Um leitor deste blog escreveu o seguinte a propósito de uma frase minha neste post:
[xxx] compartilhou a postagem de seu blog no Google+
"Ao contrário, todos querem viver à custa dos demais, fazendo concursos públicos para terem estabilidade e ganhar mais. " [Frase PRA]
Engraçado ouvir isso de um servidor público. [Comentário do leitor]
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Comento, no que me concerne (PRA):
A postagem era vinculada ao fato de o Governo pagar quase um terço dos salários nas contas nacionais, a despeito de ter uma proporção menor do que o setor privado nas atividades produtivas. Sim, os salários no setor público são também muito superiores aos do setor privado, quase o dobro, e não me consta que a produtividade no setor público seja duas vezes superior ao do setor privado, muito pelo contrário.
Não tenho nenhum problema em dizer, como Bastiat, que o Estado é esta grande ficção coletiva na qual cada um pretende viver às custas de todos os demais.
O Brasil justamente encarna à perfeição essa concepção deformada da economia, e das atividades produtivas, que pretende que o Estado é o grande organizador e disciplinador dos mercados, e que os governos existem para corrigir as perversidades do sistema capitalista ou uma suposta anarquia dos mercados, sempre desiguais, assimétricos, concentradores.
Não partilho desse tipo de concepção e considero a situação atual no Brasil uma deformação completa.
O Brasil não é um país normal, justamente em função da preeminência do Estado na vida social.
Como não sou do tipo que deixa o cérebro em casa quando vai trabalhar, não renuncio a pensar com minha própria cabeça nessas matérias que interessam a todos os brasileiros, e não apenas aos mandarins estatais.
O Estado já foi, no Brasil, um indutor do desenvolvimento. Mas isso ficou muito atrás...
Hoje ele se converteu num OBSTRUTOR do desenvolvimento, ao extrair -- extorquir seria o termo exato -- dois quintos da riqueza criada pela sociedade e não devolve praticamente nada em termos de investimentos produtivos, serviços coletivos de qualidade ou infraestrutura necessária para que o setor privado possa ser competitivo.
Por isso vou continuar falando contra o setor público e os marajás que o povoam, extorquindo recursos de toda a sociedade em seu benefício exclusivo.
Acho que fui bem claro...
Paulo Roberto de Almeida
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