Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
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1704) Haiti e ajuda humanitaria (2)
Reinaldo Azevedo, 16/01/2010
(a propósito do post anterior, 1703)
É, meus caros, Tio Rei não é, assim, um Matusalém, mas já viveu o bastante para antecipar alguns lances do jogo. Escrevi ontem o post “Haiti, palco e atoleiro”, em que acusei a lentidão do governo brasileiro no atendimento às vítimas das enchentes em contraste com a prontidão em tentar assumir a liderança na ajuda ao Haiti. E, obviamente, deixei claro que o erro não estava em prestar socorro aos haitianos, mas na desídia com os brasileiros. E apontei, vejam lá, o esforço para fazer da tragédia haitiana um palco para protagonismo. Aí a canalha gritou: “Está explorando politicamente a tragédia!!!” Eu???
Então releiam o post abaixo e observem o que diz este sem-noção e sem-limite chamado Celso Amorim. Reparem como ele especula sobre a liderança do Brasil, a atuação dos outros países, a cobertura da imprensa estrangeira. E, no auge da inconveniência, Amorim resolve moderar as críticas porque, oh!!!, mais importante é socorrer as vítimas.
Por mais severo que eu seja, Celso Amorim é o homem que nunca me deixa errar. Que os brasileiros destacados para ajudar os haitianos dêem o melhor de si. Isso não faz com que o chanceler brasileiro deixe de ser quem é. Ele se define por suas palavras. E não teme a escala que vai da tolice à abjeção. Não, meus caros, eu não estava sendo muito severo. Estava sendo apenas realista.
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