Este é um perfeito exemplo de como são (mal) conduzidos tanto os assuntos econômicos, quanto as relações diplomáticas no governo companheiro: na improvisação, na impulsividade, nos cálculos meramente eleitorais, no amadorismo diplomático, na total falta de coordenação, planejamento, racionalidade, enfim, o caos completo na administração. Este é também um perfeito retrato da diplomacia companheira, onde qualquer mete a mão, e os pés, num desrespeito total pelas boas regras do relacionamento aberto, previsível, transparente e respeitoso dos interesses dos vizinhos. Tudo aqui foi feito a serviço de uma campanha eleitoral, sem qualquer consideração seja pelos aspectos econômicos do assunto, seja pelas sensibilidades diplomáticas, internamente ao Itamaraty, ou no contexto das relações com o Paraguaii.
A medida da Fazenda -- reduzir do dia para a noite de 300 a 150 dólares a cota de importados vindos do Paraguai -- é perfeitamente ridícula, só compatível com a politica econômica ridícula conduzida pela Fazenda, que fica fazendo "conta de padeiro" em torno dos déficits comerciais. Mas isso deve ser coisa da Receita Federal, também ridícula, mas altamente prejudicial ao país, além de ser notoriamente fascista, como aliás revelado por essa mesma medida.
Mas o fato de que uma candidata ao governo do Paraná prometa ao governo do Paraguai que a medida "não vai valer", antes de a mesma ser revogada, depois de já ter sido publicada, é algo que raramente ocorreu na nossa republiqueta tão diminuída em tantas outras coisas pelos companheiros.
O que o Itamaraty tem a ver com isso? Nada, como nunca teve nada a ver com muitas outras medidas tomadas à sua revelia e que também afetam as relações exteriores do país.
O Brasil, nos governos companheiros, virou uma casa da mãe Joana, literalmente.
Paulo Roberto de Almeida
Gleisi Hoffmann: campanha eleitoral com chapéu alheio
Gleisi Hoffmann atropelou a Receita Federal e ganhou o coração dos paraguaios
Candidata ao governo do Paraná pelo PT, a senadora Gleisi
Hoffmann atropelou a Receita Federal e ganhou o coração dos… paraguaios.
Em visita recente ao presidente Horácio Cartes, prometeu que o governo
federal reverteria resolução da Receita que reduziu de US$ 300 para US$
150 a cota de importação por turista nas cidades paraguaias. O caso, que
evidencia-se eleitoral, também agrada à economia paranaense da região
de fronteira, que previa queda drástica no setor de turismo de compras. O
lobby deu certo. Por pressão da Casa Civil – onde Gleisi foi ministra –
a resolução foi revogada no dia seguinte. Valerá a partir de 2015.
Curiosamente…
Participaram da reunião o diretor de Itaipu, Jorge Samek, e o candidato ao Senado pela chapa, Ricardo Gomyde (PCdoB). Como Gleisi, eles nada têm a ver com o assunto.
A especialista
“Esta medida será suspensa, não estará em vigência”, prometera ao jornal paraguaio ABC a candidata ao governo do Paraná, que não é a ministra da Fazenda.
Depois, sumiço
Procurados pela Coluna, Samek e Gomyde não foram encontrados. A assessoria de Gleisi não respondeu.
Curiosamente…
Participaram da reunião o diretor de Itaipu, Jorge Samek, e o candidato ao Senado pela chapa, Ricardo Gomyde (PCdoB). Como Gleisi, eles nada têm a ver com o assunto.
A especialista
“Esta medida será suspensa, não estará em vigência”, prometera ao jornal paraguaio ABC a candidata ao governo do Paraná, que não é a ministra da Fazenda.
Depois, sumiço
Procurados pela Coluna, Samek e Gomyde não foram encontrados. A assessoria de Gleisi não respondeu.
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