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quinta-feira, 23 de maio de 2024

História do porvir: uma aposta contra o passado: livro de George Minois, resenha (2004) - Paulo Roberto de Almeida

 Uma resenha antiga: o livro já foi traduzido e publicado no Brasil.

1326. “História do Porvir: uma aposta contra o passado”, Brasília, 5-8 set. 2004, 20 p. Resenha de George Minois: Histoire de l’Avenir: des Prophètes à la prospective (Paris: Fayard, 1996). Publicada, em versão resumida, na revista Parcerias Estratégicas (Brasília: CGEE, n. 19, dez. 2004, p. 319-333); e, em versão completa, no site Parlata (Brasília, 2005). Relação de Publicados n. 532.


História do porvir: uma aposta contra o passado

 

Paulo Roberto de Almeida

Publicada, em versão resumida, na revista

Parcerias Estratégicas (Brasília: CGEE, n. 19, dez. 2004, p. 319-333).

 

Histoire de l’Avenir: des Prophètes à la prospective

George Minois

(Paris: Fayard, 1996, 680 p.; ISBN: 2-213-59759-6)

 

 

Prever é próprio do homem, alerta o historiador francês George Minois, ao início deste livro rico e saboroso, que nos leva dos velhos expedientes de adivinhação empregados pelas sociedades do mundo antigo às modernas técnicas, pretensamente “científicas”, utilizadas pelos prospectivistas ou “prospectólogos” contemporâneos, com a intenção de prever o futuro. Registre-se, desde já, que o livro não é uma “história do futuro”, o que o colocaria irremediavelmente no terreno do profetismo, mas uma “histoire de l’avenir”, isto é, um discurso erudito, centrado no conhecimento histórico das técnicas, métodos e procedimentos utilizados em todas as épocas para melhor conhecer, e se possível tentar dominar o futuro, isto é, os acontecimentos de alguns dias, de poucos meses ou mesmo de anos à frente.

Das pitonisas e sacerdotes do mundo antigo, dos falsos profetas da Idade Média, aos astrólogos do Renascimento e às leitoras de cartas de todas as épocas (inclusive e sobretudo na nossa), reis, príncipes ou simples mortais sempre recorreram às técnicas de adivinhação para ter sucesso na guerra ou no amor, ou em ambos. Mesmo os filósofos do Iluminismo não estiveram imunes ao apelo às forças “incontroláveis” – magnetismo, sonambulismo e outras formas de recurso ao oculto –, como maneira de evitar as desgraças e misérias da condição terrena para construir um mundo melhor. Oráculos, profecias, predições, utopias e outros modos de antecipação foram mobilizados pelos homens para evitar desastres e garantir o sucesso, com resultados sempre decepcionantes. 

(...)


Ler a íntegra neste link: 

https://www.academia.edu/119889936/1326_George_Minois_Hist%C3%B3ria_do_porvir_uma_aposta_contra_o_passado_Book_Review_2004_


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