheiro vem do céu, de Brasília, quando ele sai do seu bolso, dos trabalhadores e empresários dos estados que são contribuintes líquidos para a União, e que recebem menos do que pagam em termos de serviços.
Viva o Brasil (dos espertos e dos ignorantes...).
Paulo Roberto de Almeida
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