O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Corrupcao governamental: cadeia para os corruptos...

Calma, calma, não estou referindo-me ao festival de bandalheiras que ocorre por aqui.
Este caso é um pouco longe, e  menos conhecido.
Resumindo: depois que Obama se tornou presidente, seu cargo de senador ficou vacante, e o governador do seu estado, Illinois, tinha o direito de indicar um "suplente", ou ocupante "terminal".
Pois bem, ele vendeu o cargo, literalmente.
Vejam o que aconteceu com ele...
Parece que temos muito a aprender ainda...
Paulo Roberto de Almeida 
Former Illinois Gov. Rod Blagojevich Is Sentenced to 14 Years in Prison
The New York Times
Rod R. Blagojevich, the former governor of Illinois, was sentenced on Wednesday to 14 years in federal prison for 18 felony corruption convictions, including trying to sell or trade the Senate seat that President Obama left behind when he moved to the White House.
The sentence, which fell just short of what prosecutors had asked for, came about an hour after Mr. Blagojevich apologized in court to residents of his state, to the judge in his case and to his family. 
Read More:
http://www.nytimes.com/2011/12/08/us/blagojevich-expresses-remorse-in-courtroom-speech.html?emc=na

The Washington Post
A federal judge sentenced former Illinois governor Rod Blagojevich to 14 years in prison for 18 corruption counts that include trying to auction off President Obama’s old Senate seat. Blagojevich apologized in court, saying he had made “terrible mistakes” but "never set out to break the law," the Associated Press reports. 
Read more at:

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Nada a ver com eleicoes: apenas um retrato do Brasil...

Bem, talvez o ritmo atual de "apuraçao" da ultima falcatrua com dinheiro publico tenha algo a ver com as eleicoes, mas o resto se conforma ao que sempre vimos no Brasil. Os escandalos vao ficando velhos e sendo suplantados pelos mais "novos".
Nao tenho comentarios a fazer, apenas transmito certo estado de espirito, se me faço compreender...
Paulo Roberto de Almeida

"Só apurar quando não adiantar" - coluna Carlos Brickmann
Coluna de quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Se o Mensalão, cinco anos depois, ainda não tem nenhuma sentença; se os dólares na cueca estão esquecidos, sem que se saiba de quem eram, para quem iam e de onde vieram; se o dinheiro dos aloprados, quatro anos depois, continua sem teto, sem que se tenha apurado de onde saiu e por quem foi entregue, por que tanta surpresa com mais um adiamento da sindicância sobre Erenice Guerra, principal auxiliar da ministra-candidata Dilma Rousseff, de tal forma que só se saiba alguma coisa - se alguma coisa se souber - depois do segundo turno?

Quem investiga as irregularidades que podem ter ocorrido na Casa Civil da Presidência da República é a Casa Civil da Presidência da República. Se algo ilegal for apurado, prejudicará a candidatura da ex-ministra da Casa Civil da Presidência da República. Então, caro leitor, deixa pra lá. Não é o sucessor de Dilma Rousseff e Erenice Guerra na Casa Civil da Presidência da República, ministro Carlos Esteves Lima, que vai querer ficar com a batata quente nas mãos.

A idéia geral é que, já que ficar de pé é cansativo, o melhor é sentar em cima dos escândalos. E não acredite que, passado o segundo turno, a sindicância vá andar mais depressa. Se ganhar a situação, por motivos óbvios (e a oposição, desanimada pela derrota, não terá como levantar os estandartes de guerra). Se ganhar a oposição, tudo bem: será a hora de dividir o poder. De, na pitoresca expressão que se usa para evitar frases grosseiras, "cuidar da governabilidade", de garantir a maioria. Erenice passa a ser um episódio menor, a ser esquecido.