Este é um perfeito exemplo de como são (mal) conduzidos tanto os assuntos econômicos, quanto as relações diplomáticas no governo companheiro: na improvisação, na impulsividade, nos cálculos meramente eleitorais, no amadorismo diplomático, na total falta de coordenação, planejamento, racionalidade, enfim, o caos completo na administração. Este é também um perfeito retrato da diplomacia companheira, onde qualquer mete a mão, e os pés, num desrespeito total pelas boas regras do relacionamento aberto, previsível, transparente e respeitoso dos interesses dos vizinhos. Tudo aqui foi feito a serviço de uma campanha eleitoral, sem qualquer consideração seja pelos aspectos econômicos do assunto, seja pelas sensibilidades diplomáticas, internamente ao Itamaraty, ou no contexto das relações com o Paraguaii.
A medida da Fazenda -- reduzir do dia para a noite de 300 a 150 dólares a cota de importados vindos do Paraguai -- é perfeitamente ridícula, só compatível com a politica econômica ridícula conduzida pela Fazenda, que fica fazendo "conta de padeiro" em torno dos déficits comerciais. Mas isso deve ser coisa da Receita Federal, também ridícula, mas altamente prejudicial ao país, além de ser notoriamente fascista, como aliás revelado por essa mesma medida.
Gleisi Hoffmann: campanha eleitoral com chapéu alheio
Gleisi Hoffmann atropelou a Receita Federal e ganhou o coração dos paraguaios
Curiosamente…
Participaram da reunião o diretor de Itaipu, Jorge Samek, e o candidato ao Senado pela chapa, Ricardo Gomyde (PCdoB). Como Gleisi, eles nada têm a ver com o assunto.
A especialista
“Esta medida será suspensa, não estará em vigência”, prometera ao jornal paraguaio ABC a candidata ao governo do Paraná, que não é a ministra da Fazenda.
Depois, sumiço
Procurados pela Coluna, Samek e Gomyde não foram encontrados. A assessoria de Gleisi não respondeu.
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