O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 4 de julho de 2021

Livros de Paulo Roberto de Almeida disponíveis livremente, mas em venda no comércio de usados

Descobri que na Estante Virtual existem livros meus que estão sendo vendidos a preços EXORBITANTES, mas que, por estarem fora do mercado por diferentes razões (edições esgotadas, sem possibilidades de reedição, editoras que inclusive  desapareceram), foram por mim colocados de forma INTEIRAMENTE LIVRE nas minhas ferramentas de comunicação social. 

Até livros que são oferecidos gratuitamente na Biblioteca Digital da Funag, como é o caso do Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil, ou Formação da Diplomacia Econômica no Brasil, estão sendo vendidos a preços escandalosos.

Informo abaixo qual são alguns dos disponíveis (mas há vários outros):

22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (book reviews; Edição de Autor; Versão de: 16/07/2014, 663 p.; disponível na plataforma Academia.edu, link: https://www.academia.edu/5763121/Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_Edicao_de_Autor_2014_). 

17) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2011, xx+272 p.; Inclui bibliografia; ISBN: 978-85-375-0875-6); Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/globalizando-ensaios-sobre-globalizacao.html); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42313006/Globalizando_ensaios_sobre_a_globalizacao_e_a_antiglobalizacao_2011_). 

11) A Grande Mudança: consequências econômicas da transição política no Brasil (São Paulo: Editora Códex, 2003, 200 p.; ISBN: 85-7594-005-8); ); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42309421/A_Grande_Mudanca_consequências_econômicas_da_transição_politica_no_Brasil_2003_https://www.academia.edu/42309422/Capa_e_Contra_Capa_A_Grande_Mudanca_2003_).

9) Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, 286 p.; ISBN: 85-219-0435-5); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42283521/Os_Primeiros_Anos_do_Seculo_XXI_o_Brasil_e_as_relações_internacionais_contemporaneas_2002_).

6) O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Editora da Universidade São Marcos, 1999, 300 p.; ISBN: 85-86022-23-3); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42301157/O_estudo_das_relacoes_internacionais_do_Brasil_1999_).

4) Velhos e novos manifestos: o socialismo na era da globalização (São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 1999, 96 p.; ISBN: 85-7441-022-5); disponível na plataforma Academia.edu (link:https://www.academia.edu/41037349/Velhos_e_Novos_Manifestos_o_socialismo_na_era_da_globalizacao_1999_).

3) Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-7322-548-3); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42290608/Mercosul_fundamentos_e_perspectivas_1998_).

1) O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993, 204 p.; ISBN: 85-7129-098-9); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42007009/O_Mercosul_no_Contexto_Regional_e_Internacional_1993_). 


Estes são alguns dos livros oferecidos em sebos congregados na Estante virtual: 

 e  em 278 vendedores
Ordenar por:
ver exemplar
Capa ilustrativa
A Grande Mudança

A Grande Mudança

De: R$ 4,00 até: R$ 55,00
18 novos
|
82 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Os Primeiros Anos do Século XXI

Os Primeiros Anos do Século XXI

De: R$ 5,00 até: R$ 49,00
4 novos
|
44 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Regulamentos de Tráfego Aéreo para Vôos Vfr

Regulamentos de Tráfego Aéreo para Vôos ...

De: R$ 6,90 até: R$ 37,37
36 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Formação da Diplomacia Econômica no Brasil

Formação da Diplomacia Econômica no Bras...

De: R$ 7,99 até: R$ 450,00
4 novos
|
36 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
O Estudo das Relações Internacionais do Brasil

O Estudo das Relações Internacionais do ...

De: R$ 7,00 até: R$ 172,61
19 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Relações Internacionais e Política Externa do Brasil

Relações Internacionais e Política Exter...

De: R$ 14,99 até: R$ 123,20
9 novos
|
13 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
O Mercosul no Contexto Regional e Internacional

O Mercosul no Contexto Regional e Intern...

De: R$ 5,00 até: R$ 64,00
16 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Relações Brasil-estados Unidos: Assimetrias e Convergências

Relações Brasil-estados Unidos: Assimetr...

De: R$ 9,00 até: R$ 86,70
3 novos
|
15 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
O Brasil e o Multilateralismo Econômico

O Brasil e o Multilateralismo Econômico

De: R$ 9,50 até: R$ 89,00
6 novos
|
11 usados
ver exemplar
Velhos e Novos Manifestos

Velhos e Novos Manifestos

De: R$ 4,50 até: R$ 29,00
10 usados


Nunca Antes na Diplomacia: A Política Externa Brasileira em Tempos Não Convencionais

Nunca Antes na Diplomacia: A Política Ex...

De: R$ 24,90 até: R$ 50,49
2 novos
|
5 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Integração Regional- uma Introdução

Integração Regional- uma Introdução

De: R$ 22,00 até: R$ 200,00
5 novos
|
4 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Mercosul Fundamentos e Perspectivas

Mercosul Fundamentos e Perspectivas

De: R$ 9,00 até: R$ 15,00
1 novo
|
6 usados


Assimetrias e Convergências / Relações Brasil- Esatados Unidos

Assimetrias e Convergências / Relações B...

De: R$ 9,89 até: R$ 9,89
2 usados
ver exemplar
Assimetrias e Convergências

Assimetrias e Convergências

De: R$ 15,00 até: R$ 30,40
2 usados
ver exemplar
Mercosul, Nafta e Alca: a Dimensão Social

Mercosul, Nafta e Alca: a Dimensão Socia...

De: R$ 15,00 até: R$ 15,90
2 usados
ver exemplar
Capa ilustrativa
Globalizando - Ensaios Sobre a Globalizaçao e a Antiglobalizaçao - Ed. 2011

Globalizando - Ensaios Sobre a Globaliza...

De: R$ 39,00 até: R$ 149,99
2 usados
ver exemplar
As Relações Brasil-estados Unidos - Assimetrias e Convergencias

As Relações Brasil-estados Unidos - Assi...

De: R$ 14,99 até: R$ 39,99
1 novo
|
1 usado
ver exemplar
NUNCA ANTES NA DIPLOMACIA - A POLITICA EXTERNA BRA

NUNCA ANTES NA DIPLOMACIA - A POLITICA E...

De: R$ 61,00 até: R$ 61,00
2 novos

Rui Barbosa sobre o militarismo

 Um argumento antigo, ainda do século XIX, mas que continua válido:

“O militarismo, governo da espada pela espada, arruina as instituições militares. O militarismo está para o Exército como o fanatismo para a religião, como o charlatanismo para a ciência, como o industrialismo para a indústria, como o mercantilismo para o comércio, como o cesarismo para a realeza, como o demagogismo para a democracia, como o absolutismo para a ordem, como o egoísmo para o eu.”

Rui Barbosa, depois de ter sido perseguido pelo presidente-déspota Floriano Peixoto e de ter sido obrigado a se exilar.

Citado em 1889, de Laurentino Gomes, p. 373.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Aos cem anos de sua fundação, o que o PCC aprendeu?: paranoia e desconfiança? Como os EUA? - Evan Osnos (The New Yorker)

 Não sei se o autor reparou, mas as posturas que ele indicou para o PCC são as mesmas, mutatis mutandis, que existem na atual liderança americana (ou talvez desde sempre). 

Paulo Roberto de Almeida

After a Hundred Years, What Has China’s Communist Party Learned?

Beijing reverts to a belief that paranoia and suspicion are the best policies.
A large crowd on stage with Chinese President Xi Jinping on an oversized monitor.
President Xi Jinping appears on a mega-screen at a celebration of the Chinese Communist Party’s hundredth anniversary.Photograph by Lintao Zhang / Getty

Not so long ago, the Communist Party of China—which celebrates its hundredth anniversary this week—believed in the power of eclectic influences. In 1980, the Party’s propaganda chiefs approved the first broadcast of an American television series in the People’s Republic of China: “Man from Atlantis,” which featured Patrick Duffy, with webbed hands and feet and clad in yellow swimming trunks, as the lone survivor of an undersea civilization. In the United States, the show had been cancelled after one season—the Washington Post panned it as “thinner than water”—but the Communists in Beijing had embarked on an “open door” policy of experimentation. They knew that the political chaos of the Cultural Revolution had left China impoverished and weak—it was poorer than North Korea—and were acquiring whatever foreign culture they could afford, in order to close the gap with the rest of the world. After “Man from Atlantis,” Chinese television viewers were shown “My Favorite Martian” (though the laugh track was lost in the dubbing process, so there were long, puzzling pauses) and the capitalist soap operas “Falcon Crest,” “Dallas,” and “Dynasty.”

For years, the imports kept coming. The censors cut out references to major political taboos (such as the crackdown at Tiananmen Square, in 1989), but the aperture to foreign culture was wide enough that Chinese news broadcasts featured segments from CNN. Yet the appetite for international programming did not last. It peaked around 2008, when Beijing welcomed a surge of attention for the Summer Olympics. In the years after that, the Party moved to protect itself against the challenges posed by dissent and technology, and turned its suspicions again on American influence. When Xi Jinping became General Secretary of the Party, in 2012, he faced a worrying terrain: social media created in Silicon Valley, and cheered by Washington, had helped bring down authoritarian rulers in Egypt and Libya, and Chinese leaders jockeying for power and money had allowed internal feuds to tumble into public, reviving a congenital fear, deeply rooted in a party born of revolution, that it could all end in collapse. Flamboyant corruption was fuelling overt public resentment of the Party. In a speech, Xi warned that the Soviet Communists had lost control “because everyone could say and do what they wanted.” He warned, “What kind of political party was that? It was just a rabble.”

To build unity, Xi’s government invoked the spectre of the Cold War; state television rebroadcast films of Chinese troops battling Americans in Korea during the nineteen-fifties, a period in which American spies also infiltrated China in efforts to overthrow the Party. John Delury, the author of the forthcoming book “Agents of Subversion,” a history of espionage and suspicion in U.S.-China relations, told me, “Even after ‘normalization’ in the 1970s, the US essentially moved on to a new subversive proposition, the hope that prosperity [in China] would lead to democracy. But contrary to America’s wishes, wealth led to power, not democracy.”

Xi recommitted the Party to “ideological work” and the need to suppress “mistaken opinions.” Popular social-media commentators were arrested; Charles Xue, a Chinese-American blogger based in Beijing, who had more than twelve million followers, was paraded on television in handcuffs, and confessed to making “irresponsible” comments. The Party cited fears of separatism in the Xinjiang region to create a vast network of prisonlike facilities and surveillance, and, in Hong Kong, it moved swiftly to eliminate autonomy and political dissent. Xi adopted a language of existential threat. In 2014, he said that China faced “the most complicated internal and external factors in its history.” Jude Blanchette, a China specialist at the Center for Strategic and International Studies, wrote in Foreign Affairs that “although this was clearly hyperbole—war with the United States in Korea and the nationwide famine of the late 1950s were more complicated—Xi’s message to the political system was clear: a new era of risk and uncertainty confronts the party.”

In the machinery of a one-party state, in which the words of a paramount leader amplify as they move through its cogs, Xi’s dark warnings created a thriving cult of paranoia. Around Beijing, posters went up, warning people to watch out for foreign spies, who might try to seduce Chinese women in order to gain access to state secrets. In rural backwaters, the Party warned of Western-backed “color revolutions” and “Christian infiltration.” A university in Beijing planned to display a copy of the Magna Carta, which curbed the powers of an English king in the thirteenth century, until officials got nervous; it was sent to the residence of the British Ambassador. In 2016, the state-media regulators who had once introduced “Dallas” issued new directives with a very different cast of mind; they barred television programs that joked about Chinese traditions or showcased “overt admiration for Western life styles.”

This summer, in preparation for the Party’s hundredth birthday, on July 1st, officials launched a propaganda campaign that would have looked retro were it not resurgent. On television, billboards, and across the Chinese Internet, the Party extolled the wisdom of Xi (“The People’s Leader”), who has liberated himself from term limits; it rallied the public to watch out for shadowy “hostile forces” within and without, as well as for corruption, ideological lassitude, and democratic temptation. In the days leading up to the celebration, primary-school parents at a school in Shandong Province were advised to “conduct a thorough search for religious books, reactionary books, homegrown reprints or photocopies of books published overseas, and for any books or audio and video content not officially printed and distributed by Xinhua Bookstore.” On June 28th, at an outdoor rally held in the Bird’s Nest stadium that was built for the Olympics, the Party offered a congratulatory, and selective, reading of its record: it glorified the Long March of the nineteen-thirties, skipped over the famine and turmoil of the fifties and sixties, and cheered China’s economic and technological advances, culminating in its rapid recovery from the COVID-19 pandemic. Three days later, in Tiananmen Square, before a crowd of seventy thousand, Xi delivered a blunt warning to the outside world. “The Chinese people will never allow foreign forces to bully, oppress, or enslave us,” he said. “Whoever nurses delusions of doing that will crack their heads and spill blood on the Great Wall of steel built from the flesh and blood of 1.4 billion Chinese people.”

A century after the Party was founded by a young Mao Zedong and other students of Marxism-Leninism, it aspires to achieve the ultimate dream of authoritarian politics: an encompassing awareness of everything in its realm; the ability to prevent threats even before they are fully realized, a force of anticipation and control powered by new technology; and economic influence that allows it to rewrite international rules to its liking.

The Party’s authoritarian turn has reverberated far beyond China. As Xi has sought to root out foreign and political challengers, his efforts have sparked mistrust in Washington. Since January, the U.S. has described China’s mass arrests and repression of Uyghurs and Kazakhs in Xinjiang as “genocide and crimes against humanity.” Last month, in Europe, President Biden recruited allies in a joint call for a transparent study of the origins of the pandemic, and for support of an infrastructure push that could compete with China’s Belt and Road Initiative in developing countries. “I think we’re in a contest. Not with China per se, but a contest with autocrats,” Biden told reporters. At stake, he said, was “whether or not democracies can compete with them in a rapidly changing twenty-first century.”

Beyond the realms of geostrategy and diplomacy, partisan warfare in Washington has gravitated toward the subject of China, mirroring Beijing’s paranoia and nativism about spies and foreign subversion. In 2018, Donald Trump, while discussing China with a gathering of C.E.O.s, reportedly said, “Almost every student that comes over to this country is a spy.” (There were an estimated three hundred and seventy thousand Chinese students in America during the 2018-19 school year.) Among Trump’s supporters, China became a central danger in their pantheon of threats, alongside Sharia law, the deep state, and “caravans” of Mexican migrants. During the 2020 Presidential campaign, flags and T-shirts denounced “Beijing Biden” and accused him of seeking to “Make China Great Again.” After Biden was inaugurated, a popular right-wing meme promoted a racist conspiracy theory that David Cho, a decorated Secret Service agent who is Korean-American, was Biden’s “Chinese handler.” Violent, racially motivated attacks on Asians increased across the U.S., and, in March, a gunman killed eight people, including six Asian women, at spas and massage parlors in the Atlanta area.

As China’s Communist Party enters its second century, its mix of confidence and paranoia—pride in its achievements and fear of the outside—reflects the fundamental uncertainty of its project. Chinese Communists have already ruled their country longer than the Soviets ruled theirs, but that’s a distinction that breeds both satisfaction and anxiety. No Communist government has ever made it to its second centennial celebration. During the Trump Administration, the incompetence and infighting of American politics provided a valuable propaganda tool for Xi’s government, which may well endure in the decades ahead. But Americans ended Trump’s Presidency after a single term, thanks to a feature of governance that becomes ever harder to maintain in a one-party state ruled by a strongman: the power of self-correction.


Neli Aparecida de Mello-Théry: uma lembrança afetiva - Hervé Théry (Confins)

 Homenagem

Imagens de duas carreiras

Images de deux carrières
Images of two careers
Hervé Théry
Revista Confins, n. 50, 2021

Texte intégral com fotos de Neli: ver a matéria completa neste link:https://journals.openedition.org/confins/36270

1Seguem algumas imagens das duas carreiras de Neli Aparecida de Mello-Théry, a primeira em planejamento urbano e gestão ambiental, a segunda como professora na Universidade de São Paulo, esta última em colaboração estreita com a França e mantida até o fim1

Carreira no planejamento urbano e na gestão ambiental

2O início da carreira de Neli foi primeiro em Goiás, depois em Brasília 

  • 1975-1985 Instituto de Desenvolvimento Urbano e Regional de Goiás (INDUR), técnica em planejamento, elaboração de projeto de desenvolvimento para o aglomerado urbano de Goiânia e do Atlas Geográfico do Estado de Goiás

  • 1985-1987 Conselho Nacional do Desenvolvimento Urbano (CNDU), assessora à Diretoria do CNDU. Levantamento dos projetos de lei relativos ao desenvolvimento urbano no Congresso Nacional

  • 1987-1992 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Diretora de Pesquisa e Divulgação (1990-1991), Coordenadora do Relatório do Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92)

  • 1995 Secretaria de Meio Ambiente e Tecnologia do Distrito Federal, SEMATEC, Brasil, Diretora de Educação Ambiental

  • 1995-1999 Ministério do Meio Ambiente e da Amazonia Legal (MMA) Secretaria da Amazônia, Secretária Técnica do Subprograma de Políticas de Recursos Naturais do PPG-7.

3Em 1992, quando o Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (conhecido como PPG7) foi lançado, o Brasil estava sob grande pressão internacional devido à degradação da Amazônia. Financiado com US$ 428 milhões, o programa teve quatro componentes, que deram origem a 28 projetos. A participação da sociedade civil brasileira fez com que a iniciativa ganhasse ainda mais relevância2

4O primeiro desses componentes foi a criação de uma política nacional de manejo dos recursos naturais, onde Neli chefiava o Subprograma de Política de Recursos Naturais (SPRN) que se dedicava explicitamente ao fortalecimento de órgãos estaduais voltados para a gestão ambiental e de outras organizações participantes.

Secretaria da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), 1996

Secretaria da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), 1996

©Hervé Théry, 1996

5Como parte de suas funções, Neli costumava viajar para a Amazônia (cerca de uma vez por mês), indo sucessivamente a cada um dos Estados da região para se reunir com autoridades ambientais, mas também com as comunidades locais.

Com as comunidades em Nova Mamoré, Rondônia, 1996

Com as comunidades em Nova Mamoré, Rondônia, 1996

©Hervé Théry, 1996

6No entanto, essas funções oficiais não a impediram de retomar os seus estudos, obtendo em 1997 um Mestrado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade de Brasília, UnB, “A urbanização pública do Distrito Federal e o comprometimento ambiental: o caso da sub-bacia do Riacho Fundo”, orientado por Marta Adriana Bustos Romero.

7Este mestrado brasileiro foi o prelúdio de uma mudança de carreira, da gestão ambiental para o ensino e pesquisa, iniciado pela redação de uma tese na França.

Tese na França

8A redação da tese, por mais absorvente que seja, foi acompanhada por diversas atividades, como a participação no Festival Internacional de Geografia de Saint-Dié: quando o Brasil foi o país convidado, em 1998, Neli fez parte da delegação brasileira. Ela também encontrou tempo, pois tinha um grande interesse nesta atividade, para fazer trabalho de campo na França.

  • 1998 – 1999 DEA (diplôme d’études approfondies) Géographie et Pratique du Développement. Université de Paris X – Nanterre, « Les bassins hydrologiques urbains », (orientador Alain Dubresson).

  • 1999-2002 Doutorado em co-tutela entre a Université de Paris X, Nanterre, Paris X (orientador: Alain Musset) et a Universidade de São Paulo, USP (orientador: Wanderley Messias da Costa, Políticas públicas territoriais na Amazônia brasileira: conflitos entre conservação ambiental e desenvolvimento. 

Neli delegação brasileira no Festival Internacional de Geografia de Saint Dié, outubro 1998

Neli delegação brasileira no Festival Internacional de Geografia de Saint Dié, outubro 1998

©Hervé Théry, 1998

Trabalhando na tese, ‎4 ‎janeiro de ‎2002

Trabalhando na tese, ‎4 ‎janeiro de ‎2002

©Hervé Théry, 2002

Trabalho de campo em Dol de Bretagne, maio de 2000

Trabalho de campo em Dol de Bretagne, maio de 2000

©Hervé Théry, 2000

Defesa da tese, 2002

Defesa da tese, 2002

©Hervé Théry, 2002

Professora na EACH-USP

9De volta ao Brasil, Neli passou três anos no CDS, centro de estudos do desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília, antes de ser eleita professora da USP, onde lecionou na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) desde a sua criação, em 2005, e na unidade foi também coordenadora do bacharelado em Gestão Ambiental 

Com alunos em Piracicaba 2007

Com alunos em Piracicaba 2007

©Hervé Théry, 2007

10Entre 2014 e 2018, foi vice-diretora da EACH, quando também esteve à frente da Comissão Ambiental, atuando na construção de valores e soluções que definiram o marco do planejamento e da gestão ambiental de unidade.

Palestra na ocasião dos dez anos de fundação da EACH 2015

Palestra na ocasião dos dez anos de fundação da EACH 2015

©EACH 2015

11Em 2011 sete títulos da Edusp, a editora da USP, foram selecionados pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) para figurar na lista de livros a serem distribuídos entre professores e bibliotecas da rede pública estadual. Entre eles estava o Atlas do Brasil, de Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello-Théry3. A venda total foi de 64 mil exemplares – uma das maiores já realizadas pela Editora da USP.

O Atlas do Brasil escolhido para distribuição nas escolas do Estado de São Paulo

O Atlas do Brasil escolhido para distribuição nas escolas do Estado de São Paulo

©Ernani Coimbra

12Ao longo desse período em São Paulo, o trabalho de campo continuou sendo uma das atividades centrais de Neli, tanto para suas atividades de pesquisa quanto para a formação desses alunos. Era tão importante para ela que lhe dedicou um de seus últimos artigos, publicado em 2020 na revista Confins, “O campo é um laboratório para a gestão ambiental”4.

Trabalho de campo com a Defesa civil ‎‎25 ‎agosto ‎2008

Trabalho de campo com a Defesa civil ‎‎25 ‎agosto ‎2008