Do que o chanceler acidental escapou: vai agradecer à sua salvadora?
Paulo Roberto de Almeida
Vamos reconhecer: o patético e bizarro chanceler acidental, EA, teve sorte. Depois de dois anos cumprindo fielmente as orientações olavistas e se submetendo bovinamente às instruções do Bananinha 03 e do Robespirralho, seus verdadeiros chefes, tropeçou com uma senadora do agronegócio, que ficou furiosa com suas diatribes anti-China (grande compradora das commodities brasileiras), o que provocou sua ejeção do governo bolsolavista.
Foi o que o salvou: ele poderia estar comprometido com os planos mais tacanhos dos golpista, como seu segundo chefe, e teria sido incluído num dos processos em curso no STF, mas foi salvo por sua defenestração no tempo certo, antes que os projetos de golpe se concreetizasssem.
Ele, que tinha até virado monarquista, estaria hoje, talvez, indo para a prisão, mas saudando o fim aparente do poder tutelar fardado no mesmo dia em que militares de alta patente, que outrora deram um golpe contra um velho imperador, também enfrentam uma justa pena.
O chanceler acidental foi patético, mas nessa tramoia do golpe ele teve sorte. Lembrou da senadora?
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25/11/2025 (136 anos depois do primeiro golpe militar, sem mais chances aparentemente).