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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 27 de outubro de 2013

Brasil: sem crescimento da produtividade nao se diminui a desigualdade

Receita para reduzir desigualdade brasileira divide os especialistas

  • Educação e crescimento maior estão entre saídas recomendadas

CLARICE SPITZ, CÁSSIA ALMEIDA E LETÍCIA LINS (EMAIL·FACEBOOK)

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Na pobreza. Maria Aparecida Alves faz as contas do trabalho como ambulante em Recife Foto: Terceiro / José Carlos Mazella

Na pobreza. Maria Aparecida Alves faz as contas do trabalho como ambulante em RecifeTerceiro / José Carlos Mazella

RIO E RECIFE - A desigualdade parou de cair, mostrou a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE. Educação, crescimento, manutenção das políticas de valorização do salário mínimo e programas de transferência de renda são as saídas indicadas por especialistas ouvidos pelo GLOBO para o país continuar na rota da melhoria da distribuição de renda.

Mas não há unanimidade. A maior parte ainda vê ganhos com a valorização do mínimo e o Bolsa Família, mas a educação é considerada a porta de saída mais duradoura por todos os especialistas. Baixo crescimento e produtividade podem emperrar esse processo. Como o mínimo é reajustado por uma fórmula atrelada ao PIB e à inflação, acabará ficando menor. Baixo crescimento também significa menos arrecadação para transferências.

— Essas duas políticas resultaram num salto, mas esse ‘efeito salto’ se esgota ao longo do tempo. Estamos observando uma redução de velocidade de impacto desse modelo de mínimo e transferências — afirma a economista Barbara Fritz, da Freie Universität, em Berlim, e do Instituto Desigualdades.

O economista Claudio Dedecca, da Unicamp, observa que, com 13,8 milhões de famílias atendidas, ou um quarto da população brasileira, o Bolsa Família tem pouco espaço para crescer. Para ele, o PIB precisa subir 4%, o que acha factível, para reativar o papel da política pública:

— Se não houver crescimento da economia e investimento forte, esse fôlego da política pública é limitado e está mostrando sinais de esgotamento.

O economista João Saboia, da UFRJ, lembra que o salário mínimo teve um crescimento de mais de 100% em paridade de poder de compra entre 2000 e 2011 e foi determinante para a redução da desigualdade, mas que agora é preciso avançar em produtividade.

— Estamos numa encruzilhada. A retomada do crescimento passa pelo aumento dos investimentos, caso contrário, significará alta da inflação. É preciso investir e aumentar a produtividade do trabalho, com a qualificação da mão de obra.

O acesso à educação de qualidade é considerado crucial se o país quiser continuar na mesma via social. Para Naércio Menezes, economista no Insper-SP, sem aumento da população no ensino superior, essa desigualdade se manterá. Ele diz que, no Brasil, 11% da população de 25 a 34 anos têm ensino superior completo, enquanto no Canadá, chegam a 56%, e nos EUA, 40%. O México supera o Brasil: lá são 20%. Aumentou o prêmio para quem tem pós-graduação em relação aos que têm apenas ensino superior. Em 2003, era de 40% e subiu para 61%, em 2012.

— Isso mostra que a demanda por esse pessoal mais qualificado tem aumentado.

O professor emérito da Universidade de Columbia Albert Fishlow acha que o Brasil gasta pouco e mal com educação.

— O país ainda está atrás do Peru na educação secundária. A reação costuma ser “vamos investir 10%” como se fosse a solução, mas é necessária uma política coerente e contínua.

Pobreza extrema eliminada em 2014

A economista Sonia Rocha, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade, defende incorporação dos programas de transferência de renda em caráter definitivo.

— A renda em si não transforma. Traz um conforto e dá previsibilidade às famílias. Mas a transformação de vida vem essencialmente pela educação e nisso fizemos progressos muito lentos.

O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea Rafael Osório diz que o Brasil Carinhoso, ação que complementa a renda dos beneficiários do Bolsa Família, vai eliminar a pobreza extrema em 2014.

— As pessoas que estiverem na extrema pobreza no ano que vem serão por um choque transitório ou por erros de medida, mesmo que a economia cresça pouco e se não houver nada que faça o desemprego subir muito. Os programas de transferência vieram para ficar. Nenhuma sociedade com padrão de desenvolvimento vive sem um sistema de garantia mínima.

A economista Lena Lavinas, da UFRJ, defende o aumento da linha de pobreza e uma taxação maior para os ricos.

— Há um enorme espaço para transferir mais renda a grupos mais vulneráveis e pobres, revendo a linha da pobreza. É preciso também mais alíquotas de IR: hoje o 27,5% vale tanto para quem ganha R$ 5 mil quanto para quem ganha R$ 300 mil.

Enquanto especialistas tentam achar saídas, a ambulante Maria Aparecida Alves faz as contas no barraco improvisado, ao lado do viaduto Tancredo Neves, em Boa Viagem, um dos locais com o metro quadrado mais caro de Recife. Sem Bolsa Família, ela vive com filhos e os quatro netos:

— Eles (as autoridades) derrubaram os nossos barracos, lá na Vila Bom Jesus.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/receita-para-reduzir-desigualdade-brasileira-divide-os-especialistas-10552963#ixzz2ivV9nyGf 
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ENEM 2013: virou lata de lixo dos anacronicos

Da coluna diaria do jornalista Políbio Braga:

Petistas tentam lavagem cerebral até nas provas do Enem

Sabado, 26/10/2013

O editor recebeu várias mensagens de estudantes que fizeram a prova do Enem. A seguir, vai a mais indignada delas: 

- Fiquei abismado com o conteúdo da prova do ENEM. Alguém deveria fazer algo a respeito, pois a tentativa de lavagem cerebral é descarada! As questões apresentaram temas retrógrados e desnecessários, todos relacionados com a visão comunista. Daquelas que eu me lembro, as respostas eram tipo " os burgueses que exploram o pobre", "os comunistas que lutaram pela pátria na Espanha". Em outra questão, a resposta era a seguinte: "Todo mundo é legal, menos os EUA". E você é obrigado a marcar isso. Fora os textos de Marx e Engels. É inadmissível que isso ocorra em 2013.
 Me deu vontade de rir. Sem falar que tinha até texto de integrantes do MST. Uma verdadeira prova no PT

Silas Alves Duarte, Porto Alegre, RS. 

Anônimo disse...

Realmente Políbio, saí enojado da prova. Estão transformando o Brasil numa Venezuela, isso é vergonhoso.

Anônimo disse...

COM RAZÃO E INCLUSIVE AS PROVAS PARA OS CONCURSOS PÚBLICOS FEDERAIS TAMBÉM APARECEM QUESTÕES NO MESMO SENTIDO SOBRE A IDEOLOGIA COMUNISTA QUE É O MELHOR PARA O NOSSO PAIS, MARX E ENGELS.

Anônimo disse...

Tá certo, estamos no poder viva a foice e o martelo kkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

A grande marca das esquerdas, comparativamente com os conservadores, é a enorme desfaçatez, a descomunal caradura, e a audácia sem limites com que lutam pelo poder, apoiados nas massas. 
Tudo em nome dos pobres e oprimidos, é claro.
O precursor deles não se dizia Deus?

sábado, 26 de outubro de 2013

Mises: as crencas do socialismo

Surripio integralmente um post do meu amigo Orlando Tambosi:
O socialismo não passa de crença
O filósofo e economista Ludwig von Mises (1881-1973), expoente da Escola Austríaca, sabia muito bem a diferença entre saber e crer. Os socialistas apenas creem:

"As pessoas não desejam o socialismo porque sabem que o socialismo vai melhorar suas condições de vida, nem rejeitam o capitalismo porquesabem que é um sistema nocivo a seus interesses. São socialistas porque creem que o socialismo vai melhorar suas condições de vida e odeiam o capitalismo porque creem que ele as prejudica. São socialistas porque estão cegas pela inveja e pela ignorância."

Os que espionam, os que sao espionados e os que nao sao,,,

Nova divisão geopolítica do mundo: os que podem, sabem e se dedicam à espionagem e bisbilhotice; os que estão na parte passiva, com perdão da má palavra; os que não tem importância suficiente para estar na segunda posição.
Paulo Roberto de Almeida

Cenas de mentira explicita: "FMI nao deixava o Brasil investir"

O que é difícil suportar, aceitar, ouvir, são esses flagrantes, esses momentos de mentiras deslavadas, sendo repetidas ad nauseam (e bota nausea nisso):

"A gente tinha de pedir autorização ao FMI [para investir]. Por isso foi tão bom a gente ter pagado a dívida com o FMI, que não supervisiona mais as nossas contas."

E o nosso jornalismo (já nem falo da oposição, que não existe) é tão medíocre que sequer consegue desmentir mentiras como essas, e outras, pelo guia genial dos povos, disseminadas da forma mais desavergonhada possível, que acabam passando por verdades, quando são fraudes monumentais.
Paulo Roberto de Almeida

Arabia Saudita: mulheres (ainda) proibidas de dirigir veiculos

Certos governos, e sociedades, não têm medo do ridículo:

Saudi Arabia Warns Online Backers of Women Drivers
Saudi officials stepped up warnings Friday over a planned protest that will see women get behind the wheel to challenge male-only driving rules, saying that even online support for the demonstration could be grounds for arrest.

Da serie "perguntas irrespondíveis": como foi que chegamos a este estado?

Realmente, eu não consigo saber como tudo isso foi possível:

http://www.youtube.com/watch?v=v6S1RPkHHp8

My God, diria alguém...

Governo finalmente consegue implodir a Lei de Responsabilidade Fiscal: licenca para gastar, e a bolha da divida

Inacreditável herança maldita que vem sendo criada dia a dia, e que deve pesar sobre a vida de TODOS os brasileiros, de agora em adelante, como diriam os hermanos. Todos seremos chamados a pagar esse crime econômico, mais um, que vem sendo cometido pelo Congresso com a conivência do governo.
Eles estão desmantelando um a um os tijolos da estabilidade fiscal e da responsabilidade emissionista, pois rasgam todos os dias suas promessas de estabilidade e aderência aos novos padrões de governança.
Ainda vamos sentir saudades dos tempos de hiperinflação...
Paulo Roberto de Almeida

Licença para emitir moeda

25 de outubro de 2013
Editorial O Estado de S.Paulo
Numa operação abençoada pela presidente Dilma Rousseff, em que o interesse nacional sucumbiu às conveniências políticas do PT e de governadores e prefeitos de todos os partidos, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sofreu um golpe decerto sem precedentes em seus 13 anos de existência - ao longo dos quais foi arrimo indispensável para a estabilidade macroeconômica e a credibilidade do País perante governos estrangeiros e instituições financeiras internacionais. Sem a LRF, isto é, sem a fixação de limites rigorosos para o endividamento público no âmbito da Federação, os fundamentos que a presidente diz endossar teriam de há muito se esfarinhado.
Nada disso foi levado em consideração pela Câmara dos Deputados ao aprovar, na quarta-feira, projeto de lei complementar de autoria do líder peemedebista na Casa, Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro, que muda o indexador das dívidas estaduais e municipais com a União. A versão final da proposta, acertada com o Planalto, abre caminho para que 180 prefeituras, a começar de São Paulo, nas mãos do petista Fernando Haddad, possam tomar empréstimos em valores superiores a que estariam autorizadas no sistema anterior. "Nunca se aprovou um texto com tanta unidade com prefeitos e governadores", exultou o líder petista José Guimarães, do Ceará. Ele poderia ter dito também que nunca se fez tanto de uma só tacada para alavancar a votação de Dilma na capital paulista no próximo ano e a reeleição de Haddad em 2016 - graças ao aumento da gastança no Município.
Desde o final dos anos 1990, quando o então governo Fernando Henrique assumiu os débitos dos entes federativos, acertou o seu pagamento escalonado e limitou futuros empréstimos, ficou estabelecido que seriam corrigidos pelo IGP-DI, com juros entre 6% e 9% conforme a natureza dos contratos. Doravante, se o Senado endossar a decisão risonha e franca da Câmara, o indexador será ou o IPCA, mais 4% de juros, ou a taxa Selic - o que for menor. A Selic, que está em 9,5% ao ano, é o que o governo federal paga por seus empréstimos. A mudança, ainda por cima, é retroativa, abrangendo o estoque das dívidas. Sempre que o novo esquema se revelar mais vantajoso para os tomadores, o saldo devedor será reduzido, como se os contratos originais já contivessem a fórmula agora instituída.
Graças à canelada na LRF, a Prefeitura paulistana - cujas dívidas equivalem a cerca de 70% daquelas assumidas pelo conjunto dos municípios favorecidos - terá a pagar à União R$ 30 bilhões, em vez dos R$ 54 bilhões contratados. Com isso recupera o poder de assinar novos papagaios, estimados em R$ 4 bilhões, pois ficará dentro do limite de 120% da arrecadação anual exigido pela lei para conter o estouro dos empréstimos literalmente impagáveis. Computando o que teria a haver de todos os Estados e municípios - R$ 468 bilhões -, caso as regras do jogo não tivessem sido profundamente alteradas e com efeito retroativo, o Planalto terá de disfarçar o espanto quando descobrir na ponta do lápis quanto custará ao Tesouro a bondade eleitoreira da presidente.
Desdenhando da inteligência alheia, os promotores da festança alegam, sem corar, que a Lei de Responsabilidade Fiscal permanece ilesa, porque o que ela proíbe - a renegociação das dívidas dos entes federados com a União - proibido continua. Uma breve visita ao artigo 35 do documento expõe a mentira na sua inteireza. O que ali se lê não dá margem a dúvidas ou interpretações conflitantes: "É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente". Foi o que os deputados fizeram.
Se o Senado também fizer a vontade de 264 deles, ante 111 que devem ter achado que assim é demais, o liberou geral se generalizará de vez com a inclusão, no texto, de dívidas contratadas conforme outros indexadores. Mas o que foi aprovado já equivale a uma licença para Estados e municípios emitirem moeda. É o que se chama de esbórnia.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Forum de Davos no pais das sauvas freireanas - Brasil fica na rabeira em educacao

Este editorial do Estadão já é um pouco antigo, do começo do mês, e eu estava aguardando abrir um espaço na agenda para poder tecer algumas considerações a respeito. Mas fui atropelado, literalmente, por tarefas muito mais urgentes, como diria um campeão da fala gestual e oral, e não pude fazer. Melhor, portanto, postar e deixar os comentários mais elaborados para outra ocasião. Ou então insistir no que tenho dito.
O Brasil não aparece tão mal nesta foto relativa ao nosso sistema educacional calamitoso apenas porque é um país que acumulou atrasos seculares, e vem muito de longo, muito de baixo.
Não, de forma alguma.
O Brasil já tinha conseguido construir uma escola pública de qualidade, entre os anos 1940 e 1960, que depois começou a cair de qualidade lentamente, com a expansão do recrutamento (a democratização do ensino, que antes só "recolhia" classe média urbana, e deixava miseráveis urbanos e todos os pobres rurais de fora) e com a concentração de recursos, pelos militares, nos ciclos superiores e na pós-graduação. Foi um erro, correto, mas não com más intenções.
Mas o fato é que, depois de se ter completado a expansão qualitativa -- enrollment tax -- sob FHC, a qualidade do ensino, que não não era grande coisa, pois as saúvas freireanas já dominavam as metodologias e conteúdos pedagógicos desde os anos 1960 pelo menos, sob o reinado do nunca antes, no proto-totalitarismo dos companheiros, a qualidade despencou de vez, pois ao lado das saúvas entraram novos bárbaros, com a deformação completa dos padrões de ensino: tome estudos afrobrasileiros para cá, portunhol para lá, oportunidades para os marxistas desempregados sob a forma de sociologia e filosofia no ciclo médio, enfim, um festival de horrores que só fez afundar ainda mais rapidamente a educação do Brasil.
Ele não está atrasada; ela está retrocedendo, piorando, ficando um rebotalho de metodologias ultrapassadas e de conteúdo idiota dia a dia, o que significa que ainda não chegamos no fundo do poço, ainda vamos recuar muito mais, até onde a vista alcança e não alcança, pois os companheiros mesmo derrotados politicamente no plano federal, estão deixando todas as suas saúvas para comprometer o futuro da educação por pelo menos uma geração inteira. Vamos ter de recuar muito, até as pessoas perceberem que estamos fazendo, continuamos a fazer, coisas erradas o tempo todo, e insistimos no erro.
Os debilóides que dirigem a educação brasileira vão deixar uma terra arrasada...
Paulo Roberto de Almeida

Nosso calcanhar de aquiles

Editorial O Estado de S.Paulo, 07 de outubro de 2013
Um novo estudo do Fórum Econômico Mundial mostra que o estado lastimável da educação talvez seja o mais grave entre todos os entraves ao pleno desenvolvimento profissional e pessoal dos brasileiros.
O Fórum mediu pela primeira vez o chamado "capital humano" de 122 países. A expressão resume a capacidade, os talentos e o conhecimento dos trabalhadores para gerar valor.
Para essa mensuração, os pesquisadores criaram o Índice de Capital Humano, baseado em quatro pilares: saúde e bem-estar, que indica a situação física e mental da população, desde a infância até a idade adulta; educação, que avalia a qualidade do ensino em todos os níveis e diz respeito não apenas aos trabalhadores de hoje, mas aos do futuro; força e mercado de trabalho, que quantifica o preparo intelectual e o nível de treinamento da população em idade de trabalhar; e, por último, a existência de infraestrutura e de parâmetros legais para que os três pilares anteriores não apenas se desenvolvam, mas também que sejam bem explorados.
No ranking criado a partir dessas informações, o Brasil aparece em 57.º lugar entre os 122 países - a Suíça lidera, e há 8 europeus entre os dez primeiros. Embora não seja motivo de festa, a colocação brasileira tampouco deve ser vista como desastrosa, para um país com a vasta quantidade de problemas que o Brasil tem. Há Brics em pior situação, como a Índia (78.º) e a África do Sul (86.º), mas, na América Latina, o Chile (36.º) e o Uruguai (48.º) estão à nossa frente.
No desdobramento do índice, observa-se que o Brasil está em posição razoável no quesito saúde e bem-estar da população - aparece em 49.º lugar, bem próximo dos Estados Unidos (43.º). No que diz respeito ao emprego, o Brasil está em 45.º.
Quando o tema é educação, no entanto, o Brasil despenca para a 88.ª colocação. Entre os latino-americanos, perde até mesmo da Venezuela (75.º) e da Bolívia (86.º), países que, no ranking geral, aparecem entre os últimos - os venezuelanos em 101.º e os bolivianos em 99.º.
Tal resultado desastroso não surpreende. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012 mostrou que o analfabetismo no Brasil voltou a crescer, após apresentar constante queda desde 1998. Segundo o IBGE, ainda há 27,8 milhões de brasileiros acima de 15 anos de idade, ou 18,3% do total, que têm menos de quatro anos de estudo. Além disso, 11,9% da população com mais de 25 anos tem menos de um ano de estudo ou nenhuma instrução.
Esse quadro atesta o fracasso da educação brasileira ante o desafio de preparar o País para os tempos ultracompetitivos que se avizinham. Essa vergonhosa situação não passou despercebida pelos pesquisadores do Fórum Econômico Mundial.
Ao abordar esse pilar, o estudo sobre capital humano mostra o Brasil em 105.º lugar quando se mede a qualidade de todo o sistema educacional. A colocação é igualmente constrangedora no que diz respeito à qualidade das escolas primárias (109.º) e do ensino de matemática e ciências (112.º).
Desse modo, mesmo que o Brasil esteja razoavelmente bem colocado quando a pesquisa do Fórum mede a força de trabalho e o emprego, constata-se grande dificuldade de encontrar trabalhadores qualificados - nesse item, o País aparece apenas em 101.º lugar.
Trata-se de um problema que o Brasil deve resolver o quanto antes, pois "a chave para o futuro de qualquer país está no talento, na capacidade e nas habilidades de sua população", conforme escreveu Klaus Schwab, presidente executivo do Fórum, na introdução da pesquisa.
Investir em capital humano, diz Schwab, não é um luxo. "Pode ser mais determinante para o sucesso econômico no longo prazo do que virtualmente qualquer outro recurso", afirma o estudo, que salienta o fato de que o mundo está entrando numa era de escassez de talentos.
Observando-se sob esse aspecto, fica ainda mais claro o tamanho do problema que o Brasil tem a resolver, principalmente na área da educação, antes de considerar-se realmente apto a encarar a cada vez mais acirrada competição internacional.

Da serie: eu so queria entender (nao, nao precisa explicar...)


“Se nós apostamos num país que nós queremos ver como uma nação desenvolvida, e não só como um país que a economia cresce e se desenvolve, mas um país em que também cresce junto com a sua economia a sociedade, e cresce, sobretudo, a nação”.

Juro que eu continuo querendo entender, mas minha interação com lógica formal, desde os bancos escolares, foi muito precária, assim que eu tenho dificuldades em entender certas coisas: quem deve crescer: a nação, a economia, o país? Please, explain...

1914: a catastrofica guerra europeia que mudou o mundo e 500 anos deHistoria - book reviews


How Did It All Happen?

‘The War That Ended Peace,’ by Margaret MacMillan


Mirko Ilic
THE WAR THAT ENDED PEACEPresident John F. Kennedy once remarked that “in 1914, with most of the world already plunged in war, Prince Bulow, the former German chancellor, said to the then-chancellor Bethmann-Hollweg: ‘How did it all happen?’ And Bethmann-Hollweg replied: ‘Ah, if only one knew.’ If this planet is ever ravaged by nuclear war,” Kennedy went on, “if the survivors of that devastation can then endure the fire, poison, chaos and catastrophe, I do not want one of those survivors to ask another, ‘How did it all happen?’ and to receive the incredible reply, ‘Ah, if only one knew.’ ”

The Road to 1914
By Margaret MacMillan
Illustrated. 739 pp. Random House. $35.
The anecdote about World War I came from Barbara Tuchman’s best-selling history “The Guns of August,” in which Tuchman explored the immediate origins and first weeks of the war. The book inspired Kennedy to install a tape system in the White House, including the Oval Office, to ensure an accurate record of decision-making. It was still on his mind as he confronted the Cuban missile crisis. “I am not,” the president told his brother Bobby, “going to follow a course which will allow anyone to write a comparable book about this time: ‘The Missiles of October.’ ”
Where Tuchman influenced President Kennedy and the popular imagination, Fritz Fischer, a year earlier, had become the touchstone for historians. His hugely controversial account, “Germany’s Aims in the First World War,” published in English in 1967, accused Germany of intentionally starting the war. Historians since have all weighed in on the blame game. Of recent scholarship, Max Hastings backs Fischer in holding Germany responsible; Sean McMeekin argues it was Russia’s fault; Niall Ferguson points the finger at Britain; while Christopher Clark shows Europe “sleepwalking” into war. Despite these bold and often compelling accounts, the case remains unsettled.
The scale of the disaster that followed the events of August 1914 complicates the historian’s task. “Loss of a generation” was a lament heard around Europe when the war was over. The conflict claimed 20 million military and civilian lives, with a further 21 million wounded. For some countries the burden was greater than others. While Britain, France and Germany lost between 2 and 3 percent of their total populations, Serbia suffered a staggering 15 percent depletion. Such losses had seemed unthinkable when the war began.
All of which is to say that anyone writing on 1914, particularly with the centenary approaching next year, better have nerves of steel. Margaret MacMillan, a Canadian historian at the University of Oxford, has already tackled contentious topics. Her excellent history of the Versailles peace conference, “Paris 1919,” forced us to rethink what was actually possible in the wake of so much death and upheaval. Now she turns from the consequences of the war to its origins, asking “how Europe reached the point in the summer of 1914 where war became more likely than peace. . . . Why, in other words, did the peace fail?”
One of the strengths of “The War That Ended Peace” is MacMillan’s ability to evoke the world at the beginning of the 20th century, when Europe had gone 85 years without a general war between the great powers. As she points out, “in 1900 Europeans had good reason to feel pleased with the recent past and confident about the future. The 30 years since 1870” — the Franco-Prussian War — “had brought an explosion in production and wealth and a transformation in society and the way people lived.” Food was better and cheaper. There had been dramatic advances in hygiene and medicine. Faster communications, including cheap public telegraphs, meant Europeans were more in touch with one another. “Given such power and such prosperity, given the evidence of so many advances in so many fields in the past century,” MacMillan asks, “why would Europe want to throw it all away?”
Her answer is that in the end the war came down to those individuals who made the key decisions. “It is easy to throw up one’s hands and say the Great War was inevitable,” she writes early on, “but that is dangerous thinking, especially in a time like our own which in some ways, not all, resembles that vanished world of the years before 1914.”
MacMillan’s portraits of the men who took Europe to war are superb. In one tragicomic moment, she describes the last meeting, at a royal wedding in Berlin in May 1913, between the imperial cousins who ruled Germany, Britain and Russia. The British king, George V, is unable to speak to Czar Nicholas II of Russia without Kaiser Wilhelm II spying on them. Later George suffers a harangue from Wilhelm about British alliances with “a decadent nation like France and a semi-barbarous nation like Russia.” The fact that the kaiser believed he had made a positive impression on the king shows just how off his judgment really was.
“The War That Ended Peace” neatly recounts the events that led to battle. On why it happened, though, MacMillan is more tentative. “While these have fascinated and will continue to fascinate historians and political scientists,” she writes of the various debates, “we may have to accept that there can never be a definitive answer, because for every argument there is a strong counter.” That may well be true, but most readers will want her to have tried, particularly given her success in doing something similar in “Paris 1919.”
Still, the logic of MacMillan’s argument is such that even now, as she leads us day by day, hour by hour through the aftermath of the assassination of Archduke Franz Ferdinand in Sarajevo on June 28, 1914, we expect some statesman or other to jump on the lighted fuse. The Russian czar begs his German cousin to help keep the peace. The kaiser and Bethmann-Hollweg momentarily get cold feet. The Hungarians, without whom the government in Vienna could not act, urge a settlement with Serbia. With the foreign secretary, Sir Edward Grey, ducking and diving, the British look to avoid fulfilling their Triple Entente obligations to France and Russia. Surely Europe will pull back from the brink. “There are always choices,” MacMillan keeps reminding us.
How limited these 1914 statesmen look in comparison with those who came before. The likes of Bismarck, Witte and Salisbury were not modest men, but they were figures of far better skill and judgment. In 1898 Lord Salisbury warned of “the difficult narrow line that separates an undue concession from that rashness which has, in more than one case in history, been the ruin of nations.”
Europe crossed that line in 1914. Margaret MacMillan may not provide an answer to “How did it all happen?” but she does tell a story in which individual temperament makes a difference. Perhaps that’s the meaning today’s leaders might take from “The War That Ended Peace.” As the 19th-century British prime minister George Canning stated: “Men are everything, measures comparatively nothing.”
Richard Aldous is the Eugene Meyer professor of British history and literature at Bard College. His books include “Reagan and Thatcher.”
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If Only One Knew

‘Catastrophe 1914,’ by Max Hastings


Mirko Ilic


CATASTROPHE 1914World War I continues to exert a powerful pull on the popular imagination, especially in Britain, France and Australia, which, although victorious, suffered much more heavily in the trenches than did the late-arriving Americans. (There is less appetite for remembrance in the states that lost — Germany, Austria, Russia, Turkey.) Its ravages formed a backdrop to the television series “Downton Abbey” and to the movie and play “War Horse,” and they are being recounted anew in a profusion of books tied to the war’s centenary next year.

Europe Goes to War
By Max Hastings
Illustrated. 628 pp. Alfred A. Knopf. $35.
It is right and proper that World War I continues to be remembered not only for the scale of its suffering — still second only to World War II — but also for the breadth of its impact. Without the war, there very likely would have been no Nazi Germany and no Soviet Union. For lack of Russian support, there very likely would have been no Communist China either. Hitler, Stalin and Mao might have remained nonentities, and World War II, the Holocaust, the Korean War, the Vietnam War and the Cultural Revolution would never have occurred. More speculatively, even the Iraq war and today’s Syrian civil war might never have occurred, because Iraq and Syria, like most of their Middle East neighbors, were bastard offspring of the War to End All Wars.
Yet, for all its importance, World War I continues to be misunderstood by most ordinary people who have not yet caught up with the evolving consensus of historians. Three big myths, in particular, dominate the popular perception. First, that it was an accident, a war nobody wanted — a view immortalized in Barbara Tuchman’s beautifully written if factually questionable 1962 book “The Guns of August.” Second, that it didn’t really matter who won — that there was scant difference between the Central and Entente Powers. And third, that soldiers were needlessly sent to slaughter by unfeeling and cloddish generals — “lions led by donkeys” in the popular parlance.
In “Catastrophe 1914: Europe Goes to War,” the prolific British military historian Max Hastings does an excellent job of assembling a chronicle of the war’s first few months, from August to December 1914, that puts paid to all three perceptions, and especially the first two. He does not break new historiographical ground, but rather skillfully marshals evidence assembled by several generations of scholars into a highly readable narrative that should — but won’t — be the last word on the subject.
Start with the “accidental war” myth. It is true that no one could have foreseen a general European war breaking out because of the assassination of an Austrian archduke in Sarajevo, then part of the Hapsburg Empire. This murder set Europe on fire because Austria accused Serbia of complicity and made intolerable demands on Belgrade. Russia rallied to the side of its fellow Slavs and France to the side of its ally Russia, while Germany mobilized in support of Vienna. Britain was soon drawn in because of its alliance with France and its pledge to guarantee Belgium’s neutrality, which was violated when German armies attacked France. All sides, therefore, might be seen as equally to blame for the resulting conflagration, but Hastings, following in the footsteps of seminal historians like Fritz Fischer and Luigi Albertini, will have none of it.
“The case still seems overwhelmingly strong that Germany bore principal blame,” he writes. “Even if it did not conspire to bring war about, it declined to exercise its power to prevent the outbreak by restraining Austria. Even if Berlin did not seek to contrive a general European conflagration, it was willing for one, because it believed that it could win.”
Hastings is equally scathing, and justifiably so, in dismissing those who claim that the outcome of a German victory would have been benign, in effect creating a European Union a few years ahead of time. “Even if the kaiser’s regime cannot be equated with that of the Nazis,” he writes, “its policies could scarcely be characterized as enlightened.”
Although all sides were guilty of excesses, Hastings writes that the Western allies “behaved significantly better than did the Central Powers”: “No major massacres of civilians were ever laid at the door of the British, French or Italians to match those repeatedly committed by the Germans, Austrians and Turks.” Nor did the Western states impress slave laborers, as the Germans did with Belgian and French men in areas they occupied.
Given imperial Germany’s dismal track record, it is hard to be sanguine about what Europe would have looked like if dominated by a kaiser and his officers drunk on victory over their detested foes, whom, with the exception of the British, they saw as their racial inferiors. When denied victory, Germany’s military class subscribed to the illusion that they had been “stabbed in the back” by traitors on the home front. Reflections of Hitler’s deranged worldview, formed in large part during his service as a corporal on the Western Front, are not hard to see.
The third and final popular perception of the war — that the slaughter was the result of decisions made by stupid and unfeeling generals — has more truth to it than the other two, but in the final analysis, it is also mainly myth. Hastings is unsparing in criticizing the folly of generals of both sides. Helmuth von Moltke the Younger of Germany, Joseph Joffre of France and Sir John French of Britain come in for especial opprobrium. Moltke implemented the doomed Schlieffen plan, which called for delivering a knockout punch in the West by advancing through Belgium and northern France and instead resulted in a line of trenches running from Switzerland to the sea. Joffre implemented his equally ill-starred Plan XVII, which called for an advance into Alsace-Lorraine that distracted the French Army from the pivotal battles to the north. Sir John, for his part, panicked at the first whiff of trouble and had to be ordered by his superiors to cooperate with Britain’s allies in the Battle of the Marne, which stopped the German onslaught in early September 1914.
Yet Hastings also argues that it is unfair to blame the ineptitude of these generals for the horrible stalemate that took hold during the fall of 1914. This deadlock was almost inevitable given that the armies fighting one another were so closely matched in size and capabilities. Only after four years of war, by which time Germany had been exhausted and America had joined with Britain and France, would it be possible to end the impasse.
“There was never a credible shortcut,” Hastings concludes. For all the glamour associated with peripheral struggles in Africa and the Middle East, which produced heroes like Paul von Lettow-Vorbeck and T. E. Lawrence, the war’s outcome could be decided only in Western Europe and only after a prolonged period of mutual battering. “Catastrophe 1914” brilliantly shows how, within its first few months, World War I came to assume the dispiriting and bloody form it would hold for the next four years.
Max Boot is a senior fellow at the Council on Foreign Relations and the author of “Invisible Armies: An Epic History of Guerrilla Warfare From Ancient Times to the Present.”

Bolsa Familia: 50 milhoes de dependentes confirmados - InfoLatam

Tem gente que se orgulha em dizer que um quarto da população total do país se tornou dependente oficial, e aparentemente de forma permanente, das bondades governamentais. Vocês acham realmente normal que isso esteja acontecendo no Brasil? Um quarto da população? Uma Argentina inteira no cartão magnético?
Sinto muito, mas para mim isso é uma confissão de fracasso total da economia nacional em prover trabalho e renda pela via dos mercados. Assistência pública deveria ser excepcional, não uma política de Estado como essa.
Paulo Roberto de Almeida

Brasil Economía

Programa brasileño de combate a la pobreza beneficia a 50 millones en 2013

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El programa, que pretende que todas las familias cuenten con un presupuesto mínimo de 70 reales (31 dólares) por persona al mes
Infolatam Efe
Río de Janeiro, 24 octubre 2013

Las claves
  • El programa, que pretende que todas las familias cuenten con un presupuesto mínimo de 70 reales (31 dólares) por persona al mes, también muestra que los más favorecidos por el Bolsa Familia fueron mujeres y negros, que son los que más sufren esa lacra.
  • Además, la mejora de la alimentación, unida al avance de la sanidad pública, también generó un descenso notable en la tasa de mortalidad infantil, que bajó un 40 % en Brasil y un 50 % en el norreste, la región más pobre del país.
El programa del Gobierno brasileño de combate al hambre, que concede subsidios a los pobres, beneficia actualmente a 14 millones de familias, lo que equivale a 50 millones de personas, con un presupuesto que aumentó hasta los 23,95 millones de reales (unos 10,9 millones de dólares) en 2013.
Así lo afirmó la ministra de Desarrollo Social y Combate al Hambre de Brasil, Tereza Campello, en una rueda de prensa hoy en Río de Janeiro en la que añadió que el presupuesto del programa Bolsa Familia (Beca Familia) en 2013 se incrementó en casi 4 millones de reales (unos 1,8 millones de dólares) con respecto al año anterior.
Asimismo aseguró que durante los diez años transcurridos desde el comienzo de este programa el porcentaje de niños y adolescentes brasileños en condiciones de pobreza extrema se redujo de cerca del 10,5 % en 2003 a aproximadamente el 0,3 % en 2013.
De este modo, el 39 % de los brasileños que abandonaron la pobreza extrema en la última década tenían menos de 14 años y el 29 % entre 14 y 29.
El programa, que pretende que todas las familias cuenten con un presupuesto mínimo de 70 reales (31 dólares) por persona al mes, también muestra que los más favorecidos por el Bolsa Familia fueron mujeres y negros, que son los que más sufren esa lacra.
Uno de los efectos directos del incremento económico de las familias fue la mejora de la alimentación de los niños brasileños, entre los que el índice de baja estatura se redujo del 16,8 % en 2003 al 14,5 % en 2013.
Además, la mejora de la alimentación, unida al avance de la sanidad pública, también generó un descenso notable en la tasa de mortalidad infantil, que bajó un 40 % en Brasil y un 50 % en el norreste, la región más pobre del país.
Según afirmó Campello durante su intervención, la mejora de la alimentación en niños terminó con uno de los males endémicos del país, ya que hasta ahora impedía el desarrollo orgánico e intelectual de los menores, generando polos de miseria aún mayor.
Preguntada por la posibilidad esgrimida por algunos opositores de que se emplee este sistema de ayudas públicas para “comprar votos” al entregar dinero a los más necesitados, Campello aseguró que eso no se corresponde con la realidad porque “el único requisito para acceder a las ayudas es ser pobre”.
En ese sentido, la ministra destacó que los fondos procedentes del Gobierno brasileño son repartidos por los ayuntamientos y “han llegado a todos los municipios independientemente del partido que los gobierna”, lo que, a su juicio, muestra la carencia de un sesgo ideológico en el reparto de estas ayudas.
Campello también se refirió a otra de las críticas más habituales del proyecto, que es la posibilidad de generar una excesiva dependencia de las ayudas gubernamentales entre los receptores de esos fondos, algo a lo que ella respondió afirmando que, según los datos oficiales, el 75 % de los beneficiarios son económicamente activos.
“La población receptora de Bolsa Familia trabaja y tiene los peores empleos. Lo único que hace el programa es dotar a esas familias de recursos hasta llegar a los 70 reales (meta marcada por los Objetivos del Milenio de la ONU)”, aseguró.
En referencia a las manifestaciones que azotan el país desde el pasado junio en demanda por mejores servicios, Campello aseguró que las protestas tienen “múltiples objetivos”, lo que, en su opinión, demuestra que “hacen falta más cosas”, además del programa Bolsa Familia.
“Es una señal de madurez de Brasil”, concluyó.

Protecionismo comercial brasileiro: antidumping abusivo - Assis Moreira (Valor)

OMC: Cinco países contestam Brasil por investigações de antidumping
Por Assis Moreira
Valor Econômico, 23/10/2013

GENEBRA  -  O Brasil foi questionado por cinco países hoje na Organização Mundial do Comércio (OMC) em razão de abertura de investigações antidumping para frear importações com preços supostamente desleais.

Rússia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Chile aproveitaram o Comitê de Antidumping da entidade global para contestar a iniciação das investigações que atingem seus produtos no Brasil.

De maneira geral, esses países acreditam que seus produtores não merecem ser submetidos a tais exames. O governo brasileiro respondeu que foi acionado pelo setor privado e faz seu trabalho de investigar se há dumping, prática que afetaria a indústria nacional de maneira desleal.

Neste ano, o Brasil deve ser confirmado de novo como campeão em ações antidumping.

Entre janeiro e o começo de outubro, o país já totalizou 39 novas investigações e pode chegar a 45 até o fim do ano, o segundo maior número de investigações em um ano no Brasil. O recorde foi no ano passado, com 65.

O número de sobretaxas efetivamente aplicadas, resultado de investigações concluídas, também será recorde: são 25 atualmente e podem chegar a 30 no fim de dezembro. No total, o Brasil tem 96 medidas antidumping em vigor.


Nos últimos dois anos, o Brasil liderou o uso de medidas de defesa comercial entre os países do G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes.

Venezuela: socialismo do seculo 21 garante a suprema felicidade do povo...

A ver...

Venezuela gobierno

Maduro crea el Viceministerio para “la Suprema Felicidad del Pueblo”

maduro
Caracas 24 de octubre de 2013

Ya en agosto, el mandatario aprobó un sistema nacional de misiones que dijo llevaría el nombre Hugo Chávez y coordinaría este tipo de programas, fundamentalmente enfocados en el área social.

El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, anunció hoy la creación del Viceministerio “para la Suprema Felicidad Social del Pueblo”, que tendrá como tarea coordinar las distintas misiones sociales del Gobierno.

“He decidido crear el despacho de viceministro, y lo he llamado así en honor a nuestro comandante (Hugo) Chávez y a nuestro Bolívar, para la suprema felicidad social del pueblo venezolano”, afirmó el presidente sobre el final de un acto de Gobierno en Caracas.

Este nuevo Viceministerio tendrá entre sus atribuciones atender a las personas con discapacidad, a la gente que vive en las calles, a los ancianos y a los niños, detalló Maduro.
La nueva cartera quedará a cargo del exconstituyente Rafael Ríos, a quien Maduro deseó “todo el éxito”, al tiempo de llamar a elevar “las misiones hasta el cielo”, como homenaje y agradecimiento a Chávez, fallecido en marzo como consecuencia de un cáncer.
Ya en agosto, el mandatario aprobó un sistema nacional de misiones que dijo llevaría el nombre Hugo Chávez y coordinaría este tipo de programas, fundamentalmente enfocados en el área social.
Maduro realizó este anuncio tras efectuar una firme defensa de las misiones, una fórmula de proyectos del Gobierno que funcionan de forma autónoma e independiente de la estructura ministerial y que fueron creadas por Chávez (presidente de 1999 a 2013) con el propósito de atender distintas necesidades.
Ha habido misiones para la alfabetización, la atención médica, la capacitación deportiva, la producción en el campo, la construcción de viviendas, la ayuda a mujeres solteras, a ancianos sin jubilación y otros muchos sectores sociales vulnerables.
La oposición ha criticado que las misiones se manejan de forma extrapresupuestaria y sin control parlamentario, además de no encajar en la arquitectura institucional del Estado.
Maduro aseguró que cada vez que ve una misión funcionar en la calle ve a Chávez.