O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador erros monumentais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador erros monumentais. Mostrar todas as postagens

domingo, 10 de junho de 2012

Argentina: sempre recuando para os erros passados...

Não se podia mesmo esperar outra coisa: o mais incrível é a vocação dos dirigentes argentinos de cometer os mesmos erros econômicos várias vezes seguidas.
Inconsciência? Memória fraca? Arrogância?
Seja como for, os argentinos vão novamente pagar um alto preço pelos erros de seus dirigentes...
Paulo Roberto de Almeida 

Argentina dólares

Argentina: medidas cambiarias aceleran la salida de dólares de los bancos

dolares
Infolatam/Efe
Buenos Aires, 10 de junio de 2012
Las claves
  • Las nuevas normas restringieron el acceso de muchos inversores al mercado cambiario formal, lo que hizo resurgir los circuitos informales de compraventa de divisas, un mercado ilegal donde el precio del dólar es entre un 25 y un 30 % más caro que el oficial.
  • Mientras en el mercado oficial, el dólar cerró el viernes a 4,5 pesos por unidad, en el mercado informal, según publicaron medios locales, se comercializó a entre 5,9 y 6 pesos por dólar.

Los errores que explican la protesta

El análisis
Joaquín Morales Solá
“¿Descomprimirá la caída de Reposo la revuelta de sectores sociales? Las cacerolas fueron mayoritariamente eyectadas de las cocinas por la economía y por los dólares, no por Reposo. El Gobierno tiene reservas reales en el Banco Central por 36.000 millones de dólares; es mucho dinero… El problema es la desconfianza y la inflación que el Gobierno ignora”. (La Nación. Argentina)
Las restricciones a la compra de dólares en Argentina y la posible “pesificación” de algunas operaciones económicas aceleraron en las últimas semanas el retiro de depósitos en dólares de los bancos.
Según datos publicados por la prensa local, en la última semana de mayo la salida de dólares de los bancos ascendió a un promedio diario de 120 millones de dólares, frente a una media diaria de 100 millones en la semana previa.
El fenómeno coincide con un incremento en las restricciones a la compra de divisas impuestas por el Fisco en noviembre pasado para contener la fuga de capitales.
En la práctica, las nuevas normas restringieron el acceso de muchos inversores al mercado cambiario formal, lo que hizo resurgir los circuitos informales de compraventa de divisas, un mercado ilegal donde el precio del dólar es entre un 25 y un 30 % más caro que el oficial.
Según el economista Ramiro Castiñeira, de la consultora Econométrica, en mayo el Gobierno llevó los “cupos” para la compra de dólares en bancos y casas de cambio “a cero” si el “fin” de la operación es el atesoramiento (ahorro personal).
“Solo acceden al mercado cambiario, y con restricciones, importadores o quienes cancelen deuda externa, entre otros”, dijo hoy el experto en un informe.
El diagnóstico coincide con el de la consultoraAnalytica, que en un informe señaló que al cerrarse “el grifo para el atesoramiento” “se instaló definitivamente la percepción de que el dólar es un bien escaso y que avanza la pesificación de la economía”.
“Este escenario, sumado a la falta de una comunicación oficial clara y consistente, derivó en una suerte de histeria colectiva que alimentó la corrida al dólar paralelo”, afirmó la consultora.
Así, mientras en el mercado oficial, el dólar cerró este viernes a 4,5 pesos por unidad, en el mercado informal, según publicaron medios locales, se comercializó a entre 5,9 y 6 pesos por dólar.
“Cuanta más improvisación ve la gente en el Gobierno, más quiere comprar dólares y más sube esta fiebre por el dólar”, dijo a Efe Orlando D’Adamo, director del Centro de Opinión Pública de la Universidad de Belgrano, cuyo último sondeo marca los controles cambiarios como la principal razón del deterioro de la imagen de la presidenta argentina, Cristina Fernández.
Por su parte, Castiñeira señaló que las nuevas restricciones no solo incrementaron la brecha entre el mercado oficial y el paralelo, sino también que los proyectos de “pesificación” de algunas operaciones en moneda extranjera, como las inmobiliarias, “renovaron temores y dispararon una nueva corrida sobre los depósitos privados en dólares”.

domingo, 5 de setembro de 2010

Será que estou ficando insensivel? Ou os outros sao ingenuos demais?

Não sei se estou ficando menos tolerante, mas já não consigo mais ler, pacientemente, tudo o que encontro pela frente na internet, sem algum sentimento de desalento, de rejeição, ou até de enfado.
Sou eu que estou ficando mais exigente, ou são as pessoas que escrevem que estão ficando mais ingênuas?
Ou outra coisa que não vou dizer, pois existem muitos censores da minha linguagem neste blog e logo alguém vai escrever para dizer que eu empreguei linguagem inapropriada (existe essa expressão?) para designar os alvos (ou as vítimas) de minha impaciência (estou até contido, como vocês podem reparar).

Pois bem, vou logo transcrever (apenas o sumário) o que suscitou minha "impaciência", para vocês constatatem se eu estou ficando muito exigente, ou se as pessoas que escrevem estão de fato carecendo de um pouco mais de sentido da realidade...

1) No inferno do Atacama
Especialista em catástrofes, [XXXX, vamos deixar o entrevistado em paz] avalia drama de mineiros presos por desabamento em mina de cobre no deserto do Chile. E diz que catástrofes resultam do desrespeito à natureza. Por [XXXX, xxxx; não importa quem, onde...]

Será que esse "especialista em catástrofes" acha mesmo que os homens, que são apenas produtores de bens, com base em recursos naturais, vão parar de recolher minérios, ou qualquer outra coisa da natureza, apenas por "respeito" à dita cuja? Como é que os homens vão se aquecer, comer, se vestir, construir casas, melhorar seu padrão de vida?
Apenas e tão somente agredindo a natureza, desrespeitando-a, quase violando-a (ou o fazendo, literalmente)?
Vamos ser claros: não existe hipótese de se ter qualquer atividade humana, na face da Terra que não constitua uma agressão à natureza. Quem disser o contrário, está se auto-enganando ou se iludindo.
Mas, atenção, essa "agressão" não é feita apenas pelos homens. Com exceção dos minerais (que estão quietinhos na natureza, mas de vez em quando eles entram em erupção), e das plantas (mas algumas são carnívoras, outras venenosas ou tóxicas), TODOS OS ANIMAIS AGRIDEM A NATUREZA.
Claro, alguém sempre vai dizer que eles o fazem para sua sobrevivência, e o homem não, faz de malvado, por esporte, por lazer, por exagero consumista, sabe-se lá o que mais.
Eu vou parar por aqui e mandar quem pensa assim plantar batatinhas... (bem, não fui tão agressivo assim fui?).

2) Recado aos jovens futuros economistas e aos que desejam estudar economia
O mundo da Economia não pode ser reduzido à condição de mercado, nem de mercadoria. Antes, é fundamental ter ciência que existe algo de mais valioso: a vida humana. Por
[Fulaninho e Sicraninho, mas deixemo-los em paz...]

Sinto muito, mas não consigo levar a sério alguém que, antes de qualquer outro argumento inteligente, começa por dizer: "sim, isso é importante, mas mais importante que tudo é a vida humana..."
Saperlipopete! Será que os que dizem isso acham que economistas, engenheiros, médicos, cientistas de laboratório (sim, eu sei, os mais atacados são, obviamente, os donos de laboratórios farmacêuticos, interessados apenas no lucro, ao passo que seus cientistas são até bonzinhos), enfim, quaisquer outras pessoas, esquecem que também são humanos?
Será que os economistas, em especial, são seres desumanos, perversos, interessados apenas na eficiência produtiva, totalmente desinteressados da vida humana?
Eu proponho que Fulaninho e Sicraninho não consumam nenhuma mercadoria, e que por respeito à vida humana elas produzam todos os seus alimentos, plantem fibras ou criem animais e fabriquem todas as suas roupas, elaborem seus próprios medicamentos, e sobretudo, sobretudo, se abstenham de irem aos mercados, tão desumanos...

Estou impaciente com o besteirol, como vocês viram.
Mas, pelo menos hoje não chamei ninguém de idiota...

Paulo Roberto de Almeida
9Shanghai, 5/09/2010)