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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 17 de março de 2020

Modelos de estado desarrollista - Bresser-Pereira

Bresser Pereira é um velho desenvolvimentista, que continua defendendo as mesmas ideias há mais ou menos 50 anos. Lembro-me de ter lido suas teses principais, que não mudaram muito, apenas se sofisticaram na mesma direção, desde os anos 1960, pelo menos, e sobretudo a partir dos anos 1970.
Ele continua patrocinando as mesmas teses que derivam basicamente do arsenal prebischiano-cepaliano-desenvolvimentista de recomendações de políticas públicas.
Essas políticas de crescimento e de desenvolvimento econômico foram aplicadas SISTEMATICAMENTE na América Latina desde o final dos anos 1950.
Se elas fossem, realmente, um guia infalível para o desenvolvimento econômico e social, a América Latina deveria certamente estar entre as regiões e países mais desenvolvidos e avançados do planeta, o que não é manifestamente o caso, e bem a contrário.
Pode-se sempre argumentar que os dirigentes políticos não seguiram exatamente o receituário desenvolvimentista preconizado por Raul Prebisch e seus colegas da CEPAL, e que eles preferiram seguir as recomendações "neoliberais", o que sabemos que não é o caso. Sim, sabemos que governos de esquerda e mesmo de direita – os militares do Brasil, por exemplo – seguiram exatamente as políticas desenvolvimentistas recomendadas pela CEPAL, mas parece que cometeram outros erros e equívocos na condução da economia: se cita o inflacionismo, a manipulação cambial, o protecionismo, o regulacionismo excessivo, o intervencionismo na esfera privada, o nacionalismo econômico e outros pecados do gênero.
Mas isso corresponde exatamente ao que preconizava a escola cepaliana: políticas estatais de estímulo a determinados setores, controle do câmbio e dos investimentos estrangeiros, restrições às importações por "penúria de dólares", construção de uma boa base industrial nacional, e escapar do maldito modelo "exportador de commodities". 
Se estou bem informado, as teorias, receitas e propostas cepalianas foram fragorosamente derrotadas ao longo do último meio século, mas quero conceder que todas elas tinham boas intenções, só errando na preservação do patrimonialismo, dos privilégios, da não-educação de massa, no fechamento das economias ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros. O estatismo certamente não ajudou, pois estimulou a corrupção e o nepotismo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 17/03/2020

Modelos de estado desarrollista (Bresser-Pereira)

Modelos de estado desarrollista por Luiz Carlos Bresser-Pereira publicado por CEPAL (2020).
"Este artículo tiene por objeto entender el estado desarrollista y el papel histórico que le ha correspondido en las revoluciones industriales y en períodos posteriores. Primeramente se define al estado desarrollista como alternativa al estado liberal. En segundo lugar, se sostiene que las revoluciones industriales siempre se han producido en el marco de un estado desarrollista. En tercer lugar, se definen cuatro modelos de estado desarrollista en función del momento en que tuvo lugar la revolución industrial y del carácter central o periférico del país. Por último, se describe la forma en que el Estado fue apartándose parcialmente de la economía después de la revolución industrial; sin embargo, el estado desarrollista sigue cumpliendo un papel importantísimo en la dirección de la política industrial y en la ejecución de una política macroeconómica activa."

Do site de José Roberto Afonso: 
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