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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Surrealismo brasileiro: a inacreditavel UnB e o Kafka do cerrado

Bem, quando eu li esta mensagem da UnB, sinceramente eu não sabia se ria, se lamentava a "desnutrição" dos estudantes, ou se me encantava com o estupendo burocratismo dos serviços responsáveis da UnB.
Vejam vocês: 


Informamos à comunidade universitária que o serviço de alimentação especial, oferecido pelo Restaurante Universitário de Brasília/DAC, está temporariamente suspenso devido a falta de nutricionistas para o programa.
Esclarecemos que as necessidades de pessoal já foram encaminhadas ao DGP e tão logo a equipe esteja restabelecida, o serviço retornará a normalidade.
Atenciosamente,
Coordenação de produção do RU

Sinceramente, se Franz Kafka, em lugar de ter nascido (e morrido) em Praga, andasse pelo cerrado central do Brasil, mais especificamente no quadrilátero que responde pelo nome de campus Darcy Ribeiro, ele teria farto, fartíssimo, IMENSO material para mais alguns derivativos do seu mal costurado Processo.
O Brasil é maior (não confundir com algum programa do governo), melhor, muito mais rico do que qualquer romance kafkiano...
Pronto, já terminei minha noite com algum motivo de reflexão (e mais insumo para algum minitratado sobre o surrealismo brasiliense).
Paulo Roberto de Almeida 

Um comentário:

Anônimo disse...

"(...)As pessoas iam se acostumando à rara mania de pretender chamar a atenção como jejuador nos tempos atuais, e adquirido esse hábito ficou já pronunciada a setença de morte do jejuador. Podia jejuar quanto quisesse, e assim o fazia. Mas já não podia salvá-lo, as pessoas passavam ao seu lado sem o ver. E se tentasse explicar a alguém a arte do jejum? A quem não o sente, não é possível fazê-lo compreender.(...)"
*Franz Kafka;in:"UM ARTISTA DA FOME".

Por algumas vezes tivemos a oportunidade de apreciar o "bandejão", quase uma dieta franciscana, e é com saudade que lembramos do feijão...experiência comparada ao mergulho em apineia...a fome não espera...!

Vale!