Nunca antes mesmo...
Apenas o preview do sumário e apresentação, segundo materiais da Editora:
Nunca
Antes na Diplomacia...
ensaios sobre tempos não convencionais na política
externa
Paulo Roberto de Almeida
A ser
publicado pela Editora Appris, Curitiba, 2014
Sumário:
Prefácio, Embaixador
Rubens Antônio Barbosa
Índice Geral
Apresentação
2. As relações
internacionais do Brasil em perspectiva histórica
3. Processos decisórios na
história da política externa brasileira
4. A política da política
externa: as várias diplomacias presidenciais
5. Duas diplomacias em
perspectiva: a profissional e a engajada
6. As novas roupas da diplomacia
regional do Brasil
7. Uma nova arquitetura
diplomática?: mudanças na política externa
8. Pensamento e ação da
diplomacia engajada: uma visão crítica
9. Nunca antes na diplomacia:
balanço e avaliação
10. Uma política externa
exótica: seus efeitos institucionais
11. A opção preferencial
pelo Sul: um novo determinismo geográfico?
12. Uma grande estratégia
para o Brasil?
13. O
Barão do Rio Branco: o que ele fez, então?; o que faria, agora?
Bibliografia geral
Livros de Paulo Roberto de
Almeida
Nunca antes na diplomacia?
Provavelmente...
Tudo o que
sempre lhe intrigou na política externa da era do “nunca antes”, e não tinha a
quem perguntar?
Agora já
tem, ou, pelo menos, onde ler a respeito. Um diplomata experiente explica o que
representaram esses tempos não convencionais na diplomacia brasileira.
Conceitos,
fundamentos, ideias (as boas e as más), mas sobretudo os resultados práticos,
examinados com isenção, em torno de uma diplomacia que rompeu o consenso
nacional de que ela sempre desfrutou tradicionalmente. De fato, nunca antes...
Paulo
Roberto de Almeida assina aqui uma de suas obras mais lúcidas, apresentando uma
visão contrarianista ao “pensamento único” sobre a política externa dos últimos
anos.
Do Prefácio do Embaixador Rubens Antônio Barbosa,
presidente do Conselho de Comércio Exterior da FIESP:
Este livro apresenta uma avaliação
do que representaram, para o Itamaraty, os anos de diplomacia partidária, um
período de desvios nas melhores tradições da Casa de Rio Branco.
Nunca
antes na história do País, e de sua diplomacia, preconceitos ideológicos e
plataforma partidária influíram tanto nas questões de competência do Itamaraty.
Eu louvo a sua coragem, no sentido
de romper a cortina de silêncio em torno das más escolhas feitas na última
década, expondo abertamente a sua contrariedade com as posições adotadas em
nome do Brasil.
As ideias e as práticas da
diplomacia brasileira nos últimos 20 anos
Ideias, mesmo velhas e totalmente desajustadas, estão sempre
por trás de certas práticas. A história, ao contrário do que se pensa, nunca se
repete, mas ideias antigas têm esse péssimo costume de permanecer mais tempo do
que seria desejável, ou recomendável, sobretudo quando se trata de orientar
políticas públicas. Desde o início do novo milênio, o Brasil tem vivido com
algumas dessas ideias que parecem ter vindo de uma outra época, e elas têm
influenciado diversas políticas, inclusive a externa.
Este livro apresenta as ideias que estiveram por trás da
diplomacia brasileira nas últimas duas décadas, as boas e as más, e discorre
sobre como elas foram aplicadas às mais importantes questões da política
externa brasileira no período. A obra se debruça, em primeiro lugar, sobre a
formulação e a execução da diplomacia brasileira, tanto em perspectiva
histórica, desde sua emergência no século XIX, como no contexto de sua
implementação, nos anos do “nunca antes” . Mas ela também faz, em segundo e
mais importante lugar, uma defesa da diplomacia profissional, encarnada no e
pelo Itamaraty, ao mesmo tempo em que apresenta uma visão crítica e um
questionamento quanto aos resultados efetivos da diplomacia não profissional,
implementada nesses tempos não convencionais, no ambiente regional e no âmbito
internacional.
O autor examina as iniciativas diplomáticas implementadas
desde os últimos anos do século precedente e segue as principais mudanças
introduzidas desde o início do atual, registrando as continuidades e
enfatizando as rupturas. Ocorreram mudanças significativas, sobretudo nos
processos decisórios e nas preferências políticas, mas também nas orientações
econômicas. O Mercosul, por exemplo, deixou de ser um espaço integrado de
abertura econômica e de liberalização comercial para converter-se num
empreendimento político, guiado mais por preconceitos ideológicos do que por
considerações de natureza econômica, como era sua vocação original. A chamada
diplomacia Sul-Sul tentou mudar as “relações de força no mundo” e inaugurar uma
“nova geografia do comércio internacional”. A busca obsessiva por uma cadeira
permanente no Conselho de Segurança da ONU esteve atrás de algumas iniciativas
ambiciosas nestes anos, e algumas menos recomendáveis, como a aproximação com
alguns regimes pouco frequentáveis, na região e alhures.
Ao tratar de todas essas questões, o autor sabe que nada
contra a corrente, na academia ou no ambiente governamental, mas não hesita em
defender posições do Itamaraty, quando constata certas práticas não
convencionais que puseram em questão o respeito e a credibilidade de que ele
sempre desfrutou na região e no mundo.
Paulo Roberto de Almeida é Doutor em Ciências
Sociais, Mestre em Planejamento Econômico e diplomata de carreira desde 1977.
Foi professor no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília, diretor do
Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) e, desde 2004, é professor
de Economia Política no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em
Direito do Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Como diplomata, serviu
em diversos postos no exterior. É editor adjunto da Revista Brasileira de Política Internacional. Publicou muitos
livros de relações internacionais e de diplomacia brasileira.
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