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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

E por falar em aquecimento global, melhor estar no inferno do que no paraiso, este bem mais quente...

Provado cientificamente.
Duvidam?
Vejam a demonstração aqui:

As temperaturas do paraiso e do inferno...

Pausa para... conhecimento inútil (ou talvez útil, para quem pretende se candidatar a um dos dois lugares, ou preferencialmente ao primeiro, como soe acontecer).
De minha parte, eu preferiria ficar no limbo, mas o diabo (ops!) é que o Vaticano eliminou, alguns anos atrás, essa categoria especial das possibilidades materiais para um cético como eu, o que já suscitou minha reclamação à época (mas pretendo reclamar outra vez).
Em todo caso, fiquem com uma historinha científica que me foi repassada pelos suspeitos de sempre, esses cientistas agnósticos, que tudo querem submeter às regras da investigação baconiana.
Não se respeita mais as alegorias, que diabo (ops!, again).
Paulo Roberto de Almeida 

Repassando, para os físicos de plantão:

O Paraíso é mais quente que o Inferno
via Bule Voador por Pedro Almeida em 17/12/10
Fonte: Radiação de Fundo
Editor: Pedro Almeida

A temperatura do Paraíso pode ser calculada de forma até que bem precisa. Nossa fonte e autoridade é a Bíblia, citando Isaías 30:26, que diz sobre o Paraíso o seguinte:

E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior como a luz de sete dias (…)”

Portanto, o Paraíso recebe da Lua tanta radiação quanto a Terra recebe do Sol, e, ainda por cima, recebe também 7 x 7 vezes mais radiação do que a Terra recebe do Sol (sete dias vezes sete vezes a radiação, igual a 49 vezes mais radiação). Somando, dá-se que o Paraíso recebe destes astros 50 vezes mais radiação que a Terra recebe, no total.

A luz que recebemos da Lua na Terra é 1/10.000 do que recebemos do Sol, portanto podemos ignorar esta parte, assumindo só recebermos radiação do Sol. Com estes dados, podemos calcular a temperatura do Paraíso: a radiação que é absorvida pelo Paraíso vai aquecê-lo até o ponto em que ele entrar em equilíbrio e o calor emitido por irradiação for igual ao calor recebido por irradiação, por unidade de tempo. Em outras palavras, o Paraíso perde 50 vezes mais calor que a Terra perde, por irradiação térmica. Isto implica que sua temperatura é maior que a da Terra, e pode ser calculada pela lei de quarta potência de Stefan-Boltzmann para radiação emitida/recebida por um corpo negro, em determinada temperatura, aplicada aos dois lugares e racionalizadas:

onde TP é a temperatura absoluta do Paraíso e TT é a temperatura absoluta da Terra, em Kelvins; jP e jT são os fluxos radiantes respectivos (em watts), que no caso do Paraíso é 50 vezes o da Terra, como mencionado pelo profeta (jP=50.jT).

A temperatura na Terra pode ser dita como sendo 300 K, aproximadamente (27° C). Resolvendo para TP, o valor de temperatura no Paraíso encontrado é de 798 K, ou 525° C.

A temperatura exata do Inferno não pode ser computada de forma similar, mas deve ser menos que 444,8° C, a temperatura na qual o enxofre vaporiza-se, transformando-se de líquido para gás. Para tal asserção, tomemos Apocalipse, 21:8, que diz:

Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.”

Note que esta bela passagem inclui os ateus. Mas retomando nosso ponto, para que um lago seja constituído de enxofre derretido, é obviamente necessário que ele se encontre ainda na forma líquida e, portanto, abaixo de sua temperatura de ebulição, que é 444,8 ° C. Acima deste valor, haveria uma nuvem de vapor, e não um lago de enxofre.

Temos desta forma uma temperatura no Paraíso de 525° C. A temperatura no Inferno é inferior a este valor, 445° C aproximadamente.

Portanto, o Paraíso é mais quente que o Inferno.
Quod erat demonstrandum!