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terça-feira, 31 de maio de 2016

Quando a politica americana era extremamente corrupta - Delanceyplace

Pensou que só o nosso parlamento e sistema político eram inerentemente corruptos?
Nos EUA, também, o sistema plutocrático era altamente corrupto.
Mais uns 50 anos, vamos também melhorar...
Paulo Roberto de Almeida

Today's selection -- from Chester Alan Arthur by Zachary Karabell.
After the Civil War, graft and corruption became pervasive in American politics at every level. In addition to illegal graft, there was a huge and entirely legal system of patronage, whereby tens of thousands of jobs were given to loyal members of the victorious party in exchange for political contributions or "assessments":

"Cities were kept together by political machines, which were tight-knit organizations that corralled votes, col­lected a percentage of profits, and kept the peace. The machine was epitomized by Tammany Hall in New York City and its majordomo, William Marcy Tweed, a Democratic boss sur­rounded by a sea of Republicans. More than any mayor, 'Boss' Tweed ran New York. His men greeted immigrants as they stepped ashore in lower Manhattan, offered them money and liquor, found them work, and in return demanded their alle­giance and a tithe. Supported by Irish Catholics, who made up nearly a quarter of New York's population, Tweed held mul­tiple offices, controlled lucrative public works projects (includ­ing the early plans for Central Park), chose aldermen, and herded voters to the polls, where they drunkenly anointed the Boss's candidates. Immortalized even in his own day by the rapier pen of Thomas Nast (has there ever been a political car­toonist who did more to define an era?), Tweed was gone by 1872, forced out and prosecuted, but the system kept going. Every city had its machine, and counties did as well. National politics was simply the apex of the pyramid that rested on local bosses and layers of graft.



Political cartoon by Thomas Nast

"It was a system of patronage, first and last. It had been dubbed the spoils system earlier in the nineteenth century, because to the victor of elections went the spoils of patronage -- jobs could be doled out to supporters in return for their vote come Elec­tion Day. In the years after the Civil War, the number of gov­ernment jobs grew, and so did the spoils system. Even the powerful members of the U.S. Senate were part of the patron­age game, because they were not directly elected but instead chosen by the state legislatures, which were themselves an out­growth of local machine politics. Elections were hotly con­tested not over principle but over the power of appointment that winning conferred. Senators could appoint a variety of officials at both the federal and state levels. Tens of thousands of jobs were at stake, and these jobs paid salaries, usually quite handsome salaries by the standards of the day. In return for being appointed, officials were expected to make monetary contributions to the party, and their contributions then funded the next round of campaigning.

"The contributions were known as assessments. There was nothing secretive or shadowy about them. The assessments were set by party leaders, and letters were sent each year and during each election cycle to all salaried civil servants specify­ing the amount they were expected to contribute. It was a self­-perpetuating cycle. Win an election, appoint bureaucrats, judges, administrators, and then use them to pay for the next election. That is why party organizations were so powerful, and why the presidency, even with its executive powers curtailed, remained a plum position. As chief executive, the president had the ulti­mate power of patronage. Senators decided who would occupy most of the appointments for federal offices in their states, and governors did the same for state officials. But the president of the United States appointed the postmaster general. The postal service, with a branch in every city, town, and village, com­prised nearly half the federal bureaucracy, or nearly thirty thousand employees by the 1870s, all of whom could be fired or hired after each presidential election. The president also chose the secretary of the Treasury, who headed the second­ largest federal agency, and the one responsible for overseeing the customhouses of major ports such as Boston, Baltimore, and New York.

"Jockeying for these offices was intense. Party seniority played a part, but major appointments were also used to reward friends and to penalize foes. ... Each national election was a patronage contest. Leaders who could most effectively mobilize their networks and raise the most money through assessments tended to emerge victo­rious, which of course allowed them to consolidate their power and become that much more entrenched."
  
Chester Alan Arthur: The American Presidents Series: The 21st President, 1881-1885
Author: Zachary Karabell
Publisher: Times Books
Copyright 2004 by Zachary Karabell
Pages 6-9

Quer resistir ao golpe de 2016? Compre o livro de 450 paginas da "resistencia"...

Matéria do Correio Braziliense desta noite de 30/05/2016:

"A Resistência ao Golpe de 2016" narra a história do processo de impeachment da presidente afastada

A presidente Dilma Roussef foi ovacionada em sua chegada à Universidade de Brasília (UnB), na noite desta segunda-feira (30/5) para o lançamento do livro "A Resistência ao Golpe de 2016". Publicada pela Editorial Praxis, a obra, de 450 páginas, reúne textos que analisam o processo de impeachment da petista.
Estão presentes no livro relatos de advogados, professores, políticos, jornalistas, cientistas políticos e líderes de movimentos sociais, como o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos,  o teólogo e escritor Leonardo Boff, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE),  Carina Vitral, e o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2016/05/30/internas_polbraeco,534121/multidao-recebe-dilma-na-unb-para-lancamento-de-livro.shtml

PRA: Enfim, os suspeitos de sempre...

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Hipolito da Costa e o nascimento do pensamento economico no Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Um trabalho meu que parece estar sendo requisitado novamente, e que já foi publicado num volume de estudos na série fac-similar que republicou todos os números do Correio Braziliense, editado por Hipólito em Londres, de 1808 a 1822.


Hipólito da Costa e o nascimento do pensamento econômico brasileiro

Paulo Roberto de Almeida *
* Doutor em Ciências Sociais, diplomata.
Pesquisador nas áreas de relações internacionais e política externa do Brasil.
Autor de Formação da Diplomacia Econômica no Brasil
(São Paulo: Editora Senac, 2001). www.pralmeida.org
in Hipólito José da Costa, Correio Braziliense, ou, Armazém Literário
(São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; Brasília, DF: Correio Braziliense, 2002;
reedição facsimilar, volume XXX; ISBN: 85-7060-103-4, pp. 323-369).


Sumário:

A economia política pelo método empírico: a viagem de Hipólito aos Estados Unidos
A economia política pelo método teórico: leituras e escritos de Hipólito
A abertura dos portos e as indústrias do Brasil: Hipólito olha o futuro
Relações comerciais com a Grã-Bretanha: Hipólito antecipa o prejuízo
O tratado de 1810 e o interesse nacional: Hipólito e a historiografia brasileira
A controvérsia liberalismo-protecionismo no Brasil: um debate que vem de 1810
Hipólito finaliza sua missão: a separação de Portugal e o problema da mão-de-obra
Influência de Hipólito no debate econômico do século XIX
O legado de Hipólito: humanismo, patriotismo, sentido da educação, tino econômico

Resumo:
Análise da influência dos escritos e da obra jornalística de Hipólito José da Costa no pensamento econômico brasileiro, com destaque para os temas da abertura comercial de 1808, do tratado comercial de 1810 e outras questões tópicas correlatas, como as das políticas liberal ou protecionista, ademais dos problemas da escravidão e da colonização.

Leia a íntegra neste link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/834HipolCostaPensamEconBr3.pdf

Ciencia: Brasil so produz lixo academico? - Rogerio Cerqueira Leite (FSP)

Creio já haver postado este artigo, deprimente para todos nós, acadêmicos brasileiros, mas provavelmente só no Facebook, e isso se perdeu pois o FB não tem um sistema de indexação e de busca para recuperar antigas postagens (a menos que eu me engane, como sempre, nessas questões de funcionamento de softs).
Mas, voltando ao artigo, ele só reforça minha percepção -- mas fundamentada no que observo em contato com esse meio bizarro -- de que as universidades brasileiras são basicamente IMPRODUTIVAS, com muito poucas exceções.
Alguém vai me contestar?
Apresente dados, como esses do cientista da UniCamp, aliás sempre muito simpático aos gramscianos da academia (pode ser que tenha mudado nos últimos tempos).
Paulo Roberto de Almeida

Produção científica e lixo acadêmico no Brasil
Rogério Cezar de Cerqueira Leite
Folha de S.Paulo, 06/01/2015

Dois artigos publicados recentemente pela revista britânica "Nature", especializada em ciência, deixam o Brasil e, em especial, a comunidade acadêmica brasileira, profundamente envergonhados.
A "Nature" nos acusa, em primeiro lugar, de produzir mais lixo do que conhecimento em ciência. Nas revistas mais severas quanto à qualidade de ciência, selecionadas como de excelência pelo periódico, cientistas brasileiros preenchem apenas 1% das publicações.
Quando se incluem revistas menos qualificadas, porém, ainda incluídas dentre as indexadas, o Brasil se responsabiliza por 2,5%. O que a "Nature" generosamente omite são as publicações em revistas não indexadas, que contêm número significativo de publicações brasileiras, um verdadeiro lixo acadêmico.
O segundo golpe humilhante para a ciência brasileira exposto pela revista se refere à eficiência no uso de recursos aplicados à pesquisa. Dentre 53 países analisados, o Brasil está em 50º lugar. Melhor apenas que Egito, Turquia e Malásia.
Tomemos um exemplo. O Brasil publicou 670 artigos em revistas de grande prestígio, enquanto no mesmo período o Chile publicou 717, nessas mesmas revistas. O dado profundamente inquietante é que enquanto o Brasil despendeu em ciência US$ 30 bilhões, o Chile gastou apenas US$ 2 bilhões.
Quer dizer, o Chile, que aliás não está entre os primeiros em eficiência no mundo científico, é 15 vezes mais eficiente que o Brasil. Alguma coisa está errada, profundamente errada. A academia brasileira, isto é, universidades e institutos de pesquisas produzem mais pesquisa de baixa do que de boa qualidade e as produz a custos muito elevados. Há certamente causas, talvez muitas, para essa inadequação.
A primeira decorre de um "distributivismo" demagógico. É evidente que seria desejável que novos centros de pesquisas se desenvolvessem em regiões ainda não desenvolvidas do país. Mas é um erro crasso esperar que uma atividade de pesquisas qualquer venha a desenvolver economicamente uma região sem cultura adequada para conviver com essa pesquisa.
Seria desejável que investimentos maciços fossem aplicados em pesquisas em instituições localizadas em regiões pouco desenvolvidas, mas cujo meio ambiente é capaz de absorver os benefícios dessa inserção.
O segundo mal que é causa inquestionável da diminuta e dispendiosa produção de conhecimento é o obsoleto regime de trabalho que regula a mão de obra do setor de pesquisas em universidades públicas e na maioria dos institutos.
O pesquisador faz um concurso –frequentemente falsificado– no começo de sua carreira. Torna-se vitalício. Quase sempre não precisa trabalhar para ter aumento de salário e galgar postos em sua carreira. Ora, qual seria, então, a motivação para fazer pesquisas?
O terceiro problema é o sistema de gestão de universidades públicas e instituições de pesquisa, cuja burocracia soterra qualquer iniciativa dos poucos bem-intencionados professores e pesquisadores que ainda não esmoreceram.
Pois bem. Há uma fórmula que evita todos esses males e que já foi experimentada com sucesso em algumas das instituições científicas do Brasil: a organização social. A resistência dos medíocres e parasitas e a falta de coragem política de algumas de nossas autoridades impedem a solução desse problema.

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha.

O jogo sujo da desinformacao dos companheiros contra o Brasil no exterior - Editorial Estadao

Editorial resposta do Estadão à campanha sórdida dos dirigentes e mercenários do partido totalitário contra o processo de impeachment. Se não fosse por outros motivos, eles deveriam ser banidos da vida pública também por isso.
Paulo Roberto de Almeida

O jogo sujo da campanha para enxovalhar o Brasil no exterior
O jogo sujo da desinformação
 Editorial / O Estado de S. Paulo, domingo, 29 de maio de 2016

O Brasil, sua democracia e suas instituições estão sendo enxovalhados no exterior por uma campanha de difusão de falsidades cujo objetivo é denunciar a “ilegitimidade” do presidente em exercício Michel Temer. Diante da ousadia desses delinquentes a serviço da causa lulopetista, não basta ao Itamaraty limitar-se a orientar suas missões no exterior sobre como responder a essa onda de desinformação. Será necessária uma atitude mais resoluta para contra-arrestar as mentiras e deixar claro aos governos e à opinião pública de outros países que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff vem cumprindo todos os requisitos legais, e também para defender a decisão soberana dos eleitores brasileiros, devidamente representados no Congresso que votou pelo afastamento da petista.

Na mais recente ofensiva da patota petista, um jornalista usou uma rotineira entrevista do porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Mark Toner, para tentar induzir a Casa Branca a reconhecer que houve um “golpe” no Brasil e que a democracia no País foi arruinada.

Na entrevista, dia 24 passado, o jornalista, não identificado, mencionou os diálogos entre o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado – a quem o repórter chamou de “ex-magnata do petróleo” –, sugerindo ter havido ali um arranjo para derrubar Dilma. Então o repórter perguntou: “À luz dessas revelações, não seria hora de começar a considerar que o que aconteceu no Brasil pode ter sido um golpe brando?”.

O porta-voz Mark Toner respondeu que, para o governo americano, conforme já manifestado “várias vezes”, o processo democrático brasileiro e suas instituições “são estáveis o bastante e fortes o suficiente”, razão pela qual o País “é capaz de superar sua crise política”. Em seguida, para encerrar a conversa, disse: “Desse ponto em diante, não falarei sobre a política interna do Brasil”.

O verdadeiro papel daquele jornalista ficou explícito: não se tratava de fazer uma entrevista, mas sim de provocar um constrangimento. Disse o repórter: “Bom, isso é interessante. O novo governo acabou com todas as investigações anticorrupção contra os políticos que a ele haviam aderido” – algo que simplesmente não é verdade. E ele desatou a fazer um discurso como se estivesse numa assembleia estudantil: “Eles começaram a vender bens estatais, estão falando em mudar a política externa brasileira e formaram um Ministério inteiramente masculino, feito de gente ligada ao mercado e à indústria, gente que era hostil a uma porção de prioridades do governo anterior, e nada disso foi feito com o voto popular. O povo não teve nenhuma palavra nisso. Houve mesmo um processo democrático? Os Estados Unidos consideram aquilo um processo democrático?”.

Para não permitir que o Departamento de Estado americano continuasse a servir como palanque para o embuste lulopetista, o porta-voz interrompeu a conversa depois de reafirmar a crença dos Estados Unidos na força da democracia do Brasil e de dizer que não faria nenhum reparo às “mudanças internas no governo brasileiro”.

Não se trata de um episódio isolado. Os advogados da causa petista, aqui e no exterior, não se sentem constrangidos em apelar para a desinformação quando se trata de tentar caracterizar a “ilegitimidade” de Michel Temer. Um desses ativistas, o americano Glenn Greenwald, chegou ao cúmulo de publicar reportagem na qual diz que Temer não poderia assumir a Presidência porque “está por oito anos impedido de se candidatar a qualquer cargo público”. Ou seja, o jornalista tratou como condenação definitiva o que é apenas a opinião da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, a propósito de uma multa de R$ 80 mil imposta a Temer por ter feito doações eleitorais acima do teto.

Derrotado fragorosamente quando tentou emplacar a tese do “golpe”, rejeitada in totum pelo Supremo Tribunal Federal, restou à trupe lulopetista espalhar mundo afora que Temer é “ilegítimo”. É esse o jogo sujo que o Itamaraty terá de enfrentar.

Research Gate me cumprimenta uma vez mais, por ser o mais lido de minha instituicao

Não posso reclamar, ao receber mensagens e cumprimentos deste tipo, de uma das plataformar que uso (nem é a mais usada) no plano da disponibilização e intercâmbio acadêmico de trabalhos nessa área.
Confesso que a interface de Research Gate não me parece tão amigável, ou tão propensa a examinar o conjunto dos trabalhos disponíveis sob um determinado nome, ou estatísticas completas, e comparáveis (série histórica), sobre acessos a cada um dos trabalhos, mas ainda assim ela oferece certas facilidades, ou algumas possibilidades, que talvez sejam interessantes. Aliás, um sumário de todos os meus trabalhos disponibilizados no Research Gate, como revelado in fine, demonstra que são poucos, relativamente, aqueles carregados nessa plataforma, comparativamente, por exemplo, a Academia.edu.
Em todo caso, eu estou aberto às diversas opções de intercâmbio acadêmico em todas as ofertas abertas nesse campo. Como não dependo de qualquer indicador de produtividade acadêmica para minha "sobrevivência" nesse meio, como não preciso disso para continuar produzindo, nem espero usufruir de qualquer vantagem decorrente do carregamento de meus textos nessa plataforma, não preciso, de fato, depender desse espaço, ou dessas estatísticas para exercer minha livre atividade de escrevinhador e divulgador de textos que produzo sem qualquer vínculo com alguma atividade profissional específica ou as lides acadêmicas a que também me dedico voluntariamente.
Dito isto, vejamos o que Research Gate me enviou:

Congratulations

With 94 new reads, you were the most read author from your institution

Congratulations

Your publications reached 100 citations 
RG Score: 21.32 
Percentile:
Your score is higher than 72.5% of ResearchGate members'.
0% 50% 100%

Top h cited publications:
Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula
Article · Jun 2004 · Revista Brasileira de Política Internacional

Top Journals

  • Revista Brasileira de Política Internacional (32)
  • Meridiano 47 (15)
  • Revista de Sociologia e Política (3)
  • Contexto Internacional (2)
  • Hispania (1)

 Ainda assim, o Research Gate me cobra carregar mais textos meus identificados:
30 of your publications don't have full-texts yet.
View them now and upload the full-texts to make your research visible.
Vou carregar, Research Gate, vou carregar...
Grato, em todo caso, pela distinção, e pelo "free lunch".
Paulo Roberto de Almeida  
Brasília, 30 de maio de 2016

Militares atentos aos neobolcheviques, e prontos para combate-los... - Alm Esq Roberto de Guimarães Carvalho

COBERTURA ESPECIAL - CRISE - INTELIGÊNCIA

28 de Maio, 2016 - 16:00 ( Brasília )

Alm Esq Roberto de Guimarães Carvalho – “A batalha contra o PT ainda não está concluída, e precisamos vencê-la”

O Alm Esq Roberto de Guimarães Carvalho foi o primeiro oficial da Mariha do Brasil, e o único, a vencer o constrangimento da pífia ação do atual comandante no evento e falar no Decreto nº 8515/2015

Forças Armadas frente aos processos de cooptação do Partido dos Trabalhadores


"A batalha contra o PT ainda não está concluída,
e precisamos vencê-la”


Caros amigos,

Sun Tzu, famoso general, estrategista e filósofo chinês, na sua mais famosa obra, "A Arte da Guerra", brindou-nos com vários ensinamentos. Um dos que mais gosto é: "conheça o seu inimigo como a si mesmo e você ganhará centenas de batalhas".

Lembrei-me dessa frase de Sun Tzu ao ler a Resolução sobre a Conjuntura, do Diretório Nacional do PT, reunido em Brasília no dia 17/05/2016. É preciso que essa Resolução seja lida com atenção pelos brasileiros bem intencionados, pois só assim vamos realmente conhecer o inimigo, como recomendava Sun Tzu. É bom lembrar que a batalha contra o PT ainda não está concluída, e precisamos vencê-la.

A Resolução é um primor: insiste na tese do golpe, que só convence, realmente, aos petistas; não reconhece, de forma clara e plena, a culpa dos treze anos de governo do PT pela caótica situação atual do País, em qualquer campo que se queira analisar; não reconhece, também, que aqueles que realmente melhoraram de vida nos dois mandatos do Presidente Lula, voltaram quase que à situação de miséria em que viviam antes, só que agora com o agravante de que estão desempregados; dizem que foram "contaminados" e que precisam fazer uma "autocrítica", o que na verdade não fazem, pois não citam, claramente, a roubalheira e os desvios éticos aos quais o governo do PT se dedicou, com afinco, no período em que exerceu o poder; e, por fim, nem tocam no Fórum de São Paulo, o verdadeiro condutor das políticas interna e externa do País.

Chamou-me atenção, em particular, o último parágrafo da página nº 4 da Resolução, que transcrevo abaixo:

"Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".

Ao ler essa frase lembrei-me imediatamente do episódio do famigerado Decreto nº 8515, de 03/09/2015, sobre o qual produzi um modesto texto que encaminhei a alguns amigos por e-mail e que, posteriormente, foi publicado na Revista do Clube Naval (nº 376/2015). (Link para o texto Dec 8515 - Nota do Alm Guimarães Carvalho - Recomendada)


Tal Decreto, apenas para lembrar, delegava competência para o Ministro da Defesa, na época o Sr. Jaques Wagner, editar atos relativos à administração do pessoal militar, incluindo nomear, remover, e promover oficiais, sem que estivesse previsto, no texto de Decreto, a subdelegação para os Comandantes das Forças praticarem aqueles atos. Estranhamente, o tal Decreto nº 8515/2015 revogava, entre outros, o Decreto nº 62.104/68, pelo qual os Ministros Militares tinham competência para apreciar, em caráter final, os regulamentos das Escolas e Centros de Formação e Aperfeiçoamento das respectivas Forças. Com a criação do Ministério da Defesa e dos Comandos das Forças, tal competência passou para os Comandantes. No meu texto, chamei isso de misturar "alhos com bugalhos", pois estávamos tratando de administração de pessoal militar e, de repente, surge o Regulamento das Escolas de Formação.

Um outro fato que é bom relembrar é que o tal Decreto nº 8515/2015, foi publicado com a assinatura do Comandante da Marinha, que no momento estava respondendo pelo Ministro da Defesa, em visita à China. Só que o Comandante da Marinha, de acordo com declarações por ele dadas, não assinou o referido Decreto, e nem se lembrava de tê-lo visto.

Na época, o "erro administrativo", nas palavras do Ministro da Defesa, foi atribuído à Chefe da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa, a Sra. Eva Chiavon.

Todos os nomes citados são bastante conhecidos e dispensam outras considerações.

Recordo esses fatos pois agora constatamos, ao ler o trecho realçado da Resolução do PT, que eles foram "descuidados" em não modificar os currículos das academias militares e de não implantar o critério do alinhamento ideológico para as promoções de oficiais.

Na verdade eles não foram descuidados. Houve, isso sim, uma forte reação militar.

Agora, ao ser divulgada a Resolução em questão, leio algumas matérias na mídia. A conhecida jornalista Eliane Cantanhêde, na sua coluna do dia 19/05/2016 na Folha de São Paulo, diz que "o PT irrita o Exército". Discordo da jornalista, o PT irrita as Forças Armadas, e não apenas o Exército.

O também conhecido jornalista Merval Pereira, na sua coluna no jornal O Globo, do dia 20/05/2016, tece críticas ao Relatório em questão, relembra o episódio do Decreto nº 8515/2015 e, ao final, diz que os problemas desse último decreto já foram resolvidos. Engana-se o Merval Pereira, pois os problemas não foram resolvidos, mas apenas atenuados. A alteração feita no Decreto nº 8515/2015 diz que está autorizada a subdelegação para os Comandantes. Estar autorizada não significa ordem para subdelegar.

Os Clubes Militares também publicaram uma Nota Conjunta, em 20/05/2016, com o título "Democratas e Nacionalistas", que aborda, com total propriedade o assunto, em especial no que diz respeito à promoção de oficiais com compromissos democráticos e nacionalistas.

Um cordial abraço para todos,

Alm Esq Roberto de Guimarães Carvalho
Ex- Comandante da Marinha do Brasil
Período 3 de Janeiro de 2003 a 1 de Março de 2007.


Matérias Relacionadas
 

PT irrita Exército Eliane Cantanhêde OESP 2016 Link

Resoluções do Diretório Nacional sobre Conjuntura, emitido dia  17 de maio 2016 Link  (texto para ser lido com muito cuidado atenção e meditado) 

"O Bolchevismo Tardio" Texto de Luis Carlos Azedo Link Texto fundamental para compreendermos o documento do Partido dos Trabalhadores 

Dec 8515 - Nota do Alm Esq Guimarães Carvalho - publicada 03 Outubro 2015 - Recomendada Link