Diário do Poder, 4 de outubro de 2013
O ex-chanceler Antônio Patriota foi convocado para depor nesta sexta-feira (5) no “tribunal de inquisição”, criado pelo governo federal nos moldes do regime militar, para “apurar a atitude” do diplomata humanitário Eduardo Sabóia, que ajudou o senador boliviano Roger Molina, asilado há 455 dias na embaixada brasileira em La Paz, a sair do país. Na época, Molina andava depressivo e ameaçava se matar.
Espera-se que Patriota assuma a ordem para segregar o senador em um cubículo sem janelas, na embaixada, e proibir visitas até da família.
Patriota teria ordenado o confisco do celular e do laptop de Molina, mas os diplomatas exigiram isso por escrito, e a determinação foi ignorada.
O corregedor do Itamaraty, Heraldo Póvoas de Arruda, prorrogou o prazo para que a comissão de sindicância contra Eduardo Sabóia.
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Coluna de Lauro Jardim, na Veja, 4/10/2013, 12:22 \ Governo
Preparando a defesa
Eduardo Saboia anda focado na preparação defesa do processo administrativo disciplinar a que responde no Itamaraty, aberto depois da operação de resgate do senador boliviano Roger Molina para o Brasil. Ontem, Saboia ligou para Ricardo Ferraço perguntando se poderia testemunhar a seu favor. Convite aceito.
Chamado para depôr, Ferraço vai reforçar a versão de que o Ministério das Relações Exteriores recebeu diversos de Saboia comunicados sobre a gravidade da situação de confinamento de Molina na embaixada brasileira na Bolívia .
Começam na sexta-feira as oitivas da sindicância feita pelo governo sobre a conduta de Eduardo Saboia no episódio da fuga do senador Roger Molina. O primeiro a ser ouvido será Antonio Patriota.
Por Lauro Jardim
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