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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Petralhabras: para quem aceitou devolver US$ 97 milhoes, US$ 1 milhao nao representa nada...

Podem multiplicar "n" vezes o dinheiro que o PT roubou de todos nós.
O pessoal já tinha ultrapassado essa coisa de pobre, na faixa dos milhões.
Ele só tratavam de US$ 1 bilhão para cima...
Paulo Roberto de Almeida

Lava Jato

Odebrecht pagou quase US$1 mi em propina, diz delator  

Valor foi transferido de maio a setembro de 2009, segundo depoimento do ex-gerente de Serviços Pedro Barusco

Marcela Mattos, de Brasília
Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras
Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras (Divulgação)
Em depoimento à Justiça, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco afirmou que recebeu 916.697 dólares da Odebrecht referentes a pagamento de propina. Segundo o executivo, que firmou acordo de delação premiada, o valor foi transferido de maio a setembro de 2009. Barusco era braço-direito de Renato Duque, que comandava a Diretoria de Serviços por indicação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, e é apontado como operador do PT no esquema de corrupção. 
Barusco detalhou a engenharia do processo: o dinheiro era transferido para uma conta localizada do Panamá, de propriedade da offshore Constructora Internacional Del Sur SA. Em seguida, o dinheiro era repassado para outra conta dele também localizada no Panamá. Essa estratégia servia para dificultar o rastreamento do dinheiro.
Apesar de a Odebrecht já ter sido citada por outros delatores como uma das empreiteiras integrantes do Clube do Bilhão, o cartel de construtoras que fraudava contratos da Petrobras, nenhum diretor da empresa foi preso até o momento. 
Conforme o delator, o diretor da Odebrecht Rogério Araújo atuava como operador nos pagamentos das propinas. Barusco afirmou que “mantinha contato direto com Rogério, pois o recebia com frequência por encontros de trabalhos e às vezes almoçava com ele”. Em depoimento à Justiça, o executivo disse ainda que a Odebrecht era “jogo duro”, porque não concordava com o pagamento de propinas em determinados contratos. 
Barusco anexou à Justiça documentos que mostram que a empreiteira firmou nove contratos com a Petrobras, sendo cinco na área de Gás e Energia, um na Área de Exploração e Produção e três na área de Abastecimento. O valor total dos contratos era de 8,6 bilhões de reais em um "período de 2004 a 2010 ou 2011".
Em nota, a empreiteira negou as acusações do delator: “A Odebrecht nega veementemente as alegações caluniosas feitas pelo réu confesso. Nega em especial ter feito qualquer pagamento a qualquer executivo ou ex-executivo da Petrobras. A empresa não participa e nunca participou de nenhum tipo de cartel e reafirma que todos os contratos que mantém, há décadas, com a estatal, foram obtidos por meio de processos de seleção e concorrência que seguiram a legislação vigente”, diz o texto.