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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 1 de agosto de 2010
Diplomacia da demagogia: revisando posicoes em funcao do publico...
Demagogia existe em todas as esferas, interna e externa.
Eu, por exemplo, teria ojeriza a expressar "carinho" por outro demagogo (entre outras qualidades).
Acho que é isso...
Paulo Roberto de Almeida
Lula oferece abrigo a iraniana que pode ser apedrejada
Agência Estado, 31/07/2010
Mulher de 43 anos está presa acusada de um suposto adultério. Em evento ao lado de
Dilma Rousseff, Lula aproveitou para atacar seus adversários políticos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu neste sábado (31), durante comício em prol da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, em Curitiba, abrigo político para a iraniana Mohammedi Ashitiani, de 43 anos, condenada à morte por apedrejamento em razão de suposto adultério.
"Eu tenho que respeitar a lei de um país, mas se vale minha amizade e o carinho que tenho pelo presidente do Irã (Mahmoud Ahmadinejad) e pelo povo iraniano, se esta mulher está causando incômodo, nós a receberíamos no Brasil", afirmou.
O presidente tocou no assunto quase ao final do discurso, após criticar os Estados Unidos por repudiar sua tentativa de negociar a paz no Oriente Médio. "Parece que tem mais gente trabalhando contra a paz do que trabalhando pela paz", destacou.
"Já que minha candidata é uma mulher, eu queria fazer um apelo a meu amigo Ahmadinejad, ao líder supremo do Irã e ao governo do Irã." Logo depois, explicou a centenas de pessoas que se postaram na Boca Maldita, no centro de Curitiba, para ouvi-lo, que no Irã o adultério é punido com a morte por apedrejamento. Ele reconheceu que estava em
situação difícil porque se tratava de falar da soberania de um país.
Quarta-feira passada, Lula havia dito que não tomaria nenhuma atitude em relação à decisão do Irã, justificando que as leis de cada país precisam ser respeitada sob risco de virar "avacalhação". "Acho que é coisa muito grave o que está acontecendo", disse. "Nada justifica o Estado tirar a vida de alguém, só Deus dá a vida e só Ele é que
deveria tirar a vida."
Lula disse que já tinha feito outros apelos a favor de brasileiros condenados à morte, em favor de uma francesa também no Irã e em favor de americanos. "Mas os americanos também tem que liberar companheiros do Irã", ponderou. Em entrevista, mais tarde, Dilma elogiou o presidente por sua "sensibilidade".
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