Editorial, O Estado de S. Paulo, 27/05/2020
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 27 de maio de 2020
Resistir é preciso - Editorial, O Estado de S. Paulo
Editorial, O Estado de S. Paulo, 27/05/2020
quinta-feira, 5 de março de 2020
A mediocridade do crescimento parece ser estrutural - Editorial Estadão
Estagnação em 2019, vírus em 2020
Brasil cresceu apenas 1,1% no primeiro ano do governo Bolsonaro. É preciso evitar a tentação de usar o vírus para justificar mais um ano de estagnação
domingo, 27 de outubro de 2019
Surtos autoritários - Editorial Estadão
terça-feira, 27 de agosto de 2019
Os brasileiros elegeram um inepto - Editorial Estadão
Popularidade em queda
É improvável que o presidente Jair Bolsonaro receba o resultado da pesquisa CNT/MDA como um sinal de alerta sobre sua forma de governar
terça-feira, 18 de junho de 2019
A Lei de Murphy ultrapassa a Linha de Tordesilhas e chega ao cerrado central - Editorial do Estadao
Mas isso apenas para os que deixam a Lei de Murphy leve, livre e solta, para exercer todos os seus efeitos deletérios à vontade. Parece ser o caso do governo atual.
Quando se demite o Secretário de Governo no mesmo dia em que se apresenta o relatório da reforma da Previdência, e se voltam todas as baterias para coisas relevantes como armamento da população, alívio para os contraventores do trânsito, biquinho contra a tomada de três pinos, e obsessões com "caixas pretas" e inimigos ideológicos, é inevitável: a Lei de Murphy passeia resplandecente por latitudes e longitudes nunca antes percorridas.
Esse governo tem um brilhante passado de recessão pela frente: a Dilma de calças não apenas contratou a Lei de Murphy para seus passeios pelo país, como também assegurou cadeiras confortáveis para o Peter Principle na Caravana Brasil.
Simão Bacamarte começa a ficar preocupado com a concorrência.
Paulo Roberto de Almeida
A crise e os pinos da tomada
Um enorme fiasco marcará a primeira metade do governo Bolsonaro, se os fatos confirmarem as avaliações do mercado
domingo, 9 de junho de 2019
Os desastrosos incentivos da era petista - Editorial Estadao
Esses incentivos eu incluiria na minha lista dos "crimes econômicos" do lulopetismo, pois vários deles foram concedidos com contrapartida, sob a forma das "doações legais" ao partido criminoso, e outra parte foram objeto de "contribuições diretas", em cash ou depósitos em contas secretas, aos seus dirigentes...
Paulo Roberto de Almeida
Estudo
do governo confirma os efeitos danosos das políticas de incentivos que
vigoraram de 2003 a 2015.
Editorial do Estadão, 9/06/2019
O fracasso das políticas de incentivos tributários
para setores específicos da economia que marcaram a era lulopetista e o papel
que essas políticas tiveram na deterioração da situação fiscal do governo
federal eram conhecidos. Instrumentos tributários de estímulo à atividade
econômica produzem efeitos positivos quando bem utilizados, como mostram
experiências recentes de outros países. Mas já estava claro que, no Brasil, o
uso político-eleitoral que os governos do PT deram a esses instrumentos
desvirtuou sua finalidade e contribuiu para gerar o desastre fiscal em que o
País está mergulhado e que, se não enfrentado a tempo, ameaça paralisar o setor
público e transformar o atual quadro de estagnação econômica em depressão.
Estudo do governo confirma os efeitos danosos das
políticas de incentivos que vigoraram de 2003 a 2015 e traz números que não
deixam dúvidas quanto ao peso que os benefícios tributários têm nos gastos
públicos – e, portanto, na geração do déficit fiscal. O trabalho – publicado na
edição de junho do Boletim Mensal sobre
os Subsídios da União da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e
Loteria (Secap) do Ministério da Economia – mostra também a ineficácia desses benefícios
para o estímulo à produção e, consequentemente, para a receita.
Em recente seminário virtual promovido em Brasília
pelo Banco Mundial, técnicos do Brasil e de outros cinco países – Austrália,
Canadá, Coreia do Sul, Holanda e México – compararam seus respectivos planos de
subsídios tributários e avaliaram o impacto que eles tiveram sobre a atividade
econômica e sobre a arrecadação tributária. Quando os governos implementam
políticas dessa natureza, argumentam que seu objetivo é o estímulo da atividade
econômica, decorrente da redução de custos tributários, e, no futuro próximo, a
recuperação das receitas em razão do aumento da produção e do consumo.
Em quatro dos países que participaram do seminário (a
Holanda foi excluída das comparações), houve algum paralelismo na evolução da
receita e dos gastos tributários (incentivos) ao longo do tempo. No caso da
Austrália, esse paralelismo é nítido, o que significa que os incentivos fiscais
propiciaram, como se esperava, o aumento da arrecadação. As renúncias
tributárias aumentaram entre 2011 e 2019, passando de 8% para 10% do PIB. Nesse
período, a arrecadação passou de 32% para 36% do PIB. No Canadá, os incentivos
evoluíram de 6% para 7% do PIB e a receita, de 38% para 40%. O caso da Coreia
do Sul é um tanto diferente, pois os incentivos pouco variaram como proporção
do PIB entre 2001 e 2017 (entre 2% e 2,5%), mas a arrecadação aumentou
fortemente.
No Brasil, porém, enquanto os incentivos subiram
constantemente entre 2003 e 2017 (passaram de cerca de 2% para 4,5% do PIB), a
receita da União no fim do período era praticamente igual à do início como
porcentagem do PIB. “Diferentemente dos outros países analisados, encontramos
fortes indícios de que a política de renúncia tributária feita pelo governo
federal entre 2003 e 2015 comprometeu a arrecadação de tributos federais, ou
seja, foi uma política que, além de não contribuir para o fomento da atividade
econômica, foi decisiva para deteriorar as contas públicas”, avalia o
secretário da Secap, Alexandre Manoel Angelo da Silva.
Essa avaliação mostra o efeito fiscal pernicioso das
políticas de incentivo da era lulopetista. Este é, de fato, um dos piores
defeitos dessas políticas, mas não o único. Houve outros, como o conluio
político-financeiro entre empresas beneficiadas e políticos, funcionários
públicos e partidos políticos que apoiavam o governo. Além de não terem
estimulado a produção, benefícios fiscais generosos concedidos nos governos de
Lula da Silva e Dilma Rousseff asseguraram para empresas escolhidas pelo
Palácio do Planalto lucratividade suficiente para dispensá-las de se preocupar
com questões relevantes para a eficiência do setor produtivo, como busca de
competitividade, produtividade e novos mercados. O País paga o preço desse
atraso.
sábado, 18 de maio de 2019
Governo Bolsonaro: o caos que se aproxima - Paulo R. Almeida, Editorial do Estadão
Se o único núcleo racional no coração do governo, representado por meia dúzia de generais ali trabalhando, não trabalhar profilaticamente para afastar o bando de malucos que está destruindo o país, o Brasil vai afundar na recessão e num possível caos de governança, resultado da mediocridade e da inépcia daquele núcleo central destrambelhado. Isso implica em afastar os elementos esquizofrênicos em torno do presidente e instalar um comitê de tutela CONTRA o próprio, para controlá-lo, do contrário o Brasil vai para o abismo.
Não há como fugir da constatação: o presidente, além de vulgar, grosseiro e totalmente despreparado para as funções, é uma nulidade política e administrativa. Se não for contido, e seus familiares afastados, vamos continuar na direção do caos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 18/05/2019