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domingo, 9 de maio de 2010

Multiculturalismo: uma enfermidade infantil da academia...

A rigor, nem deveria tratar desse tipo de assunto aqui, uma vez que considero tão ridículas e tão equivocadas as posições supostamente politicamente corretas do multiculturalismo, que passaria por cima sem sequer prestar atenção nesse tipo de "não-questão".
De vez em quando me lembro, porém, que eventuais passantes e outros visitantes acidentais podem ter curiosidade pelo assunto.
Como não escrevi nada sobre o assunto, por considerá-lo irrelevante (e uma enfermidade passageira), permito-me, assim, transcrever parte de um artigo de um filósofo americano sobre o tema, texto "pescado" na lista "Contra a racialização do Brasil", ou seja contra as medidas e políticas de uma tribo de racistas ao contrário que pretendem introduzir o Apartheid no Brasil.

O multiculturalismo
por Richard Rorty
Contra a racialização do Brasil
Posted: 08 May 2010 08:30 AM PDT

Confiram o que o filósofo norte-americano fala sobre o assunto:

"O movimento conhecido nos EUA como multiculturalismo começou a azedar tão logo foi inventado. Consistiu, a princípio, em mais uma tentativa de fazer com que homens brancos de classe média tratassem melhor pessoas que eles gostavam de acotovelar/atropelar - negros, latinos, mulheres, pobres, imigrantes, recém-chegados e homossexuais, femininos e masculinos. Esperava com isso estimular tais grupos a orgulharem-se de si mesmos, ao invés de aceitarem as descrições depreciativas criadas pelos homens brancos.

Hoje, entretanto, transformou-se em uma tentativa de obtenção de empregos e subvenções para pessoas intrometidas que balbuciam/vomitam psicologismos. Bernstein está correto ao descrever o movimento como 'um universo de boas e ambiciosas intenções que se desviou do caminho do respeito às diferenças para mergulhar num abismo nebuloso de afirmações dogmáticas, otimismo exagerado e declarações pseudo-científicas sobre raça e sexo"".


Vejam o texto completo em RORTY, Richard. Uma 'mãozinha' para Oliver North. In: Novos Estudos, CEBRAP, nº 42, julho 1995, p. 45-50.