Diplomatizzando

Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.

O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 30 de junho de 2024

Ary Quintella toma posse no Pen Club do Brasil no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, celeiro literário

Por aryquintella em junho 30, 2024

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A Praia do Flamengo vista da varanda do Pen Clube do Brasil

Tomei posse, em 27 de junho, no Rio de Janeiro, como sócio do Pen Clube do Brasil. Na ocasião, fiz este discurso sobre a tradição literária do Rio: 

Sr. presidente do Pen Clube do Brasil, professor Ricardo Cravo Albim,

Caros amigos, caros colegas do Itamaraty,

Quero antes de mais nada agradecer ao nosso presidente, Ricardo Cravo Albim, por esta cerimônia. Como sou Embaixador do Brasil na Malásia, eu não pudera ainda tomar posse como membro do Pen Clube do Brasil. Nosso Presidente acolheu favoravelmente que a cerimônia se desse esta semana, a única que passarei no Rio de Janeiro nestes poucos dias de férias no Brasil.

Quero também agradecer ao editor Carlos Leal, meu amigo, pelas palavras generosas com que me saudou.

Há muitos amigos e primos presentes aqui hoje. Quero registrar, em especial, a presença de minha mãe, Embaixadora Thereza Quintella. Minha mulher, Eugênia Barthelmess, por ser Embaixadora do Brasil em Singapura, não pôde estar presente. Por intermédio da minha mãe e da minha mulher, quero homenagear todas as mulheres profissionais do Brasil, e não somente as diplomatas, que enfrentam toda série de dificuldades para o bom êxito de suas carreiras.

Quero, desde já, prestar homenagem a uma personalidade ímpar, meu pai, Ary Quintella, que pertenceu ele também a esta instituição. Em setembro, serão 25 anos desde seu falecimento.

Não é à toa que começo este discurso mencionando meu pai e minha mãe. Eles foram, sem dúvida, e como seria natural, as maiores influências na minha formação. Minha formação emocional, psicológica e também intelectual.

Criança e adolescente, minha maior alegria, meus melhores momentos eram passados lendo os volumes que eu retirava da biblioteca familiar. Havia, naturalmente, os livros infantis e juvenis que meus pais ofereciam a mim e aos meus irmãos. Este ano, em abril, vimos partir o Ziraldo. Guardo com carinho a primeira edição de Flicts, que ganheiaos seis anos de idade. Ou melhor, Eugênia o guarda com carinho, pois o livro está em Singapura. Essa separação involuntária da biblioteca conjugal é, desde 2020, um dos elementos da nossa realidade de casal de diplomatas.

Havia portanto os livros oferecidos pelos pais, mas havia os livros pertencentes aos pais, em suas estantes no Rio, em Bruxelas, em Montevidéu, em Brasília, em Londres. Há algo de mágico no fato de uma biblioteca viajar. Ao nos acompanhar, ela torna nossa vida nômade mais estável, mais aceitável. A casa da gente é onde nossos livros estão. Filho de diplomata, desde sempre tive de aceitar que tudo seria impermanente: os amigos, a escola, o idioma, a cultura e os hábitos locais.

Mas a biblioteca dos meus pais era um dado permanente, era algo sólido, em que eu podia confiar. Era um refúgio. Um refúgio contra as impermanências da vida, as incertezas que eu percebia ao meu redor, inclusive as incertezas quanto à durabilidade do casamento dos meus pais.

Em dezembro de 2023, na qualidade de Embaixador na Malásia, participei do Festival Literário de George Town, na ilha de Penang, na costa ocidental da Malásia. É um celebrado evento anual. A edição de 2023 contou com a presença de famosos autores europeus, entre outros Geoff Dyer e Édouard Louis. E também, e sobretudo, com a presença de Clarice Lispector. Graças a recursos fornecidos pelo Instituto Guimarães Rosa, que é o departamento cultural do Itamaraty, a Embaixada em Kuala Lumpur montou, para o Festival de George Town, uma exposição sobre a vida e a obra de Clarice

O material nos foi cedido gratuitamente pelo Instituto Moreira Salles, e a exposição em Penang era uma versão reduzida da mostra realizada pelo Instituto Moreira Salles, “Constelação Clarice”, em São Paulo e no Rio, entre 2021 e 2022. Em Penang, o espaço era apenas um ambiente, transformado pelo curador malásio como se fosse uma sala no apartamento de Clarice. Era um espaço intimista. Visitantes me disseram que, ao tomar conhecimento pela primeira vez da existência de Clarice naquela exposição, haviam se sentido estimulados a ler sua obra. Seus livros, aliás, em traduções para o inglês, estavam à venda na livraria oficial do Festival, e saíram rapidamente.

Ao abrir a exposição, eu disse algumas palavras sobre Clarice Lispector e citei uma carta sua muito famosa a Olga Borelli, que muitos dos aqui presentes já conhecem. É a primeira carta; Clarice e Olga Borelli acabavam de se conhecer, por isso o tom pessoal e franco usado por Clarice causa ainda mais impacto. A carta diz: “Sou uma pessoa sem rumo na vida, sem leme para me guiar: na verdade não sei o que fazer comigo. Não tenho qualidades, só tenho fragilidades. Mas às vezes, tenho esperança”.

Eu gosto muito dessa carta. Frequentemente penso nela. A meu ver, ela sintetiza a razão pela qual lemos e escrevemos. Lemos e escrevemos para ter um rumo na vida, um leme que nos guie. Lemos e escrevemos para descobrir o que queremos fazer de nós mesmos.

Ler e escrever são duas facetas da mesma atividade, a busca de si mesmo. Ajuda no processo que um bonito poema de Jorge Luis Borges, “Tríada”, define como la triste costumbre de ser alguien.  E eu vejo que essa é a grande aventura de todo ser humano, descobrir como somos, como ser alguém. E é isso que ler e escrever nos permitem fazer.

O Rio de Janeiro é um lugar privilegiado. Não só por causa da sua inigualável beleza natural, mas por ser um celeiro da escrita. Terra natal ou de moradia de escritores. Podemos acompanhar sua evolução ao longo do tempo por meio da literatura, a que serve de fonte de inspiração. O Rio iguala-se então a outras cidades literárias, como Paris, Londres, São Petersburgo. Quando, em posto no exterior, leio a descrição que Machado de Assis faz, em Quincas Borba, da praia de Botafogo ao luar, o coração se aquece. Escreve Machado: “A lua estava então brilhante; a enseada, vista pelas janelas, apresentava aquele aspecto sedutor que nenhum carioca pode crer que exista em outra parte do mundo”.  

Estrangeiros citam o Rio em suas obras. Há três anos, escrevi um ensaio intitulado “Joseph Brodsky no Corcovado”. Pois Brodsky aqui esteve, em 1979, justamente para participar de um congresso do Pen Clube Internacional, então presidido por Mario Vargas Llosa. O texto de Brodsky é ambíguo e até preconceituoso; ele não entendeu o Rio de Janeiro. Achou mesmo haver aqui um rio chamado Janeiro. Mas mesmo ele ficou boquiaberto com a nossa paisagem. Vendo a cidade do alto do Corcovado, estima que: “Em um dia claro, você sente que tudo o que seu olhar já viu antes são apenas as sobras miseráveis e sem brio de uma imaginação interrompida”. O Rio, assim, embora visto com ressalvas por Brodsky, e sem muita compreensão, e, como eu disse, com preconceito, causou um impacto pela sua beleza. É uma das três cidades sobre as quais se detém em sua obra, junto com sua cidade natal, São Petersburgo, e sua cidade preferida, Veneza.

Mas o Rio não é apenas um celeiro de escritores. É também o depositário de instituições literárias. Temos aqui na cidade o Pen Clube do Brasil, e também a Academia Brasileira de Letras e a Biblioteca Nacional. Visitei esta semana o presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, que é aliás membro do Pen Clube do Brasil, para fazer doação à Biblioteca de um exemplar do livro que a Embaixada do Brasil na Malásia publicou, em janeiro, sobre a obra realizada por um gênio brasileiro, Roberto Burle Marx, em Kuala Lumpur. A capital malásia tem a distinção de ser a única cidade asiática a conter um parque projetado por Burle Marx.

A Biblioteca Nacional impressiona. Na juventude, passei muitas horas em seu salão de leitura. O prédio está em perfeito estado de conservação, é um tesouro nacional, depositário de muitos outros tesouros.

Há outra instituição literária no Rio, além das que já citei. Existe, na Casa de Ruy Barbosa, o Arquivo- Museu de Literatura Brasileira. Vou ao AMLB com frequência, quando estou no Rio, e já escrevi mais de uma vez sobre essa instituição. O arquivo do meu pai está lá. É algo estranho para mim que as cartas bastante francas, transparentes que escrevi ao meu pai não estejam comigo, mas sim no AMLB. Ele assim quis. Hoje mesmo, de manhã, fui à rua São Clemente, para visitar a nova diretora do Arquivo-Museu, Maria de Andrade, cuja presença nesta cerimônia agradeço. Rever no AMBL a poltrona de Manuel Bandeira, os óculos de Carlos Drummond de Andrade é também uma forma de pensar na tradição literária do Rio de Janeiro e, por extensão, do Brasil. Uma vez, há alguns anos, foi-me lá mostrado o manuscrito de Menino de engenho, de José Lins do Rego. Esse livro, cuja ação se passa no Nordeste, marcou minha adolescência de menino meio carioca e meio mineiro. Esse é o poder da literatura. José Lins do Rego, paraibano, escreve um romance sobre um menino nordestino, com o qual um adolescente no Sul do país pode se identificar. Ver o manuscrito no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira foi por isso uma experiência cativante para mim.

Ao agradecer uma vez mais esta cerimônia, senhor presidente, quero cumprimentá-lo pela iniciativa de organizar também esta semana um evento comemorativo de Guimarães Rosa. É por meio de iniciativas como essa que o Pen Clube do Brasil se equipara às outras instituições literárias. Contribui a fazer do Rio de Janeiro, terra lúdica, também um palco literário.

Muito obrigado.


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Maquiavel, sobre as formas de governo e seus vícios - Príncipe e Tito LíviO

 Citação:

"Um príncipe nunca vai deixar de ter legitimas desculpas para explicar aos demais suas quebras de confiança. A história moderna fornece exemplos incontáveis desse comportamento demonstrando como um homem pode bem se desempenhar se ele sabe se comportar como uma raposa. Mas é necessário para que isso se faça que ele esconda isso cuidadosamente. Deve-se ser um grande mentiroso e hipócrita. As pessoas são tão simples de espírito, e tão dominadas pelas suas necessidades imediatas, que um enganador vai sempre encontrar muitos que estão prontos para serem enganados."

Maquiavel, O Príncipe

"Eu digo, como já dito por muitos que escreveram sobre os governos, que estes são de três formas, conhecidos pelos nomes de Monarquia, Aristocracia e Democracia, e que aqueles que fornecem tais instituições a um Estado, recorrem a uma dessas três formas, segundo as que se conformam aos seus objetivos. Outros, e muitos já conceberam, instrutores mais sábios sabem disso, que existem conjuntamente seis formas de governo, três delas muito ruins, as outras três boas em si, mas facilmente corrompidas, que elas também podem se tornar prejudiciais. As boas são as três mencionadas acima; as más, três outras dependentes daquelas, e muito parecidas com  as que lhe são vinculadas, que é fácil passar imperceptivelmente de uma a outra. Por que uma Monarquia está pronta para se transformar em Tirania, uma Aristocracia em Oligarquia, enquanto uma Democracia tende a degenerar em Anarquia.

Assim que um fundador de um Estado pode estabelecer qualquer uma dessas três formas formas de Governo, ele as estabelece por pouco tempo apenas, já que não há nenhuma precaução que possa impedi-lo de pender em seu contrário, por motivo de que tem clara semelhança nesse caso, a virtude leva ao vício.

Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio

Maquiavel, 

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Labels: formas de governo, Maquiavel, Príncipe, Tito Lívio, vícios

O crescimento da direita francesa visto sem as lentes de aumento do antifascismo - Demetrio Magnoli

 

Dica de leitura : "Le Pen rompe o 'cordão sanitário' (Demétrio Magnoli, um acadêmico que, na contramão dos jornalistas da Globonews, pensa, lê e se informa antes de dizer bobagens...)

MD

 

 

sábado, 29 de junho de 2024

Demétrio Magnoli - Le Pen rompe o 'cordão sanitário'

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Folha de S. Paulo, 29/06/2024

Política lidera intenções de voto porque desistiu do extremismo

"Os herdeiros políticos de Vichy chegam ao governo francês" —eis uma manchete sensacionalista possível para, caso se confirmem as pesquisas, sintetizar o resultado das eleições parlamentares antecipadas que começam neste domingo (30/6). Nas sondagens, a Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, tem 36% das intenções de voto, contra 28% para a Nova Frente Popular, de esquerda, e apenas 22% para os centristas liderados por Macron. Contudo, seja qual for o veredito das urnas, a manchete precisa é outra: a que intitula esta coluna.

Partidos não mudam seu nome por acaso. A RN nasceu em 1972, como Frente Nacional (FN), sob o comando do pai de Marine, Jean-Marie. O líder admirava o general Pétain, que governou, como colaboracionista, a parte da França não ocupada pela Alemanha nazista. Marine assumiu o controle do partido em 2011 e expeliu seu pai em 2015, reagindo a elogios a Pétain e à classificação das câmaras de gás como um "detalhe" histórico. A troca de nome veio em 2018.

O jornalismo continua a qualificar a RN como "extrema direita" ou "ultradireita". É um erro analítico grave, que decorre de preguiça intelectual ou vontade de externar um repúdio moral (ou da mistura de ambos), tornando inexplicável sua ascensão eleitoral. Extremistas buscam destruir as instituições políticas. Le Pen ocupa o primeiro lugar nas intenções de voto justamente porque desistiu do extremismo, refundando a RN como partido da direita nacionalista.

Quase tudo mudou no programa partidário. Desapareceu a hostilidade à União Europeia. Le Pen tomou alguma distância de Putin, tentando revisar suas declarações de 2017, quando afirmou que compartilhava dos "mesmos valores" do autocrata russo. Mesmo a xenofobia e a islamofobia, marcas principais do partido, foram amainadas: no lugar da deportação em massa de imigrantes árabes e africanos, a RN passou a pregar limites estritos para o ingresso de migrantes.

Mas, sobretudo, a RN posicionou-se como "direita patriótica", ocupando o espaço antes dominado pelos gaullistas, que representavam o conservadorismo tradicional francês. A estratégia de reposicionamento provocou cisões e expurgos, consolidando-se num texto de Le Pen publicado em 2020 e consagrado a homenagear De Gaulle. No ano seguinte, a líder da direita nacionalista aproveitou o aniversário da morte do general para depositar flores aos pés da Cruz de Lorraine, na praia da Normandia onde De Gaulle pisou o solo francês em junho de 1944.

Fora Vichy, viva a "França eterna" do líder da resistência. O giro radical deu frutos, abrindo a via para uma incursão decisiva no eleitorado gaullista. O partido gaullista (Os Republicanos) desabou de 22% dos votos nas eleições parlamentares de 2017 para 7% em 2022, enquanto a RN saltava de 13% para 19%. Há pouco, o presidente dos Republicanos anunciou uma aliança com a RN, rompendo a política do "cordão sanitário", pela qual a direita tradicional prometia isolar Le Pen. A declaração deflagrou uma crise interna, mas foi seguida por expressiva minoria dos candidatos gaullistas.

Na economia, a RN ostenta programa similar ao da esquerda reunida na Frente Popular: quebrar a banca. São árvores de Natal que empilham redução de taxas sobre energia, aumentos de salários e redução de idade de aposentadoria, elevando o déficit público para perto de 7% do PIB. Algo como uma Gleisi no posto de Haddad.

Na política externa, um triunfo da RN seria celebrado por Trump e por Putin. Não que Le Pen ofereça apoio à Rússia na sua aventura ucraniana. É que, de certo modo, repetindo De Gaulle em contexto diferente, ela enxerga a Rússia como contrapeso à influência dos EUA na Europa. Anos atrás, proclamou que o triângulo formado por Trump, Putin e ela mesma inauguraria uma "nova ordem mundial". Bolsonaro deve gostar de tudo isso. Lula, só da parte de Putin.


Posted by Paulo Roberto de Almeida at 01:50 Nenhum comentário:
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Labels: crescimento da direita, Demetrio Magnoli, França, Rassemblement National

sábado, 29 de junho de 2024

O nascimento dos conceitos de crime contra a humanidade e genocidio: uma obra em quadrinhos - Philippe Sands, Jean Christophe Camus, Christophe Picaud

Dica de leitura : Retour à Lemberg - Philippe Sands, Jean Christophe Camus, Christophe Picaud ( Delcourt, 280 pages)

A origem dos conceitos jurídicos de crime contra a humanidade e de genocídio, que foram a base do veredito do tribunal de Nuremberg. Um livro apaixonante...

Retour à Lemberg, en images

  • Antoine de Tarlé
  • La bibliothèque de Telos

J

une 29, 2024

 

Il y a huit ans, le livre du grand avocat franco-britannique Philippe Sands publié en France sous le titre Le Retour à Lemberg a été accueilli avec enthousiasme par le public de notre pays comme ce fut le cas aussi aux États-Unis et au Royaume-Uni. Ce parcours entre Lemberg, Lviv aujourd’hui, Vienne, Paris et Nuremberg éclaire d’un jour nouveau à la fois judiciaire et familial la tragédie de la Shoah à travers le récit de Philippe Sands, juriste spécialiste du droit humanitaire et descendant d’une famille juive de Lviv.

Un scénariste et un dessinateur ont eu l’idée d’en tirer un album de bande dessinée. Philippe Sands a accepté d’en être le co-auteur et il en est résulté ce superbe livre qui vient de paraître et qui retrace en noir et blanc les itinéraires de personnages célèbres ou inconnus qui ont été les victimes ou les acteurs de ce drame.

Comme l’explique l’auteur, l’idée de ce récit lui est venue quand il s’est rendu pour la première fois à Lviv pour y faire une conférence. Tout en recherchant les traces de la famille de son grand père, Léon Bucholz, il a découvert que Lauterpacht et Lemkin , deux grandes figures du droit international qui ont introduit les notions de crime contre l’humanité et de génocide, avaient étudié le droit à l’université de Lviv à quelques années  d’intervalle au cours des années 20. Cette ville qui, au cours du XXe siècle fut successivement autrichienne sous le nom de Lemberg, polonaise sous celui de Lwow, allemande (Lemberg), soviétique (Lvov) et, aujourd’hui ukrainienne et qui fut marquée par l’extermination de sa population juive, a donc été le berceau de deux concepts qui ont profondément transformé le droit humanitaire international

L’album retrace d’abord les aventures du grand-père de Philippe Sands parti à Vienne au lendemain de la Première Guerre mondiale. Après l’arrivée du nazisme en 1938, il parvient à gagner Paris. Il récupère ensuite sa fille en 1939 et en 1941 son épouse restée à Vienne. Cette famille réussit à échapper aux rafles du régime de Vichy et des Nazis et l’album reproduit une photo étonnante où figure Léon Bucholz assistant derrière le général de Gaulle à une cérémonie en octobre 1944. Lui et les siens étaient sauvés mais leur famille restée en Pologne fut engloutie par le génocide.

Lauterspacht et la définition du crime contre l’humanité

Cependant les deux héros du retour à Lemberg sont Lauterpacht et Lemkin qui connurent néanmoins des destinées très différentes. Lauterpacht comprit assez vite qu’il ne pourrait pas développer ses idées en restant à Lemberg devenue Lwow et desormais polonaise. En 1923 il part à Vienne puis à Londres où il s’installe définitivement. Il devient un spécialiste respecté du droit international de plus en plus préoccupé par la montée du nazisme et la nécessité de protéger la communauté juive contre une menace de destruction qui se précise au fur et à mesure de l’emprise nazie sur l’Europe.

La démarche de Lauterspacht prend un tournant décisif en 1940 quand il est invité aux Etats Unis. Il y rencontre Robert Jackson, le ministre de la Justice de Roosevelt, qui est nommé un peu plus tard juge à la Cour Suprême. Au cours des années de guerre, il collabore avec Jackson pour définir les règles judiciaires permettant de condamner les criminels nazis. En 1945, les alliés décident de les juger par un tribunal spécial réuni à Nuremberg et Jackson est nommé par Truman pour diriger la délégation américaine à ce tribunal. Il consulte évidemment Lauterspacht qui développe à ses côtés le concept de crime contre l’humanité, concept qui sera accepté par les autres juges britanniques, français et soviétiques. Revenu à Londres, Lauterspacht est intégré dans la délégation britannique qui part à Nuremberg pour mettre en application l’acte d’accusation qui intègre le crime contre l’humanité mais aussi le concept de génocide.

Lemkin et le concept de génocide

Cette notion de génocide est le fruit de la réflexion de l’autre diplômé de la faculté de droit de Lviv, Lemkin. Celui-ci entre à l’université l’année où Lauterspacht en sort mais il bénéficie des mêmes enseignants. Une fois diplômé il entame une brillante carrière de procureur à Varsovie et publie de nombreux ouvrages consacrés au droit international. A partir de 1933, il se livre à un patient travail d’analyse des textes juridiques nazis qui le conduisent à formuler la notion de génocide, c’est-à-dire l’action criminelle visant à détruire une communauté et dans ce cas l’anéantissement des communautés juives d’Europe.

En 1941 il réussit à fuir la Pologne et arrive aux Etats Unis ou sa réputation est déjà reconnue. Il publie un ouvrage décisif sur la politique génocidaire des nazis, ouvrage qui est consulté par le juge Jackson et son équipe d’avocats qui prépare le procès de Nuremberg. C’est ainsi qu’il parvient à convaincre ces juristes d’introduire dans l’acte d’accusation le terme de génocide en dépit des critiques de Lauterspacht qui ne semble pas avoir apprécié son activisme et des réserves des Britanniques.

Ce qui fait la richesse de ce récit c’est qu’il évoque de manière très vivante les personnages de cette grande aventure juridique. De ce point de vue, la bande dessinée restitue bien visuellement les nombreux échanges de Philippe Sands avec les membres des familles de Lauterspacht et Lemkin. Il a réussi, à partir de 2010, à retrouver les survivants de cette tragédie, fils ou nièces ou neveux, vivant aujourd’hui à Cambridge, Paris ou New York. Souvent très âgés, ils racontent les épreuves vécues quand ils étaient enfants dans une Pologne soumise à l’implacable dictature nazie.

Cette enquête donne à l’auteur l’occasion de faire une rencontre étonnante, celle de Miklas Frank, le fils de Hans Frank, le fidèle soutien de Hitler que celui-ci nomma en 1939 gouverneur général de la Pologne occupée où il fit régner la terreur pendant cinq ans. Miklas, né en 1939, a peu connu son père qui fut condamné à mort à Nuremberg et exécuté en 1946 mais il a eu le courage lorsqu’il est devenu adulte de se désolidariser de lui et de reconnaître publiquement que son père était un criminel et méritait donc cette condamnation. Le livre retrace donc le parcours de Frank, juriste de profession, avocat et conseiller du Führer à qui il voue une dévotion sans limites. A la suite de l’invasion de l’Ukraine soviétique par l’armée allemande, la province de Galicie et Lwow sa capitale, redevenue Lemberg, sont rattachés au Gouvernement général. En 1942, Frank se rend à Lemberg pour présider au processus de déportation de l’importante population juive de la ville au camp d’extermination de Belzec. Ainsi disparaissent les familles de Lauterspacht et de Léon Bucholz.

À Lemberg, Frank est accueilli par le gouverneur de Galicie, Otto von Wachter, un nazi autrichien qui fut étudiant en droit à Vienne en même temps que Lauterspacht. Philippe Sands fait la connaissance de son fils Horst que connait Miklas Frank. Il peut ainsi consulter les archives photographiques de la famille Wachter et l’album reproduit plusieurs images révélatrices des relations intimes du père de Horst avec les principaux dignitaires nazis.

Le jugement de Nuremberg

Le livre se conclut sur le verdict du tribunal de Nuremberg qui reprend les concepts de crime contre l’humanité et de génocide, consacrant ainsi les travaux et la persévérance de Lauterspacht et de Lemkin et fournissant des instruments juridiques précieux à leurs successeurs.

La réussite de cet album est qu’il parvient à illustrer avec sobriété une histoire complexe et toujours d’actualité. Toutefois, la relation entre le périple intellectuel des deux grands juristes et les péripéties de la famille de l’auteur n’est pas toujours évidente d’où quelques longueurs dans le récit.

Philippe Sands, Jean Christophe Camus, Christophe Picaud, Retour à Lemberg, Editions Delcourt, 280 pages

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Amazon.fr:

Invité à donner une conférence en Ukraine dans la ville de Lviv, autrefois Lemberg, Philippe Sands découvre une série de coïncidences historiques qui le conduiront des secrets de sa famille à l’histoire universelle.
C’est à Lemberg que Leon Buchholz, son grand-père, passe son enfance avant de fuir, échappant ainsi à l’Holocauste qui décima sa famille ; c’est là que Hersch Lauterpacht et Raphael Lemkin, deux juristes juifs qui jouèrent un rôle déterminant lors du procès de Nuremberg et auxquels nous devons les concepts de « crime contre l’humanité » et de « génocide », étudient le droit dans l’entre-deux-guerres. C’est là enfin que Hans Frank, haut dignitaire nazi, annonce, en 1942, alors qu’il est Gouverneur général de Pologne, la mise en place de la « Solution finale » qui condamna à la mort des millions de Juifs. Parmi eux, les familles Lauterpacht, Lemkin et Buchholz.

Dans cet extraordinaire témoignage, qui transcende les genres, s’entrecroisent une enquête palpitante et une réflexion profonde sur le pouvoir de la mémoire.

Traduit de l’anglais par Astrid von Busekist.



Posted by Paulo Roberto de Almeida at 21:56 Nenhum comentário:
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Labels: Christophe Picaud, Jean Christophe Camus, O nascimento dos conceitos de crime contra a humanidade e genocidio, Philippe Sands, uma obra em quadrinhos

Programa de Pesquisador Voluntário - IPRI, Funag, Itamaraty

 Página Inicial IPRI Eventos e pesquisas Programa de Pesquisador Voluntário

Programa de Pesquisador Voluntário

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Publicado em 28/06/2024 14h46 Atualizado em 28/06/2024 20h03

Programa Pesquisador Voluntário

O Programa de Pesquisador Voluntário IPRI, instituído pela Portaria FUNAG nº 79, de 15 de dezembro de 2023, tem como objetivos desenvolver estudos e pesquisas sobre relações internacionais e política externa brasileira e servir como instrumento para maior envolvimento com a comunidade acadêmica, a partir de três linhas de pesquisa:

  • cooperação e temas da agenda internacional;
  • a crise do multilateralismo e a governança global; e
  • o Brasil e o mundo – política externa brasileira.

O PPV IPRI fundamenta-se na Lei nº 5.717, de 26 de outubro de 1971, e no art. 2º do anexo I do Decreto nº 10.943, de 24 de janeiro de 2022, que estabelece como finalidade da FUNAG divulgar o conhecimento científico e promover estudos sobre a política externa brasileira. Insere-se, ainda, na perspectiva de fortalecimento da capacidade institucional da FUNAG para o incentivo à produção de pesquisas acadêmicas, a partir de maior interação com as instituições acadêmicas.

No âmbito do Programa, foram criadas três linhas de pesquisa, com fundamentação teórica elaborada pelos professores Mônica Hirst, Monique Sochaczewski Goldfeld e João Daniel Lima de Almeida. As áreas temáticas selecionadas abrangem assuntos de grande incidência nos foros de discussão acadêmicos e governamentais, que podem ser analisados a partir de diferentes perspectivas, como relações bilaterais e regionais, a agenda global ou, ainda, questões de governança das instituições multilaterais. O Programa prevê a possibilidade de criação de linhas adicionais de pesquisa, considerando o contexto e a oportunidade.

Além dos textos de referência elaborados pelos três especialistas, para cada linha de pesquisa foi criada uma lista de referências bibliográficas, com publicações da Fundação Alexandre de Gusmão no período de 2014 a 2024. Os títulos estão disponíveis para download gratuito na Biblioteca Digital. Publicações da FUNAG anteriores a 2014 constituem importante fonte complementar referência e também estão disponíveis na Biblioteca Digital.

LINHAS DE PESQUISA

  • COOPERAÇÃO E TEMAS DA AGENDA INTERNACIONAL 

Pesquisas sobre temas contemporâneos de cooperação e agenda internacional. Privilegia temas como: novas tecnologias nas Relações Internacionais, diversidade, desigualdade, desenvolvimento, migração, combate à fome e à pobreza, crise climática, transição energética, geopolítica.  

Referências FUNAG 

(Lista de publicações da FUNAG que tratam dos assuntos da linha de pesquisa a partir de 2014) 

  1. 30 anos da ABC: visões da cooperação técnica internacional brasileira
  2. Áreas de preservação ambiental em zona de fronteira: sugestões para uma cooperação internacional no contexto da Amazônia
  3. Áreas de preservação ambiental em zona de fronteira: sugestões para uma cooperação internacional no contexto da Amazônia
  4. Brasil e Índia: os 75 anos de relações diplomáticas e uma agenda para o futuro - edição português-inglês
  5. BRICS: estudos e documentos
  6. BRICS: Studies and Documents
  7. Cadernos de Política Exterior - Ano 9. Número 13. 2023
  8. Conferência sobre Relações Exteriores: o Brasil e as tendências do cenário internacional (IV CORE)
  9. Desarmamento e temas correlatos
  10. Entre o dever de escutar e a responsabilidade de decidir: o CSNU e os seus métodos de trabalho
  11. Os Fundamentos da geopolítica clássica: Mahan, Mackinder, Spykman
  12. A Integração Brasil-Argentina: história de uma ideia na visão do outro
  13. Integração elétrica Brasil-Bolívia: o encontro no rio Madeira
  14. Josué de Castro e a diplomacia da fome
  15. Josué de Castro y la diplomacia del hambre
  16. Migração e refúgio: convergências e contradições entre as políticas implementadas pelo Brasil no século XXI
  17. Migrações internacionais no plano multilateral
  18. Mudanças no panorama internacional por meio das relações sul-sul: relações do Brasil, Chile e Venezuela com os países em desenvolvimento da África, Ásia e Oriente Médio - Volume I
  19. Mudanças no panorama internacional por meio das relações sul-sul: relações do Brasil, Chile e Venezuela com os países em desenvolvimento da África, Ásia e Oriente Médio - Volume II
  20. Multilateralismo ambiental e discriminação racial
  21. A OCDE em rota de adaptação ao cenário internacional: perspectivas para o relacionamento do Brasil com a Organização
  22. Política externa brasileira: dimensões e estratégias de inserção internacional no pós-crise de 2008 - em debate
  23. Relações Brasil-Índia: além dos 70 anos
  24. O Resgate das ciências humanas e das humanidades através de perspectivas africanas - Volume I
  25. Security Council for the 21st Century: Challenges and Prospects
  26. O Sistema de Salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica e os procedimentos especiais: implicações para o programa brasileiro de desenvolvimento de submarino com propulsão nuclear
  • A Crise do MULTILATERALISMO  E a GOVERNANÇA GLOBAL 

Pesquisas sobre temas relacionados a multilateralismo nas relações internacionais e questões de governança global. Privilegia temas como: crise do multilateralismo, reforma de organismos de governança global, a noção de não indiferença na política internacional, cooperação sul-sul, BRICS, IBAS, arranjos de geometria variável, ONU, G20, organizações internacionais.

Referências FUNAG 

(Lista de publicações da FUNAG que tratam dos assuntos da linha de pesquisa a partir de 2014) 

  1. Cadernos de Política Exterior - Ano 9. Número 13. 2023
  2. O G20
  3. Multilateralismo ambiental e discriminação racial 
  • O BRASIL E O MUNDO – POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA

Pesquisas sobre a inserção do Brasil no mundo e a política externa brasileira. Privilegia temas como: relações bilaterais, integração sul-americana e latino-americana, parcerias estratégicas do Brasil, agenda nacional e regional diante de novos desafios globais.

Referências FUNAG 

(Lista de publicações da FUNAG que tratam dos assuntos da linha de pesquisa a partir de 2014) 

  1. Barão do Rio Branco: Cadernos de notas: a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901)- Volume II (1896) - Primeiros passos
  2. Barão do Rio Branco: cadernos de notas: a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901) - Volume III (1897-1898) - O Embate - Parte I
  3. Barão do Rio Branco - Cadernos de notas: a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901) -Volume I - O convite
  4. Barão do Rio Branco: cadernos de notas: a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901) - Volume IV (1899) - O Embate - Parte II
  5. Barão do Rio Branco: cadernos de notas: a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901) - Volume V(1900-1901) - A Vitória
  6. Barão do Rio Branco: cadernos de notas: a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901) - Volume VI - Anexos
  7. Cadernos de Política Exterior - Ano 9. Número 13. 2023
  8. Cartilha - Candidatura do Brasil ao Conselho de Direitos Humanos 2017-2019
  9. Conferência sobre Relações Exteriores: o Brasil e as tendências do cenário internacional (V CORE)
  10. A Diplomacia brasileira e a segurança energética nacional
  11. A Diplomacia do Marechal: intervenção estrangeira na Revolta da Armada
  12. Entre o Beagle e as Malvinas: conflito e diplomacia na América do Sul
  13. Formação das fronteiras latino-americanas
  14. A Grande estratégia do Brasil: discursos, artigos e entrevistas da gestão no Ministério da Defesa (2011-2014)
  15. Indústria de defesa e desenvolvimento estratégico: estudo comparado França-Brasil
  16. Multilateralismo ambiental e discriminação racial
  17. Política externa brasileira: discursos, artigos e entrevistas (janeiro a agosto de 2013)
  18. Righteous among the Nations: Souza Dantas and Raoul Wallenberg

 POLICY PAPERS

A CRISE DO MULTILATERALISMO – UMA SÍNTESE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA CONTEMPORÂNEA.

João Daniel Lima de Almeida

A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA E SUAS AGENDAS PESQUISA: ENTRE A DIMENSÃO CONCEITUAL E O SENTIDO PRÁTICO

Mônica Hirst

RETORNO, RECESSO OU REINVENÇÃO DA GEOPOLÍTICA?

Monique Sochaczewski Goldfeld

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O mundo fraturado e o Brasil - Paulo Roberto de Almeida

 O mundo atual não está apenas fragmentado: na verdade, ele está claramente dividido, fraturado entre dois grandes blocos, dois impérios geopoliticamente opostos, plenamente evidente desde quando Putin empreendeu de restabelecer a grandeza totalitária do império soviético, e também visivel desde quando Xi Jinping resolveu restabeleceu s grandez do Império do Meio.

 Não apenas ao nível geopolítico: o mundo também está dividido em dois campos culturalmente, democraticamente opostos., valores e princípios claramente diferenciados.

 E o Brasil, já escolheu o seu lado? Democracia e DH, ou o quê? 

Sabemos?

O fato é que o Brasil não sabe o que é, não sabe o que pretende, e não tem ideia do que fazer para superar sua atual letargia.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 30/06/2024

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Labels: Blog Diplomatizzando, O mundo fraturado e o Brasil, Paulo Roberto de Almeida

Livros de Paulo Roberto de Almeida no Instituto Ibero-americano do Berlim

Livros de Paulo Roberto de Almeida no Instituto Ibero-americano do Berlim

 Descobri por acaso que alguma inteligência artificial muito chinfrim, na Alemanha, traduziu meus títulos de livros em algo quase incompreensível no que parece ser inglês. A Wikipedia alemã traduziu os títulos dos meus livros para um "ingreis" macarrônico: ficou bizarro

Está neste link, e suponho que os ISBNs estejam corretos, ou seja, pegaram os títulos em português, transpuseram para o alemão e daí para o inglês ou algo que parece essa língua. O resultado pode ser hilariante. Vejam vocês mesmos: 

https://de.wikipedia.org/wiki/Paulo_Roberto_de_Almeida

Fonts (selection)

[ Edit | Edit source ]
  • Now before diplomacy: Brazilian foreign policy at an unconventional time. Curitiba: Appris Editors, 2014. ISBN 978-85-8192-429-8
O título original do livro é: Nunca Antes na diplomacia: a política externa brasileira em tempos não convencionais.

  • The man who thinks of Brazil: an intellectual journey by Roberto Campos. Curitiba: Appris Editora, 2017. ISBN 978-85-473-0485-0
Título original: O Homem que Pensou o Brasil: itinerário intelectual de Roberto Campos.

  • Oliveira Lima: a historian of the Americas. Recife: CEPE Editora, 2017. ISBN 978-85-7858-561-7
Este ficou mais próximo: Oliveira Lima: historiador das Américas.

  • Against the current: contrarian studies on Brazil’s international relations 2014-2018. Curitiba: Appris, 2019. ISBN 978-85-473-2798-9
Vamos lá: Contra a corrente: ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil, 2014-2018.

  • Strengthening and demolition of external politics: Brazilian diplomatic routes. Curitiba: Editora Appris, 2021. ISBN 978-65-250-1634-4

Esse é mais gozado, pois o título original é: Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira.

Bem, pelo menos estou num catálogo de uma instituição de pesquisa acadêmica alemã: 

  • Literature by and about Paulo Roberto de Almeida in the catalogue of the Ibero-American Institute of Prussian Cultural Heritage, Berlin

Meu livro editado em alemão: 

Die brasilianische Diplomatie aus historischer Sicht: Essays über die Auslandsbeziehungen und Außenpolitik Brasiliens (Saarbrücken: Akademiker Verlag, 2015, 204 p.; Übersetzung aus dem Portugiesischen ins Deutsche: Ulrich Dressel; ISBN: 978-3-639-86648-3). Divulgado na plataforma Academia.edu.

O catálogo dessa instituição alemã  - Ibero-American Institute - tem 43 resultados: obras minhas publicadas, disponíveis em Berlim. Só não tem o único livro em alemão, publicado na própria Alemanha, em 2014: 

https://lhiai.gbv.de/DB=1/SET=1/TTL=1/MAT=/NOMAT=T/REL?PPN=698594207

 

1

A imprensa no processo de Independência do Brasil: Hipólito José da Costa, o Correio Braziliense e as Cortes de Lisboa de 1821: obra comemorativa dos 200 anos da imprensa brasileira e de sua contribuição ao processo da Independência do Brasil - Menck, José Theodoro Mascarenhas. - Brasília: Câmara dos Deputados, 2022

2.

Debates económicos en tiempos de crisis: la Conferencia Monetaria de Londres y América Latina - Soto, Ángel *1969-*. - Madrid: Unión editorial, 2021

3.

Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - 1a edição. - Curitiba: Editora Appris, [2021]

4.

Contra a corrente: ensaios contrarianistas sobre as relaçoes internacionais do Brasil 2014-2018 - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - 1.a Edição. - Curitiba: Appris, 2019

5.

Oswaldo Aranha ; Volume 2 - Lima, Sérgio Eduardo Moreira *1949-*. – 2017

6.

Oswaldo Aranha ; Volume 1 - Lima, Sérgio Eduardo Moreira *1949-*. – 2017

7.

Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro - Lima, Sérgio Eduardo Moreira *1949-*. - Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2017

8.

Oliveira Lima: um historiador das Américas - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Recife, PE: CEPE Editora, 2017

9.

O homem que pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - 1. ed. - Curitiba, PR: Appris Editora, 2017

10.

Nunca antes na diplomacia: a política externa brasileira em tempos não convencionais - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - 1. ed. - Curitiba, PR: Editora Appris, 2014

11.

Brazil-United States relations: XX and XXI centuries - Munhoz, Sidnei J.. - Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2013

 

12. 

Growth and responsibility: the positioning of emerging powers in the global governance systemVogt, Susanna. - Sankt Augustin: Konrad-Adenauer-Stiftung, 2009

13. 

Oestudo das relações internacionais do Brasil: um diálogo entre diplomacia e a academia
 Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Brasília: L.G.E. Ed, 2006

14. 

Relações internacionais e política externa do Brasil: história e sociologia da diplomacia brasileira- Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Segunda edição, revista, ampliada e atualizada. - Porto Alegre, RS: UFRGS Editora, 2004

15. 

Pour comprendre le Brésil de Lula - Rolland, Denis *1958-*. - Paris [u.a.]: Harmattan [u.a], 2004

16. 

Mercosul em sua primeira década (1991 - 2001): uma avaliação política a partir do Brasil - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Buenos Aires: Intal-ITD-STA, 2002

17. 

Mercosul: antecedentes, desenvolvimento e crise - uma avaliação analítico-descritiva de período 1986 - 2002 - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

18. 

Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas
 Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - São Paulo: Ed. Paz e Terra, 2002

19. 

O Brasil dos brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945 - 2000
 Barbosa, Rubens Antonio *1938-*. - São Paulo, SP: Ed. Paz e Terra, 2002

20. 

Mercosul em sua primeira década (1991 - 2001): uma avaliação política a partir do Brasil
 Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Buenos Aires [u.a.]: Intal [u.a.], 2002

21.

 A history of Brazil: to understand contemporary Brazil - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Paris: L'Harmattan, 2002

22. 

The place of South America in the new world order - Lima, Marcos Costa. - 1. ed. - São Paulo, SP: Cortéz, 2001

23. 

Economic diplomacy in Brazil: international economic relations with the Empire - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Sao Paulo: Ed. SENAC, 2001

24. 

Working Seminar The study of Brazil in the United States: Trends and Perspectives 1945 - 2000, Washington, 2 - 3 December 2000
 Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Washington, DC: Brazilian Embassy, 2000

25. 

Mercosul: a common market for Southern America - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Paris [et al.]: L'Harmattan, 2000

26. 

The Mercosul does not end in the 21st century - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Sao Paulo, SP: Cortez, 2000

27. 

Brazil and the international financial crises, 1929-1999 - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

28. 

The training of Brazilian economic diplomacy - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

29. 

The study of international relations in Brazil - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Sao Paulo: Unimarco Ed., 1999

30. 

Mercosul: foundations and perspectives - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Brasilia: Great Orient of Brazil, 1998

31.

Synoptic and chronological guide to fishing subsidies, 1954-1998 - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. RBPI: Brazilian international politics magazine. Year 41, No. esp.: 40 years of RBPI, 1958-1998. - Rio de Janeiro, Ano 41, No. esp. [40 years], pp. 55-65 [TITULO BIZARRO: não é to fishing, e sim de subsídios à pesquisa] O título correto é: 

Guia sinóptica e cronológico de subsídios à pesquisa, 1954-1998

32. 

Brazil and the future of MERCOSUR: dilemmas and options - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

33. 

International relations and external politics of Brazil: two discoveries towards globalization
 Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - 1. ed. - Porto Alegre: Ed. da Univ., Univ. 
Federal District of Rio Grande do Sul, 1998

34. 

The democratization of international society in Brazil: research on a long-term historical transformation (1815-1997) - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

35. 

Institutional structure of international economic relations in Brazil: multilateral agreements and organizations from 1815 to 1997 - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

36. 

Mercosur and the European Union: from cooperation to association
 Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - In: The integration processes in Latin America (1996)

37. 

The legacy of Barão: Rio Branco is modern Brazilian diplomacy - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

38. 

Mercosul: basic texts - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. - Brasilia: Alexandre de Gusmão Foundation, 1992

39. 

The political parties in the international relations of Brazil, 1930 - 90 - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

40. 

Proletarian internationalism in the South Cone: an international experience of Brazilian socialism in the principles of the century - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

41.

The constitutional structure of international relations and the Brazilian political system - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*.

42. 

An economic interpretation of the Brazilian Constitution: the representation of social interests in 1946 and 1986 - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

43. 

Political parties and external politics - Almeida, Paulo Roberto de *1949-*. -

 


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Paulo Roberto e Carmen Lícia

Paulo Roberto e Carmen Lícia
No festival de cinema de Gramado, 2016

Breve Perfil

Paulo Roberto de Almeida
Doutor em Ciências Sociais, com vocação acadêmica voltada para os temas de relações internacionais, de história diplomática do Brasil e para questões do desenvolvimento econômico. Profissionalmente, sou membro da carreira diplomática desde 1977. Minhas preocupações cidadãs voltam-se para os objetivos do desenvolvimento nacional, do progresso social e da inserção internacional do Brasil. Entendo que cinco das condições básicas para que tais objetivos sejam atingidos podem ser resumidas como segue: macroeconomia estável, microeconomia competitiva, boa governança, alta qualidade dos recursos humanos e abertura ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros. Este blog serve apenas de divertissement. Para meus trabalhos mais sérios, ou pelo menos de caráter acadêmico, ver o site http://www.pralmeida.org/.

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  • Manifesto Globalista
  • The Great Destruction on Brazil
  • Manual pratico de decadência
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Uma reflexão...

Recomendações aos cientistas, Karl Popper:
Extratos (adaptados) de Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades (Popper falando a biólogos, em 1963, em plena Guerra Fria):
"A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico, do qual muitos de nós temos orgulho. Um orgulho desse tipo é compreensível. Mas ele é um erro. Deveria ser nosso orgulho ensinar a nós mesmos, da melhor forma possível, a sempre falar tão simplesmente, claramente e despretensiosamente quanto possível, evitando como uma praga a sugestão de que estamos de posse de um conhecimento que é muito profundo para ser expresso de maneira clara e simples.
Esta, é, eu acredito, uma das maiores e mais urgentes responsabilidades sociais dos cientistas. Talvez a maior. Porque esta tarefa está intimamente ligada à sobrevivência da sociedade aberta e da democracia.
Uma sociedade aberta (isto é, uma sociedade baseada na idéia de não apenas tolerar opiniões dissidentes mas de respeitá-las) e uma democracia (isto é, uma forma de governo devotado à proteção de uma sociedade aberta) não podem florescer se a ciência torna-se a propriedade exclusiva de um conjunto fechado de cientistas.
Eu acredito que o hábito de sempre declarar tão claramente quanto possível nosso problema, assim como o estado atual de discussão desse problema, faria muito em favor da tarefa importante de fazer a ciência -- isto é, as idéias científicas -- ser melhor e mais amplamente compreendida."

Karl R. Popper: The Myth of the Framework (in defence of science and rationality). Edited by M. A. Notturno. (London: Routledge, 1994), p. 109.

Uma recomendação...

Hayek recomenda aos mais jovens:
“Por favor, não se tornem hayekianos, pois cheguei à conclusão que os keynesianos são muito piores que Keynes e os marxistas bem piores que Marx”.
(Recomendação feita a jovens estudantes de economia, admiradores de sua obra, num jantar em Londres, em 1985)

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